História Eres Tu - O Beijo

- Luna, você não vai me responder não? – falou Simon

- Não, Simon. – disse ela passando a mão pela cabeça. – Ele é só meu amigo, e nada mais que isso. Eu o amo, mas como irmão.

- Tudo bem, me desculpe. -  disse ele relaxando. Simon não gostava muito de Matteo, mas sabia que não poderia falar nada dele, já que era o melhor amigo de Luna. – Eu queria te contar que eu consegui meu emprego no Roller.

Luna o olhou, não estava muito feliz, mas pelo Simon faria tuo, mesmo fingir que estava animada.

- Meu Deus, parabéns! – falou o abraçando, ele a pegou e girou no ar. Quando eles pararam frente a frente, ele não resistiu e a beijou.  

O beijo para Luna foi uma completa surpresa, e o pior ela não sentiu nada após ele, quer dizer nada de borboletas no estomago. Percebeu que não existia química. Foi o pior beijo que ela tinha dado em toda a vida.

Ao se separarem eles ficaram poucos centímetros, Luna ainda fingia um sorriso que era um pouco falso.

- Fala sério! – ouviram alguém falar. Se viraram e encaram a Pedro e Nico. – Então quer dizer que estão namorando?

- Não.

- Sim.

Ela o olhou como não se entendesse nada, quer dizer tinha poucos dias que ele havia voltado, não podia já está namorando este louco. Mas para não criar muita conversa, continuou.

- Ainda não, estamos nos conhecendo. – falou Luna, era o pior dia da vida dela.

- Mas isso quer dizer... – começou Pedro.

- Que estão ficando! – terminou Nico.

- Mas e o Matteo? – perguntou Pedro.

- Eles são só amigos. – falou Pedro, nem dando chance para Luna falar.

- Eu sei, mas achei que rolava algo entre vocês dois.  – disse Nico.

- É, mas Matteo e eu não temos nada. – negou Luna.

- Bom, meninos eu e a Luna devemos ir, até logo. – falou Simon, puxando a Luna pelo braço. Por que sempre que agora ele a encostava ela sentia certo incomodo?

Ela o acompanhou para fora, eles foram em silêncio para casa, eles entrelaçaram as mãos até que chegaram ao portão da mansão.

- Simon, o que foi isso? – disse ela se soltando dele.

- Estou segurando sua mão.

- Eu sei, não sou burra. – disse ela olhando para ele com mais firmeza. – Estou falando do beijo, de falar que estamos juntos, e você sabe disso.

- Eu pensei que...

- Pensou errado, no passado você me machucou muito, e agora eu não vou me machucar mais, quer dizer, por quê?

- Eu quero arrumar meus erros no passado. – falou abaixando a cabeça

- Com a gente namorando? -  falou ela mais indignada.

- você pode só pensar?

- Não tem nada a se pensar. – disse entrando pelo o portão da mansão.

- Luna! – gritou ele, mas ela já estava bem longe.

Ao entrar ela viu sua caixa postal, havia chamadas perdidas de Gáston, duas de Nina, e vinte e cinco de Matteo. Ela não queria falar com ninguém. Mas Matteo não era ninguem, ela precisava simplesmente ouvir a voz dele, rir daquelas horríveis piadas. Porem se lembrou de tudo o que ele vinha encobrindo dela. Ela se deitou, com sua medalhinha na mão, e começou a cantarolar, para ver se conseguia se acalmar.

Já Matteo, estava jogado em seu quarto, não podia acreditar na cena que havia acabado de ver. Depois que Ámbar o infernizou, ele voltou para a lanchonete, mas encontrou uma cena desprezível. Viu Luna e Simon se beijando, sabia que a garota já foi apaixonada pelo o outro, mas tinha garantido que não sentia mais nada.

Matteo se sentou no chão, e começou a tocar em seu violão. Ele dedilhava até sentiu uma forte vontade de tocar uma música.

Mesmo longe um do outro pensaram na mesma musica, com a mesma sincronia. Wouldn't Change a Thing ( N/A ouçam essa musica, ela e especial para o momento. ). E nesta musica os dois finalmente sentiram o que estava dentro do coração de cada um. A letra dela parecia que vinha desenrolando sozinha.  E dormiram com pensamentos felizes.

Na manha de domingo, como o Roller não abria Luna pediu para Tamara para deixá-la usar para treinar com o Matteo. Ela o mandou uma mensagem

Me encontre no Roller as 8:00am.

Quando ele chegou encontrou ela, treinando. Era como um sonho. Ele a via dançar, ela flutuava na pista. Os olhos dela se perdia em meio do sonho de ser uma grande patinadora. Quando as duas esmeraldas encontraram com os olhos dele, ele nunca havia sentido tanta vontade de abraça-la.

