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História Eric e os Devas - Garuda e Eu Quase Morremos


Escrita por: MysticalPancake

Notas do Autor


AVISO!
Essa história explorará diversos países e lugares, mas não como eles são na realidade. Eu estarei inventando nomes, lugares, etc. Não conheço muito bem outros países para saber como eles são, então eu inventarei como eles são na história.

Capítulo 5 - Garuda e Eu Quase Morremos


Fanfic / Fanfiction Eric e os Devas - Garuda e Eu Quase Morremos


Eu e Garuda,depois de nos encontrarmos com Júpiter, ou Brihaspati, estávamos andando por Santiago procurando um hotel ou qualquer lugar para ficarmos. Já havíamos andado por bastante tempo e nada. Reparei o olhar das pessoas nos estranhando e reclamei com Garuda:
-Ugh -Suspirei.- Porque as pessoas nos olham desse jeito? Nós somos pessoas completamente normais! 
-Nenhum de nós é normal, Eric -Garuda me disse.- Você é filho de deuses e eu sou um homem-águia. E além do mais, acho que não é comum eles verem alguém de 13 anos com uma aljava, um arco, um lótus, um livro e uma caixa de fósforos por aqui.
-Pois é -Continuei.- Mas nós somos totalmente normais de aparência. Eles nos olhando desse jeito me incomoda.
-Não se importe com isso. Se preocupe, por enquanto, em achar um hotel para nós.
-Ok...Vamos nos separar? Você procura para lá e eu continuo por aqui -Apontei para um lugar que parecia uma rua mais agitada para Garuda, enquanto eu continuaria nessa rua mais pacata que estávamos.-
-Tudo bem. -Garuda aceitou.- Caso ache, pense em mim. A bênção de Brihaspati nos ligou mentalmente.
Garuda foi para a tal rua e eu continuei. Fiquei reclamando baixinho o caminho inteiro até que achei um hotel chamado "La Empleada". Era um hotel pequeno e sujo, mas achei que daria para o gasto. Chamei Garuda mentalmente e entrei para esperá-lo dentro do hotel. Estranhei que o interior do hotel era totalmente diferente do exterior. O hotel por dentro era limpíssimo, haviam sofás e poltronas chiques na recepção, elevadores e três recepcionistas atrás de um balcão enfeitado com cravos listrados e outros amarelos. Uma das recepcionistas me chamou:
-Ei, menino! Venha aqui.
Fui para lá e ela continuou:
-O que faz aqui sozinho? Você não tem pai ou mãe?
-Meu pai está vindo. Ele pediu para eu esperar aqui enquanto ele fazia algo.
 Disse "meu pai" e a energia de Vishnu (que reparei que começou a estar comigo desde que saí da dimensão multi-colorida com Garuda) se mostrou mais forte. Reparei que os outros recepcionistas me olharam com o canto do olho de um jeito estranho, mas ignorei. Continuei:
-Vou sentar ali naquela poltrona e vou esperar meu pai.
-Tudo bem -A recepcionista disse.-
Sentei-me para esperar Garuda. Fiquei olhando os quadros da parede e de vez em quando lendo o Livro dos Mantras, até que Garuda entrou no hotel. Enviei para ele a mensagem que havia dito que chamara ele de pai para a recepcionista e ele me chamou. Fui até ele para nos hospedarmos no hotel.
-Oi -Garuda disse.- Existem quartos disponíveis? 
-Sim, senhor -A recepcionista respondeu.- Os quartos 40,43,55 e 67 estão disponíveis.
-Queremos o 67, por favor -Respondeu meu parceiro.-
-20.000 pesos, por favor.
Pagamos e pegamos nossa chave. Subimos com o elevador até o quarto. Quando abrimos a porta, vimos um quarto normal de hotel. Duas camas, uma janela, um banheiro, enfim, tudo o que precisávamos no momento. Colocamos nossas coisas nas camas e começamos a conversar:
 
-Esse hotel é estranho, né? -Perguntei.-
-Concordo. Aquela recepcionista não me pareceu muito amigável.
-Garuda, quando falei para a recepcionista que você era meu pai, a aura de Vishnu se fortaleceu. A mesma coisa quando disse "minha mãe" para Brihaspati ontem. Eu acho que quando falo deles, o poder da aura aumenta.
-É plausível. O poder dos Devas vêm da devoção e quando se fala deles, é uma forma de ser devoto. 
-Mas eu devo ter cuidado com isso. Eu acho que Brihaspati nos achou ontem devido à aura de Lakshmi, e antes, quando falei com a recepcionista os outros dois recepcionistas me olharam estranho com o canto do olho.
