1. Spirit Fanfics >
  2. Escuro, escuro, ainda escuro >
  3. Capítulo 10: Ainda não é o fim

História Escuro, escuro, ainda escuro - Capítulo 10: Ainda não é o fim


Escrita por: BeauTheLion e CoxinhaDoce

Notas do Autor


Desculpe a quem achou que a fic ia acabar ;u; mas como diz o título, ainda não é o fim :v tem.muita coisa pra acontecer ainda ouo

Capítulo 11 - Capítulo 10: Ainda não é o fim


Bethany está num lugar negro e confuso. A única coisa que ela reconhece é uma massa negra de costas para ela. Quando ela o vê, sai correndo e rindo, e abraça-o. Ele estremece e faz algo que Bethany sempre ria, que era tremer "como uma gelatina", então se vira para ela:
—Bethany. — a massa diz, sorrindo — Olá querida.
—Papai! — ela ri, e sobe para o colo dele. 
Gaster anda, praticamente deslizando pelo chão escuro e que se movia o tempo inteiro, como se tivesse tentando agarrar os pés de quem andasse por ali, como tentáculos malignos, mas Bethany já não estranhava mais esse cenário, que antes fazia ela temer só de pensar, pois agora estava com alguém que ela confiava. Eles conversam, e Bethany diz que não se lembra de ter ido dormir. Gaster suspira, se abaixando e passando a mão no chão negro. A massa sai como se ele tivesse passado a mão num vidro sujo, e Bethany vê um garoto que ela conhece de algum lugar. Ela não deixa de notar que os dois são parecidos, e então pergunta quem ele é:
—Esse é seu meio-irmão. Asriel Dreemurr. 
—Ah. Papai Asgore nunca me falou dele....
—Eu sei... Ele evita esse assunto... É um pouco complicado de explicar o que aconteceu com ele... Mas foram coisas péssimas. Que afetaram Asgore para sempre... E antes ele estava sobre a forma de Flowey. Você falou com ele, certo?
Ela assente:
—Acho que ele não gosta de mim. — ela diz baixinho, o abraçando mais forte.
Gaster suspira, e a acaricia:
—Não é sua culpa. Coisas muito ruins aconteceram com ele. Ele nunca quis estar nessa forma... — Gaster suspira, a abraçando perto. De longe, pode-se ouvir sons de luta e conversa. Bethany não presta atenção a isso, tentando ficar o máximo possível perto a Gaster e conversando com ele, pois em sonhos era o único lugar onde ela podia tocar, abraçar e receber carinho dele, mas como isso gastava a energia de Gaster, ele não conseguia fazer isso sempre. 
Gaster acaricia a pequena, que fecha os olhos e aproveita o momento, sorrindo muito. Depois de muito tempo, o lugar negro começa a clarear, e Bethany abre os olhos, triste por já ter que ir. Ela contém as lágrimas e funga, se despedindo de Gaster:
—Até...
—Até. — Gaster sorri fraco mas dá para perceber que ele também está triste, e beija a testa dela.
A primeira coisa que Bethany  vê ao acordar é o chão a sua frente. Alguém a pega do chão e a abraça, feliz por vê-la bem, extremamente aliviado. Bethany retribui o abraço, ainda um pouco tonta pela luz repentina nos olhos, depois de algum tempo no void. Ela pisca os olhinhos e foca o olhar em Asgore, e murmura:
—Eu estava vendo o papai....
_Sim, papai está aqui. — ele murmura, sorrindo fraco. Ela permanece no colo dele, sorrindo também. 
Ela olha em volta. Os outros estão lentamente acordando, alguns já alertas. Toriel levantou e está com o humano no colo, que ainda não deu sinais de que vai acordar novamente. A respiração fica se alterando, e Toriel parece preocupada. Os monstros presentes focam o olhar na barreira, ou melhor, aonde ela deveria estar:
—A barreira se foi. — Asgore murmura, perplexo, e os outros continuam em choque, sem saber exatamente o que fazer agora. Iriam seguir em frente, iriam continuar ali, deveriam temer outros humanos? A rixa entre humanos e monstros era antiga. Aquela criança que chegara tão de repente, e havia mostrado que lutar não era necessário seria uma fagulha de esperança de que humanos e monstros podiam viver em paz? 
Nenhum deles tinha certeza.
