História Consequências de uma verdade - Eu não devia mentir assim

Thomas narrando

Depois daquilo, o Ryan passou a andar com a gente de novo, de todos o Gary era o que tinha mais raiva dele, eu disse pro Ryan que se ele quisesse ele podia participar com a gente no show de talentos, ele ia ser o segundo guitarrista.

(...)

Estavamos indo pra casa, quando o Ryan disse:

- Que tal se jogássemos vídeo game na minha casa?

Olhei pro Gary, e ele disse:

- Tudo bem, vai ser legal, eu posso dar porrada no Ryan no mortal combat pelo menos – Gary falou como se isso fosse ser uma forma de se vingar do Ryan.

- É tem razão – Miguel também falou da mesma forma.

Então foi isso, ficamos nós seis jogando na casa do Ryan, foi até divertido, fazia tempo que não fazíamos isso, e é claro que o Gary massacrou todos nós, ele é o rei dos jogos.

- Cara o Gary é um Alien, ninguém consegue vencer ele – Miguel falou e logo depois encheu a boca com salgadinhos.

- Só existe uma pessoa que vence o Gary – Disse comendo um salgadinho também.

- Quem? – Miguel e Lucas falaram ao mesmo tempo.

- Thi-ago – Disse isso com a boca cheia, e o Gary pareceu incomodado, mas eu já sabia por que.

- Como assim? Você perde pro Thiago? – Miguel perguntou confuso.

- É uma longa história, vamos jogar Mario party agora?– Gary disse querendo mudar de assunto.

- Ei explica essa história ai Gary? – Miguel falou curioso.

Gary não disse nada, então eu resolvi falar.

- Ele perdeu no xadrez pro Thiago – Falei com a boca cheia de salgadinhos na boca.

- E isso não é o pior na verdade – Disse o Ryan.

- O que é pior? – Lucas também estava curioso.

- Não fala pra eles, Ryan, Thomas – Gary estava nervoso.

- Somos amigos diz logo Gary – Miguel insistiu.

Mas quem disse o segredo foi o Eric.

- Ele correu pela quadra de basquete só de cueca por ter perdido pro Thiago – Eric falou despreocupado.

- Ahhh não escutem ele – Gary estava muito vermelho e cobria o rosto com as mãos, como se fosse fazer diferença, dava pra ver que ele estava vermelho, e a esse ponto a reação do Gary mostrava que eles considerava o Miguel, o Lucas e também o Eric seus amigos, por que ele não é assim com os outros, afinal ele estava vermelho na frente deles.

- Quem diria né, mas mesmo assim o Gary é um Alien – Miguel disse sorrindo.

- É verdade – Disse o Lucas em seguida.

- E eu achando que era bom em jogar – Eric falou e depois olhou pra mim.

Fazia tempo que não acontecia nada entre a gente, a única coisa que ele fazia era olhar muito pra mim, com um olhar diferente como se fosse um olhar apaixonado, mas eu estava imaginando coisas. Mas eu também não conseguia parar de olhar pra ele.

- Mas eu sou um Alien mesmo – Gary falou sorridente.

(...)

No outro dia, na escola o Ryan e eu estavamos sozinhos na sala de música ensaiando, faltava dois dias pro show.

- Você está pronto pra cantar Thomas?

- Mais ou menos, estou nervoso um pouco.

Naquela hora o Ryan me perguntou uma coisa.

- Você ainda...me ama Thomas?

Eu pensei no Eric, mas acabei dizendo:

- Sim.

Ele veio na minha direção e me deu um beijo, eu retribui mas não sentia nada, era como se estivesse faltando algo.

- Quando descobri o que você sentia por mim, fiquei muito confuso e chocado. Eu fui muito mal com você.

- Eu sei, tudo bem, eu já te perdoei.

Disse sorrindo pra ele.

- Por que me beijou? – Perguntei confuso.

- Eu descobri tarde demais que amo você Thomas – Fiquei surpreso com isso, nunca achei que ele me amaria.

- Ryan....

- Mas agora você pertence a outra pessoa.

- O que está falando? – Falei nervoso.

- Do Eric, eu vejo como vocês se olham, eu sei que gosta dele, e sei que ele gosta de você, devia falar o que sente por ele, diferente de mim, eu tenho certeza que ele vai te aceitar.

- Não sei do que está falando, eu amo você Ryan.

- Thomas eu sei que...

