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História Escolhas Irreversíveis - Dramione - Planting Stupid Ideas


Escrita por: Catnip-Potter

Notas do Autor


Olá amores!

Uma ótimo leitura à todos e espero de coração que gostem desse capitulo tanto quanto eu rs. ❤

Capítulo 5 - Planting Stupid Ideas


20 de Setembro de 1996.



No decorrer da semana Draco se empenhou em sua missão. Mesmo sendo o começo do ano letivo ele precisava dar um passo. As coisas estavam calmas, mas sabia que Voldemort não era do tipo que espera pacientemente. Cada período livre ele corria para a biblioteca, os livros se acumulando em seu dormitório.  No fim do dia pegava dois ou três livros e se refugiava na Torre de Astronomia. Precisava aprender depressa e concentrar-se, não era algo que ele conseguiria com Blás e Nott tagarelando em seus ouvidos. Na Torre era mais tranquilo, ninguém subia até lá, era silencioso e a brisa do crepúsculo era relaxante.

Era sexta da terceira semana de aula e Draco estava mais uma vez em seu refúgio. Draco passou tanto tempo absorto em sua leitura que só se deu conta de que não estava sozinho quando a viu passar pela visão periférica. Ergueu a cabeça devagar, seus olhos acompanharam a garota se aproximar da grade da Torre e se debruçar sob a mesma. Ela inspirou e expirou, uma única lágrima escorreu por seu rosto. 

— Você não vai se suicidar, vai? — Draco disse, soando esperançoso.

Granger que até aquele momento não estava ciente da presença dele assustou-se e se virou em um rompante, batendo com as costas contra a barra de ferro do parapeito. 

— Se for, posso te dar uma mãozinha. — ele ofereceu zombeteiro. 

Irritada, Granger apenas estreitou seus olhos para ele e se virou para grade novamente, dando-lhe as costas.

— Eu estou estudando aqui. — Draco disse acre, convidando-a subliminarmente a retirar-se.

— Bom para você. — ela replicou com rispidez, sem olha-lo.

Draco reprimiu um grunhido.

— Você não vai sair?
 

— Não é obvio? 

Em vez de retrucar e começar uma briga, ele levantou-se apanhando seus livros e em passos pesados deixou a Torre.

Draco chegou em seu dormitório nervoso. Atacou seus livros no chão, deixou-se cair em sua cama e tapou os olhos com o braço, pensando que não deveria ter saído da Torre. Andava tão cheio de tudo que não quis brigar com ela naquele instante, por mais contrariado que estivesse sentindo-se. Além de que, ela não parecia estar melhor do que ele. Isso por alguma razão que Draco desconhecia atiçou sua curiosidade; ele queria saber o que a levou até a Torre, o que havia provocado seu choro. Passou a mão por seu cabelo como se pudesse dispersar seus pensamentos. E daí que ela não estava bem? De qualquer modo ele não se importava.

. . .



— Recebi uma carta do meu pai essa tarde. — Blás disse como quem não quer nada. — Sua mãe pediu para avisar que ela esta proibida de mandar cartas a você. — acrescentou em voz baixa, para que somente Draco o ouvisse.


O loiro parou com seu copo de suco de abobora a meio caminho da boca. O pai de Blás era um dos Comensais hospedados na Malfoy Manor, seu amigo devia saber o que estava acontecendo com Draco e sua mãe, mas nunca comentou nada com ele até aquele momento. Draco bateu o copo na mesa e virou-se para Blás, consternado. 

Proibida? — sua voz saiu mais alta do que pretendia. 


Blás olhou rapidamente ao redor e Draco o imitou, ninguém prestava atenção a eles. Mesmo com o salão abarrotado de alunos como sempre ficava durante o jantar. 



— Não pira. — Blás chiou — Está tudo bem com ela.

— Se esta mesmo tudo bem com ela como você diz porque diabos ela não pode escrever para mim? — Draco sibilou, perdendo a calma. 

— Eu não sei … 

— Seu pai não disse mais nada sobre ela?

— Não, apenas isso. 

Draco suspirou.

— Mas se quiser posso pedir mais detalhes a ele. — Blás ofereceu.

Os olhos cinzas de Draco se estreitaram, eles eram amigos, mas a esse ponto? Ele sempre achou que não. Sempre pensou que Blás assim como os outros só estava interessado em status. 

— Faria isso? — não conseguiu esconder sua surpresa.

— Somos amigos. — Blás deu de ombros.

Draco assentiu sem dizer mais nada. Não era bom em expressar sentimentos e mesmo se fosse, duvidava que algum dia pudesse por em palavras o quão grato ele era por Blás o considerar um amigo.

