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História Erupção - Entre Socos e Pontapés


Escrita por: HMariaGabriella

Notas do Autor


Eu ia postar na sexta, mas tive que assistir um filme (trabalho de arte) e quando acabou já era tarde. Aí resolvi aproveitar uns trinta minutinhos para escrever e postar hoje :3
É isso jujubas, buenas lecturas!

Capítulo 2 - Entre Socos e Pontapés


Fanfic / Fanfiction Erupção - Entre Socos e Pontapés

 Lennon era um ótimo rapaz — afinal, sempre foi—, ultimamente ele estava entrando em um mundo meio depressivo, mas nada que o desviasse de sua conduta sempre exemplar como meu primogênito e irmão mais velho de Gene. E foi por isso mesmo que eu decidi sair e deixar a “recém-espancada-pelo-marido” em casa com ele. Se Lennon era responsável suficiente para tratar desse tipo de situação? Isso era problema dele e de Amber, não meu.

 A minha desculpa foi que eu precisava encontrar com Debbie, o que em primeiro momento não foi totalmente mentira. Mas, assim como várias outras vezes, eu tive que desmarcar nosso encontro, sem remorsos ou ressentimentos para o hábito quase rotineiro. E dessa vez realmente era um assunto importante e urgente: precisava matar Johnny. Não que eu realmente fosse capaz de tirar a vida de alguém, porém eu me achava capaz de fazê-lo sofrer por ser um imbecil. Vingança? Justiça? Quem se importava?

  Quando eu cheguei na porta de sua casa, não tive dificuldades para ser atendido, já que somos amigos de longa data. E também por ter ficado de visita-lo hoje, para lhe prestar condolências pela morte de sua mãe.

—Liam? — Parecia surpreso, todavia ainda nem imaginava o que viria a seguir.

 E, conforme Noel tinha me ensinado (fazendo comigo certa vez) eu dei-lhe um murro na cara. No entanto, um soco tão rápido e tão preciso que ele mal tivera a certeza que fora eu o agressor. Depois teria o arrastado até a parede e dado uma verdadeira surra de rua, não fosse meu irmão do meio ter interferido, afastando nossos corpos. Admito que a princípio fiquei muito confuso: que diabos Noel estava fazendo ali?

—Hey, hey! Vai com calma, Liam! —advertiu— O que você pensa que está fazendo?

—Como assim? —foi quando eu percebi como minha voz estava ofegante. Coração acelerado, suor escorrendo da minha testa, pelos arrepiados? Quando foi que essa adrenalina se liberou no meu corpo? — Não vai me dizer que você ficou do lado desse cara?

 Não. Não, não e não! Essa hipótese infeliz nem deveria passar pela minha cabeça ou pela do outro Gallagher. Deveria ser uma coisa descartada por espontaneidade. Era impossível que ele estivesse defendendo o réu em vez da vítima. Não era?

—Calma, Liam. — repetiu, enquanto Johnny passava a mão agonizando pelo rosto, — Você pelo menos sabe o que aconteceu? Ou ouviu histórias por aí? Talvez tirar a limpo antes de partir para a agressão pudesse ser uma coisa interessante, não acha?

—Se você abrir a boca de novo para falar qualquer bodega dessas, eu vou tirar seu rosto a limpo, junto com o do seu amiguinho! —arfei— Vai me dizer que está do lado do agressor, Noel?

—O único agressor aqui é você, Liam.

 Aquilo ecoou brevemente na minha cabeça. Queria dizer então que Johnny ainda não havia contado para Noel o ocorrido? Ou será que ele tinha sido inocente o suficiente para acreditar que Amber, logo Amber, tinha inventado aquelas histórias para se apossar do dinheiro de Depp? Tudo bem, o casamento deles não era dos mais longos, um pouco mais de um ano e a loira não era nenhuma Sara, no entanto também não era uma Patsy da vida! Eu sabia disso. Noel sabia disso. E o que mais me assustava: Johnny sabia disso.

—Ele bateu na Amber. —ri alto— Ou vai me dizer que você não “tirou a limpo”?

—Eu não fiz isso, Liam! — Depp se defendeu, agora um pouco recuperado do soco que sequer deixara um inchaço, talvez eu devesse ter sido mais potente —Eu estava bêbado, de luto e se fiz, não foi por vontade própria. E como ia contando para o seu irmão, quando eu e Amber começamos a discutir ela ficou me provocando e a gritaria começou. Depois disso só lembro de dois policiais virem ver se havia alguma coisa de errado, porém tudo estava bem e eles foram embora.

—Então você não lembra do que fez, mas lembra do que ela te disse? —dei um pequeno sorriso ruidoso e irônico— O que mais aconteceu? Uma borboleta cuspiu fogo no rosto da sua namorada e isso a machucou como um soco? Ou será que foi um unicórnio falante? Me poupe John!