Eu fui e beijei ele. Então ficamos nós beijando, mas eu me sentia como se estivesse fazendo algo errado.

Então eu abri o seu zíper e abocanhei o pênis dele.

- E-ei Thomas ahh – Ele segurava a minha cabeça.

Eu lambia e chupava algumas vezes, mas eu me sentia como se mentisse pra mim mesmo.

- Thomas ahh.

Foi quando a porta foi aberta. É era o Eric, justamente ele.

- Ah nã-oo não queria atrapalhar, já vou indo.

- Espera Eric....

Ele saiu correndo e parecia que ia chorar ou alguma coisa assim.

- Você gosta dele Thomas? – Ryan me disse com uma cara meio triste.

- Eu...não sei do que está falando, e de você que eu gosto.

(...)

Depois disso nos ensaios o Eric não falou comigo nenhuma vez. Ele foi pra casa antes de mim.

Mas quando cheguei em casa, abrindo aporta do meu quarto, uma mão segurou o meu pulso com força.

- Você acha mesmo que faz isso comigo e sai impune. Quero que você me chupe piolhento, é uma ordem.

Não dá pra acreditar nesse cara, quem ele pensa que eu sou.

- Eu gosto do Ryan, não vou fazer isso.

- É uma ordem, estou mandando.

- Não vou fazer isso Eric, pode pedir o que quiser mas não vou fazer essas coisas – Falei meio nervoso.

- Você é meu, você só pode fazer aquelas coisas comigo.

- Não sou seu Eric.

Ele me olhou triste.

- Então....você...voo-ocê...prefere...ele? Por que?.... Ele é melhor que eu? – Ele começou a falar com nervosismo.

- Não é iss...

Ele me interrompeu e disse:

- Eu...eu amo você Thomas....- Ele estava chorando.

Eu estava surpreso, eu realmente acreditei que tudo aquilo que ele fez durante todo esse tempo foi por que me odiava, mas nunca achei que ele estivesse apaixonado por mim.

- Eric, eu...eu gosto do Ryan – Eu disse sem pensar direito, na verdade eu estava mentindo mesmo.

Eu não sei por que estava mentindo assim, eu estava com medo de admitir o que sentia por ele ou talvez estivesse só confuso demais.

- Seu mentiroso....eu sei que gosta de mim, não vou deixar você pra aquele cara, você é meu.

Mesmo eu sabendo o que ele sentia, eu simplesmente não conseguia falar a verdade.

- Você está ficando doido, eu não gosto de você, nunca gostei, você sempre me bullinou, sempre disse com todas as palavras como me odiava, e quer saber EU TAMBÉM TE ODEIO – O que eu estava fazendo, eu não queria dizer aquelas coisas.

Ele me olhou surpreso, e como se quisesse disfarçar o seu desapontamento.

- A culpa não é minha... foi sua culpa piolhento, você fica fazendo essas gayzises comigo, É SUA CULPA – Ele falou nervoso.

- Eu não tenho nada haver com as suas maluquices.

- Quer saber não me interessa sua opinião, você ainda é meu escravo, e eu quero que você me chupe piolhento.

- VAI SE FUDER, USA A SUA MÃO É FAZ SOZINHO, NÃO VOU MAIS TE OBEDECER.

Sai de lá antes que ele me segurasse de novo.

Eu sou um idiota mesmo, eu fugi e menti, falei coisas horríveis pra ele.

(...)

Depois disso o clima entre a gente ficou estranho, ele não falou nada sobre isso, ou fez nada também, mas continuamos a ensaiar normalmente, até que chegou o dia do show de talentos.

- Estou nervoso – Falei olhando pela cortina, tinha muitas pessoas na plateia.

- Vai ficar tudo bem, não se preocupa Thomas – Ryan disse tentando me acalmar.

O Eric só olhava com raiva pra ele, mas eu fingia que não via isso. Eu sou mesmo um idiota e covarde.

(...)

Já estavamos com os figurinos, e faltava pouco pra sermos chamados. Eu fiquei ouvindo a semana toda várias pessoas da escola me zoando por ser gay. Mas o bom de tudo isso e que meu pai ainda não sabia de nada, e espero que continue assim.

- Agora no palco os alunos do 2° ano. Vão fazer uma apresentação musical. Com vocês The Bright – Falou o professor de Matemática no palco.

É eu sei, não é o melhor nome de banda mas foi o que todos decidiram na hora.

