História Escuro, escuro, ainda escuro - Capítulo 19: outro reencontro

O reencontro foi cheio de lágrimas e abraços. Gaster ficou com Bethany, olhando um pouco confusa, por que Asgore estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo, e quando ela pergunta a Gaster o que estava acontecendo, ele só responde que ele está feliz por ver os filhos dele de volta. Quando eles terminam com todas as declarações, e as lágrimas, o clima fica um pouco ruim pelas crianças terem que decidir ficar com Asgore ou Toriel. Ambas decidem por Toriel, mas prometem visitar Asgore com frequência. Asriel vai até Gaster, pedindo desculpas por algumas coisas que ele disse, depois vai a Sans e Alphys. Ele volta até Toriel e pega na mão dela, dizendo que quer ir para casa, cansado. 
Gaster faz algumas recomendações para Toriel e para as crianças e pede para chamar ele sobre qualquer comportamento anormal da alma das crianças. Toriel parece feliz, agradecendo os três cientistas, sorrindo muito e ainda limpando algumas lágrimas.

Quando voltam para casa, Bethany ainda está olhando para trás, e pensando sobre os outros dois filhos de Asgore. Ela está segurando na mão de Gaster e de Asgore, dando pulinhos, então ela olha pra cima:
—Eles não contam como irmãozinhos.
—O que? — Gaster ri baixo — Ah sim. Entendo o seu ponto. — ele faz ela pular um pouco mais alto.
—Mais um irmão? Quatro não são o suficiente? — Asgore comenta.
—Mas eu sou a bebê da família daí, eu não quero mais ser a bebê da família.
—O que? Ser a bebê da família é o que tem de bom. — Gaster brinca, e ela faz carinha de braba.
—Você ganha todos os presentes bons. — Gaster sorri — E tem todos os mimos dos parentes mais velhos.
Ela ri, e olha entre os dois:
—Ainda quero um irmãozinho.
—Tudo bem, tudo bem senhorita. — Gaster ri.
Eles chegam em casa, ainda rindo baixo, conversando. Asgore leva Bethany para a cama, já sendo nove da noite e ela ficando mal-humorada se não dormia bem. Ela dorme quase imediatamente, e Asgore vai até Gaster, que está na cozinha, abraçando ele por trás.
Ele cora e sorri, se virando para ele:
—Nós vamos mesmo dar um irmão mais novo pra ela?
É a vez de Asgore corar, e ele sorri:
—Não tenho ideia. Quero dizer, a ideia não é ruim, mas talvez o momento agora... Não sei. Mas, ei, Gaster? — ele está arrumando chá para ele mesmo, enquanto Gaster arruma café — Muito obrigado. — ele beija Gaster — Muito Obrigado mesmo. Eu nunca achei que veria Asriel de novo.
—E você está okay com eles morando com a Toriel?
—Estou. Os filhos sempre fazem a escolha pela mãe. — ele ri baixo — Aliás, Toriel não me odeia mais, e eles vão vir me visitar, então está tudo bem. E nossas reuniões de família vão ser bem grandes agora.
Gaster sorri:
—Temos que fazer bastante reuniões de família.
Ele assente, e toma um gole do chá, fazendo uma careta por não ter açúcar o suficiente:
—Só por curiosidade, como estão Sans e Papyrus?
—Bem. Muito bem, aliás. Sans está feliz, Papyrus simplesmente adora os humanos. Principalmente as crianças. E Toriel..?
—Ah, sim, ela é professora. Já conseguiu a simpatia dos alunos. Só os pais que ainda tem algo contra ela. Mas isso não importa, ela é boa professora. 
—Sans e ela estão fazendo amizade.
—Mesmo? Isso é bom. Sans é um bom esqueleto. Eu fico feliz.
—Bom mesmo. Eles são bons amigos. Ah, e Papyrus está saindo com o Mettaton, sabia?
—O que? Sério?
—Sim, ele está, e eu estou feliz, Sans também esta feliz por que o Papyrus está feliz mas prometeu que vai quebrar o Mettaton em dois se ele trair o Papyrus. — ele toma o café, sorrindo. Asgore está tomando chá, e eles conversam mais um pouco, sempre sorrindo. No fim da conversa, os dois estão trocando beijinhos e carinhos, rindo baixo, felizes. Asgore parecia que havia sido tirado um peso enorme das suas costas, e ele parecia muito mais feliz do que antes. 
Asgore pede para dividirem a cama, o que Gaster aceita, e logo os dois estão dando beijinhos, sorrindo e ficando sonolentos. Os dois dormem logo, e pela primeira vez parecem descansar de verdade.
****
—Ah, olá pequena! — Toriel diz, para Bethany, quando ela chega. Asgore sorri.
—Mais uma vez, obrigado por cuidar dela.
—Está tudo bem.
—Você acha que consegue cuidar de quatro crianças?
—Correção: Seis. Sans e Monster Kid estão aqui também.
Asgore ri baixo:
—Ah sim.
—Eu ouvi! — Sans fala da sala, abafado por uma pilha de crianças em cima dele.
—Oi Sans. — Gaster acena, e Sans manda um oi de volta. As crianças riem e cada uma pega num membro de Sans, o levando para fora e jogando ele na grama molhada — Uau, o que ele fez de errado?
