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História Escrevendo - Capítulo Dezoito


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Hello!!! Meu Deus, estou amando os comentários! Assim que entrar de férias eu vou responder todos, até lá mais um capítulo!

Boa Leitura!

Capítulo 18 - Capítulo Dezoito


“I see this life like a swinging vine

Swing my heart across the line

And my face is flashing signs

Seek it out and you shall find

Old, but I'm not that old

Young, but I'm not that bold

I don't think the world is sold

I'm just doing what we're told”

 

            Estou olhando para o espelho.

            Ele está com um risco bem no meio, foi onde Hugo de um murro. Eu sempre soube que até mesmo as pessoas mais calmas em algum momento explodem. Ele explodiu.

            Sua mão está sendo enfaixada. Percebi que Íris tentava sorrir enquanto a segurava delicadamente e dava voltas com a faixa. Ela disse que não gostava muito de sangue, mas que Hugo precisaria de uma boa enfermeira. Ela se esforçaria. Meu irmão sorriu e a tocou com a mão boa. Tudo tão particular.

            Eu voltei para o meu quarto e agora estou olhando para o espelho quebrado. Antes tinha apenas uma Rose me julgando, agora tenho várias. Uma me julga pelo cabelo bagunçado, a outra pela camiseta velha, a pior de todas me julga por ainda não ter decidido sobre a vida. Tem uma que diz baixinho “preguiçosa” e, repete “preguiçosa”, ela completa “nunca vai conseguir nada por ser preguiçosa demais”.

            — O que aconteceu aqui? – Scorpius está parado atrás de mim.

            Vejo seus os diferentes Malfoy me encarando dizem palavras diferentes. Eles possuem olhos arregalados por causa da situação que encontraram, mas dizem coisas tão bonitas. Um diz “você é linda”, o outro apenas sorri apaixonado, tem um que diz “eu confio em você” e, o melhor de todos diz aquelas três palavras que torcemos o tempo inteiro para ser verdadeiras “eu te amo”.

            Eu o abraço e só depois de me sentir confortável novamente conto o que aconteceu. Conto sobre Lily, sobre Hugo, sobre Lily e Hugo, e sobre o que acontece quando crescemos.

            Flashback

 

            Quando chegamos do almoço encontramos Lily no sofá. Ela sempre teve a chave de casa, mesmo quando ainda morávamos com nossos pais. Era algo de Hugo e Lily, eles entravam na casa um do outro como se morassem ali, como se todas as casas fossem a casa na árvore que tinham perto da casa de nossos avós.

            — Nossa quanto tempo que não usa a chave. – Hugo disse animado. Ele andava muito mais animado ultimamente.

            — Ainda posso usar? – Lily questionou erguendo as sobrancelhas.

            — Lily, por que não poderia? – Eu disse antes de perceber o rosto de Hugo perder um pouco da alegria antes evidente.

            — Talvez a namorada do Hugo não goste, apesar dela dizer que entende nossa amizade e toda nossa história. – Lily pareceu cansada.

            — Íris não é o Nathan. – Meu irmão fala rispidamente. – Ela não é uma controladora ciumenta.

            Ele saiu andando para o outro lado da casa e nossa prima o seguiu. Achei que iriam para o quarto de Hugo, mas resolveram entrar no meu. E é claro que fui atrás como boa pessoa mais velha expulsá-los de lá.

            — Nathan também não é. – Nossa prima diz deixando a raiva escapar. – Ele não é tão ruim quanto acham que ele é.

            — Por que vocês não viram adultos e vão conversar na sala e não no meu quarto. – Digo o mais doce possível.

            — Ele sempre acaba te deixando sozinha nas datas importantes. – Eles continuam como se nem existisse Rose ali. – E nunca foi conhecer nossos parentes no natal.

            — Eu também não iria querer conhecer parentes tão irritantes. – Ela grita.

            — Como pode? Como pode dizer isso? – Meu irmão parece não acreditar no que escuta.