- Vaaaa-amos lá – Falei nervoso.

- Vamos lá – Todos disseram ao mesmo tempo.

Entramos no palco e todos nós tomamos nossas posições e então começamos.

A música começou a tocar, e eu peguei o microfone, meu coração batia forte, a única coisa em que eu pude pensar para me acalmar era no Eric.

Comecei a cantar, as palavras saiam naturalmente, conforme eu pensava nele.

Foi então que eu entendi, eu estava mesmo apaixonado por ele, estava fugindo da realidade por achar melhor, mas era só uma farsa, eu não podia continuar mais com isso, eu tenho que dizer pra ele.

Continuei cantando, e estava feliz finalmente, era como se tudo ficasse claro na minha mente, eu estava muito empolgado com o pensamento de dizer pra ele como o amava.

Então eu terminei de cantar e todos me aplaudiram, estava com um pouco de vergonha, eu e o Miguel cantamos muito, e no final recebemos muitos aplausos.

Várias garotas estavam nos cercando, até mesmo a Vanessa, eu lembro que o Ryan era doido por ela.

(...)

Depois de várias apresentações e enrolações, finalmente o resultado dos ganhadores.

- Agora os resultados do show de talentos.

O professor pegou o papel dos resultados e então disse:

- Em terceiro lugar, está a apresentação dos alunos do 1°ano, Os mágicos de Oz.

Então teve uma gritaria, e eles levaram alguns prêmios.

- Em segundo lugar, está as alunas do 1° ano também, com sua apresentação de dança, The power girls.

- Ahhhhhh ahhhhh – Era muita gritaria das meninas e do público.

Estavamos nervosos, era nosso o primeiro lugar, tinha que ser.

- E em primeiro lugar, os alunos do 2°ano, The Bright.

- Ganhamos, ganhamos ahhhhhhh – Gritamos de felicidade.

Subimos o palco e recebemos uns prêmios, e um troféu, a professora tinha dito que era só simbólico o prêmio mas aquilo era um troféu mesmo, um bem maneiro na verdade.

Muitas pessoas olhavam pra gente, o Vincent e os outros nós olhavam com ódio.

Quando descemos do palco vi o Thiago falando com o Gary alguma coisa. Os dois estava sorrindo.

O Thiago é rival do Gary, talvez ele tenha ido parabenizar o Gary pela vitória de hoje, ia ser interessante já que o Thiago é muito convencido.

(...)

Quando acabou fomos todos pra casa do Ryan, ficamos jogando vídeo game, comendo besteira, e ficamos até tarde fazendo baderna, que bom que a mãe do Ryan estava trabalhando ainda, por que estava uma barulheira. Nós até bebemos, eu nunca tinha bebido antes então ia ser a primeira vez.

- Vamos lá Thomas, experimenta – Disse o Miguel me oferecendo uma garrafa de cerveja.

- Melhor não, eu não gosto muito – Disse me afastando.

- Toma logo Thomas, você vai gostar – Disse o Ryan.

- Você já tomou essas coisas Ryan? – Falei na maior inocência, parece até que sou virgem.

- Rsrrsrs claro que sim, até o Gary já tomou – Ele disse rindo.

- Foi só uma vez Thomas, foi quando você não foi na festa da escola, um tempo atrás – Gary disse envergonhado.

- É você nunca me disse isso? – Falei surpreso.

- Desculpa, eu achei melhor não te dizer, por que você ia ficar zangado, já que você sempre me avisa pra não tomar essas coisas.

- Ah vamos lá, só hoje Thomas – Disse o Miguel insistindo.

Eu acho que vou me arrepender depois.

- Ahhh tudo bem – Dei um grande suspiro.

Então comecei a tomar, e conforme as horas iam passando eu ficava mais doido e embriagado.

(...)

- Hihihi ei ei ei ei ei Gyaryyyyyyyyy, me dá maiiiiiiiis um poucoooooo de cervejaaa – Falava manhoso e com um sorriso enorme no rosto.

- Você já bebeu muito Thomas – Gary disse.

- Ele tá me assustando Ryan, ele está sorrindo que nem um demônio – Miguel falou.

Eu ainda estava entendendo o que eles diziam mas estava começando a ficar mais maluco.

- Quem é demôniooooooo aquiiiii?

Fui até o Miguel e abracei ele.

- Ei você tá muito doido mesmo, é melhor ir pra casa – Miguel falou tirando os meus braços dele.