22 de Setembro de 1996.


— Espero que ela não nos ache aqui. Essa árvore parece bem grande, acho que da pra despistar. — Blás disse aos risos.

— Pansy é um pé no saco! Sou capaz de azara-la se cruzar o meu caminho hoje. — Draco murmurou, mau humorado.

Os dois tinham acabado de sair as pressas do salão principal, para que Pansy não os seguissem. Não tinham aulas aos domingos, era uma bela tarde de sol, e os alunos estavam espalhados, perambulando por todo o Castelo. 

— Eu avisei. — Blás zombou, abrindo um enorme sorriso de escarnio.

— Eu sei. — Draco o empurrou com o ombro de brincadeira.

No ano anterior, Blás o alertara para que não ficasse com Pansy, mas ele e seus hormônios não deram ouvidos ao amigo. Ele conhecia bem o arrependimento. Esse ano ela estava ainda pior e era só a primeira semana de aula. Não sabia quanto tempo aguentaria ela rodeando e vigiando ele sem explodir de raiva e transforma-la em uma pedra. Talvez ele fizesse mesmo isso. Não parecia uma ideia tão ruim,  Pansy incapaz de se mover para sempre! Quem sabe assim, ele tivesse um pouco de sossego em seu tempo livre.

— Olhe só quem esta vindo aí. — Blás o despertou de seus devaneios, cutucando-lhe a costela.

Por um segundo ele pensou que fosse Pansy e se preparou para levantar e escapar dali. Blás segurou em seu braço para mante-lo em seu lugar e indicou com o queixo a quem ele se referia. Então Draco as viu. Uma ruiva e outra castanha. Granger e Weasley passando  próximas a entrada da Floresta Proibida, rindo e conversando. Olhou para Blás com as sobrancelhas unidas, vendo-o encara-las com ar de interesse.

— Está mesmo falando delas? 

Blás o olhou dando um sorriso malicioso de canto.

— O que eu posso fazer? A Weasley é bem atraente. 

Draco deixou escapar uma risada nasalada e sentou-se novamente.

— Eu não ouvi isso.

— Qual é Draco, esquece por um segundo essa coisa de sangue e olhe bem para ela! — Blás virou o rosto do amigo em direção as garotas.

Ele mandou Draco analisar a ruiva, mas teimosamente, seus olhos pairaram sobre a castanha e recusaram-se a desviar. Ela estava rindo, pendendo a cabeça para trás, a luz do sol em seus cabelos deixando-os mais claros, os dentes perfeitamente alinhados a mostra. Draco engoliu a seco e desvencilhou-se das mãos de Blás em seu rosto. 

— Ser atraente não vai mudar quem ela é. — Draco retrucou mais para si mesmo, referindo-se a Granger. 

Como se sentisse o olhar dele sobre ela, Hermione virou o rosto ainda com ar do riso de segundos atrás na direção em que ele estava. Seus olhos se cruzaram. Ele pensou em desviar, mas não conseguiu; e ela por alguma razão sustentou o olhar dele com curiosidade. 

— Ainda estamos falando da Weasley? — Blás questionou em tom de quem se diverte, notando que ambos se encaravam. 

Ao som da voz de Blás, Draco quebrou o contato visual com ela. 

— Estamos. 

— Não é o que pareceu.

Draco o olhou e bufou com desdém.

— Da na mesma. 

Blásio o envolveu pelo ombro e murmurou:

— Você não a conhece de verdade.
 

— Onde quer chegar? — Draco arqueou uma sobrancelha.

— Eu não sei você, mas eu vou pagar pra ver.

Draco olhou novamente para o lugar em que ela estava e encontrou o vazio. Buscou com o olhar nas proximidades mas não havia sinal de que ela esteve mesmo ali a segundos atrás. Franziu o cenho confuso com a rapidez em que ela desapareceu, as palavras de Blásio ecoando em sua cabeça: "Você não a conhece de verdade". Blásio tinha razão - embora não se referisse à Granger quando dissera isso - ele a conhecia apenas pela superfície, sabia apenas o previsível sobre ela. Hermione era realmente uma enorme incógnita para Draco; mas isso não queria dizer que ele estava interessado em desvenda-la. Mas que atiçava sua curiosidade, ah, isso com certeza!


10 de Outubro de 1996.


— Draco?

Escutou uma voz conhecida seguida de um chacoalhão no ombro. O loiro balançou-se na cama, apertando ainda mais o travesseiro sob seu rosto. 

— Anda Draco, acorda! 

Uma voz diferente da primeira, mas ainda assim, familiar. Ambas abafadas pelo travesseiro e a sonolência.