Ela chegou perto dele. Vinha pensado nisso a noite toda. E tinha tomado sua decisão.

- Matteo, me sinto muito mal, por você ter escondido tudo isso de mim...

- Eu sei me desculpe, prometo que não vou esconder mais nada de você. – falou ele, encostando na mão dela.

- Por isso vamos passar o Maximo de tempo juntos até que você vá para a Itália, não quero perder você.

- Eu tão pouco quero também, chegou na minha vida como um furacão, revolucionou tudo, é a Luna, mas brilha como o sol. – disse ele, passando pela a catraca da pista.

Ela o abraçou, e aquele abraço fez com tudo em seu corpo parasse, eles se afastaram alguns centímetros, e ficaram se olhando até que Matteo cortou o silencio.

- Bem, e seu namoro, quando iria me contar? – falou ele, se sentando na arquibancada.

- Sobre isso, eu não sei. Ele me beijou, e falou que ficar comigo...

- E o que você disse? – Matteo estava mais curioso que o normal. Luna não podia ficar com aquele patife. Mas se ela gostasse dele, deveria apoiá-la.

- Eu não sei. – disse ela dando de ombros.

- Luna, siga seu coração, ele é o único que falará o que é o certo. – disse ele, segurando amão dela deixando que ela se acalmasse ainda mais. Matteo tinha certo poder por ela.

- Bom, viemos aqui para treinar ou conversar. – disse ela se levantando, e patinando para a pista.

- Viemos para treinar, mas antes vamos treinar a coreografia completa sem pains, e depois aprimoramos para os patins. Que hoje faremos com a musica.

- Ok.

Ela se sentou e tirou o seu patins. E ficou só de meia, Monica iria a matar, mas fazer o que? Matteo ligava os alto falantes. A musica começou a tocar, Matteo puxou Luna para si, e começou a dançar com ela.

- Me siga. – disse ele para ela. ( N/A dança nas notas finais)

A cada passo os olhares deles ficavam mais intensos, mesmo sendo amigos algum tempo, era a primeira vez que se sentiam assim, tão ligados. Não desligavam um do outro de modo nenhum. Quando a musica ficou mais elétrica, foi como fogos de artifícios e se deixaram levar.

Quando a dança acabou, Matteo ficou perto da boca de Luna, e nunca sentiu a vontade tão grande de beijar alguém, sabia que não devia, mas era preciso.

Com Luna não era diferente, com Matteo sentiu uma energia correr pelo seu corpo, como uma adrenalina, e necessitava o beijar. Era rimeira vez que o via não como amigo, mas como o homem que ele era realmente.

Os dois ficaram cada vez mais perto até que Matteo, não se segurou mais e a beijou. Mas não foi um simples beijo, foi um beijo necessitado como nunca havia sentido antes. No meio do beijo pensou que era só porque ficaria longe de Luna, mas descartou a hipótese quando a puxou pela cintura para mais perto de si.

Luna nunca se sentiu tão acomodada, era como se aquele fosse o lugar que necessitava ficar em sua vida inteira, sua zona de conforto. O beijo de Matteo era completamente diferente do Simon, de Simon era algo mais calmo, e de Matteo era algo necessitado como se o mundo fosse acabar.

O beijo estava quase indo para os seus enfins, mas Matteo voltou para si. Ele se soltou de Luna e saiu da pista. Ele olhou para trás onde ela se encontrava.

- Luna, me desculpa. Isso foi algo momentâneo. Não aconteceu.

- Exato foi algo só por causa da dança...

- Da minha viagem...

- De vários fatores...

- Claro, e acho que você e Simon fariam um casal muito bonito. – disse ele, cagando com todo o momento, ela deveria ficar com Simon, não para ele.

- Se você acha isso. – disse ela, segurando as lagrimas. –Então amanha a gente se vê na escola?

- Acho que sim... – disse ele pegando suas coisas. – Até, amiga.

- Até, AMIGO. – quando ele terminou de sair Luna se sentou no chão, e gritou bem alto para tentar extravasar sua raiva, que não parecia sem fim.  Mas perceu que Matteo tinha razão. Ela pegou o celular e ligou para Simon.

- Alô? – ouviu a voz dele um pouco sonolenta.

- Simon, te acordei? – falou ela se levantado, e pegando suas coisas.

- Luna? Não. Só estava deitado, mas já acordado. – disse ele, parecendo ter se despertado com a voz da garota.

- Bom, você tinha me pedido para pensar na sua proposta de namoro, e eu pensei. – falou ela, tentando parecer feliz o Maximo possível. – E acho que não tem como começar o namoro sem nem mesmo ter um encontro.

- Você está me dizendo... – parecia que ele pular de tanta felicidade.

- Me busque na frente do Roller, pois nós vamos ao cinema. – e desligou.