- Rrsrssr que engraçado, nunca vi ele assim Miguel – Lucas disse rindo.

- Né Lucaaaaas, diz praaaa ele que eu nãoooo vou, quero beber maiiiiiis.

- É melhor a gente ir Thomas, está ficando tarde – Eric segurou o meu braço e eu agarrei ele.

- Erriiiic, nãoooo querooo ir – Falei com uma voz manhosa no ouvido dele.

- É-é melhor nós irmos Thomas você já bebeu demais – Eric disse e estava com o rosto vermelho.

- Melhor você irem mesmo, se eu soubesse que ele é tão fraco pra bebida, nem tinha oferecido, apesar de está engraçado ver ele assim – Miguel disse.

- Não querooooo ir – Eu abraçava mais o Eric.

Ele começou a me arrastar pra fora, eu estava quase pendurado nele.

- Rrsrsr ele vai está morrendo de dor de cabeça amanhã – Gary falou.

(...)

Então eu e o Eric fomos embora, eu não lembro muita coisa mas chegamos no meu quarto e ele disse:

- Melhor você tomar um banho e ir dormir.

- Tomaaaa banho comigooo Eric – Falei ainda abraçado e mordi a orelha esquerda dele.

Eu estava com muita vontade de beijar ele.

- Thomas é melhor você fazer isso sozinho.

- Mas eu queroo você – Falei e beijei ele logo em seguida.

Ele então tirou as minhas roupas e me jogou em baixo do chuveiro. Ele tinha tirado as dele também e voltamos a nós beijar.

- Eric euuu te amooo – Falei olhando bem nos olhos dele.

- Eu também amo você – Ele estava fazendo a mesma coisa.

Então depois disso, não lembro de mais nada, eu esqueci mesmo.

(...)

Tinha acabado de acordar, o Eric estava do meu lado dormindo e eu estava cheio de marcas pelo corpo, e minha bunda doía muito, eu estava com dor de cabeça.

Mesmo que eu tenha esquecido de ontem, dava pra saber o que mais ou menos aconteceu.

- Que vergonha – Falei e cobri meu rosto com as mãos.

- Eu não lembro direito o que aconteceu, mas eu acho que disse pra ele ontem, não queria ter dito daquele jeito – Falei e suspirei pesado.

- Disse o que? – Eric falou e eu me assustei.

- Ahhhh.

- Ahg não grita piolhento, acabei de acordar.

- Por-por que você está dormindo na minha cama? – Falei fingindo que não sabia de nada.

Ele me olhou sério e disse:

- Você estava muito doido ontem, e não parava de me abraçar então eu acabei dormindo aqui.

- Se- sério? Haha que coisa – Falei envergonhado.

- Melhor eu ir pro meu quarto agora – Eric disse se levantando.

Eu tenho que dizer logo pra ele, não quero continuar mentindo.

- Espera – Disse segurando o pulso dele.

- O que foi?

- Eu tenho que te contar uma coisa.

- Se for sobre aquele dia, não precisa se explicar, eu já entendi, você gosta do Ryan, tudo be...

- Eu amo você Eric – Falei rápido.

Ele ficou surpreso dava pra ver no rosto dele.

- Desculpa sobre aquele dia, eu estava confuso sobre os meus sentimentos e também eu falei coisas horríveis antes, desculpa também, mas agora eu entendo, eu realmente amo você.

- Você está falando sério? Você realmente me ama? – Ele falava choroso.

- Estou falando sério, eu amo você Eric – Falei sorrindo pra ele.

Ele começou a chorar.

- Eric? Por que está chorando?

Ele então me abraçou forte e disse:

- Eu também te amo Thomas.

Eu estava muito feliz, finalmente estavamos juntos, e eu parei de mentir pra mim mesmo.

- Ei, não chorar seu bobo.

- Te amo, estou muito feliz – Ele disse sorrindo e limpando as lágrimas.

- Namora comigo Eric?

- Hahaha...eu já ia te perguntar a mesma coisa... Sim piolhento.

- Ei, piolhento não, meu amor agora.

- Haha eu sei, é brincadeira....meu amor.

Ficamos mais um tempo na cama falando coisa vergonhosas e melosas um pro outro, mas depois eu tive que ir no banheiro vomitar e tomei remédio pra dor de cabeça, não sei se foi uma boa ideia beber que nem um doido ontem mas pelo menos estou com o Eric agora.

Continua...