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História Erupção - Você me ama?


Escrita por: HMariaGabriella

Notas do Autor


Sim, eu ainda existo e ainda escrevo fics :v
Hello Jubas! Sentiram minha falta? Não? Okay então ;-;

Quer dizer, cof, cof. Enfim, Tenho muitas explicações, mas vamos deixa-las para as notas finais! Boa leitura:

Capítulo 4 - Você me ama?


Fanfic / Fanfiction Erupção - Você me ama?

 O dia seguinte tinha corrido muito menos conturbado que o esperado. Amber havia aberto um inquérito na justiça contra o suposto agressor, que havia se agilizado em encontrar um advogado.

 Na casa MacDonald nem se comentava do divórcio dos pais de Jack e Rose. Na verdade, estava um clima até de férias, mesmo em plena semana. A família e os hóspedes comeram juntos todas as refeições, depois o motorista levou os garotos e as garotas para as suas respectivas escolas. A única estranheza que havia era a presença de Lennon, a qual Sara teve que explicar para Noel ainda na noite em que o rapaz chegou na casa.

 Apesar dos últimos acontecimentos, naquele momento tudo estava bem. Noel havia saído para buscar o pessoal em suas escolas, aproveitando para fazer uma surpresa aos seus filhos (e por consequência aos demais) e passar na sorveteira, aproveitando o trânsito tranquilo. Sara disse que não queria ir porque tinha coisas para fazer dentro de casa. Mentiu.

 A mulher aproveitou a ausência de todos os moradores daquela “pensão”, a qual ela chamava de lar, para tirar suas próprias conclusões sobre o caso “Johnny”, mais tarde apelidado por ela mesma como “Erupção”, já que tal qual um vulcão, o boato havia explodido derramando discórdia por aí. E se no dia anterior seu marido havia tirado tido a sorte da garoa não engrossar, ela não usufruiria da mesma vantagem.

 Aproximadamente uma ou duas quadras antes da casa do Gallagher, uma chuva forte o suficiente para deixa-la encharcada quando chegasse ao seu destino, despencou do céu junto àquele frio que já era realidade. Ao bater na porta, com as mãos gélidas, a morena se fez a mesma pergunta que seu cantor predileto tinha feito algum tempo antes: “Por que diabos eu não vim de carro?”. Não teve tempo para concluir seu raciocínio, a porta se abriu.

—Sara? —William coçou a testa forçando o olhar a acreditar naquilo. O que aquela pessoa poderia estar fazendo ali, ainda mais naquele instante chuvoso? —Quer entrar?

—Por favor.

 Após alguns segundos captando a mensagem o homem permitiu a passagem da cunhada, movendo os lábios de forma esquisita, um sobre o outro.

Y-Y-Y

 Foi realmente estranho MacDonald ter batido na minha porta toda encharcada em um final de tarde. Todavia, quem eu era para recusar sua entrada? Nem pensei nessa hipótese.

 Foi quando a mulher entrou a casa, que estava mais arrumada do que se espera que um Gallagher mantenha suas coisas, que eu pude perceber como uma Sara molhada parece mais sexy do que um Sara seca. Sim, pode parecer besteira ou perversão (ou os dois), no entanto o cabelo dela estava grudado em suas roupas que, se antes já eram justas, agora estavam perfeitamente definidas em seu corpo e aquilo me fez ter certas recordações indecentes. Quase que automaticamente meus lábios estavam buscando impedir que um pouco de saliva escorresse. Contive-me.

—A que devo a sua tão ilustre presença? —Indaguei deixando a ironia saltar acidentalmente— Ou devo dizer a sua tão molhada presença?

 Recebi um olhar negativo da mulher, o que me fez esboçar um sorriso tosco. Então, ela pigarreou justificando alguma coisa que eu sequer tive chance de ouvir. Com mais uma tosse seca questionou se Amber estava.

 A Heard havia saído fazia certo tempo. Não me recordava bem, entretanto achava que ela tinha saído para falar com um advogado e iria passar na casa dos Appleton. Não havia sido Nicole que tinha deixado Gene aqui, noutro dia, o que impediu que as duas pudessem conversar. Suspirei.

—A Amber saiu no início da tarde para resolver umas coisas. Por quê? Veio acusa-la de fraude?

