História Escuridão Mortal - Vigias

- A gente devia ter ficado em casa! Que merda! - Choramingou Bruno ainda abraçando Erica.

- Cala a boca, cara! - Henry estava irritado e assustado demais para dar atenção às reclamações do amigo. - Você estava louco para vir para cá e transar um pouco...

- Agora vai começar a falar merda, filho duma...

- VOCÊS PODEM PARAR COM ISSO? - Erica soltou-se dos braços do rapaz. - Estamos encurralados, Camila e Jordan estão mortos! Alguém plantou armadilhas nessa casa, nosso carro sumiu! Alguém quer nos matar e vocês ficam brigando como duas crianças? Vão se foder! Temos de achar uma forma de sobreviver até o amanhecer para então sairmos daqui!

- Temos de tomar cuidado até onde pisamos! - Henry estava tão nervoso que sentia o suor escorrer por seu rosto. - Os celulares não estão funcionando nessa área... Alguém lembra que horas chegamos aqui?

- A gente chegou perto da meia-noite... Agora são... Deixa eu ver... - Bruno tirou o celular do bolso. - Quase duas da manhã!

- Ainda? - Desesperou-se a garota. Ela levou as mãos à cabeça e começou a chorar outra vez.

- O que vamos fazer agora? - Henry olhou em volta procurando uma solução.

- Não temos escolhas! Vamos ter de seguir a estrada! - Bruno fez menção de andar em direção à saída.

- Não adianta! - Henry perdeu a paciência. - Acha que estaremos seguros na estrada? Temos de ficar aqui dentro, é um espaço menor e será mais fácil identificar qualquer tipo de movimentação!

- Henry está certo. Aqui podemos nos defender, quem sabe usarmos algum pedaço de madeira ou coisa assim... Se alguém nos atacar teremos chances de revidar ou fugir! - Erica falava rapidamente tentando criar soluções para tentar sentir-se melhor, não queria ficar pensando no cadáver de Jordan e na possibilidade de morrer antes do amanhecer.

Henry então voltou para a sala de estar e foi seguido pelos dois amigos. Eles então ficaram em completo silêncio esperando que algo ou alguém aparecesse para tentar atacar, mas nada aconteceu. Bruno sentia uma vontade quase irresistível de sair correndo porta afora e seguir pela estrada, porém tinha medo de fazer isso sozinho e acabar sendo morto.

O tempo passou e nada ocorreu. De repente eram duas e meia da manhã e Erica sentia-se exausta, mas não conseguiria cerrar os olhos para dormir.

O trio ficou assim, vigiando, esperando que algo ocorresse. Todos queriam permanecer vivos, torciam para que ninguém os atacasse. Jordan caíra numa armadilha, mas o carro ter desaparecido e a forma como Camila foi esquartejada mostrava que tinha alguém - ou algo - trabalhando para eliminá-los.