1. Spirit Fanfics >
  2. Escuro, escuro, ainda escuro >
  3. Capítulo 15: Desenhos e irmãos

História Escuro, escuro, ainda escuro - Capítulo 15: Desenhos e irmãos


Escrita por: BeauTheLion e CoxinhaDoce

Notas do Autor


Aqui vos trago mais um capítulo
As coisas acalmaram um pouco :v

Capítulo 16 - Capítulo 15: Desenhos e irmãos


Gaster passou o resto da noite acordado, dormindo somente quando o sol surgiu. Com isso ele acordou ainda cansado, o que Bethany, atenta, não deixou escapar isso, perguntando se ele estava bem. Ele só dá uma resposta rápida, se arrumando para sair, pondo um casaco e seu cachecol. Bethany pergunta aonde ele está indo e ele dá uma resposta evasiva, não especificando aonde ele vai. Ele está saindo sem comer nada, e antes dele sair Bethany sai correndo pra cozinha e manda ele esperar. Gaster obedece e logo ela volta com um saquinho de papel, que onde ela meio mal, escreveu o nome dele no saquinho. o R e o S estão virados pro lado errado, mas o que valia era a intenção dela. Ele sorri e abraça a pequena, dizendo que volta no fim do dia.
Asgore está no banho, mas Gaster não avisa ele que vai sair.
Bethany se distrai, desenhando depois que ele sai, e depois de alguns minutos, Asgore sai do banho e nota a falta do esqueleto:
—Bethany, cadê o Gaster?
—Hum? Papai Gaster disse que ia sair.
—E ele disse para onde?
—Uhh.... Não... — ela diz, e volta a desenhar — Mas ele disse que vai voltar no fim do dia.
Ele assente, se sentando no chão com ela. Ela termina um desenho, e passa pra próxima folha:
—O que você está desenhando? — ele pergunta, depois de algum tempo.
—A nossa família. — ela desenhou ela, Gaster e Asgore.
—Ah sim. Nossa família é muito legal agora, não é?
—É. — ela está adicionando Sans e Papyrus no desenho. Ela termina o desenho e faz um retângulo um pouco menor  que ela do lado dela e se debruça no desenho. 
—O que é esse retângulo?
—Pra se eu tiver um irmãozinho eu desenhar ele aqui.
—Um irmãozinho? — Asgore esboça um sorriso.
—É. Eu queria muito um irmãozinho. Que eu pudesse brincar e ensinar ele a usar mágica. E sair com ele. E poder cuidar dele. — ela está balançando as perninhas, deitada de barriga no chão.
Asgore ri baixo, e bagunça os cabelos dela:
—Onde eu vou arrumar um irmão pra você?
—Você e o papai Gaster não podem me dar um irmãozinho?
—Não é tão simples assim. — Asgore diz.
—Mas... Parece bem simples pra mim. 
—Bom, primeiro eu e Gaster temos que estar juntos.
—Mas isso é fácil. Vocês só tem que dizer que gostam um do outro e dai ficarem juntos. E ir num encontro! — ela sorri bastante, olhinhos brilhando.
Asgore sorri:
—Talvez seja mesmo simples, mas os adultos complicam demais, não é mesmo? — ele ri.
Ela sorri e continua desenhando, feliz:
—Então você e papai Gaster vão ficar juntos de novo?
—Não sei. — ele responde.
—Por que?
—Por que tem várias outras coisas envolvidas além disso.
Ela bufa:
—Pai! — e cruza os braços, braba — Se você não dizer que gosta dele, eu vou dizer isso.
—Mas isso seria mentir, e mentir pro seu pai. — ele responde.
—Mas é verdade! Você gosta dele! Eu vi que você gosta dele!
—Como assim? — ele ri, claramente confuso, e Bethany bufa.
—Vocês conversam, vocês se abraçam, vocês brincam, vocês... Vocês se olham o tempo todo de um jeito engraçado!
Ele ri:
—Okay, okay, ele é legal. Satisfeita?
—Ele não é só legal! Você é tipo o príncipe encantado dele e ele... O príncipe que precisa de ajuda! Vocês tem que ficar juntos!
