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História Escrevendo - Capítulo Vinte e Sete


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Sim. Eu estou um pouco sumida. Mas os dias foram corridos. Voltou as aulas da faculdade e estava procurando um estagio o que não é fácil quando se trabalha 8h por dia. Mas aqui estou de volta esperando pelos leitores lindos que sempre comentando.
Obrigada por serem os melhores. Mesmo eu sendo uma autora tão péssima com os posts.
Boa leitura.

Capítulo 27 - Capítulo Vinte e Sete


Eu poderia dizer que Lily passou como um furacão, mas não houve tantas destruições, não tantas quanto achei que teria. Ela não mentiu sobre estar de passagem. Ficou dois dias. Quando se despediu me abraçou forte e disse que voltaria em breve. Seus olhos encontraram os de Hugo e enquanto ambos assentiam eu soube que estava tudo bem. Sem dramas. Apenas um breve até logo.

Lily estava com um grupo de pessoas que queriam se reencontrar. Eram de diferentes países, mas todos tentando renascer das cinzas, alguns deles até tinham uma fênix desenhada em alguma parte de si ou do que carregavam. Minha prima provavelmente ainda estava procurando o desenho perfeito. Tia Gina chorou como se a nossa ruivinha estivesse partindo para o deserto e não para o aeroporto, mas tio Harry parecia feliz depois de colocar dinheiro escondido na mochila dela.

E o único rastro de destruição que o Furacão Lily deixou foi três dias de mal estar entre meu irmão e a namorada dele. Confesso que no começo achava que Hugo estava com Iris apenas para esquecer-se de Lily, para fazer ciúmes nela, ou porque estava precisando sair com alguém que não fossem gêmeos loiros, mas quando vi ele ao telefone tentando se desculpar com Íris percebi que alguma coisa na garota tinha feito com que ele se permitisse.

Quando Íris apareceu na nossa porta com os cabelos molhados e uma roupa que lembrava muito os pijamas velhos da vovó Molly e Hugo a abraçou com força, foi uma cena tão tocante.

― Eu sinto muito. – Ele sussurrou.

― Impossível. – Ela disse entre algumas lágrimas. – A dor está toda em mim.

― Não significou nada. Poderia ter sido tudo. Eu esperei por aquilo por tanto tempo. – Ele continuou falando, e eu quase me senti mal em ficar escutando só que não conseguia parar. – Eu te contei o quanto esperei.

― Por isso que está doendo. Eu sei o quanto você esperou. – ela diz secando as próprias lágrimas. – Como posso acreditar que não sentiu nada?

― Não senti. – Meu irmão insiste. – Pare de chorar.

― Não precisa mentir. Eu vou superar. – A garota insistiu. – Sou forte. Eu sobrevivo.

― O beijo que Lily e eu demos não significou o que eu achei que significaria. Foi só um adeus. – E eu finalmente entendi o que estava acontecendo. E não deveria estar presenciando aquela cena.

― Hugo...

― Talvez um dia isso mude. Eu acabe voltando a sentir algo por ela. Mas agora o que sinto por você me fez não sentir nada pelo beijo dela.

E quando eles começaram a se beijar decidi que finalmente tinha chegado a hora de me retirar. Eu vi meu irmão em uma cena de amor digna de um livro de romance. E foi tão bonito que me deu vontade até de beijar meu escorpiãozinho. Infelizmente ele está em uma terrível semana e não quero atrapalha-lo com minhas carências.

Checo meu email pelo menos umas quinze vezes ao dia. Estou prestes a fazê-lo novamente. Respiro fundo como sempre faço e aperto a tecla. E quase tenho um pequeno infarto.

Na tela do computador o email que eu tanto estava esperando. Esqueço que Scorpius está tendo uma semana ruim e ligo para ele.

― CHEGOU! – grito ao telefone.

― E ai?- Sua voz sai abafada.

― Não abri. – Digo quase sussurrando.

― POR QUÊ? – Ele grita. Escuto vozes em volta. – Por que não abriu?

― Você está na aula? – Questiono.

― Estou. Só que isso não importa. – Ele diz com a voz um pouco mais alta. – Abra o email.

― Não sei se consigo. – Digo me afastando do computador e pulando para a cama.

― Daqui a pouco estou ai. – Ele diz rápido. – Te amo.

Antes que eu diga algo. Que diga para ele não vir, o telefone fica mudo. Desligo o meu e me encolho encarando o computador. Eu deveria abrir o email. Eu esperei por isso por muito tempo. Isso pode definir o meu futuro. Mas só estou torcendo para que Scorpius chegue logo.

Sabe quando você espera por algo? Espera muito? Fica ansioso, não consegue dormir, pensa em todas as alternativas boas e ruins, fica calculando cada passo, cada palavra, o sorriso ou o choro. E quando esse algo chega tudo acontece tão rápido que você nem consegue se lembrar do por que de tanta expectativa? O resultado do meu texto é exatamente esse algo. Eu queria que chegasse uma resposta, eu torci, eu implorei. Só que por um segundo quero que não seja real. A expectativa de esperar uma resposta é menos assustadora do que a de abrir uma resposta.

As olheiras dele estão profundas, e os cabelos estão mais desarrumados do que o normal. Ele se esqueceu de tirar os óculos de leitura. E quando entra no meu quarto e fecha a porta parece simplesmente o garoto mais bonito que já vi na vida. E ele sorri para a garota encolhida na cama com medo de algumas palavras. A garota das historias com medo de ler a sua.

― Eu te amo. – Digo saindo da cama e o beijando.

Quando o solto ele parece satisfeito.

― Está pronta? – Ele me questiona.

― Não. – Choramingo.

― Está sim.

Sento-me na cadeira.

Fecho os olhos.

Aperto para abrir o email.

E fecho os olhos novamente.

 


Notas Finais


Espero comentários.
Beijos Estrelados...


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