1. Spirit Fanfics >
  2. Érase una vez >
  3. Quando Chega a Noite

História Érase una vez - Quando Chega a Noite


Escrita por: LeeYaar

Notas do Autor


Enton, cá estou eu com mais um capítulo, espero que gostem ❤

Capítulo 5 - Quando Chega a Noite


Quando chegam à casa de Octávia são exatamente quatro da manhã. Lexa estaciona o carro e desce já com os braços abertos para receber a irmã mais nova. As duas trocam um abraço cheio de saudades enquanto Clarke e Lincoln fizeram o mesmo, não com tanta intensidade quanto as irmãs. Assim que os cumprimentos terminam os quatro se dirigem a seus respectivos quartos. Octávia e Lincoln para o seu e Clarke e Lexa para um dos de hóspedes. Octávia havia separado dois quartos de hóspedes, mas Clarke disse que não se preocupasse, de qualquer maneira a loira não iria conseguir dormir sem Lexa ao seu lado.

No outro dia quando as mulheres acordam o relógio marca 12hs32. Para Clarke não significava nada, mas para Lexa significava que se elas não estivessem no andar de baixo dentro de meia hora ficariam sem almoço. Sua irmã era muito rígida com horários. Assim que as mulheres chegam na cozinha uma pequena pessoa desce de sua cadeira mesmo com repreensão de sua mãe e se atira braços de Lexa para depois pular nos de Clarke. A garotinha adorou a loira desde a primeira vez que se viram, ela ainda era noiva de Bellamy e eles fizeram uma visita a Marie. Era notável a semelhança da pequena principalmente com a mãe, os olhos verdes e agitados, os cabelos extremamente negros, apesar de cacheados.

-Bom dia, como passaram a noite? - Octávia pergunta sugestiva e recebe um pigarro do marido.

-Dormimos muito bem, obrigada. - a morena diz sentando à mesa e destacando o "dormimos".

Lexa e Clarke que chegaram por último se servem do almoço enquanto Octávia observa a interação das duas. Ela se lembra bem de como era a relação da loira com o seu irmão e não via diferença na relação dela com Lexa. O medo lhe invadiu, medo de a loira estar confundindo as coisas, transferindo sentimentos, apesar de não serem irmãos biológicos, Octávia sabia que Bellamy e Lexa eram bastante parecidos, o jeito de agir, os interesses.

-Fridjoles. - Clarke tenta dizer quando vê uma panela com o conteúdo escuro e Octávia a olha confusa - Oh. Lexa está me ensinando a falar algumas coisas em seu idioma.

-Frijoles. - Lexa corrige e deposita um beijo no rosto da loira ao seu lado.

-Lexie, eu vou levar um carregamento de leite para o Sr. Cabello, quer ir comigo? - Octávia diz enviando para a irmã o olhar "preciso falar com você".

-Claro, só vou me trocar. - a morena diz se levantando da mesa - Clarke, será que a gente não esqueceu de alguma coisa? Sei lá, algum presente pra uma certa garotinha chamada Éria.

-Sou eu! Sou eu! Meu nome é Éria! - a menina diz animada e todos os adultos riem.

Lexa sobe as escadas e volta devidamente vestida e com duas sacolas em mãos com os presentes de Éria. A garotinha pula animada quando vê a tia e chama todos os adultos para a sala. A primeira sacola Lexa faz questão de abrir, todos sentam no chão ansiosos. A morena faz suspensa e tira de dentro da sacola um vestido florido.

-Parece com os que você vestia quando era criança. - Lexa diz para a irmã que assente. Éria pega o presente e coloca na frente do corpo, girando várias vezes - Ainda não acabou. - ela diz e tira da sacola vários brincos grandes.

-Alexandria! - Octávia diz com tom de repreensão.

-Titia, eu adorei! - a garota diz pegando os brincos.

-Ela disse que queria, ué. - Lexa se explica.

-Se ela pedisse uma arma você daria? - Octávia diz e Lexa dá de ombros.

Octávia massagea as têmporas e recebe um abraço de lado de Lincoln que sorri com a situação.

-Okay, agora o meu presente. - Clarke diz pegando outra sacola e retirando uma câmera instax mini 8 com estampa dos Minions.

