História Eres Tu - Eu te amo, Luna

Matteo entrou dentro de casa jogou a mochila no chão e deitou no sofá. Não consegui tirar as palavra de Luna de sua cabeça.

- Ela está namorando com Simon. – sussurrou para si. E a única coisa que ele via era o sorriso dela. – Ela é sua amiga, idiota. Você desejá-la que seja feliz.

- Agora deu para falar sozinho?

Matteo abriu os olhos e viu o seu irmão Ruggero na porta da cozinha com uma xícara de café nas mãos.

Ruggero era um pouco mais velho que Matteo, ele tinha 23 anos. Os dois eram completamente parecidos fiscamente, a diferença era a barba que Rugge deixava crescer junto com seus cabelos mal arrumados, diferente de Matteo que deixava o cabelo perfeitamente organizado, sem usar uma gota de gel. Em personalidade eram distintos, Ruggero sempre era visto com um sorriso no rosto, ele era bem mais piadista do que o irmão, que tentava portar com um verdadeiro mauricinho, Rugge fazia de tudo para ser um garoto normal, e passar o máximo de tempo com seus amigos e namorada.

- Ruggero, já está acordado? – perguntou Matteo fechando os olhos novamente, não queria conversar agora com irmão, só queria deixar de pensar em sua melhor amiga.

- Sim, Cande dormiu hoje aqui. E como você sabe, ela adora acordar cedo. – disse Ruggero que olhou para o relógio. – Você não deveria está no colégio?

- Estava passando mal. – falou Matteo começando a se levantar, mas o braço de Rugge bateu em seu peito, e o jogou de volta no sofá.

- Desembucha! – Ruggero se sentou sobre a mesa de centro em frente ao seu irmão. Tomou um gole de café. – Eu não tenho o dia todo.

- É a Luna! – disse finalmente, Gaston não podia nem saber que Ruggero seria o primeiro, a saber, de tudo. – Eu a beijei, e eu senti algo diferente acender em mim.

O seu irmão o observou por alguns segundos antes de dar uma fraca risada. Ruggero sempre acreditou que algo rolava entre Luna e Matteo, mas mesmo assim se manteve calado.

- Bem, isso quer dizer que você gosta de Luna, de uma forma diferente. – Matteo olhou para o irmão de forma confusa.

- Depois de um ano? – perguntou Matteo. Ruggero revirou os olhos, ele deixou a xícara vazia ao lado do seu corpo.

- Você acha que eu sou apaixonado pela Cande?

Na verdade Matteo não achava isso, ele tinha certeza. Nunca viu seu irmão tão apegado a uma pessoa. Cande era a única garota que Ruggero levou para conhecer seus pais.

Cande era uma das pessoas mais legais que ele já havia conhecido. Ela agora era morena, mas pouco antes já tinha sido ruiva, o que combinava com suas sardas, mas não com seu estilo agora moderno.

- Sim, acho que você é louco por ela. – Matteo deu de ombros. – Mas não entendi o que isso tem haver comigo.

- Se você não se lembra, eu conhecia a Candelaria quatro longos anos antes de a gente começar a namorar. Ela sempre foi uma grande amiga, estávamos no mesmo grupo de amizades. Infelizmente eu namorava e ela também. Quer dizer,eu achava linda, mas pensava ser perfeita demais para mim. Passamos todos esses anos nem perceber a química que existia entre a gente. Então eu troquei de namorada várias vezes, se é que eu posso chamar aquilo de namoro, já que nem mesmo acendia nada em meu peito. Cande havia sabido das traições de seu namorado, e eu estava voltando da casa de alguns amigos quando a vi chorando, não podia acreditar no que eu estava vendo. – Ruggero, deu uma pequena risada ao se lembrar de tudo isso. – Eu cheguei perto dela, Cande só me viu, e me abraçou, e sem querer com um simples toque pude ver como ela era especial. Ao saber sobre as traições do seu namorado tive vontade de socar sua cara, quer dizer eu fiz, mas não naquele momento.

- Foi naquele dia que você voltou sujo de sangue? – perguntou Matteo, ao se lembrar do irmão sujo de sangue que sabia não ser dele. Ruggero fez o garoto não contar nada para os pais.

- Foi, aquele filho da mãe, deveria saber como tratar uma garota. E não ser encontrado na cama com outra.

- Ela sabe?

