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História Escarlate - Muralha Enfraquecida


Escrita por: mrs_hoshino

Notas do Autor


Estou MUITO feliz que vocês estão favoritando e acompanhando a fic, então resolvi trazer um cap mais cedo ;)
Obrigada pelo apoio pessoal~

Capítulo 3 - Muralha Enfraquecida


Fanfic / Fanfiction Escarlate - Muralha Enfraquecida

Desde que voltaram ao acampamento, Fataliz estava em sua tenda, isolado para variar. Decidida a não arriscar mais uma aproximação, pois voltar viva de uma já era um milagre do qual não deveria abusar, Luna se mantivera de pé em frente aos restos da fogueira e retirara sua armadura, não tinha um hematoma sequer, graças aos reflexos rápidos do moreno... Apesar de que poderia ter se virado bem sem ele, não tinha por que agradecê-lo...

Ela bufou, notando que em meio aos seus devaneios tinha ido parar de pé em frente à tenda dele.

— O que quer? — ele rosnou. Sua audição impecável, graças aos inúmeros treinamentos de guerra, notara rapidamente a aproximação de Luna.

— Como está seu braço? — ela disse por fim, passando o peso de um pé para o outro, depois de um longo silêncio.

Mas o que ela estava querendo com isso? Ele achou que a tinha afastado definitivamente na noite anterior... Levantou-se, estalando as costas nuas — já que tinha retirado sua armadura para ver melhor o ferimento —, e saiu da tenda. Luna estava a poucos passos de distância, observando-o como sempre. A presença dela era notável, mesmo quando seus olhos não a localizavam. Isso o fazia pensar se não teria algum motivo oculto para a vinda daquela mulher ao acampamento… Ou algum motivo oculto para a constante tentativa de se aproximar dele.

— Eu estou cuidando disso. Por que não vai fazer algo para agradar seu mestre quando ele voltar? — Fataliz passou por ela, procurando um dos jarros com água para poder lavar a ferida recente.

Agora que ele falara, Luna notou que o acampamento estaria abandonado se não fosse por ela e Fataliz. Nabucodo não tinha mencionado que ia partir, mas que tipo de superior faz relatórios sobre seus passos para seus subalternos? Bom, seu antigo mestre fazia, se bem que isso era só porque a feiticeira estava incluída na maioria de seus planos de conquista de reinos ou infiltração graças à sua habilidade de manipulação.

Mas então, estava sozinha com o moreno. Seria uma ótima oportunidade de saciar sua curiosidade... Não fosse pela repulsa que ele aparentava ter dela, claro.

Olhou cuidadosamente para o primeiro andar da construção, lá estava ele, enfurnado na sala totalmente tomada por aquele cheiro fúnebre... Parecia estar em seu habitat natural. Riu consigo mesma, percebendo que, apesar de ter sido um pensamento cruel, era verdade.

Mesmo à distância, Luna conseguia ver o relevo da pele marcada pela guerra. Várias cicatrizes cobriam as costas e parte do braço do guerreiro, descendo um pouco o olhar, ainda era possível ver alguns pontos brilhantes na ferida aberta. Provavelmente estilhaços da armadura, pensou.

— Sabe, se quiser perder um braço, sugiro que arranque-o como fez com o minotauro lá embaixo. Será menos doloroso do que uma infecção generalizada. — Apontou para o braço dele, ainda a uns bons passos de distância.

Fataliz seguiu com os olhos a direção apontada pela outra. Achara que tinha retirado todos os estilhaços, mas, agora que olhava com mais atenção, de fato ainda havia muitos. Jogou o alicate que estava usando sobre a mesa e apoiou-se nela, bufando em seguida. Sem cabeça para aquilo.

Por que ela estava se esforçando para interagir com ele? Não ia afetá-la em nada se ele perdesse o braço, ia? Então por quê? Este tipo de "socialização" lhe era estranha...

Levou os olhos para fora da sala, encarando o corpo esguio, mas ainda assim pequeno, de sua mais nova companhia obrigatória. Ao menos era mais agradável olhar para ela do que para Nabucodo, convenhamos que uma mulher sempre é um colírio para os olhos quando se convive num ambiente carregado de testosterona. Percebeu que a estava encarando já tinha algum tempo e se surpreendeu com os olhos azuis que o encaravam profundamente de volta. Ela sorriu, os lábios finos curvando-se delicadamente revelando duas covinhas quase imperceptíveis, como se fosse uma oferta de paz e se aproximou da entrada da sala, fazendo uma careta discreta assim que o cheiro atingiu suas narinas e tentando disfarçar em seguida, mas ele já tinha visto.

— Me passe o alicate... — Ela segurou o braço dele, analisando o estrago enquanto aguardava o que pedira com a mão estendida. Era melhor se aproximar antes que ele se isolasse novamente, não perderia essa chance.