-Um Minion! - a menina diz pegando a caixa nas mãos sem nenhum cuidado. O coração de Clarke erra uma batida. Lexa sorri divertida com o susto da outra.

-Vem cá, eu te ajudo. - a loira diz chamando a pequena para sentar em seu colo.

Enquanto Éria aprende sobre fotografia com Clarke, Octávia e Lexa entram na caminhonete e a mais nova dirige pelas ruas de terra.

-Pode falar. - Lexa diz - Você quer falar comigo sobre alguma coisa?

-Você está tendo alguma coisa com Clarke? - Octávia é direta e a mais velha suspira como se já soubesse o que seria perguntado - Lexie, não quero que pare de ver ela ou sei lá, só quero que tome cuidado. Ela pode estar transferindo o que sentia por ele, sei lá. Eu não quero que se machuque.

-Tenho certeza que ela não gosta de mim desse jeito. Somos só amigas.

-Ah, é? Então você não está apaixonada? Porque eu sei como você é quando está apaixonada. - a mais nova diz com um sorriso de lado.

-Ela é incrível, O. Eu posso ver exatamente o porquê de Bellamy ter a amado. - ela respira fundo antes de continuar - Mas ela nunca vai sentir o mesmo. Parece filme, a garota lésbica galinha que se apaixona pela hétero perfeita de Los Angeles.

-Ou talvez a garota não tão hétero assim de Los Angeles que se apaixona pela latina quente de Puerto Rico. - Octávia carrega todo o seu sotaque e sensualidade nas últimas palavras. - a mais velha sorri se divertindo - Só não magoe essa mulher, nós duas sabemos o quanto Bell a amava, não o decepcione.

Enquanto isso na casa Lincoln cuidava dos cavalos quando sua filha entra correndo no estábulo seguida de uma cansada e descabelada Clarke. A menina tira uma foto do pai e mostra pra a loira quando a foto vai se revelando. Mal a mulher aprova a fotografia e Éria já está correndo novamente tirando fotos de outras coisas.

-Ela vai acabar com você. - Lincoln diz para a loira ofegante em sua frente.

Antes que possa responder, Clarke sente uma tontura repentina e se não fosse pelos braços firmes de Lincoln ela teria caído. O homem a pega no colo e a leva para o andar de cima mesmo com a loira insistindo que foi só uma tontura e estava tudo bem agora.

-Quer que eu ligue para Lexa? Octávia? Um médico? - o homem diz ao colocar ela deitada na cama.

-Lincoln, não foi nada. Eu tô bem, juro. - Clarke se senta na cama acalmando o rapaz - Eu só vou descansar um pouco. Não fale nada à Lexa, não vou preocupar ela à toa.

-Tem certeza? - a loira assente com um sorriso tranquilizador - Tudo bem. Descanse, eu vou procurar a Éria.

[…]

Quando Lexa volta para a casa o céu já está começando a ficar laranja com o pôr-do-sol que é extremamente bonito daqui. Lexa sorri com a imagem e sai do carro já pensando em chamar Clarke para dividir com ela o momento. Assim que as duas entram na casa Lincoln aparece com um avental sujo de molho e Éria com gema de ovo no cabelo. Octávia abre a boca com surpresa e Lexa sorri divertida antes de perguntar pela loira.

-Lá em cima. - Lincoln responde e Lexa sobe as escadas enquanto Octávia dá uma bronca no marido pela bagunça.

Ao entrar no quarto Lexa vai logo procurando Clarke, ela encontra a loira deitada na cama com sua expressão mais angelical enquanto dorme. A morena beija sua testa e bochechas até que os olhos azuis se abram, dando luz ao rosto de Clarke.

-Está sentindo alguma coisa? - ela pergunta preocupada - Você não é de dormir a essa hora.

-Eu só estava cansada, essas últimas semanas foram agitadas. - ela sorri e Lexa confia na resposta.

-Já viu como o pôr-do-sol é lindo aqui - Clarke se levanta da cama enquanto a morena abre as cortinas para lhe mostrar a paisagem - Você não vê isso em Los Angeles. - ela diz antes de sorrir e levantar o queixo - Não tem eu em Los Angeles.

