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História Escuro - Estou perdido


Escrita por: Eight818

Capítulo 2 - Estou perdido


   Passei anos sem a minha querida e ainda não vi o seu retorno para casa, tudo que ela me deixou foi duas crianças, um menino e uma menina, entretanto é incerto o meu amor por essas criações divinas. Na realidade, a garota é suportável, justamente pela a ausência de características de sua mãe, já o moleque... é mais dócil e obediente, mas os cabelos ruivos e olhos verdes, lembram muito a minha amada, e dói tanto ficar cara a cara com ele, tento ficar o distante, o máximo possível, afim de não acabar açoitando-o por uma raiva um tanto inexplicável. Agora que olho para trás, percebo minhas atrocidades cometidas contra esta pequena cria.

Foi uma grande sorte, o apoio da vó deles, se não, a improbabilidade de eles passarem fome, já não seria improvável. Enfim, este mundo maldoso continuava a girar, eu sem minha amada e o garoto sofrendo por parecer muito com a mãe, queria corrigir todas as mágoas, que plantei naquele pequeno coração, todavia estava óbvio, o processo do ódio dele dirigido a mim, ficou no estado permanente. Esta vida, mesmo se tornando insuportável conforme o tempo, estava um tanto costumeira.

Isso foi até, uma noite de inverno, a neve e o escuro misturavam-se lá fora, o momento da minha chegada ao trabalho correspondia perfeitamente com o horário de jantar, cheguei a cozinha e para a supresa encontrei-me, a imagem do menino olhando ficamente aos pratos quebrados, o que achei estranho, pois quando algo deste tipo acontecia normalmente havia muitos gritos e choros; e nem eu e nem ele, estávamos em nosso estado normal, entretanto sabia a minha obrigação, mesmo se não estivesse com a vontade de bater nele, teria de fazer isso, caso ao contrário poderia ser tomado como outra pessoa, a ele.

Fui tomado pelo impulso horrendo de agredir algo, só por poder fazer nem mais pela raiva. Felizmente ele teve muita sorte, a menina entrou na frente dele, sempre tiveram um laço muito grande, admito que nunca me demonstrei muito ansioso por essa amizade, achei-me totalmente hostil.

Escrevo este pequeno testemunho, para permanecer neste mundo após a minha morte, aqui exponho meu arrependimento, o instinto de pai, fala-me: "Há uma coisa de muito errado nesse garoto" e de fato a criatura parece ter uma aura maligna, porém em outro canto da mente, a razão ainda me domina, ele era apenas uma criança, mal conhecia o mundo, então como há de ser perverso?

Após muito pensar, encontrei um modo de sair dessa confusão, assim olharei novamente para minha filha, Ellaria, que se foi a uns 4 mêses, acho eu. Quando isto aconteceu estava nevando e ventava, todavia obriguei o menino ,com a raiva sobressaltada em toda na voz, a ajoelhar-se numa pedra e expor as costas, e começei a bate-lo até pus e sangue sair das marcas feitas por mim. Obviamente, nem me recordo do motivo supérfluo desta vez, e como qualquer ser racional vivendo condições iguais a ele, o trauma estava estampado no rosto, Ellaria, por ter um laço fraternal forte, tentou acudi-lo, contudo as emoções dele acabaram se descontrolando e a ilusão se juntou, resultando em um assassinato a sufocamento. Na descoberta deste evento, senti algo estranho, não era raiva, porque dava vertigem, além da reviravolta no meu estômago, idem ao medo, sendo tal sentimento mais intenso.

É engraçado ter consciência da irrealização de nossos sonhos, pois o plano armado para desatar esse nó, impossibilita a esperança de encontrar Elly. Termino esse relato, mandando um último recado para meu filho: Você não é mal moleque, só esta perdido, adeus...


Notas Finais


Não sei se estão gostando, mas espero que de pouco a pouco vocês consiguam encaixar estas duas peças juntas


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