História Eres Tu - Alguns segredos sendo descorbertos

Depois que luz foi acesa ela viu nitidamente o rosto dele. Ele parecia espantado a vê-la ali. Eles ouviram um barulho vindo do segundo andar, imediatamente Luna apagou as luzes. Ela pode ver a sombra de Matteo se encaminhando para os fundos, e ela foi junto.

Ele se sentou por cima da bancada, e começou mexer no cabelo. Ela olhou para ele esperando uma explicação, então ela suspirou, e começou.

- A Ámbar depois da dança me falou algo não muito agradável, então saí para respirar um pouco, e voltei para tirar satisfações com ela. – ele olhou para Luna de modo que não queria continuar aquela conversa, ela só mudou de posição, e fez o sinal para que ele prosseguisse, Matteo revirou os olhos, mas terminou. – Ela deu em cima de mim, e foi só isso.

- Então vocês... Sabe?

Ele se levantou, e parou na frente da menina, ele olhou indignado para Luna. Ela sabia que Matteo ficava com outras garotas, mas com Ámbar era diferente. Eles tinham tido uma relação.

- Não, eu não transei com ela. Quer dizer eu a acho bonita, mas não quero alimentá-la com algo que não existe mais. – disse ele. – Quer dizer a Ámbar eu não sinto atração por ela.

Eles se olharam por um bom tempo, um nos olhos do outro. Mas em certo momento ele desviou o olhar.

- E por que você está acordada? – perguntou ele, se virando para ela. Luna olhou do sonho, e não pode deixar de se lembrar dele indo embora, e a lhe deixando.

- Um pesadelo. – falou ela finalmente.

- Sobre o que? – disse ele se aproximando, Matteo a abraçou. O abraço dele a acalmou lembrando que ele ainda estava ali.

- Eu não me lembro. – mentiu ela.

- Luna? – Matteo se escondeu rapidamente atrás da bancada aonde se encontrava Luna. Era Simon. – Por que você está acordada?

- Tive um pesadelo. – falou ela.

- Está tudo bem?

- Estou, já vou voltando para meu quarto.

- Você quer que eu fique com você até que pegue no sono? – ele falou. O olhar de Matteo era arrebatador. Luna não podia cair nessa.

- Eu vou lhe incomodar. – “Isso, Luna!” pensou Matteo.

- Você jamais vai incomodar. – disse ele, passando os braços por cima dos ombros de Luna. “Sério?”, Matteo não pode acreditar no que estava vendo. Quando Luna estava passando pela porta, ela deu um adeus com a mão para Matteo.

Ele ficou ali por uns 10 minutinhos. Quando passou esse tempo, Matteo subiu as escadas, e viu Luna e Simon em seu quarto. Ela estava deitada, e ele fazendo cafuné em sua cabeça. Um ódio subiu por suas veias, mas se lembrou que era somente amigo de Luna.

Ele saiu pela porta da cozinha, e gostaria de ter esquecido daquela cena. Deveria descobrir quem tinha contado para Ámbar sobre aquilo. No caminho para casa mandou uma mensagem para Gastón.

“ Ámbar descobriu. Eu quero saber como.”

Luna no dia de sábado deveria pegar serviço 9:00 da manhã. Ela já estava na pista, havia deixado Simon conversando com Tamara, sobre o emprego. A pista não estava mais tão cheia, a chegada das féria iam diminuindo o numero de pessoas dentro dela.

Elas estava pecorrendo ao redor da pista quando avistou Matteo. Ele vinha conversando de forma bem estranha com Gastón, mas parece que quando Luna chegou eles cessaram o assunto.

- Eu vou ir buscar Nina. – disse Gastón, saindo.

- Oi. – disse ele por fim. Começou a pecorrer o caminho da pista, e Luna o seguindo.

- Está tudo bem? Você está muito estranho nestes últimos dias. – falou ela. Ele olhou para ela comum pequeno sorriso. Ela o puxou pelo braço, e o forçou olhar para seus olhos. – Você vai me contar o que você tem?

- Não, e nada. Já lhe disse. Só estou em mal dia. – disse ele forçando um sorriso que não enganaria ninguém.

- Então você está de TPM.

- Você acha que eu fico mal humorado assim como você? – disse ele começando a rir.

- Eu não fico mal humorada. – disse ela cruzando os braços.

- Claro que não. – disse ele em tom irônico. – Você fica um dragão. Xinga até a pedra se ela estiver fora do caminho.

Ela começou a patinar atrás dele. Ela era veloz, mas não tanto como ele. Ele deslizava cada vez para mais longe dela, e no fim ele parou bruscamente, fazendo com que ela batesse em suas costas, e os dois viessem direto ao chão. O pior foi para Mattao, já que Luna caiu por cima dele, ele levou todo o baque do tombo, mas não importava, pois esse poderia ser um dos últimos momentos que ele poderia passar com ela.

Ela se levantou, e o ajudou. Quando ele terminou de se levantar os dois ficaram poucos centímetros um do outro. Ela podia sentir a respiração dele, e ele o coração dela cada vez mais forte.

Matteo, hesitou um pouco, e deu certo espaço entre os dois, mas mesmo assim ficaram mexidos com aquilo.

- Eu acho melhor a gente ensaiar. – falou ele, se virando, e indo para o meio da pista. – Eu já escolhi a música.

- Bem... Bom... Quer dizer... Um problema a menos. – disse ela tirando as mechas do cabelo de sua frente. – Vamos começar?

Eles começaram a ensaiar, mas cada vez que tinham o salto no ar, e seus rostos ficavam bem perto, demoravam um pouco se entreolhando.  O sentimento de atração vinha crescendo a cada giro, ou salto. Quando eles terminaram o ultimo passo, viram uma movimentação.