A loira ri alto e abraça Lexa, por algum tempo elas ficam ali. A morena com Clarke nos braços, sentindo a respiração da loira em seu pescoço. Clarke sente os arrepios do corpo de Lexa toda vez que ela expira o ar em seu pescoço, mas não se importa, o cheiro da morena a acalmava, sua presença a deixava feliz, seus beijos e abraços eram as partes mais esperadas do seu dia.

[…]

Quando Lincoln finalmente termina de fazer o jantar enquanto Octávia lava o cabelo de Éria que custa a largar o presente que ganhou de Clarke, até na mesa do jantar ela estava tirando várias fotos aleatórias até sua mãe confiscar a câmera e pedir que ela termine a refeição.

-Eu disse que ela ia adorar o presente. - Clarke diz sorridente para Lexa.

-Ela só gostou porque é um Minion, nenhuma criança normal gosta de fotografia. - a loira revira os olhos e volta a comer. Como nenhuma criança normal gosta de fotografia? Ela gostava.

Depois do jantar é hora de Éria dormir e os adultos tomam vinho na sala falando sobre assuntos aleatórios. Clarke aproveita para treinar o seu castelhano/espanhol e trocar alguns passos de dança que Lexa havia a ensinado, porém se sente envergonhada quando Octávia e Lexa resolvem dançar algumas faixas. Reggaeton, salsa, kizomba… elas dançavam de tudo, sempre com um sorriso no rosto para mostrar como era fácil. Uma afronta aos membros desajeitados da loira que as estava assistindo. Lincoln até se arriscava em alguns passos, mas nada superava as duas irmãs.

[…]

Clarke está no banho e apesar de serem 23hs ela não sente nenhum sono, sai do chuveiro e veste um roupão. Quando sai do banheiro se depara com a imagem mais linda do mundo. Lexa está deitada na cama, óculos de grau arredondados e os olhos fixos num livro em seu colo. "Assassins Creed", ela ri com a escolha de literatura da morena que por estar extremamente focada no livro, não percebe sua presença.

-Está mesmo empenhada nesse livro. - a loira diz se aproximando.

-Já li todos os livros várias vezes em ordens difer… - a morena para quando vê a loira só de roupão em sua frente.

-Não sabia que usava óculos.

A morena abre a boca para responder, mas só o que consegue fazer é encarar descaradamente as pernas de Clarke, o pescoço e os ombros ainda úmidos e os cabelos amarrados num coque alto. A loira sente seu rosto queimar num misto de satisfação e susto, seu cérebro tenta assimilar a sensação que surge no meio das duas pernas ao perceber o olhar de Lexa em cima de seu corpo.

O cérebro da morena fritava da mesma maneira, por que ela não podia apenas esquecer essa droga de tensão sexual e ser amiga de Clarke? Não era a primeira vez que ela desejava uma mulher que não podia ter, porque seu corpo insiste em responder a estímulos tão insignificantes? Com certeza não seria ela a tomar a iniciativa, nunca se perdoaria por trair Bellamy de tal maneira.

Por outro lado Clarke se sentia na obrigação de tomar uma iniciativa, ela não iria dormir em paz sabendo que ted um sinal tão explícito que era correspondida e não fez nada sobre isso. Ela queria saber o que estava sentindo por aquela mulher, que é irmã de Bell, talvez uma zona cinza, mas ela não poderia ignorar o que sentia toda vez que Lexa a beijava, a abraçava, ou quando dançavam juntas e seus corpos se reconheciam.

A loira foi se aproximando da cama e à medida que o fazia, menos Lexa conseguia pensar, ser racional não era uma alternativa, o seu corpo não deixaria que isso acontecesse. A morena largou seu livro na cômoda e tirou seus óculos. Clarke agora estava quase sobre seu corpo e seus lábios quase se tocam, suas respirações quase conversam e seus olhos se fecham quase em sincronia.

É quase impossível para a morena descrever o quanto ela queria aquilo, o quanto ela queria sentir os lábios de Clarke nos seus. E estava acontecendo! Ela estava realmente beijando Clarke. Explorando a boca da outra, se deixando explorar. Quando ela tem certeza que não está sonhando, se permite passar as mãos nos braços da loira que se arrepia com o toque e empurra a latina com cuidado, até que esteja totalmente deitada na cama. Elas separam o beijo e se encaram durante um tempo. Lexa se arrisca a contornar alguns traços do rosto da loira com as mãos, se assegurando que aquilo era real e não ia desaparecer.

