Cande estava desesperada, já havia ligado para o telefone de Matteo um milhão de vezes, mas parece que ele não estava ligado. Ligou para Gaston e Nina, nos quais falaram que iriam ligar para todos que ele conhecia.
- Meu amor, calma Matteo sabe se cuidar. – disse Ruggero se deitando na cama. Sua namorada olhou para ele sem entender como poderia estar tão calmo com a fuga do irmão. – Só mamãe e papai não saberem nada dará errado.
- Ruggero, ele é seu irmão! – disse Cande tacando um almofada nele.
- Que está bem grandinho, não precisa mais de babá. – ele se levantou e abraçou a menina por trás. – Vamos dormir, e amanha a gente encontra ele.
- Você tem razão. Mas tenho medo que ele faça uma burrada. – disse ela finalmente, se virando e abraçando o garoto.
- Por que você pensa nisso?
- Eu realmente preciso responder?
No outro dia Ambar não estava com raiva, só puta da vida. Matteo chegou em sua casa, e a única coisa que ele fez foi a beijar, e depois dormiu que nem uma pedra. Ele tinha cheiro imenso de bebida. As vezes ele falava sozinho, e saia só uma única palavra.
LUNA
Matteo começou a se mexer na cama, percebeu que aquele não era o seu quarto, mas o conhecia muito bem. Se virou para o lado, e viu Ambar sentada ao seu lado com cara poucos amigos. O menino se levantou em um pulo.
- Ambar?
- A única! – disse ela de forma irônica, ela viu a cara assustada do outro, e completou. – Não rolou nada entre a gente, você só chegou aqui, e dormiu que nem uma pedra.
- Ainda bem. – disse ele se levantando, e abotoando a camisa, ele pegou seus sapatos, e os colocou. – Você tem um remédio para dor de cabeça, a minha está latejando de tanta dor.
- Na segunda gaveta. – disse ela sem nem mesmo olhar para cara dele. – Matteo, será que tem como o nosso jantar ser adiantado para hoje à noite, que eu irei viajar novamente, mas se não puder...
- Não pode sim. Ambar, eu lhe devo desculpas como te tratei nos últimos dias, quer dizer você me ajudou muito. – ele se abaixou, e deu um beijo na bochecha da garota.
- Mas infelizmente, você não percebe, que o que eu quero é diferente do que você acha. – disse ela, finalmente mostrando seus sentimentos. – Matteo, eu quero você. E é o único que não percebe.
- Me perdoa. – Ele começou a negar com a cabeça. – Eu não posso estar com você...
- Pois está apaixonado pela a Luna. – disse ela completando os pensamentos do garoto. – Você falou o nome dela enquanto dormia. – ela suspirou, e continuou. – Matteo, acho que você tem que correr atrás de seus sonhos, mas não deve se perder no meio do caminho. Finalmente entendi o que é o amor, porem o perdi. Você ainda tem tempo de encontrar seu caminho de volta. Basta acreditar.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou Matteo se sentando na frente de Ambar, que passou a mão o rosto do menino.
- Lute pela Luna, vai sempre haver obstáculos, mas o amor sempre encontrará seu caminho de volta.
Luna na escola ainda continuava perturbada com o sonho que tinha tido com Matteo. Ela não conseguia nem mesmo mais olhar para Simon, por tanta vergonha que sentia, ao se lembrar que o traiu.
- Luna? – Ela olhou para frente, e encontrou com Nina. Ela segurava alguns livros. – Você está bem?
- Ai amiga, não estou. Eu tive um sonho muito estranho.
- Como ele era? – Luna puxou Nina pelo braço, para que pudessem ter aquela conversa em um local onde não poderiam ser atrapalhadas.
- Eu estava beijando Simon, mas depois ele virava Matteo. Nina, o que está acontecendo comigo?
- As vezes o que você não quer dizer, seu coração quer explicar, não tem como querer colocar alguém, em um lugar que já está ocupado.
- Mas eu não posso...
- Luna, isso aqui não é uma novela das nove, na qual o casal não pode ficar junto. Luna vocês foram feitos para ficarem juntos.
- Nina, o sonho dele sempre foi aquela faculdade.
- Eu não dizendo para ele desistir a faculdade, e jogar tudo para o alto. Mas estou só simplesmente dizendo que vocês deveriam curtir pelo o menos estes últimos dias que terão juntos, para saberem o que realmente significa essa chama dentro do peito.
- Você acha isso? – perguntou Luna.
- Tenho cem por cento de certeza.
Luna mandou uma mensagem para Matteo, ela disse que queria encontrar com ele hoje no Roller, mas antes conversaria com Simon, sobre a situação atual dos dois.
Ela havia chegado ao Roller, e encontrou com Daniela e Simon conversando, e pensou que seria ótimo aqueles dois se resolverem. Eles estavam sentados perto dos armários, Daniela estava com cara de poucos amigos. E Luna sem querer ouviu a voz de Daniela.
- Simon, como você pode ser tão imprestável, e não conseguir fazer com que ela vadia da Luna se apaixone por você. – Daniela estava de saco cheio.
- Meu amor, não é tão fácil assim quer dizer Luna sempre comeu em minhas mãos, mas agora com esse tal de Matteo, ela nem lembra que eu existo. Essa noite pude vir ela chamando o nome de Matteo umas mil vezes.
- O problema é seu. Se você quer ir para Italia comigo, trate de não deixar Luna chegar nem perto de Matteo, pois se não você estará morto, e pior pode se esquecer de mim. – disse Daniela com tom ameaçador. – Eu vou lhe explicar mais uma vez o plano.
Luna agora entendia aproximação de Simon e Daniela, ela não podia acreditar que ela jamais viu esse lado de Simon, não podia acreditar que aquela pessoa na qual acreditava que ele era, foi só uma mentira.
- Agora você entendeu? – perguntou Daniela. Ele afirmou, e pela primeira vez viu um sorriso brotar no rosto de Daniela. – Esse é meu garoto. Agora quero que você conquiste a Luna, e depois que Matteo for embora, faça o que quiser com ela.
Daniela puxou Simon para um beijo, e sem querer Luna esbarrou na estante, e alguns patins caíram no chão. Daniela e Simon no mesmo momento o casal do mal se virou para a pequena.
- Luna? – chamou Matteo, vindo atrás dela. Mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa Luna o puxou pelo o braço, e saiu correndo.
Ela se virou e viu Simon e Daniela ainda parados com cara de tacho, já que agora o plano tinha todo saído pela culatra.
Quando eles estavam fora do roller, Matteo percebeu que Luna estava chorando. Ele a puxou para um abraço.
- O que aconteceu? – perguntou Matteo, abraçando sua pequena.
- Só me abraça agora, é a única coisa que necessito.
- Aqui no meio da rua? – perguntou Matteo tentando tirar um sorriso de Luna, que o abraçou mais forte. – Vamos para um lugar mais tranqüilo.
Os dois começaram a caminhar tranquilamente, mas sem deixar o abraço. Já que era o único lugar onde se sentiam completos.
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