Fataliz a encarou confuso. Em um minuto estava mantendo o muro que construíra entre os dois bem firme e no outro, ela o tinha destruído por si mesma e estava ali ao seu lado. Observou-a desviar os olhos da ferida e o encarar por um segundo, sacudindo a mão de leve.

Num estalo, ele percorreu a mesa com os olhos e localizou o alicate, entregando-o a ela com a mão livre.

Luna o segurava firmemente entre os dedos finos, o que causou um arrepio inicial no guerreiro desacostumado a receber toques gentis ao longo dos anos. Não era como se ele não fosse tocado por outras mulheres, pois era sempre que queria. Mas o toque que recebia delas era muito mais frio e automático do que o que recebia da feiticeira naquele momento. Talvez isso fizesse parte da “magia” delas…

Ela manuseava o alicate pesado com cuidado, logo se acostumou ao instrumento desastrado e começou a retirar os estilhaços que estavam mais superficiais...

—Vai doer um pouco.

—O qu-

Fataliz rosnou, mostrando os caninos afiados para a garota, que enfiava o alicate fundo na carne já magoada de seu braço. Ela mantinha os olhos fixos em sua tarefa, ignorando os rosnados e os punhos cerrados do moreno, que poderia facilmente quebrar seu pescoço ao meio se quisesse. Suas mãos se tornando escorregadias pelo sangue que escorria como um rio da ferida ainda mais aberta pelo instrumento.

Ela puxou um estilhaço pontudo da armadura, trazendo junto um pedaço de carne que o envolvia por completo, e praticamente o jogou sobre a mesa junto com o alicate. Olhou em volta, o unico tecido que encontrou estava envolvendo os restos de um animal que ela não soube identificar… Mencionou, então, puxar um pedaço da sua blusa para cumprir sua função, mas foi interrompida pelo outro.

— Eu assumo daqui... — Ele pousou a mão sobre as dela, fazendo uma expressão que ela imaginou ser a mais amigável que conseguiria arrancar dele — Já me sinto bem melhor, obrigado.

Ela riu, notando o tom inexperiente naquelas palavras. Imaginou se ele ignoraria o que acabara de acontecer e voltaria a ser indiferente ou finalmente abriria espaço para ela…

Ele se ocupava com uma linha e agulha improvisada, mordendo forte o cabo de um martelo enquanto o objeto atravessava sua pele inúmeras vezes, recitava as palavras que o mantiveram sozinho todo esse tempo em sua mente como se fosse um mantra. Torcia para Luna sair dali de uma vez... Não queria acabar criando nenhum tipo de laço com ela, por menor que fosse. Já cometera esse erro uma vez, e foi quando ouviu a verdade que seria seu mantra por tantos anos pela primeira vez.

Ela o ajudara e ele a ajudaria mantendo-a longe dele. Era bem justo.

— Como veio parar aqui? — Ela o fitava curiosa, aproveitando a brecha ainda existente.

— Por que pergunta? — Ele a encarou por um momento, não conseguindo manter seu olhar duro contra um olhar tão suave por muito tempo.

— Sou uma garota curiosa. — A voz dela era sensual, ou seriam os ouvidos do moreno que já estavam começando a vacilar? — Percebi a tensão entre você e o mestre desde o primeiro momento. Você não faz muito o tipo “soldadinho”, o que busca?

Fataliz finalmente terminara de remendar seu braço e agora não tinha nenhuma desculpa para fingir que estava ocupado o bastante para não respondê-la. Soltou um longo suspiro, passando a mão pelos fios pesados do cabelo sujo e um pouco úmido pelo calor da sala, desgrudando as mechas do seu pescoço.

— Digamos que eu e Nabucodo temos interesses em comum — disse por fim, olhando-a nos olhos, que continuavam encarando-o com o mesmo grau de interesse. — E resolvemos parar de tentar matar um ao outro e lutarmos juntos até alcançarmos nossos objetivos…

Ela sorriu, insatisfeita com a resposta que só alimentou seu desejo por mais expicações. Sua sede insaciável por conhecimento ou, melhor dizendo, sua curiosidade, esse era um defeito que era muito admirado por seu antigo líder, que o usava sem limitações para descobrir mais sobre seus inimigos.

Seu sorriso se desfez ao se lembrar disso. Por quantas mortes ela teria sido responsável sem saber? Depois de fugir do seu clã, não se sentia segura em nenhum lugar, ali não era diferente… Sentia-se observada, caçada… Por isso nunca se demorava demais em um lugar.

— E quanto a você? Como caiu nesse buraco? — Ele fingiu não reparar na súbita mudança de humor dela, intrigado com que tipo de segredos uma garota tão jovem poderia ter.