Nenhuma das duas diz uma palavra, não era preciso, elas sabiam o que estavam sentindo, seus olhos o diziam. Clarke se deita no lugar vago da cama e a morena não hesita em acompanha-la, ficando agora na posição contrária à que estavam antes. Lexa afasta uma mecha loira do rosto de Clarke que morde os lábios involuntariamente. Suas línguas voltam a se encontrar em um beijo lento e carinhoso, a loira se arrisca a levar seus dedos à nuca de Lexa que geme com o contato inesperado e migra da boca para o pescoço da loira.

Clarke apenas afunda seus dedos nos cabelos castanhos e mantém os olhos firmemente fechados a fim de sentir mais aqueles toques que a estavam deixando louca, ela queria sentir Lexa há muito tempo só não sabia se era o certo a fazer, agora ela tinha certeza, a coisa que ela mais queria no mundo. Lexa como se lesse os pensamentos da loira, migrou seus beijos para os ombros da loira e com cuidado afastou a toalha que ainda cobria seu tronco. Clarke sentia sua pele queimar nos lugares em que os lábios da morena tocava, queimava de desejo, ansiedade, sua intimidade pulsava em antecipação ao sentir os beijos se aproximando.

Lexa sentiu seu gosto, sentiu sua pele quente embaixo das mãos, sua intimidade molhada na língua. Era tudo o que ela queria e estava acontecendo, Clarke estava entregue a ela, suas mãos não sabiam o que fazer além de apertar os lençóis e de sua boca os gemidos não se recusavam a sair. A loira gemia em todos os tons possíveis, o que fazia Lexa se concentrar ainda mais em sua intimidade. Sua língua massageava o nervo inchado da loira e um de seus dedos já passeava dentro dela com habilidade.

-Aly… - para Clarke a tentativa de pronunciar um nome. Para Lexa a confirmação de que a loira está ali com ela, por ela. Não por Bellamy, por uma lembrança distante ou um delírio, mas por ela.

Clarke tentava pronunciar algumas frases à medida que seu corpo pedia por mais, era o que ela queria, muito mais, porém os gemidos não a deixavam terminar a frase, tudo dependia da capacidade de interpretação corporal de Lexa, e a morena não deixou a desejar. Ela sabia exatamente como fazer a loira ir ao céus e voltar pedindo para ir mais uma vez. A morena deslizou mais um dedo pela intimidade encharcada de Clarke que soltou um gemido alto e rouco, a loira estava quase em seu extremo e Lexa sabia disso, concentrou suas forças em sua boca e seus dedos. Ela soube que seu dever foi cumprido quando sentiu a loira empurrar cada vez mais sua intimidade contra sua boca e ter espasmos, seguidos dos gemidos mais gostosos que ela já ouviu na vida.

[…]

Eram seis da manhã, Lexa sabia disso porque estava encarando o relógio desde às duas. Ela sente Clarke se mexer em seu peito, murmurando algo que não entende, então fecha imediatamente os olhos. A loira levanta e se veste, deixa um beijo na testa de Lexa e sai do quarto. A morena abre os olhos e volta a acompanhar o relógio.

Por mais que ela tenha ciência que Clarke foi uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida ultimamente, não queria encarar a loira, não agora, não com toda aquela culpa no peito. Agora são oito da manhã, a loira entra no quarto e dessa vez Lexa não tem tempo de fingir estar dormindo.

-Bom dia, dorminhoca. - Clarke diz mostrando seu melhor sorriso - Eu preciso sacar algum dinheiro, Octávia disse que tem um banco a algumas horas daqui, você pode me levar lá?

A morena assente e levanta para fazer sua higiene antes de sair. Desce as escadas e encontra Octávia se escondendo das lentes atentas da pequena Éria. Lexa passa despercebida pela menor, mas Octávia percebe que há algo errado com a irmã. Mas não dá tempo de perguntar o que é, Lexa já está lá fora. A morena procura por Clarke e coloca os óculos escuros quando vê a loira debruçada na cerca que marca a propriedade. Ela entra no carro e dirige até Clarke, buzina quando está perto o suficiente e a loira entra no carro com um sorriso no rosto.


Notas Finais


Achei a Lexa bem mais ou menos nessa última parte, será que deu "piti"? 🤔😂 Até o próximo ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...