O humano se mexe, e então abre os olhos. Toriel suspira de alívio e o abraça. Bethany fica curiosa ao ver Toriel se comportando daquele jeito com a criança, e pergunta para Asgore se a criança é filha de Toriel, o que Asgore não sabe responder e diz para que ela que ele teria que perguntar para Toriel. Apesar de ter levado um "gelo" de Toriel, Asgore continua a respeitando. Ele percebe que Bethany parece não gostar da outra boss monster, e ri baixinho, e então diz:
—Sabia que estamos livres agora...? Podemos viver na superficie... E tudo vai ser melhor. — ele murmura, só para ela, que assente e o abraça forte.
Bethany sente algo estranho. Ela olha em volta, a procura de Gaster, e como não o acha, fica preocupada. Asgore percebe:
—O que foi?
—Papai pode vir com a gente?
—Quem? Ah. Ah... Claro que pode. Sempre há espaço para ele, não é?
Ela assente, ainda olhando em volta. Bethany sai do colo dele e observa o humano conversando com todos. Ela sente um medo inexplicável dele, como se a criança fosse uma ameaça a ela. Quando o humano se aproxima de Asgore, Bethany abraça a perna dele e olha para Frisk, murmurando um "oi" quase sem som.
*****
Após isso, várias coisas acontecem. Os monstros se mudam para superfície, tudo parece ir bem.
Exceto pela sensação constante de dejá vu que Asgore tem, a sensação de já ter visto tudo aquilo. A sensação constante de que algo errado estava acontecendo. Ele sabia que os humanos com certos tipos de  alma podiam acabar modificando o tempo, fazendo coisas estranhas acontecerem e sabendo qual o próximo evento, mas Asgore não queria acreditar que aquilo estava acontecendo, não de novo. Ele já havia visto isso na guerra. Ele esperava não ter que enfrentar aquilo de novo.
Bethany falava cada vez mais com Gaster. Algo estava afrouxando no tecido do tempo e espaço, permitindo que ele aparecesse com mais frequência, e era isso que ele contava para sua filha. Ele não podia contar que eles já tinham vivido a quebra da barreira ao menos sete vezes.
Quando mais o humano resetava, mais as coisas ficavam bagunçadas no tecido do tempo. Alguns eventos mudavam, algumas coisas que não deveriam estar nessa dimensão.
Como ele. Certo dia, algo estava estranho. Ele devia estar com Bethany. Mas ao invés disso estava se sentindo como se quase fosse físico de novo naquela dimensão. Havia uma porta a frente dele, Mas ele não conseguia se mover. Seu rosto estava torcido num sorriso sinistro. Seu corpo era estranho, como se ele estivesse sendo puxado ao chão. Ao inspecionar rapidamente, ele observa que ele está derretendo, e arqueja de surpresa. Aquilo certamente era estranho.
A porta se abre. Ele vê a criança entrar, e quando ela tenta o tocar, ele se encolhe e acaba sumindo deste lugar. Ele volta para o void, e olha em volta, estranhando o que acabou de acontecer. Ele anda e acaba achando Bethany em seu quarto, falando com Asgore. Quando ela o vê, sorri e Asgore sorri também.Gaster não pode tocar Asgore, mas pode ao menos ficar perto dele, como se estivesse cuidando dele. Ele gostaria de estar com Asgore, o apoiando, o ajudando com Bethany, estando ali por ele quando ele precisasse dele.
Mas ele não estava... Tudo por causa de uma criança, uma falta de coragem dele. Ele se força a não chorar, sorrindo para Bethany.
Talvez o destino fosse aquilo, que ele focasse preso para sempre, nunca podendo tocar e abraçar sua princesinha e nunca podendo estar com Asgore de novo.
Ele suspira e depois que Asgore sai, Gaster começa a falar com Bethany.
Enquanto fala com ela Gaster pensa que talvez seja isso. Os resets iam continuar, talvez para sempre, então ele nunca veria Bethany crescer de verdade, iria somente até certo ponto e então ele veria outro resets sendo dado sem hesitação. Mas ele não podia fazer nada. Só podia.... Esperar.
E esperar.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...