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História Especial - 5


Escrita por: PortugaGirl

Notas do Autor


...muitos segredos ainda estão para ser revelados. =P

Capítulo 5 - 5


O loiro deveria ter coisa de 1,73cm ou um pouco mais, não interessava muito de momento. Naya pode ver que ele carregava duas espadas junto das costas, onde estas cruzavam em X, podia ver numa o seu punho adornados por um rubi vermelho e na outra uma safira azul; o loiro carregava além disso uma bolsa a tiracolo negra e vestia roupas diferentes das que vira nele no dia anterior.

- Quem és? – ela perguntou rapidamente antes que se fixasse em toda a beleza daquele homem.

- Que comité de agradecimento mais adorável. – ele falou no seu tom de voz firme e grave – Um “obrigado” ficar-te-ia bem, moça. – ela franziu o sobrolho – Afinal ajudei-te á pouco. – olhou significativamente o corpo da Sem Forma que ficava invisível aos poucos até que desaparece por completo.

- Humm… - ela murmurou – sim, muito obrigada. – Naya disse. – Quem és? E porque me segues desde que estou em viagem?

- És filha de Eros. – ele afirmou, não questionou – Meu pai era muito amigo dele. – informou. A mulher sorriu ao notar na marca circular que o loiro tinha no interior do seu pulso direito e encarou-o nos olhos, aqueles olhos negros típicos da sua raça de Elády.

- E que tem isso a ver comigo ou com o facto de me seguires…seja lá qual for o teu nome, Elády. – ele mostrou-se divertido.

- Reita. Chamo-me Reita, filha de Eros. – ele anunciou

- Agradecia que só me chamasses pelo meu nome. – ela pediu

- Quando souber qual é ele. – anunciou então e ela julgou que o loiro estaria a gozar consigo – De facto. – riu-se – Tenho vindo a seguir-te mas apenas porque sei quem é o teu pai e minha mãe fez questão de me dar os detalhes da tua imagem. – voltou a sorrir.

- Resumindo… - ela falou fazendo um movimento circular com a sua mão esquerda á frente – porque me segues, Reita? – ambos sentiram uma nova presença, alias três novas presenças. E do nada, dois Neutro e um Elády os atacaram furiosamente. Naya bateu o pé impaciente e lançou uma punhada bruta ao Elády que havia saltado para cima dela com destreza – Olá! Estou a ter uma conversa aqui! – gritou ao Elády e cravou os seus olhos verde intenso nos Neutro – Sejam educados. Estou a falar com o moço. – resmungou. Puxou da sua adaga de prata e cravou-a no pescoço do Neutro, fazendo-o esvaziar-se em sangue. Reita ficou boquiaberto mas logo puxou da espada com um Rubi no punho e deslizou a sua lamina vermelho sangue pelo tórax do segundo Neutro. Por momentos Naya perdeu a concentração ao reconhecer aquela espada que Reita empunhava. O Elády aproveitou essa distração para a cravar com um punhal. – Sacana! – gritou – Domaï! – gritou irritada, atacou a mente do Elády e fê-lo recuar, esquece-la e aliar-se aos bons.

- Eí! – Reita gritou e foi ao encontro da mulher, segurando-a quando esta descaiu ligeiramente – Moça. – falou e olhou o local onde ela fora apunhalada. Arregalou os seus olhos repuxados ao ver que do golpe só restava a mancha de sangue, nada mais. – Tu regeneras-te. – ele balbuciou. A mão direita de Naya juntou-se aos seus lábios e com o olhar pediu-lhe silencio; rapidamente ela elevou-se, afastou-se de Reita e cravou o seu punhal de prata num Sem Forma que descobrira na forma de minhoca junto do seu pé.

Ajeitou as madeixas do seu cabelo que se haviam solto do rabo d’cavalo, viu Reita a embainhar de novo a espada de lamina vermelho sangue e do nada ele agarrou os pulsos dela com força, procurando a marca da sua raça. – Não pode ser. – protestou ele – Não és Elády. – olhou os olhos dela – Não és Vampira. – pestanejou – O que és tu, filha de Eros?

- Naya. – ela informou e Reita franziu o sobrolho

- Isso é uma raça, por acaso? – ele questionou ainda de sobrolho franzido. Naya agitou os seus pulsos, soltando-os das mãos do Elády e fungou.