—Na verdade não. —Pareceu assustar-se um bocadinho com minha ignorância— Só vim saber o que realmente aconteceu, porq-

 Um trovão caiu rusticamente, cortando qualquer fala e fazendo a mulher expressar um susto leve. Aquilo me deu uma vontade de rir sarcasticamente, no entanto não o fiz. Apenas passei as mãos pelos meus fios de cabelo, alinhando-os. Isso já estava virando mania. Em seguida observei-a de cima a baixo, estava literalmente pingando.

—Você quer tomar um banho, para poder se secar e espera-la? Depois conversamos.

—Se não for incômodo. —Estava moderadamente envergonhada— E se você puder me emprestar alguma roupa seca... Eu até posso te pagar, ou sei lá, fico te devendo mais essa.

—“Mais”? —franzi o cenho, buscando a toalha que estava jogada no sofá, da qual eu pretendia usar para tomar banho antes da chuva começar— Será que eu já fiz alguma coisa boa e não estou lembrado?

 Sara deu um sorriso desalinhado, verdadeiro, achando que era de fato uma piada. Bem, se a fez rir, então poderia ser. Depois recolheu o pano das minhas mãos, caminhando com pressa até o banheiro, ouvindo-me sussurrar alguma coisa sobre eu levar algumas roupas que Debbie tinha deixado na minha casa por qualquer motivo.

 Na verdade, Deb sempre deixava vestimentas na minha residência. Ela vivia dizendo que era para evitar imprevistos, ou que esquecia, para facilitar a mudança quando nos casássemos, ou qualquer coisa do tipo. Eu nunca pensei que fosse por algum motivo assim, contudo também nunca me interessei sobre o assunto. Ou qualquer outro assunto desrespeito a Debbie e suas vestes.

 Fui até meu quarto, abrindo agilmente o guarda roupa e pegando uma camiseta preta e uma calça da mesma cor, ambas femininas, e depois uma parka minha. Seria suficiente para aquecer MacDonald e ninguém nunca notaria a ausência daquilo. Depois eu tive uma surpresa, desagradável, devo dizer. Ou talvez não tenha sido tão ruim. Mas enfim.

 Em minha defesa eu digo que não bati na porta do banheiro antes de entrar porque a mesma estava entreaberta. Não imaginei que iria encontrar minha cunhada desnuda a ponto de ligar o chuveiro. E por mais libidinoso que eu possa ser (acusado!), também fiquei embaraçado com a situação.

 Quer dizer, Sara era linda de corpo e alma e eu apreciava isso. Porém forçar um momento daqueles? Jamais.

—Ah... —ela corou imediatamente, observando minhas pupilas se dilatarem involuntariamente, em seguida cobriu os seios com as mãos—Liam?

—E... Eu... —Contrai os lábios momentaneamente, alternando o olhar entre as roupas que carregava e a mulher a minha frente— As roupas, você precisa delas. Mesmo que fique ótima sem.

 Okay, aquilo talvez tivesse sido a pior coisa que eu pudesse ter dito naquele momento, mas apesar disso consegui arrancar uma gargalhada. Se foi fingida? Só se Noel for casado com uma atriz e ainda não souber.

 Deixei as vestimentas em cima do vaso e me retirei com a cabeça baixa, ouvindo-a abrir o chuveiro e resistindo a tentação de dar uma última espiada. E foi só quando eu sentei no sofá que me dei conta de como minha face estava quente, isto é, como eu estava ruborizado. Minha respiração estava praticamente presa, ao passo que meu coração palpitava suavemente. Demorei algum tempo para me dar conta de que afinal, a mulher não tinha rido do que havia sido dito, porém sim de quem o havia feito. Cocei a nuca enquanto pensava sobre o assunto. O quão ridículo eu tinha sido? O suficiente para fazer alguém com vergonha tirar sarro, o que deve ser bastante. Chegar nessa conclusão só me fez ficar ainda mais avermelhado por alguns breves instantes. O que foi aquilo? Eu definitivamente não sabia.

 X-X-X

—Pai! Pai! —Donovan chamava escandalosamente, tomando a atenção de alguns outros clientes da sorveteria— Quero caramelo por cima.

—Está bem. —Respondeu o Gallagher passando a mão pelo rosto e suspirando. Já havia perdido a prática de fazer aquilo. Então virou-se ao atendente, recolhendo uma boa quantia da carteira— Recapitulando: um sorvete de chocolate duplo, um de morango com caramelo, dois de baunilha duplos, um sundae com castanhas e outro sem.

—Faltou o meu, pai. —Pigarreou Anaïs —Um picolé de coco.