Ela levantou o olhar para ele, um pouco atordoada por ter sido arrancada de devaneios tão profundos. Ponderou por um instante sobre o que dizer,afinal ele não tinha sido totalmente sincero também…

Com um olhar desconfiado, ela se debruçou sobre a mesa e só então desviou o olhar do moreno, passando o dedo ainda ensanguentado sobre a superficie de madeira arranhada e deixando a franja sem corte cobrir seu rosto por completo, escondendo seus olhos.

— Como posso dizer... — Ela pensou um pouco, dando de ombros e sorrindo sozinha — Tenho um destino azarento.

— É meio egoísta dizer uma frase como essa na situação atual de Pan Gu, não acha? — retrucou.

— Tem razão… — soltou uma risada sem graça. — Deixe-me reformular então. Vim de um bom lar, meu pai era um soldado e minha mãe, bem, percebe-se o que ela era. — Indicou as orelhas no topo da cabeça, abraçando-se em seguida. Fazia tanto tempo que não acessava tais memórias que em um segundo um turbilhão de sentimentos já esquecidos a invadiu. — Bem, fiz más escolhas… Acabei aqui.

Fataliz continuou em silêncio, esperando que ela prosseguisse, o que não aconteceu. Ele deu de ombros, não esperava mais que isso afinal. Seu olhar continuou fixo nela, em seu corpo magro sugestivamente inclinado sobre o local onde ele passava grande parte do dia...

Ele pigarreou, esforçando-se para evitar qualquer pensamento que o calor que o possuía o forçasse a ter.

— História bem curta para uma pessoa tão misteriosa. — Ele passou por ela, indo direto para um canto mais escuro e voltando em seguida com o segundo carneiro do dia anterior. — Chegue pra lá...

Luna se endireitou, afastando-se da mesa. Fataliz suspirou agradecido, era bem mais fácil conversar sem ela tentando-o. Ele pegou o alicate e começou a partir os chifres do animal, deixando apenas a raiz e jogando o resto num canto.

— Você sabe bem como encerrar uma conversa. — Ela riu, escondendo a boca com as mãos

— E você sabe bem como começá-las, enfiando um alicate no braço de alguém. — Ele indicou o braço com a cabeça, sem se desviar da tarefa de limpar o animal.

O tom dele era de piada, mas a falta de um sorriso, por menor que fosse, a deixou em dúvida. Até que ele era simpático... Quer dizer, quando não estava rosnando, desmembrando algo ou isolado, ele até que sabia ser uma companhia aceitável.

— Não acho que queira ver isso.

Ele segurava um cutelo pouco acima do pescoço do animal, olhava de canto para a garota, que simplesmente assentiu e se retirou em silêncio, indo para o ponto de observação concentrar-se mais em seus pensamentos. O moreno observou-a sair. A cada vez que a olhava se perguntava o que ela fazia num lugar como aquele? Qual era sua história, afinal?

Uma voz em sua cabeça ficava dizendo: "perto demais, demônio... perto demais...", e ele sentia que o certo era ouvi-la. O resto de sanidade que lhe restara não podia estar errada, tinha o mantido vivo e protegera as pessoas próximas dele até agora...

Como que calando aquela voz de uma vez e tomando uma decisão, ele abaixou o cutelo rapidamente. Sangue esguichou em seu rosto enquanto a cabeça do animal rolava para o chão, sobrando apenas o corpo carnudo e limpo.  Ainda com o cutelo em mãos, escalpelou o animal com calma e frieza, já tinha se acostumado com aquela tarefa e não era como se não tivesse estômago para aquilo. Nos seus anos de exército já tinha presenciado corpos mutilados de todos os tamanhos e raças, além das atrocidades que já existiam desde antes de tudo isso começar. Desde então, seu estômago não se impressionava fácil assim.

Apoiou-se na bancada e limpou o suor da testa com o antebraço, quando se lembrava dos seus dias de “glória” ficava um pouco abalado por agora se encontrar numa situação tão pouco honrada. Mas ele não tinha mais condições de continuar protegendo aos outros quando não podia proteger nem a si mesmo, muito menos a quem amava. A quem amou…

Sentiu algo pesar em seu peito, uma mágoa que jurou que esqueceria para seu próprio bem, e tinha conseguido até então. Lembrou-se do sorriso dela uma última vez antes de enterrá-lo junto com as demais memórias no fundo de sua mente novamente e voltar ao trabalho.