—Ele duvidou que a gente jogava ele para fora. — Chara diz — Ai ele jogou a gente para fora.
Asriel agora vai até Asgore e abraça ele:
—Oi pai! Você já vai ir?
Ele assente:
—Já vou, mas vim deixar a Bethany aqui. Pode cuidar dela por mim, campeão?
Ele assente, sorrindo:
—Sim! Posso sim!
Bethany vai correndo para dentro e deixa as coisas dela no sofá, cumprimentando as crianças. 
Quando Gaster e Asgore vão embora, Asriel volta para sala e pergunta do que eles vão brincar:
—Que tal verdade ou desafio? —Chara sugere.
—Uh... — Asriel parece meio hesitante — Acho que não. A mamãe não ia gostar.
—Bebê chorão? — Chara sorri, maldos@, e Asriel cora, desviando o olhar.
—Vamos lá pra cima então. —Asriel diz, e todos vão pro quarto de Frisk. 
Bethany pergunta como o jogo funciona, e Asriel explica rápido as regras, e Bethany parece achar divertido:
—Vamos jogar!
Eles sentam no chão do quarto, e começam o jogo. Primeiro Bethany escolhe desafio e Chara só desafia ela a pedir chocolate para Toriel. Os outros a seguem, e quando chegam no andar de baixo, Sans está perseguindo Toriel pela casa, por algum motivo:
—Toriel, não! Me devolve meu celular!
—Há! Se você arma um encontro para mim, eu armo um pra você! — ela está digitando algo nas mensagens de Sans, e quando envia, para de correr — Pronto, agora é só esperar a resposta. — Ela dá batidinhas na cabeça de Sans.
—Ah meu Deus Toriel. — ele senta no sofá — Para uma senhora, você corre muito. 
—Obrigado. — ela entrega de volta o celular para ele, e quando ele vê que ela não estava blefando sobre armar um encontro para ele, Sans quase morre no lugar.
Bethany chega perto de Toriel, e puxa a barra da camiseta dela:
—Senhora Toriel?
—Ah. Oi pequena, não tinha te visto ai.
Sans está murmurando "Ah meu Deus" várias vezes:
—O que aconteceu com o Sansy? — ela pergunta, com uma voz fofa de criança.
—Ele só está sem reação por que eu perguntei a Grillby se ele iria num encontro com Sans.
Ela sorri bastante:
—Eles vão num encontro?
—Por que, você acha que eles deveriam ir? — Bethany assente — Eu concordo com você, Sans tem que tentar coisas novas. 
—E eu gosto do tio Grillby! 
—Que bom querida! Ah, veio pedir algo, aliás?
Ela assente:
—Chocolate? 
Toriel sorri e olha além dela, onde as crianças mais velhas estão:
—Foi Chara que te falou pra pedir, não é? Sorte sua que você é muito fofa. — ela pega um pote que está no alto e dá uma barra para eles dividirem — Aqui.
Quando Bethany volta, ela divide o chocolate e Chara diz:
—Você vai ter que pedir chocolate por mim mais vezes.
—Não use a criança. — Frisk diz, rindo, e Chara cora, desviando o olhar.
—Mas olha a facilidade que ela conseguiu chocolate!
—Mamãe te daria chocolate, se você não pedisse umas dez vezes por dia e não comesse tudo de uma vez. — Asriel comenta.
—O que? Não é como se fosse culpa minha! 
—Bom, teve aquela vez em que você comeu tanto chocolate que passou mal. — Asriel diz, e Chara começa a se defender.
—Quer ver como eu faço el@ ficar quieto? — Frisk diz, sobre Chara.
— O que? — Chara pede, antes de Frisk beijar a bochecha del@, e Chara corar e esconder o rosto.
—Feito! — Frisk diz, rindo. Os outros riem, mas Chara está mandando eles calarem a boca.
—Você gosta del@? — Bethany pergunta, curiosa, para Frisk.
—Bem, eu tive que aturar el@ nos últimos nove meses, então eu acho que eu já amo el@. — Frisk brinca.
—Ah meu Deus Frisk cale a boca! — Chara diz, colocando as mãos no rosto del@ e apertando as bochechas de Frisk — Retire o que disse.
—Naum.
Bethany está com os olhinhos brilhando:
—Ah meu Deus, você ama el@! Vocês se amam!
—O que? Não, cale a boca! — Chara esconde o rosto.

O resto da noite é relativamente mais calmo. Gaster e Asgore passam cedo buscar Bethany, mas ela já está dormindo:
—Você quer levar seu outro filho também? — Toriel brinca, apontando para Sans que está dormindo no sofá.
—Não. — Gaster ri — Aliás, ele se comportou?
—Não, não se comportou. Ele roubou meu celular e armou um encontro com um humano para mim. E eu me vinguei.
—O que você fez? — Asgore sabia que geralmente Toriel pagava na mesma moeda.
—Arrumei um encontro pra ele com o Grillby.
—Ah, finalmente. — Gaster diz, sorrindo — Sozinho ele nunca ia ter coragem.
Voltando para casa, Gaster vê Asgore arrumar Bethany na cama. Ele sorri e abraça Asgore, feliz:
—Te amo. — ele murmura, se pondo nas pontas do pés e beijando ele. Era a primeira vez que declarava isso para Asgore, que sorri.
—Também te amo. — ele declara, acariciando o rosto de Gaster.