—Ah, é! —Arfou, dando o dinheiro ao rapaz— Um picolé de coco também, não esquece. Filha, por que você não leva o Sonny até aquele pequeno fliperama do lado de fora?

 A garota deu de ombros guardando o celular e chamando o caçula com a mão. Ouviu-se ainda Don protestar que queria ir junto e segui-los. Lennon e Rose aguardavam sentados à mesa, conversando sobre qualquer coisa — talvez sobre os Depps — e puderam perceber a afobação do maiorzinho, rindo em coro, desviando o assunto para sobre como também já foram espalhafatosos quando pequenos. Quem sabe fosse mal de Gallagher? "Apesar de Rose não ser Gallagher, por enquanto", calculou Lennon.

 O atendente recolheu o dinheiro com agilidade, entregando cada pedido de uma vez, de forma que nem mesmo se Noel possuísse mais uma mão poderia carregar todos sem manchar sua camiseta branca; nova. Ainda assim, sobreviveu a missão de entregar ao filho de Liam e a Lily seus respectivos sorvetes duplos de baunilha.

—Ser pai é, literalmente, mais cansativo que ser cantor. —Protestou divertidamente o homem, tentando não derramar mais castanhas do que já havia caído no chão.

—Quer que eu os chame, tio? —Indagou Lennon a respeito dos primos— Mesmo que estejam brincando, com certeza virão atrás dos sorvetes.

—Ah, deixa eles, quando se derem conta virão pegar.

 O clima estava esfriando cada vez mais e, conforme mentalizou o compositor e para o azar de MacDonald, choveria mais tarde. Talvez fosse sensato retornar para casa o mais cedo possível. Infelizmente nem todo Gallagher (aliás, nenhum Gallagher) tem um coração frio o suficiente para poder interromper a brincadeira das crianças por causa de uma “provável garoazinha”. Mal terminou o raciocínio e seu telefone tocou, assustando até mesmo os dois jovens a sua frente. O picolé caiu, mas foi em cima da mesa. E serviu para deixar uma mão livre, permitindo que o telefone fosse atendido. Rose soltou uma gargalhada discreta, auxiliando o compositor a segurar todos aqueles doces.

—Alô, aqui é o Noel Gallagher.

—Noel, como vai? —A voz era ligeiramente familiar, como se fosse seu próprio filho lhe chamando, no entanto, não conseguiu identificar. Franziu o cenho. —Liguei em uma boa hora?

—Depende, quem está falando?

—Como assim, “quem”? A gente desaparece por umas semanas e já é esquecido. —As pupilas do homem se dilataram, percebendo com quem falava— Aqui é o Bono, oras. Bono Vox.

Y-Y-Y

 Eu estava sentado no sofá aguardando Sara terminar de banhar-se. Aquele último acontecimento deveras vergonhoso tinha me feito refletir o suficiente para perceber que eu deveria confrontar a esposa de meu irmão a respeito de qual lado ela estava com relação aos últimos acontecimentos. Quer dizer, não era como se alguém devesse se meter na vida dos Depps, porém tinha virado uma questão de honra há algum tempo e para mim aquilo não significava mais “Amber ou Johnny”, entretanto sim “Liam ou Noel”. Muitas coisas se resumem em “Liam ou Noel”, para falar a realidade.

 Apesar disso, quando a mulher saiu do banheiro, toda linda e maravilhosa, eu mal pude lembrar do que tinha planejado para falar. Aqueles olhos acastanhados ainda me pareciam risonhos, fazendo-me desviar deles momentaneamente e quando tornei a fita-la já tinha sido confrontado primeiro:

—Sabe se a Amber demora muito? Disse para o Noel que ficaria em casa hoje.

—Mentiu? —Sorri de forma malvada, como se eu saber disso pudesse acabar com a relação deles. — Quem dera que vir até minha casa fosse tão importante.

—Eu não vim por você, William. —O tom sério dela me fez notar que de fato eu tinha soado debochado, o que me fez rir mais descontraído, o suficiente para retomar o assunto anterior.

—Na verdade eu já nem sei mais se a Amber volta para dormir aqui ou se ela vai ficar na casa da Nicole.

—Droga. Eu queria saber mais sobre o “Caso Erupção”. —Fez aspas com as mãos— Mas pelo jeito vou ter que ver isso por mensagens.

—Eu posso te falar tudo sobre isso. A começar que eu tenho uma “erupção” toda vez que a gente conversa. —Repeti o gesto manual.

—Vai começar a infantilidade.

