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História Escrevendo - Capítulo Trinta


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Olá...
Meu Deus, eu nem acredito que estou acabando. Consegui escrever os 30 capítulos que queria, eu sei que demorei e que muitas vezes quase desisti. Mas aqui estamos com Rose para o fim de um capítulo.
Quero agradecer aos leitores, agora vou tentar responder os comentários. Sei que é péssimo comentar e não ter um retorno. Sinto muito por ter acabado me perdendo tanto.
Espero que gostem.
E continuem escrevendo seus capítulos.
Boa Leitura

Capítulo 30 - Capítulo Trinta


O jantar foi tão bom, como se eu ainda estivesse com meus seis anos esperando pela sobremesa. Sempre vou me lembrar desses jantares em família, sempre vou pensar o quanto eles podem ser chatos e ao mesmo tempo me encherem de um sentimento puro e doce. Como podemos passar tanto tempo tentando fugir do futuro e o desejando arduamente? Quando ele chega estamos despreparados. Mas normalmente estamos tão felizes.

            Conseguimos falar com Lily e ela estava dividindo um quarto com outras cinco garotas que apareciam e sumiam ao fundo da ligação. Ela sorria enquanto Alvo perguntava o nome das meninas e dos meninos que ela andava conhecendo, e pedia para falar muito bem dele. Hugo sorria também enquanto Íris discutia com nossa mãe sobre a política recente do país, no final descobrimos que Hermione tinha muito mais em comum com a namorada de meu irmão do que gostaríamos que tivesse. James passou tão rápido pela casa que mal conseguimos conversar, talvez o ciúme disfarçado de Scorpius também tenha contribuído para um abraço apertado e apenas isso. E olhar para os gêmeos ao lado de tia Luna fazia com que os olhos ardessem um pouco de tanto acessório diferente, mas ao mesmo tempo era possível enxergar a harmonia saindo dos três quase em forma de purpurina.

            ― Vou sentir falta deles – falo encostada em meu loiro.

            ― Não vai se mudar para longe, poderá vê-los sempre. – Ele diz. – Você está tão nostálgica.

            ― Vai ser diferente. – Continuo com meu discurso. – As coisas sempre mudam. As relações, os sentimentos, as conversas. Tudo muda.

            ― Minha própria dramática. – Ele beija o topo de minha cabeça. – Por isso vai fazer sucesso, você tem alma de escritora.

            ― Está dizendo isso para que eu pare de falar? – Questiono fazendo uma careta.

            ― Está funcionando? – Ele pergunta rindo.

            ― Em alguns momentos eu só te odeio. – Falo, mas também acabo sorrindo.

            ― Sou o seu clichê preferido. – Ele me abraça apertado.

            E ele realmente é. Ficamos observando a cena acontecer ao nosso redor. Meus tios e pais conversando sobre os velhos tempos, Íris encantada com tia Luna e todas as fotos que ela mostra na tela do celular. Vejo Hugo e Lorcan sentados no chão com os olhos vidrados na televisão enquanto apostam quem pode matar mais rápido. Vejo Lysander dedilhar um ukulele gasto que sua mãe trouxe para ele. Uma casa com pessoas diferentes me aquecendo a cada batida de coração.

            Sei que não vou me mudar para longe, como Lily fez, mas sei que muitas mudanças começam acontecer a partir de uma simples escolha. Eu escolhi escrever aquelas palavras na folha em branco. Na tela do computador digitei linha por linha rezando para que dessem certo. Apostei em uma única garantia. Sozinha. Fui tão tola. Não precisava apostar minhas fichas todas, sozinha, podia deixar que as outras pessoas apostassem em mim. E nas apostas delas eu consegui.

            Não sou feliz o tempo todo. Tem horas que quero fugir, jogar o carro contra o primeiro poste. Mas quando sou feliz eu aproveito todos os segundos e absorvo tudo em volta para me lembrar de que o poste não vai resolver meus problemas, mas possivelmente essas pessoas vão. Eu poderia escrever 10 mil palavras para todas essas pessoas aqui presentes. Só que acho melhor deixar que elas escrevam por si mesmas.

            ― O que tem a me oferecer? – Scorpius questiona esperando o momento em que sairemos de cena.

― Sexo grátis duas vezes por semana. - Fico o encarando.

― Já ouvi essa e nem é verdade. – Ele diz o mais sério possível.

Bato nele.

― Engraçadinho.

― Você continua analisando minhas ações. – Ele passa as mãos pelos cabelos. O quanto clichê isso continua sendo?

― Constantemente. – Entrelaço minha mão direita na sua esquerda.

― Estarei presente em todos os seus personagens principais? – Ele pergunta enquanto saímos andando para fora da sala.

― Provavelmente. – Aceno com a cabeça.

― Serei eterno. – Ele diz pensativo.

― É possível. – Sorrio.

― Acho que preciso ser mais irresistível, não quero descrições de como eu sou previsível.

― Scorpius, você nunca deixa de ser irresistível mesmo com todo o clichê. – O beijo. Fechamos a porta atrás de nós e entramos em seu carro.

Dirigimos pelo resto da noite, paramos apenas quando o sol começa a nascer e entramos em qualquer lanchonete que sirva café. O lugar está cheio de jovens, pessoas como a gente, voltando da noite ou indo trabalhar. Vivendo. Escrevendo suas vidas.

― Acredito que eu seja o clichê que falta na imensidão de histórias que estão sendo construídas em dias em branco. – Falo sorrindo.

― Eu trocaria por dias amarelos. – Scorpius aponta para a luz do sol que começa a invadir o lugar fazendo com que muitos óculos escuros encontrem rostos cansados.

― Quando o amarelo do sol tocou os cabelos dele eu pude entender o que todos aqueles livros de romance queriam dizer. Quando o amor acontece a gente entende. O sentir é mais forte do que todo o resto em volta. – Uso minha voz mais suave.

― Meu Deus, acho que estou apaixonado. – Scorpius toca seu peito.

― Eu tenho certeza. – Sorrio.

― Pronta?

― Pronta.

Estou dando apenas um passo. Como se tivesse acabado aquele pequeno capítulo que começou ontem e estivesse começando o próximo sem muita certeza de que rumo os personagens vão tomar.

Eu continuo escrevendo. 


Notas Finais


E ai? Já estão com saudades? Eu já.
Espero que tenham gostado, espero comentários.
Beijos estrelados.!


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