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História Escuridão Escarlate - Uma Explosão de Acontecimentos


Escrita por: Blue_Martell

Notas do Autor


Bem, aqui está uma segunda temporada. Eu estava procrastinando tanto pra escrever isso, e eu estou participando do NaNoWriMo com essa segunda temp, virei a louca dos desafios. Sinceramente, eu espero demais que vocês gostem, eu pensei em desistir, de verdade. Mas eu lembrei que eu realmente gosto disso aqui hahah 💙 e realmente, espero que vocês gostem também. Bem vindos de volta a Kahandria, Ghosts... Boa leitura 💙

Capítulo 1 - Uma Explosão de Acontecimentos


Gwen fora para fora de casa uns instantes, logo quando Airleen partira no carro. Quem ele pensava que era afinal? Aparecia depois de 2 meses e nem um “oi” lhe dera, pra dizer se estava bem ou não, se estava tudo correndo bem na casa nova, se tinha dificuldade com a as contas, não, porcaria nenhuma. Só o que lhe dera foi um abraço, um mínimo abraço. Apesar de que foi o melhor abraço que recebera em 2 meses… Mas não foi o suficiente. Gwen estava enraivecida, mas o cheiro dele ainda estava impregnado em sua blusa. E logo pra piorar, aquela mulher apareceu. Era uma… argh, nem sabia descrever. E ainda pertencia aquela empresa. Todo mundo que tinha os olhos abertos sabia que a Endorphin's não era lá link que se abrisse sem um poderoso antivírus. Assustou-se quando o balanço se mexeu ao seu lado e um braço passou por seu pescoço com uma manta.

– Está frio aqui fora, Gwen, pode ficar resfriada.

– Eu estou bem, Lou. E a mamãe?

– Já se acalmou, e está tomando chocolate quente especial agora.

– Quer dizer que fez um Big Lou pra ela e não pra mim? Estou mesmo sem valor nesta casa. – disse rindo.

– Você não estava chorando porque o filho provavelmente cresceu e não é mais um passarinho, não é? – ele tirara uma menta adesiva do bolso e colocou na parte superior da língua. Louis amava aquilo. Na opinião de Gwen, parecia como comer plástico doce.

– Como consegue comer isso? É meio nojento, sabe?

– Não é nojento, é ter estilo.

Gwen olhou pra ele com uma cara de “que merda você está falando?” e então ele desatou a rir. Aquela risada que parecia com ondas a quebrar em pedras. E então sorriu também.

– Toma, vai. Prova. Você vai adorar.

Gwen suspirou, e então aceitou. Colocou na língua e sentiu dissolver. Era até… Engraçado.

– Ahhhh, viu? Você gostou.

– 'Tá, digamos que seja engraçada a sensação.

Uma gota caiu numa camélia dentro do laguinho artificial que havia na frente da casa deles. E logo centenas a seguiram.

– Venha, Gwen, tá na hora de você tomar um Big Lou também.

Gwen olhou as camélias rapidamente, e um relâmpago brilhou nos céus. Logo depois, a trovoada veio. Assustou-se outra vez. Detestava trovões. Louis a conduziu para dentro. Uma tempestade se aproximava.

                             °°°


Já fazia três dias, nenhuma mensagem, nenhuma ligação, nada. Airleen sumira. A mãe deles passou a se esgueirar para perto da lareira sempre que podia, e ficava horas olhando o fogo. Louis checava a placa digital da casa de cinco em cinco minutos, vendo se havia algo de Airleen. Mas não. E quanto a Gwen, algo em seu íntimo parecia ganhar espaço, como uma grande raiz negra que ia crescendo cada vez mais. Medo é o que chamava. Estava com medo pelo irmão. Resolveu sentar-se ao lado da mãe, na tentativa vã de se acalmar e acalmá-la junto. Mas foi infrutífero. Só estavam ficando mais nervosas. Quando repentinamente, uma grande explosão foi ouvida. E a luz acabou. As duas gritaram ao mesmo tempo.