—Bethany... — ele diz — Eu.... — ele não sabe responder, e se cala, olhando os desenhos dela de novo. Ele pega o caderno e passa por alguns desenhos. Ele fica especialmente preocupado num desenho de um ser que parece não-humano com uma faca, mas não pergunta nada a ela. Apesar de estar indo a escola, ela não tinha muitos amigos. Asgore achava que ela era tímida, ou talvez que houvesse algum tipo de exclusão por causa dela ser a princesa. 
Ele lembrava que Asriel tivera alguns problemas quanto a isso. Ele sabia que Bethany não era Asriel. Que eram duas crianças muito diferentes. Mas as vezes ele não podia deixar de ver Asriel nela, brincando. Muitas vezes, desatento, ele havia a chamado de Asriel, não por querer, mas por que as aparências eram idênticas en vários aspectos. 
Ele se lembra da pergunta de Gaster.
Será que ele trocaria tudo só pra ter Toriel e Asriel de volta?
Nem ele sabia a resposta para aquela pergunta. Ele nunca deixaria Gaster para cuidar sozinho de Bethany, mas não deixaria Toriel cuidar sozinha de, agora duas crianças, Asriel e Frisk.
Ele não sabia. Não tinha certeza ainda se sentia algo em especial por Gaster, e não tinha certeza se já tinha superado totalmente Toriel para começar um novo relacionamento, também não tinha certeza se Toriel ao menos iria perdoá-lo por tudo o que aconteceu. Ele suspira.
*******
Gaster chega tarde da noite. Nas mãos ele traz um vaso de flores com uma flor amarela mal-humorada, que não parecia querer estar ali. Ninguém parece estar acordado, então ele faz o mínimo de barulho, cansado e indo pro banho. Ele deixa a flor em seu quarto, oferecendo algo pra ele assistir nesse meio tempo, pegando suas roupas.
Quando ele sai, vê a luz da cozinha ligada. Ele iria direto para o quarto, estudar Flowey e pensar o que podia ser feito por ele, mas uma voz chama ele:
—Gaster?
Ele estremece e se vira:
—Sim senhor. O que foi...?
—Acho que tenho a resposta para sua pergunta.
—O que? Ah....
—Eu simplesmente não sei. Por que é algo que independe de mim e... Não há chances de minha antiga família voltar. Então eu.... — ele parece triste em pronunciar isso, e cerra os dentes — Agora eu tenho Bethany.... E você.... — ele está olhando para o caderno de desenho de Bethany, e passa para ele ver. Ele vira as páginas. Tem vários desenhos dele, de Bethany e Asgore, que são fofos e estão melhorando. Tem vários desenhos de antes dele voltar do Void, com eles se abraçando, a família dela, Sans e Papyrus, vários monstros, e inclusive uma cópia da foto de Asgore com sua antiga família. 
Gaster sorri olhando os desenhos. Um dos últimos desenhos é ele e Asgore segurando as mãos com um coração em volta. Claro que Gaster cora muito ao ver esse, e passa rápido como se não tivesse coragem para confrontar esse desenho e nem o sorrisinho de Asgore ao ver ele corar.
—Bethany hoje me deu uma lição de moral. Ela disse que adultos complicam demais as coisas. Que tudo deveria ser mais simples.
—A vida é complicada. Ela não entende isso por que é só uma criança. — Gaster diz, soando um pouco mais duro do que ele gostaria.
O sorriso de Asgore desaparece, e ele desvia o olhar. Ele sabe que Gaster tem um pouco de razão, mesmo que seja um pouco triste admitir. 

No quarto, Flowey está ouvindo tudo isso. Ele não pode deixar de ficar com raiva.
Quando Gaster volta para o quarto, Flowey está encolhido e soluçando de raiva no vaso de flores dele. Gaster o chama mais de uma vez, mas ao não obter resposta vai para cama, ainda o olhando, mas logo pega no sono.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...