-Hm, é verdade. Você tem que se cuidar, tu ainda não tens a habilidade de ver as auras dos outros, então se cuide. Enfim, lembra da primeira coisa que temos que fazer no dia?
-Aahn -Pensei um pouco.- Rezar?
-Exato. Mas não podemos fazer isso aqui. Não temos o material necessário.
-E o que é necessário?
-Uma imagem do deva, o mantra, oferendas e fogo. Temos o fogo, o mantra e uma única oferenda, o lótus. Temos que ir atrás do resto e de um lugar propício também.
-Vamos lá então. 
Saímos do nosso quarto e, passando pelo corredor, encontramos uma camareira morena que, como eu e Garuda deduzimos, limpava aquele andar. Ignoramos ela e descemos com o elevador até a recepção. Os recepcionistas ficaram nos olhando daquele jeito estranho e nos preocupamos. Já era a segunda vez que eles nos olhavam assim, mas não era como os olhares das pessoas na rua, era pior, maligno. Enviei uma mensagem mental para Garuda sobre isso e ele me disse que devemos ter cuidado e estar preparados caso eles nos ataquem. Porém...Eu não sei usar meu arco e flecha. E isso é a minha única arma. Eu e meu amigo-águia dialogamos mentalmente e concluímos que pediria aulas de arco e flecha à Skanda quando o encontrássemos.
Ok, saímos do hotel e vimos a cidade denovo. Peguei um papel que estava no meu bolso desde antes de ir para a casa de Henrique (antes dele me revelar que era Vishnu) para anotar o que precisávamos, mas nós não tínhamos lápis, caneta, carvão, sangue, enfim, nada para escrever. Então, tivemos que procurar algo para anotarmos. Caminhamos um pouco e achamos uma pequena livraria que, por sorte, vendia também materiais escolares. Entramos e achamos o lugar bem aconchegante. Luzes quentes formavam um ambiente caloroso em conjunto com 3 estantes cheias. A loja tinha só 2 pessoas trabalhando. Um senhorzinho de uns 60 anos e um rapaz jovem, aparentemente com uns 24, 25, como o disfarce de Brihaspati. Achamos uma caneta azul normal e fomos comprar. Cumprimentamos o senhorzinho:
-Oi, senhor. Queremos comprar essa caneta.
-Só isso? 
-Sim, só isso.  
-70 pesos, por favor. 
-Aqui -Demos os pesos para ele.- Achei sua livraria bem agradável.
-Obrigado. Tudo por causa do meu sobrinho aqui, Diego!
O sobrinho do moço parou de limpar as estantes e veio até nós.
-Bom dia -Diego nos disse.- Como vão?
-Vamos bem, obrigado -Eu disse.-
-Quem vocês são? O que vieram fazer aqui?
-Meu nome é Garuda -Contou meu amigo-águia.- e esse é meu filho, Eric. Somos brasileiros e viemos aqui visitar um parente. Precisávamos de uma caneta para escrever coisas e a gente não tinha uma e viemos comprar aqui. 
-Eu achei esses livros bem interessantes -Falei.- Os títulos são legais.
-É mesmo? -O senhorzinho perguntou.- Você pode pegar um se quiser. 
-Eu também posso? -Garuda pediu.-
-Claro! Podem pegar!
Eu e Garuda achamos o moço e seu sobrinho muito simpáticos. Fomos procurar livros legais para comprar. Achei um Atlas Mundial e achei que ele seria útil para nossa jornada, considerando que percorriríamos o mundo inteiro. Garuda me comunicou mentalmente que havia achado um livro didático sobre história das religiões e era o primeiro volume. Contei para ele também do Atlas e ele também achou que seria útil. Voltamos para o caixa para comprar. O senhorzinho passou os livros no scanner e falou:
-O Atlas é 3.500 pesos e o volume um de história das religiões é 6.570. No total -Pegou a calculadora e fez a conta.- 10.070 pesos. 
-Ok -Garuda deu o dinheiro para o senhorzinho.- Aqui.
-Obrigado pelos livros, senhor. Qual é o seu nome?
-Me chamem de Miguél, por favor -Disse o senhorzinho sorridente.- De nada. Podem voltar aqui sempre que precisarem, somos a melhor livraria das redondezas!
-Tio -Diego chamou atenção.- Não exagere.