            — Nenhum de vocês nunca fez o mínimo de esforço para agradar Nathan. – Lily diz e parece tão cansada. – Você poderia sentir ciúmes dele, mas agora já tem alguém e pode me esquecer.

            — Eu nunca vou te esquecer Lily. – E foi nessa hora que meu espelho foi acertado pelo soco de meu irmão. – Não é porque a gente não virou um casal que eu vou te esquecer. Você é minha melhor amiga. Você é minha prima. Eu não vou te esquecer.

            — Talvez você devesse. – Ela diz sentando-se em minha cama. – Talvez devesse esquecer todo o sentimento que temos um pelo outro. Esquecer o carinho. E as lembranças. – Seu rosto está molhado. As lagrimas finalmente desceram. – Porque eu vou precisar esquecer.

            Eu estava assistindo um momento particular. Mas como acontece em acidentes meus olhos não conseguiam desgrudar da cena.

            — Desculpa, mas eu não vou esquecer nada. – Hugo disse enquanto gotas de sangue caiam no meu tapete.

            Não sei em que momento que Íris chegou, mas provavelmente foi quando Lorcan também apareceu na porta do meu quarto. Os dois olhando para a cena, tão enfeitiçados quanto eu estava.

            — Eu aceitei ir com Nathan. – Lily diz como se estivesse soltando uma bomba. – Estamos indo para Itália.

            — O que isso tem a ver com a necessidade de que eu te esqueça? – meu irmão questiona.

            — Porque eu vou ter que te esquecer. – Nossa prima diz com a voz ainda embargada. – Eu... Eu já te esqueci.

            Ela abraçou Hugo com força. E depois foi embora. Deixando um rastro de confusão.

 

            Fim do Flashback

 

            Ainda não consegui entender tudo que aconteceu.

            — O que deu na Lily? – Scorpius questionou. – Seus tios sabem que ela vai viajar? E morar com o namorado que nunca está com ela?

            — Não sei, nem pensei nisso. – Digo tentando fazer as engrenagens do meu cérebro funcionar.

            — Por isso seu irmão está com a mão machucada? – Meu namorado questiona. – Sua família sempre foi muito animada não é?

            Nós dois acabamos rindo. Não que tenha sido engraçado. Na verdade foi bem parecido com uma cena de novela mexicana, algo que Lily sempre gostou de assistir.

            — Meu Deus. Eu preciso conversar com Lily. – Pela primeira vez no dia não estou perdida, ou cansada demais. Eu estou sendo a Rose que sempre fui.

            Estou pensando. Entendendo. Sabendo lidar com a situação.

            Corro para a sala e vejo meu irmão deitado no colo de sua namorada. Ela é o oposto de Lily. Nossa prima é magra, e Íris cheia de curvas. Nossa prima é a típica menininha e Íris é um pouco engraçada com os cabelos coloridos. Lily precisa esquecer Hugo. Porque ela sempre o teve só pra ela e agora não sabe dividir. Só que ela precisa esquecer Nathan, porque ele é alguém que ela nunca teve, e serei eu a dizer isso.

            Quantas vezes nós temos o clique perfeito que resolve todas as confusões da nossa mente? Quantas vezes temos a chance de chegar em uma amiga e dizer para ela acordar? Quantas vezes podemos dar um chacoalhão em alguém para poder colocar a pessoa no rumo certo? Poucas vezes temos esse poder de salvar alguém. Não salvamos nem nós mesmos.

            Eu não posso salvar do Hugo e Lily, Lily e Hugo. Mas posso salvar Lily. E o Hugo pode se salvar sozinhos. Isso é ser Rose. Eu sou a que sabe chacoalhar.

 

Tradução: "Vejo esta vida como uma videira que balança. Balanço meu coração além do limite. E meu rosto está dando sinais. Procure e você há de encontrar. Velho, mas não sou tão velho. Jovem, mas não sou tão ousado. Não acredito que o mundo esteja vendido. Apenas estou fazendo o que me mandaram"

 


Notas Finais


Obrigada leitoras (es) vocês são minhas pessoas arco íris ♡


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