- Não, e nem deve saber, idiota. – Ruggero, balançou a cabeça, e continuou. – Eu então a levei para casa, quando eu cheguei lá vi que Cande não teria condição de ficar sozinha em casa. Os dias foram passando, e eu me vi cada vez mais dependente dela, ela era magnífica, e finalmente vi que eu era emanado pela aquela luz. Tempos depois a chamei para ir jantar comigo em um restaurante italiano, e foi incrível, com nenhuma menina me sentia a vontade. E no final da noite quando ia a deixar em casa, sem querer nos beijamos, e passei a noite mais incrível da minha vida.

- Tudo bem, eu sei o quanto você é apaixonado por ela, mais sei lá. Não tem medo de magoá-la? – perguntou Matteo. Ele sabia que com Luna era quase a mesma coisa.

- Claro que eu tenho, mas tento não pensar nisso. Porque não importa o que aconteça eu me apaixono cada dia mais pela pessoa que ela é. Como ela adora acordar cedo para curtir o dia, mesmo odiando levantar antes das dez, eu me levanto só para ver aquele lindo sorriso. Ou como ela dorme enquanto vemos um filme, já que ela odeia o tipo de filmes que eu gosto, mas fica na sala mesmo assim para ficar mais alguns minutos comigo. Ou simplesmente como ela sabe o que eu estou sentindo sem nem mesmo falar. – Ruggero olhou para o irmão, e piscou o olho. – Quando você se apaixonar, os defeitos da pessoa vão ser as coisas que mais farão você se apaixonar por ela.

Eles ouviram um barulho, e viram Cande descer. Ela usava uma calça jeans com uma blusa preta, os óculos estavam preso no cabelo. Ela viu os dois, e foi para perto deles.

- Meu amor, vamos? Jorge já deve está te esperando, eu me atrasei só um pouco. – ela passou os braços pelo namorado, e depois olhou para Matteo. – Matteo, fale para Luna que ainda está de pé para a gente ir amanha escolher o vestido de baile. Vocês vão juntos?

- Não, acho que ela vai com o namorado dela. – disse o Matteo tristemente.

- Como é? E você vai com quem? – perguntou Cande. Ela via Matteo como seu próprio irmão, e Luna era uma grande amiga, elas sempre ficavam na casa dos Balsanos fazendo brigadeiro, enquanto os garotos iam alugar os filmes. Ela e Luna criaram um verdadeiro laço de amizade.

- Eu não irei. Minha viagem será dois dias depois. Eu vou está organizando tudo. – disse Matteo, se levantando e indo para cozinha pegar um copo de água. Ele foi seguido pelo o casal.

- Como você não vai? – perguntou Ruggero. – Será o seu ultimo baile.

- Não me importo. – Ele terminou de beber o copo de água, e então passou pelos dois. – Bem, como não vou para aula, irei me trocar, e ir para o Roller.

Ele saiu, e subiu as escadas aonde ele fechou a porta. Ele pegou o porta-retrato que estava encima de sua escrivaninha, era dele e de Luna. Foi no dia em que ela a levou para conhecer Buenos Aires, este veio a ser um dos dias prediletos dele. ( N/A foto lá nas notas finais)

 Nunca pensou que conseguiria passar mais um dia longe dela. Luna trouxe a luz para os seus dias, mas para ele o mais importante era a felicidade dela, e se Matteo não conseguia dá-la deixaria que Simon fizesse.

- Eu te amo, Luna. Eu vou senti sua falta pequena. – ele acariciou a foto.

O garoto trocou de roupa, e foi para Roller tirar um pouco daquilo de sua cabeça. Simon estava na pista no lugar de Luna pela manhã. O Rei da pista fingiu que o outro garoto não existia. E começou fazer suas manobras para que pudesse extravasar sua raiva. Parecia que havia passado horas, mas sem querer esbarrou em alguém. E para sua felicidade foi Simon.

- Ei, olha por anda patina! – soltou Matteo.

- Você se acha dono deste lugar! – falou Simon se levantando do chão. – Só porque sabe patinar, mas posso te dizer que não é tanta coisa assim.

- Olha quem fala! – disse Matteo, chegando mais perto do Mexicano que avançou mais um pouco. – Você se acha demais, só porque está conseguindo enganar a Luna. Você pode enganá-la, mas a mim não.

Simon deu uma fraca risada, ele balançou a cabeça, mas depois olhou novamente para Matteo que esperava com uma cara de poucos amigos.