- Chamo-me Naya, imbecil. – resmungou

- Perguntei-te o que és e respondes-me o teu nome. Normal que me tenhas deixado confuso, moça. – ele adquiria o mesmo tom de protesto que ela. – E podias ser mais simpática, não?

- Porque haveria? – cruzou os braços ao peito e encarou os olhos do loiro – Não sei quais as tuas reais intenções. Não me informas-te ainda porque, raios, me segues.

- Reparas-te que fomos atacados quando ia responder-te? – ele rematou e passou a mão direita por entre os seus cabelos, soprou impaciente e deixou que os olhos verde profundo daquela mulher continuassem a fixar os seus. – Não podia falar destes assuntos junto de Revoltosos.

- Mas que assuntos, Reita? – ela insistiu – Dizes que teu pai era muito amigo do meu? Que tua mãe me descreveu para ti. Que raio. – suspirou

- Meu pai era um Neutro. – ele falou – Morreu nas batalhas contra os Revoltosos, mas antes exigiu-me que terminasse meus treinos e que no dia que a minha família fosse avisada da tua partida, eu te iria seguir para te acompanhar, evitar que te matem. – ele disse com muita confiança – Minha mãe é Elády e tem uma adoração por ti que não sei a que se deve. Talvez porque desconhece a tua origem. – curvou o lábio – Que és tu, Naya?

- Interessa-te assim tanto ser informado disso? – ele assentiu – Pois vais continuar na ignorância. – ela era teimosa, tempestiva, era o seu jeito de ser e Reita parecia ser o oposto, daí que eles os dois iriam entrar num confronto. – E porque tens que me seguir e ajudar?

- Porque é a minha missão. – ele respondeu asperamente – Queiras ou não, prometi aos meus pais que te seguiria. – encolheu os ombros – Acho que te vou detestar mas não irei recuar na minha promessa, mulher. – afirmou

- Como queiras. – ela ergueu as mãos em sinal de rendição – Onde desencantas-te essas espadas? – olhou o punho de cada uma á vez.

- Porque queres saber? – ele questionou

- Porque essas espadas são poderosas e não te estão destinadas, loiro. – ele gargalhou.

- São minhas. Desde que nasci que a de lamina vermelha pertence á minha família e a de lamina azul… - olhou ligeiramente o punho com um safira encrostada – herdei-a de um Vampiro. – sorriu – Pertencem-me.

- Não, não pertencem. E tu sabe-lo. – ela insistiu

- Pertencem-me. – ele estreitou os olhos – Que te interessa saber? Viras-te bem sem armas. E se queres uma espada, herda uma em combate. – fungou. Á mente de Naya voltaram as palavras de Ollum, ela não podia exigir a espada do Dragão do Sul a Reita, pertencia-lhe agora e até que a própria arma entendesse…seria daquele Elády. Aquilo deixou-a frustrada. Não esperava deparar-se com ambas as espadas tão depressa, mas também não esperava que estás estivessem á posse de um homem super atraente que tinha como missão acompanha-la mas fazia-lhe frente. Suspirou pesadamente.

- Podes mostrar-me a de lamina azul? – perguntou-lhe – Só a quero ver. Á pouco usas-te a de lamina vermelha. – Reita não parecia muito confiante perante aquele pedido mas lá decidiu puxar a espada de lamina azul. Mal puxou a arma, esta brilhou com a luz do sol, parecia mais bela do que já o era, alias, ambas as espadas só eram diferenciadas pela sua cor e a sua jóia regente. Reita movimentou cuidadosamente a espada de lamina azul e deixou que esta ficasse bem perto de Naya. A jovem parecia encantada com aquela espada, era como se fosse atraída de modo assustador por aquela lamina incomum, o Elády piscou os olhos e ficou de curiosidade afitada perante aquilo que testemunhava.

- Que sabes da espada azul? – perguntou ele num murmúrio. Naya sorria divertida e logo olhou rapidamente para o seu lado, cerrou os punhos perante a imagem de cinco Neutros, corrompidos pelos Revoltosos, que surgiram onde ainda os corpos dos seus companheiros jaziam. – De novo? – protestou – Tu atraís Revoltosos ou quê? – olhou diretamente para Naya que já empunhava a sua adaga de prata.