— Deixa eu usar a varinha? — a primeira voz parecia implorar.

— A cara é tua. — a segunda voz respondeu com zombaria. 

Draco uniu as sobrancelhas achando aquela conversa bem estranha. Estaria sonhando? 

— Sempre posso por a culpa em você. — a primeira voz retrucou. 

Draco grunhiu, queria que as vozes se calassem, estavam atrapalhando seu sono. Então, sem aviso, uma grande quantidade de água derramou-se em seu rosto. Draco se sentou em um rompante, tossindo e resfolegando. Piscou alguma vezes para espantar a agua dos olhos e a primeira coisa que viu foi Blásio e Theo lado a lado, ambos de lábios franzidos em uma linha fina segurando a risada.  As vozes de seu "sonho" ganharam donos e sentidos. Levantou-se em um pulo, agarrou sua varinha da cabeceira da cama e a colocou em riste.

— É bom terem um ótimo motivo para isso, ou juro que vou trucidar vocês, seus cretinos! — vociferou Draco.

— Já é dia 10 de Outubro. — Nott disse como se fosse uma explicação.

Draco tombou a cabeça de lado, sem compreender.

— Os testes de Quadribol, lembra? Você é o capitão … — Blás disse lentamente como se estivesse conversando com um doente mental. 

A expressão de Draco mudou no mesmo segundo. Ele virou-se rapidamente para ver as horas no relógio acima da porta, estava meia hora atrasado. Draco abriu caminho por entre seus amigos, empurrando cada um para uma cama.

— Droga! — chiou.

Depois de um banho rápido e de colocar seu uniforme, Draco se encaminhou para o campo de Quadribol. Vários alunos da Sonserina o aguardavam, incluindo Nott e Zabini. Ignorando alguns olhares raivosos por causa de seu atraso, Draco deu inicio aos testes.

— Vocês se acham bons, não acham? Os melhores no que fazem no campo. — Draco disse com sarcasmo — Eu estou aqui para provar a vocês o contrário. Vocês não são os melhores. Bom, pelo menos nem todos vocês são. Eu direi quem é o melhor para o time da Sonserina. — seus olhos correram por seus colegas de casa — Não haverá segunda chance para aquele que fracassar. Eu quero o maximo que vocês podem dar, quero rapidez, força, agilidade e acima de tudo: foco! Então, me mostrem do que são capazes!

. . .


Draco segurava firme em sua firebolt, embora o vento ricocheteasse para todos os lados ele não usava sua camisa da Sonserina e nem sua capa. Mesmo com o tempo esfriando seu corpo estava em chamas, havia voado tanto atrás de alguns candidatos que seu cabelo estava todo bagunçado de suor. 

— Gostei das defesas do Houch. Acho que ele é a melhor opção que temos de goleiro. — Blás comentou em voz baixa, para que só Draco o escutasse. Pairavam a poucos metros do chão em suas vassouras.

— Eu concordo sobre Houch. Agora, sobre o Goyle, eu não sei. Pensei que ele fosse se sair melhor como batedor. 

— A escolha é sua. Acho que sobre o resto do time não há com o que se preocupar.

— Goyle ou Thomaz? — Draco pensou alto.

— Thomaz é mais rápido.

— Goyle é mais forte. 

Draco estalou o pescoço, estava exausto e desesperado para acabar logo com aquele teste; ele tinha coisas mais importantes à fazer.

— Seu tempo acabou! — uma voz irritantemente conhecida gritou ao longe.

Draco e Blás viraram-se ao mesmo tempo, encontrando Potter e mais uma dezenas de alunos da Grifinória caminhando em sua direção. Incitaram suas vassouras para baixo, Draco desceu primeiro, caminhando em passos arrastados.

— Sua cicatriz esta começando a afetar o cérebro, Potter? Snape disse que tínhamos a manhã inteira para os testes. — Draco rebateu vendo-os com seus uniformes do time, parando a poucos metros de onde o Testa Rachada estava. 

— McGonagall nos disse a mesma coisa. — devolveu Potter, parando também.

— Então se resolva com aquela velha maluca! Não vamos sair. 

— Draco … — começou Blás tocando em seu ombro — Já acabamos aqui mesmo …

— Não, não acabamos.

Sua recusa em sair do campo era apenas birra, ele não queria ceder para o Santo Potter, por mais que os testes tivessem realmente acabado. Ele podia decidir sobre os batedores em seu dormitório ou em qualquer outro lugar do Castelo. Mas ele não ía perder a chance de irritar Potter. 

— Aliás, quero repitir o teste com os batedores! — Draco ergueu a voz para que todos o ouvissem. 