-Você está com essa raivinha, porque ela me escolheu, e não a você? – falou Simon. Matteo olhou para ele sem nem mesmo entender. Simon revirou os olhos e continuou. – Eu vejo como você a olha, não é o jeito que um amigo deveria olhar para a amiga.

- Você está enganado! – disse Matteo tentando negar o que estava a sua frente.

- Não estou, e você sabe disso. – falou Simon se distanciando de Matteo, e deu um simples sorriso. – Eu já errei muito com a Luna, mas finalmente entendi que eu deveria ter ficado com ela desde o começo. E você se acha o cara certo para ela? Pegando todas as garotas a sua frente? Deixando a Luna para ir a uma faculdade na Itália?

- Não! – disse Matteo com toda a sua sinceridade. Ele olhou para baixo tentando segurar todas as lagrimas de seus olhos. – Você está certo.

- Bem, eu acho que você deveria dar certo espaço para ela, você sabe parar de ligar para ela, ou patinar. De certa forma dar a chance dela ser feliz. Nestes últimos dias que eu a vi, só pude presenciar ela chorando, ou sofrendo por alguma coisa que você fez, ou deixou de fazer.

- Eu tenho que ir. Me desculpe. – Matteo foi saindo da pista transtornado. Ele não sabia para onde iria. Ele se sentou em um banco da praça atrás do Roller. Ele ficou sentado lá por um bom tempo, pois tempos depois Gaston chegou lá.

- Cara, fiquei procurando você no colégio por um bom tempo. Onde você esteve? – Gaston se jogou ao lado de Matteo. – Está tudo bem?

- Sim. – Matteo suspirou fortemente, e continuou. – eu tive uma briga com Luna, e então eu fui para casa. Vim para o Roller para esfriar a cabeça. E encontrei com o namoradinho da Luna. E ele me falou algumas verdades.

- Peraí, o que? – Gaston virou o rosto de Matteo para ele, e viu que dentro de seus olhos não existia nenhuma emoção. – O que ele falou?

- Ele falou que Luna só está se destruindo perto de mim.

- Você achou que isso é verdade? – Gaston não podia acreditar que aquele besta Mexicano falou aquilo com seus melhores amigos, ele teve a maior vontade de socar a cara dele agora.

- A única coisa que eu sei é que... – Matteo suspirou e deu um alto grito.  - Eu detesto esse namoradinho dela. 
- E por que? Você deveria ficar amigo dele, já que ele é NAMORADO dela. - falou Gastón. 
- Ela merce algo melhor, ela merece alguém que a ame do jeito como é. Ela precisa de alguém que cuide dela, como ela necessita. 
- Ela já encontrou, mas eles não se deram contam ainda, porque o cérebro demora mias que um eclipse para acontecer. - Matteo olhou para o amigo se entender nada, e então Gastón levantou a mão de forma de 'desisto' - E você quem merece a Luna, só vocês dois que não percebem, mas estão apaixonados um pelo outro.

- Você acha que eu não sei? – perguntou retoricamente Matteo. – Depois do beijo...

- Peraí, você se beijaram? – Gaston não estava acreditando no que estava ouvindo. – O que você disse depois?

- Eu falei o que eu sabia que ela estava pensando, mas foi a maior mentira da minha vida, que foi no calor do momento. – Gaston chegou perto do amigo, e deu um tapa na cabeça do garoto. – Aí, por que você fez isso?

- Porque você é um idiota. Você deveria ir atrás agora de Luna, e falar tudo o que sente.

- Acho que não será necessário. – disse Matteo apontando para frente. Lá se encontrava Luna e Simon andando de mãos dadas. – Acho que você errou de filme. Eu não super-homem dela.

Matteo deu as costas, e pegou suas coisas. Ele não poderia ficar mais nenhum segundo ali. Não suportaria ficar olhando mais aquela cena por um segundo. Ele não faria a Luna feliz, e isso já estava claro.

- Eu a amo, se ela é a pessoa certa, eu tenho certeza que sou a pessoa errada da para ela.

- Aonde você vai? – perguntou Gaston, que não agüentava mais aquela conversa fiada, já estava com vontade de socar a cara de Matteo.

- Resolvi aceitar a proposta de certa pessoa. – falou Matteo, deixou seu melhor amigo com cara de tacho. E foi resolver sua vida.