- Matteo, Luninha! – era Ámbar, vindo atrás com Delfi e Jazmin. – Que lindo casal vocês formariam, mas pena que você não é o tipo dele... Quer dizer, não que você não seja bonita.

Ao falar isso Luna deu um espaço entre os dois, deixando que certa distancia entre os dois. Matteo, não deixaria ninguém maltratar à Luna.

- Você também não faz o meu estilo, Ámbar. – disse Matteo, passando por ela e pegando um pouco de água.

- Mas eu já o fiz, não é mesmo? – disse ela, passando a mão pelo braço do garoto. O menino se desvencilhou da garota, o que a deixou com raiva, e não agüentou mais. – Mas duvido que sua amiguinha ainda converse com seus pais, assim como eu converso... quer dizer eu liguei para sua mãe, e ela me contou...

- Já chega, Ámbar!

- O que ela não é sua melhor amiga?

- O que eu preciso saber?

- Nada, é coisa que Ámbar está inventando.

- Lembra ontem na minha festa quando ele ficou meio nervosinho? É porque eu sabia de algo...

- Ámbar, já mande você calar essa sua boca. – disse tentando conter sua raiva, mas quem estava ficando com estresse era Luna, por não saber o que estava acontecendo com seu melhor amigo.

- Fale! – disse ela.

- Bem, como você sabe Matteo está indo embora, porém ele contou uma mentirinha. Ele não vai embora daqui 10 semanas, e sim em duas. Estranho a vida, não é mesmo?

Luna se virou para Matteo, ela realmente acreditou que ele falava só a verdade com ela, ele prometeu nunca deixá-la sozinha, e agora ele estará indo.

Antes que ele pudesse falar alguma coisa, ele saiu atrás dela. Ela saiu em disparada para fora daquele lugar só foi parada quando sentiu um braço a puxando pela a cintura, e ela sabia muito bem de quem era aquele braço.

-Matteo, me solte. Dê-me um tempo. – disse ela, se balançando para se soltar. Ele a puxou para perto dos armários. E ela começou a chorar, Matteo não sabia se era de raiva ou tristeza. – Por... Por que você não me contou?

- Me perdoa, eu pensei em te contar, mas ao ver sua cara de tristeza, eu não queria lhe contar que seria tão imediatamente, e talvez... – começou ele, mas foi detido por ela.

- Talvez, o que? Conte-me tudo agora. -  falou ela, com ar de autoridade.

- Eu ganhei uma bolsa numa renomada faculdade da Itália, o curso de medicina, e ainda posso continuar a treinar a dança. Quando me inscrevi foi antes de te conhecer, eles são muitos seletivos, e por fim não pensei que poderia ser escolhido, mas no final fui a dois meses...

- Então quer dizer que você sabia disso antes? – a falou, deixando as lágrima caírem com cada vez mais intensidade.

- Luna... Perdoe-me! – disse ele, dando um impulso com os patins para mais perto dela.

- Eu preciso de um tempo sozinha... eu preciso pensar

- Luna, você não vai acreditar no que aconteceu... – disse Simon entrando nos armários, quando ele viu a cara de Luna e Matteo, foi para mais perto dela, e acariciou seu rosto, deixando o Matteo com mais raiva ainda, mas não podia encrencar. – Você está bem?

- Claro, só estou descobrindo algumas coisas. – disse ela olhando fixamente para Matteo. – Acho você ir, Matteo.

- Mas a gente não acabou a nossa conversa...

- Sim já acabamos, você já pode ir. Você falava de certas pessoas, mas suas promessas foram coisas abertas. Eu preciso o que vou fazer.

O menino olhou para o rosto de Simon que via aquilo de forma triunfante, mas não tanto, pois sabia que Luna estaria sofrendo, mas essa seria sua chance.

Matteo foi embora, e foi avistado por Ámbar, ela estava vindo, e decidiu seguí-lo. Luna esperou até não ouvi os passos de Matteo, e desabou no choro.

- Ei, o que aconteceu? – perguntou Simon, ele segurou o rosto dela entre as mãos, era algo cômodo. – Você quer me contar?

- Só me abraça. – disse ela por fim.

- Matteo, me espera! – disse Ámbar correndo atrás do patinador, ele parou, e a olhou de forma gélida. – O que? Uma hora ou outra ela deveria saber. E eu disse para não ficar no meu caminho.

- O que eu fiz para me odiar tanto? – falou ele de forma mais clara para ela.

- Você terminou comigo! E agora pagará caro, quer dizer aquela garotinha.

- Você não vai encostar um dedo nela, se não você vai se lembrar que é o verdairo Matteo Balsano.

- Há Há Há, você está realmente apaixonado por ela? – perguntou com ela.

- Eu não estou, ela é minha melhor amiga simplesmente isso. – disse ele em forma de negação.

Luna se sentou junto com Simon, nas lanchonetes. Ele pediu uma bebida para ela se acalmar, uma vitamina de maça.

- Lembro que essa era sua preferida. É ainda? – perguntou para ela, que deu uma risada meio seca.

- Na verdade ao, agora é a de Abacaxi, como dizia o Matteo essa é a melhor... – A se lembrar do amigo ela se calou.

- Luna, posso lhe fazer uma pergunta?

-Sim. – disse ela, e bebendo um gole da bebida, ela já estava bem mais calma, porém seu rosto ainda estava inchado de tanto chorar.

- Você gosta do Matteo?

- Sim, mesmo ele me fazendo muita raiva, ele é meu melhor amigo...

- Você sabe o que eu quero dizer. – Ele se se virou para ela, e pegou a sua mão. – Você está apaixonada pelo Matteo?

O pior não era ele não saber os sentimentos da menina,pois ela também não sabia.