-Ah! Me deixa! -Miguél reclamou brincando.-
Todos rimos e eu e Garuda nos despedimos com nossos livros. Depois desse passatempo, nós voltamos a nossa missão principal: achar Skanda. Escrevemos no papel o que precisávamos comprar:
Frutas
Flor
Imagem
Incenso
Água
E fomos comprar. Achamos as frutas, as  flores, o incenso e a água, mas não encontramos a imagem de Skanda. As lojas já estavam fechando, então não dava tempo de achar a imagem hoje. Voltamos para o hotel satisfeitos das nossas compras e cansados de andar tanto em um só dia. Os recepcionistas ainda estavam estranhos, mas isso já era comum então nem ligamos. Subimos o elevador, chegamos no nosso andar e abrimos a porta do nosso quarto. Nos surpreendemos com a vista. Nenhum dos nossos pertences estava ali, estava tudo rasgado, destruído e imundo e um ser de fumaça negra com asas de morcego e garras estava acabando com nosso quarto ainda mais. Quando pisamos no quarto esse monstro se virou e veio nos atacar. Pulamos cada um para um lado e ele entrou no meio de nós dois. Pensei que um de nós estaria a salvo e esse poderia ajudar quem estava em perigo, alertei Garuda e comecei a correr pelo corredor. Garuda fez o mesmo e a fumaça veio atrás de mim. Pedi para Garuda me ajudar enquanto tentava distrair o monstro, mas ele me disse que o monstro estava atrás dele também. Deduzimos que o monstro se multiplicava e tentamos pensar em uma estratégia, porém nos encontramos em uma situação inadequada. Os corredores eram elaborados em torno do elevador, então eles tinham o formato de um quadrado. Nos batemos e caímos no chão. As fumaças nos pegaram e, talvez não tão incrivelmente assim, eram muito fortes. Garuda estava se balançando tentando acertar as fumaças com suas garras, mas como os monstros não eram sólidos, não fazia nenhum efeito. Eu tentei fazer tudo o que eu podia, bati nelas com o lótus, com o arco, com uma flecha, com o Livro dos Mantras, mas nada deu certo, até que tentei com os fósforos. De algum jeito, consegui acender um e joguei na fumaça que estava segurando Garuda. A fumaça começou a agonizar e largou Garuda. 
-É isso! É o fogo! Me joga os fósforos!
Enquanto a fumaça que segurava Garuda agonizava no chão, joguei os fósforos para Garuda. Ele fez a mesma coisa comigo e a fumaça agonizou também. Aproveitamos a oportunidade para sair do andar. O elevador não funcionava de jeito nenhum, então tivemos que entrar no nosso quarto e pular pela janela. O vidro quebrado rasgou nosso corpo todo, o que, de certa forma, era melhor que ser levado pelas fumaças. Garuda se transformou em homem-águia e voou para baixo de mim pra me pegar. Ele me pegou e voamos para cima de uma montanha na Cordilheira dos Andes. Ele me largou e ficamos sentados na terra, ofegantes, machucados e perplexos. Tentamos ter um momento de descanso, mas não deu certo. Do hotel, surgiu uma fumaça como as que nos atacaram, só que muito maior e com três mini-versões dela. As três fumacinhas vieram nos atacar, e Garuda arranhou uma delas com as garras. Essas, pelo visto, eram sólidas.  Garuda continuou arranhando elas e eu socava e chutava. Enquanto isso a fumaça gigante destruía os prédios, casas e estabelecimentos. Tentei jogar os fósforos nos monstros, que nem havia feito antes, porém, eles só sofriam umas queimadurinhas. Avisei isso para Garuda mentalmente, só que ele não me ouviu. Peguei meu arco e tentei atirar uma flecha (Tentei, pois não sabia como.), mas enquanto eu tentava tirar uma da aljava, o monstro me pegou. Ele voava pra cima comigo e minhas coisas caíram. A flecha caiu, o lótus caiu, o Livro dos Mantras caiu e os fósforos também. Esse monstro negro estava me levando para a enorme fumaça, que abriu uma boca grande, vazia como o vácuo eterno e mais escura que a própria escuridão. Gritei cada vez mais alto: "Garuda! Garuda!!" para ver se ele me ouvia. Não consegui. Fui engolido pela fumaça e atravessei uma garganta muito grande. Caí no que parecia o estômago do gás negro. Parecia aberto, nenhuma parede, só um chão nojento, parecido com órgãos internos cinzas e deprimentes. Tentei andar pelo lugar, porém sem resultado. Vaguei por muito, muito tempo. Estava cansado e abalado, pois no meu primeiro dia de busca já havia falhado. Sentei no "chão" e fiquei quieto, aceitando minha morte. Abaixei minha cabeça e fechei os olhos. Na ausência de luz com meus olhos fechados, avistei Vishnu. Também sentado de olhos fechados com a a cabeça baixa. Estava rezando "Om Namah Shivaya" como quando encontrei ele com Lakshmi no castelo. Comecei a rezar "Om Namo Narayanaya", o mesmo que ele havia rezado para mostrar sua forma natural para mim pela primeira vez.