 Ouvi-a bufando ainda com um certo sorriso nos lábios. Bom, ao menos dessa vez eu estava sendo “Infantil” e não “libidinoso”. Ainda assim, mordi os lábios suspirando, engrossando a voz para falar com seriedade.

—Sabia que o Noel ficou do lado do Johnny, mesmo sem saber o que a Amber pensa? É como se ele estivesse defendendo o Tommy. —Minha voz soou demasiadamente ríspida— Isso é ridículo.

—Não diga assim também. O Johnny não é um imbecil, quer dizer, é nosso amigo, não podemos julga-lo!

—Não podemos julgar a Amber, isso sim. —Inflei um pouco as bochechas, levantando-me e caminhando sorrateiramente até Sara, sem me dar conta do que exatamente tinha acabado de dizer— Ela é minha amiga e eu costumo tentar ser um bom amigo.

—Mas você deveria ouvir o John. Poxa! —Ela revirou os olhos, aconchegando-se um pouco mais próxima de mim— Sei lá, sair falando essas coisas a respeito do Noel... É tão “coisa de garoto” como ele não querer saber da Heard.

—Eu sou um garoto. —Sussurrei, a boca umedecida— Menos quando estamos assim pertinho —notei o calafrio que isso a causou só de fita-la— nessas horas eu viro homem.

—William! —Repreendeu-me imediatamente, bufando com os olhos levemente esbugalhados—Sempre com piadinhas pervertidas.

—É porque você faz o meu disquete virar um disco rígido.

  Ela soltou uma risada suave, rapidamente contida. Ótimo, havia conseguido ser ridículo. De novo. Aquilo não era para me envergonhar, todavia eu senti minhas bochechas ganharem tom aos poucos, na mesma medida que a seriedade aumentava nos olhos dela. Nos lindos olhos dela.

—Liam, por que você fica dando essas cantadas? —Abri a boca para responder com ironia e o pouco de dignidade que ainda me restava, entretanto ouvi-a prosseguindo— Você... Você me ama?

 Estávamos tão distraídos e centrados um no outro que mal percebemos que alguém descia as escadas, entretanto seria impossível não ouvir a voz ligeiramente infantil em uma mistura perfeita de homem e criança que vinha do último degrau, a nossa diagonal:

—Pai?


Notas Finais


Então,antes de tudo: as explicações.
Acontece que dia 19 setembro chegou em seu auge! Eu amo muito esse período (19/09 até 19/10) porque ano passado (2015) aconteceram coisas incríveis e que, literalmente, mudaram minha vida por esses dias! Não exatamente em cada um deles, entretanto nas redondezas.

Dia 19, para falar a verdade, não estava incluso. Até que eu descobri (não por acaso) que era aniversário de um leitor muito querido, o ~-Gallagher-! Então, resolvi incluir nesse meio <3 E até pensei em postar esse capítulo tal dia, para homenageá-lo, no entanto tendo em vista a quantidade de dias posteriores que eu haveria de fazer homenages, achei melhor adiar um pouco.
Dia 21. Sim, o fervoroso aniversário de Liam Gallagher. Onde "tudo" começou. Desde julho do ano passado eu já escrevia fanfics, mas não tinha coragem de posta-las até achar um motivo suficientemente bom para tal. Oras, era aniversário dele! Eu tinha que fazer algo. "Eu Odeio Surpresas", não surgiu por acaso. E eu não tenho exatamente nenhum motivo para não ter postado nesse dia. Aliás, tenho sim: PREGUIÇA. E também pelo fato de ter me ocupado muito com outras coisas, como semana de provão, uma pessoa nova que eu conheci e outros projetos super secretos (HUAHAUHAUAH).
E eu não podai ter postado em uma data antes de 26, vulgo hoje, porque minha primeira fanfic de Oasis postada está fazendo um aninho <3 No Nyah! eu postei a Eu Odeio Surpresas algum tempo antes do que aqui no Spirit.

Enfim, é isso. Infelizmente eu entrei em um bloqueio criativo recentemente U_U O que implicará nos próximos capítulos :v Maaaas, não se preocupem, não dependo da inspiração para escrever. E dia 04 é oficialmente um ano de Eu odeio Surpresas (no SS), esperem por notícias (HAUHAUAUAHUAH -q). Vou só deixar um spoiler que entendedores entenderão: DIA 10.

Até :v (E obrigada pra quem leu esse monte de coisa nada a ver com anda -q)


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