- Parece que a minha aura os atrai. – ela confessou – Vais ter a que te habituar a muito disto, Reita. – olhou-o rapidamente e dedicou-lhe um sorriso divertido.
Reita arrastou a perna direita para trás, posicionando-se para combate, a espada azul ficou empunhada ao lado da sua face direita, fortemente segura por ambas as suas mãos. Naya começou a correr contra dois dos Neutro que haviam iniciado o ataque; Reita acompanhou-a mas em vez de correr apenas parecia deslizar pelo chão devido a leveza do seu corpo. Viu que a mulher não deferia golpes mortais aos Neutro e ele esperava confirmar que ela, de facto, sabia usar uma magia que não mais existia nos Sem Forma. A raça dela era-lhe desconhecida e a curiosidade do loiro exigia saber o que realmente aquela mulher atraente de cabelos longos, castanhos e ondulados, era.
Reita deu de costas para os dois Neutro que o atacavam por sua vez, para poder rodopiar em si e deferir golpes ligeiros em suas costas, obrigando-o a se contorcerem de dor e cair de joelhos no chão, o quinto Neutro tentou atacar á falsidade Naya, mas antes que ela se defende-se com facilidade, Reita acertou com um murro bruto na cara daquele ser. Naya saltou em cambalhota para trás e pontapeou as faces dos outros dois oponentes; ao Elády não restou outra hipótese senão matar dois dos Neutro pois estes faziam uso de pistolas, os últimos gritos daqueles ecoaram o local onde a luta se dava, depois lançou uma cabeçada ao terceiro e este caiu inanimado no chão. A mulher olhou-o rapidamente antes de lançar uma punhada atrás para atordoar um outro Neutro, depois ela mandou um pontapé rotativo e pareceu fraturar os ossos do pescoço do quinto, uma vez que este cuspiu sangue e ficou mudo. – Como vês, um dia a meu lado é uma alegria, Reita. – ela acabou por falar. Acocorou-se ao lado de ambos os Neutro que fizera desmaiar o que lhe facilitaria o seu poder de Dominação em plural. Sorriu e para usar aquele dom tinha que pronunciar a palavra magica, pois só as ordens é que poderiam vir mentalmente. – Domaï. – murmurou e pode sentir um arrepio a lhe percorrer as costas quando sentiu o modo intenso com que Reita a olhou. Dominou a mente dos Neutro e deu-lhe ordens. Elevou-se e aproximou-se do outro Neutro que Reita deixara inconsciente e projetou o seu dominou para a mente desse, dando-lhe exatamente as mesmas ordens.

- Será que me podes informar de que raça és? – o loiro pediu e ela olhou-o de modo divertido – Eu digo “por favor” se for necessário. – riu-se

- Quando pensar em confiar em ti, Reita. Eu conto-te o que anseias saber. – encolheu os ombros.

- Boa. – ele falou de modo arrastado e embainhou a espada azul – Eu tenho que cumprir a promessa de te acompanhar e ajudar e tu decides que não gostas de mim, mas vais ter que te habituar á minha presença. – intrometeu-se no caminho dela – Pois eu não vou a lado algum enquanto não terminares a tua missão e consequentemente eu terminarei a minha. – indicou-se com o seu polegar direito.

- Dizer que não confio em ti não é o mesmo que desgostar de ti, Reita. – ela avisou

- Óh…fico mais descansado, então. – ele falou com ironia o que arrancou uma gargalhada doce á mulher que tinha á sua frente. - Ando aqui a me arriscar por tua causa, sabes.

- És imortal, Elády. Regeneras-te. – ela recordou

- Mas tu tens o dom antigo da Dominação. – ele sussurrou-lhe quando Naya por si passou.

- Tenho mesmo? – ela inquiriu como uma criança travessa e o loiro sorriu ligeiramente – Tu afirmas. – encolheu os ombros. Reita girou nos seus calcanhares e logo passou a caminhar lado a lado daquela mulher – Vais mesmo seguir-me? – olhou-o pelo canto do olho.

- Claro. – espreguiçou-se após afirmar tal – Só agradecia uma explicação. – olhou-a enquanto deixava as suas mãos junto da sua nuca – Sei que te diriges para a Cidade ponto dos Revoltosos. – ela assentiu – E que te faz querer que vais mudar algo desta guerra? Já dura á 24anos. – suspirou

- Ela aconteceu porque eu ia nascer, Reita. – foi tudo o que Naya lhe respondeu.



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