—Eu lembro do que eu fiz, até esse ponto em que a polícia saiu. Estávamos discutindo, no entanto eu nunca iria partir para a agressão! E se fizesse isso, eu lembraria! William, por favor, acredite em mim!

Meu garoto, você ouviu o que ele disse, não ouviu? —Noel estava com uma voz tão cínica que por um momento eu senti desespero. Por que ele estava agindo assim? Logo ele? Eu quis, quase que incontrolavelmente, bater na parede até minha raiva acabar —Nós dois conhecemos o Johnny, o quanto ele é um cara calmo. Muito mais do que eu ou você, ou até mesmo Paul. E nenhum de nós jamais pensou em agredir a companheira. Agora Heard nunca foi a mais confiável dentre a Sara e a Nicole.

—Ele mesmo disse que bebeu. —minha voz agora não demonstrava nada além de perplexidade.

—E você nunca ficou bêbado e discutiu com a Patsy? Mas você, que é explosivo por natureza, nunca encostou um dedo nela. Então diz, como quer que eu acredite que o John fez isso?

—Isso que você está fazendo... Isso é a mesma coisa que defender o Tommy, Noel!

—Ah não, Liam! —ele suspirou e aquele foi mais um dos momentos da minha vida em que eu mal podia controlar o que eu falava e fazia, só estava... Falando e fazendo —Olha só a comparação que acabou de fazer! Não, o Depp não merece ouvir essas coisas. Você não merece isso. Tudo, absolutamente tudo, você acaba associando ao Tommy. Lembra daquele processo, por causa de uma menina, Judith é o nome dela? Então, lembra-se? E agora nesse caso também. William, é preciso vencer essa lembrança! Existem pessoas como o Tommy e não há como ser um “justiceiro”!

—Cale a boca, okay? Para variar! —franzi meu cenho bufando feito um cavalo e, se Sara já não me tivesse dito inúmeras vezes que meu coração bate em uníssono, poderia jurar que conseguia ouvi-lo totalmente desordenado— Você quer o quê? Que eu ignore tudo isso e esqueça aquilo? Quer que eu fique do lado de quem bebe e bate na esposa? Eu prefiro morrer do que ouvir isso da sua boca! —senti uma pequena ardência na garganta, esta que foi devidamente controlada com um “engolir em seco”.

—Garoto, não estou dizendo para você esquecer, estou dizendo para superar! É difícil, mas não é impossível. —a voz dele era manipuladora o suficiente para, por alguns momentos me deixar confuso. Confuso sobre o que ele fazia ali, enquanto devia estar em turnê. Confuso sobre porquê Johnny parecia estar dizendo a verdade tanto quanto Amber. Mas principalmente sobre como nossa discussão havia parado nesse assunto tão irresistivelmente delicado: Tommy Gallagher.

 Para a minha sorte, no exato momento em que tudo se silenciou, as duas crianças de ouro chegaram em casa. Rose e Jack, respectivamente, entraram na sala e cumprimentaram a mim e os demais, também ordenadamente.

 Aquilo me fez suspirar e lembrar da minha segunda missão: leva-los com vida até minha casa e mantê-los seguros por algumas semanas. Não ia ser trabalhoso, ia?

—Rose, Jack! —mudei de assunto— Onde vocês estavam ontem? Ouviram alguma discussão?

—Fomos dormir na casa da mamãe! —respondeu o garoto animadamente—Por quê? O que houve? Todo mundo na escola ficou dizendo coisas ruins hoje, sobre você, papai. —Johnny passou a mão pelos olhos, com decepção.

—Então, coisas ruins aconteceram e por isso mesmo a Amber me pediu para cuidar de voc-

—Eu vou leva-los para a casa, garotos! —Um sorriso largo tomou conta do rosto do “High Flying Aggressors”, como se nada tivesse acontecido há poucos minutos— Vai ser uma temporada com o Sonny, a Ana e o Don!

—Como eu estava dizendo —emendei tentando fazer uma voz como a dele— vai ser uma temporada com o Lennon, a Deb e o Gen!

—Eu vi o que aconteceu nas redes sociais. —Rose quebrou o clima com uma voz totalmente mórbida— Não acredito que aquela mulherzinha está fazendo isso com nossa família! E o Lennon ficou do lado dela?

E foi assim que eu praticamente fui enxotado da casa Depp, com a moral completamente destruída e sem sequer poder defender meu filho. Não, não tinha o que ser feito. Estavam todos cegos. Só eu podia ver o quão injustos eles estavam sendo com Amber, vitimando Johnny. Eu realmente não ligava se havia álcool metido na história ou provocações por parte dela. Ninguém pode bater na esposa!

 Não importava se Johnny queria que seus filhos ficassem com Noel, se eles mesmo preferiam assim. Agora era questão de honra.


Notas Finais


HAUHAUAHUAHAUAHUAH Cheio de referências e suspense :'3
É isso aí, até mais \o


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