Fora dali, Luna estava agachada junto à fogueira retirando um pouco da sujeira e empilhando algumas folhas secas para poder acendê-la. Suas mãos se moviam sozinhas, sua mente vagava em outro lugar, ainda tentando controlar as lembranças que a conversa anterior com o moreno despertara. Queria poder se abrir com ele, ser verdadeiramente compreendida por alguém. Mas sabia o quão fraca pareceria se o fizesse, isso é, além do risco de o moreno zombar dos sentimentos dela. Viviam num mundo onde não podiam se dar ao luxo de ter coisas como sentimentos, medos ou fraquezas. Sobrevivia apenas o mais frio e cruel…

A feiticeira se levantou, sentindo a brisa bater em seu rosto e bagunçar seus cabelos platinados, fazendo-os roçar de leve em seu quadril. Fechou os olhos por um segundo e sorriu satisfeita, tinha conseguido dar um passo a frente em sua relação com o guerreiro. Embora não tivesse intenção de se tornarem melhores amigos ou algo do gênero, ele seria um bom aliado. Forte e decidido, conseguiria protegê-la do que ela poderia vir a enfrentar mais cedo ou mais tarde, camuflou seus desejos e curiosidade com esta fachada de interesse e abriu os olhos, percebendo que ele estava de pé na porta da construção, virando um pequeno recipiente com água para limpar as mãos sujas de sangue e encarando-a curioso.

A curiosidade era um dos maiores males da humanidade, sempre foi e sempre seria. Mas ninguém a ignora, mesmo sabendo disso…

— Já adiantei os preparativos pro almoço. — Ela indicou as chamas ainda pequenas à sua frente.

— Eu já terminei aqui, só espere um pouco que eu vou deixar a carne descansando para assá-la. — respondeu, sacudindo as mãos e em seguida batendo-as contra a calça para secá-las.

— Precisa de ajuda com algo? — Se aproximou um pouco dele, bastou alguns passos pra ver os restos do animal empilhados no canto da sala.

— A menos que consiga transformar um jarro desses em uma bebida gelada, acho que acabamos. — Era difícil saber se ele estava zombando ou fazendo uma piada amigável, por via das dúvidas ela riu. — Vou pegar mais madeira para aumentar esta chama, se não vamos aproveitar a carne só no jantar.

Luna observou-o dar a volta na construção onde estava e ir até a parte de trás do acampamento, seguindo para a área onde o cavalo estaria. Ele e Nabucodo deveriam guardar lenha extra ali para não terem de sempre sair a procura.

Abraçou o próprio corpo meio sem ter o que fazer, naquele lugar cada um tinha uma tarefa e ela se sentia inútil ali de pé… No seu antigo lar talvez estivesse repassando detalhes de missões ou talvez agradando seu superior como qualquer bom soldado. Mas naquele momento, no acampamento, tudo que podia fazer era aguardar uma nova ordem e passar o tempo restante tentando se ocupar.

Encarou os restos do animal na entrada da construção mais uma vez e caminhou até lá meio a contragosto, poderia se livrar daquilo para ajudar, pelo menos aquele cheiro não se empregnaria mais ali. Abaixou-se e prendeu a respiração enquanto recolhia o crânio e o couro do animal para que não vomitasse em cima de tudo e piorasse mais ainda a situação. Enquanto fazia isso, notou algo brilhando na parte de baixo da mesa de trabalho do moreno. Deixou a tarefa improvisada para outra hora e, ainda agachada, foi até lá, identificando o que parecia ser um pequeno colar enrolado num pedaço de pano incrivelmente limpo para estar ali.

Olhou para a porta apreensiva, sem saber se o que estava fazendo era certo ou errado, mas instigada a descobrir a razão de um objeto tão incomum estar ali. Nem sinal do moreno, ela suspirou e voltou a atenção para o objeto, estendendo a mão para tocá-lo e alcançando uma delicada corrente dourada. Delicada demais para pertencer a qualquer um dos dois soldados que viviam ali, então a quem pertencia?

— O que você está fazendo? — A voz grave do moreno soou ainda mais grave ao repreender Luna, que se assustou e caiu sentada no chão com a corrente nas mãos, puxando-a sem querer para fora do pano que a protegia. — O que… — Os olhos dele atingiram o objeto que estava nas mãos da garota e foi como se um espírito maligno tivesse se apossado dele, pois avançou contra ela e arrancou a jóia de sua mão, colocando-a junto ao próprio peito no impulso.

—S-sinto muito… — gaguejou enquanto rastejava para trás na tentativa de se afastar do outro e proteger-se.

Fataliz apenas a encarou com um olhar duro e agressivo, controlando o impulso de atacá-la por ter ousado tocar em algo tão precioso. Manteve o olhar por alguns segundos, tempo suficiente para Luna já ter traçado um plano de defesa e fuga na primeira investida que ele fizesse, e lhe deu as costas, indo para sua tenda.

Não sabia se ela queria roubá-lo ou apenas foi curiosa demais para o próprio bem, mas o fato era que se ele não tivesse chegado a tempo talvez ela soubesse suas fraquezas agora ou, pior, teria fugido com seu único e mais precioso bem.

Protegeria melhor seu tesouro desta vez, não cometeria o mesmo erro duas vezes.


 


Notas Finais


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