-Om Namo Narayanaya, Om Namo Narayanaya, Om Namo Narayanaya, Om Namo Narayanaya... 
Muitas repetições depois, Vishnu abriu o olho e me viu:
-Eric! O que faz aqui?
-Pai, eu perdi no primeiro dia de busca. Perdi Garuda, minha vida, e Santiago inteira para um enorme monstro de fumaça negra. 
-Entendo. Eu já me senti assim uma vez. Senti que havia perdido meus amigos para um asura. Não me sentia capaz de recuperá-los e aceitei minha derrota. Mas, minha alma divina me lembrou de minha infinita força para fazer tudo o que é possível e impossível. 
-Mas com você é diferente -Disse.- Você é um deus, e eu sou só um humano, mesmo sendo seu filho. Eu não tenho capacidade para matar Bhayaavah, eu sabia disso desde o início. Sua alma é divina e poderosa, mas a minha é normal. Não tenho poderes e não tenho mais seus presentes. 
Comecei a chorar. Estava muito, muito triste. Não aceitava que havia morrido no meu primeiro dia de busca. Não aceitava meu amigo morrendo. Não consigo descrever a tristeza que estava. A cada momento, piorava. Ficava triste, triste, triste, mais depressivo a cada segundo. Meu pai, que estava vendo essa cena, começou a cantar um mantra diferente dos que conhecia. Esse nem estava no Livro dos Mantras:
-Om Bhur Bhuva Svar Tat Savitur Varenyam Bhargo Devasya Dhimahi Dhiyo Yo Nah Prachodayat...
Minha mente se iluminou.  Consegui puxar minha força mental para finalmente entender que eu não tinha como morrer aqui. Meu destino era vencer Bhayaavah. Eu não conseguiria matá-lo morto. Se algum problema para o destino, com certeza ele não irá realmente te atrapalhar. Vishnu voltou a falar:
-Eric, as almas de tudo nesse e em outros universos vêm da energia cósmica, Bramân. Desde mim até a menor das células. Tudo tem, em sua alma, uma parcela cósmica sagrada. Todos são deuses. Tudo sai de Bramân no início e volta para Bramân no final. Qualquer empecilho que tu tiveres, reze, que todos os problemas serão resolvidos. Essa fumaça sofreu com fogo da primeira vez, não é?
-Sim.
-Todos os elementos possuem um Deva. A água é Varuna. O ar é Vayu. A terra é Bhumi e o fogo é Agni. Seu fogo não é forte o suficiente para acabar com essa fumaça gigante, mas através do Agni Gayatri Mantra ele ficará o mais poderoso possível.  
A luz de Vishnu permeou tudo e a escuridão saiu. Ele fez surgir um lótus vermelho, que abriu e começou a pegar fogo. A fumaça formava letras em sânscrito que faziam um mantra. Meu pai me mandou rezar esse mantra para que o fogo queimasse a fumaça gigante e eu me libertasse dessa prisão. Ele desapareceu e me deixou sozinho ali. Comecei a cantar esse mantra:
-Om Vaisvanaray Vidmahe Lalalaya Dhimahi Tanno Agni Prachodayat, Om Vaisvanaray Vidmahe Lalalaya Dhimahi Tanno Agni Prachodayat, Om Vaisvanaray Vidmahe Lalalaya Dhimahi Tanno Agni Prachodayat...
