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História Escrevendo - Capítulo Vinte e Cinco


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Não sei nem se deveria escrever algo.
Mas assim como essa autora que escreve, alguém vai ressurgir das cinzas e voltar a ser colorida.

Capítulo 25 - Capítulo Vinte e Cinco


“Seus olhos estavam mostrando tudo que os lábios negavam. E quando ele fechou a porta a lágrima que escorreu por suas bochechas só poderia ter um significado. Era o fim de algo. Mas para quem sempre foi tão positiva, talvez fosse apenas o começo.”

― O que acha? – Pergunto um pouco ansiosa.

― Você está melhorando cada vez mais. – Ele sorri. – Quase conseguiu arrancar uma lágrima minha.

― Al, será que poderia ao menos levar algo a sério e me ajudar com críticas construtivas? – Nem sei por que estou mostrando meu texto novo para meu primo. Na verdade sei sim, Scorpius insiste em achar tudo que escrevo maravilhoso, Hugo iria questionar se estou escrevendo sobre ele, e talvez eu tenha me inspirado um pouco. Então foi o que me restou. Saudades de Lily.

― Estou falando sério. Veja. – Ele abaixa os óculos e arregala os olhos.

― Besta!

― Estou falando sério Rose. – Meu primo sorri e depois se levanta da minha cadeira me deixando ocupa-la novamente.

― Preciso fazer algumas modificações é claro, mas – respiro fundo – obrigada.

― Está nervosa com a resposta? – Ele deita em minha cama.

― É o prazo final, eles não me deram nenhuma resposta. Mesmo que seja não. – Obviamente estou nervosa.

― Você têm outras opções? – Ele pergunta sem muita convicção. Ele sabe que não tenho.

― Voltar a servir vinho caro para pessoas que passam mais tempo olhando para telefones do que para a pessoa em sua frente. – Digo empurrando a cadeira para próximo dele. ― Não posso ficar para sempre dependendo de alguém para manter minha vida nos eixos. – Aperto sua perna. – Estou enlouquecendo.

― Só não me deixe com marcas roxas. – Al, puxa a perna para longe de mim.

― Desculpa. – Arrasto a cadeira de volta para seu lugar. – Só estou frustrada. Como sempre.

Abaixo a cabeça sobre os braços enquanto tento não perder o controle.

― E eu sempre me pergunto como que ela sente-se frustrada tendo um namorado perfeito, morando com vários garotos malucos, e sem a melhor amiga. – A voz me atinge como um raio de luz. Na verdade como uma bomba.

Ergo meus olhos para enxergar um arco-íris.

Minha pessoa arco-íris.

― Não mereço abraços? – Ela questiona. – Lágrimas? Palmas? Um viva?

Levanto-me o mais rápido possível.

― Merecia muito tapas e alguns socos. – Abraço ela com força. – Fiquei preocupa. E com saudades.

Lily me aperta de volta.

― Eu sei. Me desculpe. – Ela não desfaz o abraço. – Eu fui a garota mimada que fingia não ser.

― Eu sempre disse que você era. – Al levanta-se e toma meu lugar nos braços de Lily. – Bem vinda de volta mimadinha.

― O quanto eu odeio meus irmãos é igual ao número de areia no mundo. Infinito. – Ela resmunga, mas está sorrindo.

Ela está diferente. Passou tempo, mas não tanto tempo assim. Nunca imaginaria ela com os cabelos presos com um lápis. Mas suas sardas estão tão salientes como nunca antes, assim como suas cores, todas de volta ao lugar que pertenciam.

― Não avisou que viria, poderíamos ter feito uma festa. – Digo a puxando para a cama junto com Al. Deitamos um ao lado do outro.

― Não sabia se viria mesmo. E não ficarei por muito tempo. – Ela sorri. – É que fazia parte do roteiro e não poderia passar por aqui sem dizer um “oi”.

― Roteiro?- Questiono.

― Nossos pais vão te matar se não ficar com eles por horas infinitas. Você sabe né? – Al diz rindo.

― Sei. Vou vê-los amanhã. Estou apenas evitando o drama mais um pouco. – Ela ri alto.

Quanto tempo que não escutava a risada dela? Não a contida no meio de conversas, não a que ela dava perto de Nathan. A risada alta e que contagiava todos em volta. A risada que esta de volta e provavelmente invadindo todos os cômodos da casa.

― Uau. Você está de volta. – Deixo escapar.

― Estou. – Ela da de ombros.

Ficamos deitados na mesma posição por varias horas. Falando sobre como a vida seguiu, explicando minhas angustias, falado sobre as inúmeras conquistas de Al, de como Scorpius continua sendo perfeito e nossos pais malucos. Lily sorria, mas seus olhos perguntavam por algo que os lábios não conseguiam pronunciar. E por algum motivo também não tocava no assunto. Eles precisavam conversar nada que fosse dito por outras pessoas seria suficiente.

― Eu acho que preciso de um banho. – Lily disse quando não tínhamos mais forças para falar.

― Claro. Sou tão lenta. – Saiu da cama. – Deve estar com fome.

― Muita. – Ela ri.

― Vou buscar uma pizza. – Al diz saindo. – E talvez traga um dos meus vinhos. Um dos melhores.

Assim que ele fechou a porta minha prima olhou para mim diferente.

― Ele vai chegar daqui a pouco. – Digo.

― Obrigada. – Ela parece aliviada. – Me empresta uma roupa? Deixei a bagagem toda no hotel.

― Claro. – Digo, mas de repente me lembro de algo. – Como entrou aqui?

― Talvez o Lorcan devesse parar de deixar uma chave escondida na janela. Se ele perder a dele é só ligar para alguém. – Ela ri. – Talvez eu não devolva essa copia. – Do seu bolso tira as chaves.

― Talvez. – Estou feliz por ter ela de volta. Quase curada.

Não falamos sobre Nathan, assim como não falamos sobre Hugo. Algumas coisas não precisamos saber. Eu apenas a deixo livre para contar o que realmente importa. E quando a porta do banheiro se fecha tenho certeza que Lily pode não ser a mesma em diversos aspectos, mas continua sendo a Lily.

Fecho meus olhos e respiro fundo quase me esquecendo de todas as preocupações. Pego o telefone e escrevo poucas palavras.

“Ela está de volta.”

Recebo a resposta rapidamente. Um sorriso.

De todas as pessoas com quem podemos trocar mensagens apenas poucas podem dizer tudo que precisamos com uma figura. Scorpius é uma dessas pessoas. E o sorriso diz que ele sabe o quanto eu esperava por esse momento.

Uma melhor amiga sempre faz falta, mesmo tendo vários outros bons amigos. E um irmão incrível. Ou um namorado maravilhoso.

E minha melhor amiga estava de volta.

Não de volta a nossa cidade.

Ela estava de volta a si.

Não cinza. Não sépia. Não preto e branco.

Colorida.


Notas Finais


Leitores lindos. Obrigada pelos comentários!!! Fiquei tão feliz em ver que ainda tem pessoas lendo aqui <3 Meu coração voltou a ficar colorido...
Espero que gostem, próximo capítulo provavelmente teremos um reencontro esperado, um dialogo e quem sabe algo mais? Ainda estou escrevendo, se quiserem sugerir algo ou pedir ainda dá tempo de pensar sobre... Beijos!!!


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