– Mas que merda. – Louis estava irritadíssimo pelo sumiço do irmão. Seus passos pesados foram ouvidos, ele estava caminhando até a janela.

– Deus… Gwen, mãe. Venham aqui.

Ambas se levantaram, e foram até a janela. Estava tudo neblinado, mas ainda assim dava pra ver. O que antes era um prédio magnífico, agora virara uma imensa poeira. O prédio esotérico da Endorphin's havia desabado. E seu irmão, seu precioso irmão, estava lá.

A Sra Ynaelle desabou no chão, desmaiada. Louis não conseguia se mexer. Gwen abaixou-se para ajudar a mãe.

– Louis, rápido, pega uma toalha molhada, agora!

Ele quase não ouviu, e logo depois correu e foi até a cozinha, voltou com uma espécie de pano umedecido e entregou a Gwen, que começou a esfregar no rosto da mãe. Deu umas leves batidinhas no rosto dela chamando-a levemente.

– Gwen, cuide dela. Eu tenho que ir até lá, avisar alguém, não sei…

– Lou, não seja estúpido. Sério. Todo mundo ouviu essa explosão, está sem luz. O prédio da Endorphin's é o maior da cidade. Não tem como ninguém não ter visto.

– Eu preciso ir até lá, está bem? Eu estou indo, aliás.

– Não, você não vai. Vai ficar aqui e me ajudar a cuidar dela.

– Não posso ficar aqui enquanto o Airleen está lá, naquele prédio e pode estar debaixo dos escombros agora!!!!!

– Meus filhos, parem.

A Sra Ynaelle tentou se levantar, e levou as mãos a nuca. Sua mão voltou empapada de sangue.

– Mãe… – Louis se abaixou, espantado.

Gwen começara a tremer.

– Louis, o que vamos fazer? – disse sem som a ele. Não queria assustar a mãe.

Ele olhou pra ela em absoluto terror, mas tentando se manter calmo.

– Mamãe, pode me ouvir? Vamos levá-la ao médico, tá? Ele vai cuidar da senhora, parece que você se machucou um pouquinho. Eu vou amarrar um lenço pra que não suje sua roupa, está bem?

Ele subiu rápido as escadas e foi até o closet, e pegou a primeira echarpe que viu. Desceu e Gwen estava dando um copo d'água a ela, enquanto a camisa branca já estava quase metade rubra.

Airleen parou na placa digital pra ligar pra ambulância, mas esqueceu que a luz havia acabado. E praguejou mentalmente.

Foi até sua mãe, enrolou a echarpe nela de modo que impedisse o sangue de ir pra blusa. E então subiu novamente e pegou o aparelhinho de pulso, digitou os três números. Depois de uns bons dez minutos descrevendo onde moravam e como a Sra Ynaelle se encontrava, o hospital com qual eles tinham convênio foi acionado. E mais trinta minutos depois, eles paravam na porta de sua casa, um barulho de pássaros soou dentro da casa. Louis abriu e deu de cara com dois homens com roupas brancas, um deles carregava uma maleta.

– Hospital Clearwater. Um acidente de classe D foi registrado aqui por meio de pulse. Lamentamos a demora.

Louis assentiu positivamente e eles logo adentraram a casa. Gwen se afastou um pouco da mãe os deixando examinarem, a Sra Ynaelle estava aérea. Com uma lanterna clínica, o homem examinou as pupilas, e depois olhou o que a echarpe que Louis colocou nela escondia.

– Consegue levantar, senhora?

Ela olhou-o, e logo olhou Gwen, e depois sorriu, desmaiando outra vez.  

Antes de Gwen se aproximar, os homens apararam-na. Um deles puxou um cilindro do bolso, apertou um botão e colocou no chão. O objeto borbulhou em uma luminescência azul e transformou-se em uma maca. Eles colocaram a Sra Ynaelle em cima e então viraram-se pra eles.

– Quem irá com ela?

– Como é? – Louis e Gwen disseram juntos.

– Só um pode ir e acompanhá-la na ambulância.