Houveram resmungos e reclamações de ambos os lados, até mesmo Blás bufou, irritado.

— Pare de monopolizar o campo, Malfoy. — a voz de Granger se fez presente, e logo ela abriu caminho por seus colegas parando ao lado de Potter. — Ninguém aqui tem culpa da sua nítida incompetência em ser um líder.

Draco que até aquele instante não vira Hermione, fixou seus olhos nela com raiva. Ele ouviu mesmo àquilo?

— Sempre se metendo onde não é chamada, não é Granger? É incapaz de calar a droga da boca sozinha ou eu mesmo vou ter que calar você?

— A verdade dói, eu sei. — ela retrucou dando um sorriso amarelo.

— E como dói. — Draco desdenhou. — Aliás, doeu quando seu amigo colocou seu nome naquela lista? Cá entre nós, eu o odeio! Mas tenho que concordar com ele sobre isso. 

Ele soube que pegou pesado ao mencionar a lista, mas ela mereceu, pediu por isto! Granger fechou e abriu a boca uma, duas, três vezes. Ela olhou bem nos olhos dele, o âmbar das íris dela brilhavam com lágrimas. Draco quase vacilou em sua expressão de maldade, alguma coisa se agitou em seu estômago. 

— Você é tão … — ela espalmou no peito dele em um empurrão, fazendo-o tropeçar um passo para trás — tão … — ela repitiu o gesto, mas Draco segurou seu pulso com força, prendendo tua mão sob seu peito. Ambos olharam para a mão dela, Granger engoliu a seco, seus dedos tremiam sob a pele pálida dele. Os pelos da nuca de Draco se eriçaram com o contato, a mão dela era quente e pequena. Então Blás surgiu atrás de Draco e os Weasley e o Potter atrás de Hermione, prontos para apaziguar o pequeno confronto que acontecia ali. Isso trouxe Draco de algum lugar em que ele se perdera.

— Eu sei que é difícil resistir quando estou sem camisa. Mas nunca mais ouse colocar suas mãos imundas em mim! — sua voz era baixa e calma, tornando suas palavras mais duras. 

Hermione puxou sua mão do aperto dele com brutalidade, suas bochechas escarlates.

— Vem Hermione, não ligue para o que esse imbecil diz! — a Weasley disse com asco, pegando sua amiga pelo braço. 

Hermione se deixou ser guiada para as arquibancadas, enquanto Draco a assassinava com o olhar.

— Anda, Draco. Vamos … — Blás também o puxou para longe dos leões.

Contrariado, Draco deu as costas a Potter e passou por Zabini em passadas pesadas e raivosas, rumando em direção ao vestiário. No meio do caminho olhou por cima do ombro, no exato segundo em que Granger também olhava para trás. Seus olhos se cruzaram e se desviaram com a mesma rapidez.

. . .


Naquela noite em sua cama, Draco não conseguia parar de pensar no quão estupido ele era. A reviração no estômago ainda estava presente, e ele ainda não estava sabendo distinguir que sentimento era aquele que o devorava. Não bastava ter seus olhos presos aquela sangue-ruim, ele precisava ter insinuado que ela o tocou por quê ele estava sem camisa. Não só plantou essa ideia ridícula na cabeça dela, como na dele também! Precisava e queria dormir, mas cada vez que fechava os seus olhos ele via os dela, repletos de lágrimas. A lista que ele mencionou surgira no ano passado, quando os meninos da Corvinal prepararam uma espécie de quadro baseado em pesquisas reais sobre as meninas que eram ou não atraentes. A princípio, Hermione não estava em nenhuma das colunas, até o Weasel levantar e colocar o nome dela no quadro aos risos. Era tempo livre e havia bastante alunos no pátio quando ele à expôs daquela maneira. Ele não a colocou na das mais atraentes, e Draco percebeu o quanto aquela "brincadeira" à abalou naquele dia.


Aquela lista era ... Bobagem.


Draco quis enterrar-se no colchão quando se pegou pensando que o cabeça de cenoura estava errado sobre aquela lista, e ele ainda mais quando a trouxe à tona de novo. Definitivamente ele precisava de uma poção do sono ou seus pensamentos o enloqueceriam.


Have you ever done something so wrong?


Won’t you come a little bit closer to me?

Come a little bit closer.





Notas Finais


Mereço reviwes? hahaha ❤

A música é Closer To Me do The Fray - sim, eles de novo! Aqui vai a tradução, pq eu sou boazinha de mais com vocês hahaha:

Você já fez alguma coisa tão errada?
Não quer chegar um pouco mais perto de mim?
Chegue um pouco mais perto.

Kisses! Até o próximo. ❤


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