Consegui contar 108 repetições. Parei e abri meus olhos para ver o que tinha acontecido. O lótus estava na mesma proporção de um lótus normal para as fumaças pequenas de antes e as chamas estavam luminosas, quentes e soltando muitas brasas e fumaça. Agora a fumaça formou palavras de novo e me mandou pegar o caule do lótus e afundar ele e a flor no chão do lugar antes dominado pela escuridão. Obedeci, mas quando chegou na hora de colocar a chama, fiquei com medo de me queimar. Só que, a força do mantra que Vishnu cantou para mim me deu a energia necessária para fazer isso. Empurrei com força e o lótus entrou no monstro de fumaça. Tudo começou a tremer e a luz de Vishnu saiu para me mostrar uma abertura no corpo do gás negro. Corri para lá e vi a cidade destruída e Garuda jogado no chão, cheio de ferimentos e sujo de sangue. Em volta dele já havia uma poça de sangue que continuava a aumentar, sua pele estava pálida e ele desmaiado. Corri para ele e fiquei ao lado dele, tentando me comunicar tanto mentalmente quanto falando de verdade. Me virei para a fumaça gigante, ela estava tremendo e diminuindo. As 3 versões sólidas foram até a líder e se sacrificaram para tentar salvá-la. Eu diria que foi um ato nobre, mesmo elas sendo o que são. As 3 pequenas fumaças sólidas caíram no chão e viraram gás negro que nem a líder, que, por sua vez, também caiu e se uniu aos lacaios como gás, que explodiu em chamas negras. A lua finalmente pôde iluminar a noite. Peguei Garuda em meus braços e fui para a beira do mar. Rezei para minha mãe até que ela apareceu na lua. 
-Olá filho. O que foi?
-Mãe -Falei.- Preciso daquela sua bênção. Está vendo o estado de Garuda? Isso aconteceu numa batalha contra um gás negro gigante. Meu pai me ajudou quando fui engolido, porém Garuda ficou aqui fora, sendo atacado pelos lacaios do gás negro gigante. Desejo que ele seja curado dos ferimentos.
Lakshmi concedeu-me meus desejos. Os ferimentos de Garuda se fecharam e as cicatrizes ficaram em um formato que lembrava Vishnu em sânscrito: "विष्णु". Ele não estava acordado ainda, mas estava visivelmente melhor. Lakshmi tomou uma atitude e recuperou a cidade. Tudo estava como era antes. O sangue foi limpado, o que estava quebrado foi reconstruído e os mortos reviveram.
-Muito obrigado mãe. Não tenho palavras para descrever a minha gratidão.
-Tudo bem, Eric -Lakshmi respondeu.- Deixe Garuda em descanso até amanhã para procurarem uma imagem de seu tio. Enviarei Uluka para guiá-los ao lugar correto. Esse monstro foi só a primeira das emanações da energia maligna de Bhayaavah. Você enfrentará coisas iguais ou piores, cada uma com uma fraqueza ou resistência diferente. Tu conseguirás superar todas elas, tenha confiança e reze. O Agni Gayatri Mantra está registrado em seu Livro dos Mantras. Sempre que precisar de fogo, reze-o e Agni lhe ajudará. Ah! E sabe aquele mantra que Vishnu cantou pra você? Ele está no Livro também. É o Gayatri Mantra, o mantra mais sagrado de todos, que serve para iluminar a mente. Tchau filho! Boa noite!
Lakshmi desapareceu e eu levei Garuda até o hotel. Ele até que não era tão pesado assim. Entrei no "La Empleada" e vi os três recepcionistas e aquela empregada que vimos antes de sairmos para comprar as coisas para Skanda jogados no chão, mortos e brilhando. Um Deva com um laço, de pele escura e montado em um búfalo estava no meio deles. Ele começou a falar:
-Pobres almas. Foram possuídas por um desrespeitador do dharma e forçadas a trabalhar para ele. Elas não têm auras ruins e foram salvas por você, Vishnuputra. Elas irão comigo para o reino da morte. Mas antes, eu preciso lhe conceder minha bênção. Sou Yama, deus da morte. Normalmente meus servos que vêm pegar as almas, mas fiz questão de vir pessoalmente. Decidi dar uma bênção a você sem que você a deseje. Vou lhe dar o poder de curar. Seus amigos e você se machucarão muito durante toda a sua jornada. Essa habilidade de cura será muito útil e eu também impedirei que vocês morram durante sua jornada, porém, se chegarem em condições de morrer, logo depois de matarem Bhayaavah eu virei levá-los. Boa sorte Vishnuputra! Tu conseguirás!
Yama desapareceu. Hoje foi um dia muito estranho. Pelo menos está tudo bem agora. Subi para nosso quarto com Garuda e ele estava arrumado novamente. Nossos pesos, roupas, papéis, enfim, tudo o que deixávamos aqui enquanto fomos comprar as coisas para Skanda. Coloquei Garuda na cama e deitei. Rezei para agradecer tudo o que os Devas me ajudaram hoje e dormi.
Estava me sentindo tranquilo. Sabia que não poderíamos morrer, mas ainda devia me cuidar pois se chegarmos no nível de quase morte, logo depois de matar Bhayaavah, morreríamos. Enfim, esse foi o primeiro dia de busca.



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