Eles se entreolharam e então Louis se pronunciou.

– Vá você. Eu me arranjo e chego lá.

– Não, você deve ir…

– Eu sou mais velho e sei me cuidar melhor, papai nunca me perdoaria se te deixasse a mercê das ruas sozinha. Vá logo.

Ele olhou os paramédicos, que já iam carregando a Sra Ynaelle pra dentro da pequena ambulância. E então pegou dois casacos de plástico impermeável no porta-casacos e deu um a ela.

– Vamos, entre. Eles precisam ir.

Ela o abraçou forte, e então entrou cobrindo a boca  com as mãos, abafando o choro. Assim que ela entrou e partiu na ambulância, Louis se virou e vestiu o casaco. Logo sentiu como se uma manta que acabara de sair da secadora tivesse abraçado seu corpo. E então começou a caminhar.

Olhou pra trás e viu a ambulância sumindo ao longe. Seria uma grande caminhada.

Chegou na linha do metrô e comprou um bilhete digital, logo o barulho de engrenagens era ouvida e as portas se abriram. Uma bicicleta motorizada vermelho-vinho saiu. “Perfeita.”, pensou com ironia.

Pegou-a e então subiu, apertando o botão no guidão, ela vibrou minimamente e começou a andar, numa velocidade constante. Apesar da situação ser tensa, ele tentava se manter calmo, foi só um baque, ela conseguiria ficar bem. Iam tratar dela com cuidado, tinha certeza.

O visual da cidade estava escuro, escuro e soturno. Eram só umas 16h mas parecia mais com 18h. O céu estava cinza chumbo com nuvens negras carregadas de chuva.

“Droga, logo vai chover, era só o que faltava.”

Girou o botão, e a bicicleta acelerou.

Os prédios com suas fachadas janelas espelhadas e luz negra tomavam conta de tudo, mas Louis não via, sua vista estava um enorme borrão. Não sabia quanto tempo ficou em cima daquela bicicleta, cruzando a cidade. Assim que passou na frente da sede da Endorphin's, e viu os escombros, não pode deixar de parar. Sua vista embaçou mais ainda, e então seu rosto queimou, lágrimas doloridas desciam por seu rosto à medida que ele largou a bicicleta e se aproximou da fita que delimitava até onde era seguro ficar. Viu alguns bombeiros retirando pessoas para ambulâncias onde os paramédicos já estavam preparando tanques de oxigênio e todos os aparatos de primeiros-socorros. Louis foi até um dos médicos, uma mulher de roupa verde, alta e esguia, olhava uma prancheta e anotava furiosamente. Lhe pareceu a pessoa adequada a se dirigir.

– Com licença, por favor, meu irmão deveria estar aí, ele nos avisou quando veio, uma moça em um carro o trouxe pra cá, ele tem cerca de 1,85, tem cabelos cor de areia, olhos castanhos-...

– Senhor, senhor, se acalme, muitas pessoas estavam nesse prédio. Ainda tem muitas soterradas, com certeza se ele não estiver em nenhuma das ambulâncias, vamos achá-lo, tenha fé em nós.

Ela pousou a mão em meu ombro e ajeitou os óculos com a prancheta na mão, e então sorriu.

– Está vendo aquela tenda ali? Temos um monte de pessoas que foram resgatadas lá, recebendo os cuidados necessários. Vá até lá.

Louis então foi, meio andando, meio correndo, e entrou na tenda improvisada.

Havia muita, muita gente mesmo lá. Esquadrinhou todo o local, mas em nenhum canto viu o rosto de Airleen, seu rosto queimou mais. E então ele saiu de lá. Logo quando saiu, deu de encontro com um homem, ele tinha a pele cor de oliva e era quase duas cabeças mais alto que ele. Quando ele falou, Louis achou que fosse um trovão.

– Louis Knob Paddox, não é?

E a dúvida de responder? Como ficava?


Notas Finais


Então é isso, Ghosts! Até a próxima, beijão! 💙


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