História Espelho de Lua - Consequências Boas.

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Autor

-Jongin, tem alguma coisa errada? –Perguntou Heuen, depois de ver o garoto bater com uma das mãos contra a parede e suspirar decepcionado.

-Não consigo voltar. –Respondeu Jongin, encarando o reflexo. –Parece estar bloqueado.

-Tente apenas se concentrar, querido. –Heuen tocou de leve o ombro de Jongin, porém recuou ao notar o que havia sobre o reflexo no pequeno espelho triangular. –Ah, pelos signos...

-O que foi? –Satoru que estava sentado em uma cadeira ao lado da cama de Baekhyun levantou com certa apreensão.

-Uma linha. –Heuen apontou. –Alguém traçou uma linha sobre nosso caminho...

-Ou pode ser pior. –Satoru pegou o espelho das mãos de Jongin e observou bem. –Não é uma linha, alguém colocou outro espelho que encobre completamente o seu. Um está refletindo o outro, por isso parece uma linha... Não use os reflexos, se pular para dentro dele não conseguirá mais encontrar a saída.

-Uma armadilha? –Sussurrou Jongin, guardando o espelho dentro do bolso e encarando os olhos assustados de Heuen.

-Vou tentar saber como andam os outros, tem um telefone ali no corredor... Já volto. –Anunciou Satoru, antes de deixar o quarto.

Ao mesmo tempo Lay passou pela porta juntamente com Suho, que trazia em mãos o papel deixado por Tao. Heuen caminhou até a cadeira que antes era ocupada pelo Iluminado e sentou, retomando sua missão de curar mais rapidamente o corpo de Baekhyun.

-Acha que ele logo irá acordar? –Perguntou Suho, apoiando-se na barra lateral da cama.

-Em breve... –Heuen sorriu. –É um pouco mais difícil quando se tem tantos remédios aplicados, a sinergia percorre devagar e não chega a todos os ferimentos. Essa é a parte ruim da medicina quando se trata de nós, como Guardiões da Cura.

-Os remédios são bons para nós, para vocês, para o corpo. –Sussurrou Lay. –Porém eles retardam nosso poder de ação, acabam sendo barreiras. Os anestésicos agem sobre nós, os remédios para inibirem a dor acabam tirando nossa sensibilidade e dificulta descobrir onde estão os ferimentos não aparentes.

-Estava pensando... –Começou Suho, indicando a folha. –Por que Satoru não pode usar a sua luz para acender as letras invisíveis que Tao deixou neste papel?

-Porque esta folha só recebe uma luz bem específica para funcionar. –Respondeu Satoru, que havia retornado ao quarto. –Minha luz é Lunar, mais fria, provém da manifestação pura como Iluminado.

Ao dizer aquelas palavras o homem imediatamente abriu a palma da mão e apontou na direção do papel, emitindo sua luz pulsante em tons azulados. O que apareceu foram apenas um símbolo cintilante em forma circular com diversos traços irradiando nas mais diversas direções.

-Baekhyun, por ser filho da Luz e do Fogo, possui a natureza Solar, mais quente, que nasce dos sentimentos mais intensos e combinados do Iluminado. –Completou Heuen. –Como podem ver, quando Satoru deixa sua luz agir sobre a folha o que recebe é apenas uma mensagem visivelmente planejada que o avisa: “Não é a luz correta”.

-Então Tao já previu essa possibilidade... –Concluiu Suho, encarando o desenho cintilante. –Nesse caso precisamos que Baekhyun use sua Luz para nos dizer o que está escondido.

-Exatamente. –Heuen suspirou, pensando por breves instantes. –Vocês estavam com o "nosso" Tao do presente?

-Sim, ele teve uma melhora e abriu os olhos quando Lay começou a cantar. –Respondeu Suho, sorrindo ao olhar para o jovem que agora ficava ao seu lado.

-Mamãe disse que sente seu coração dolorido. –Sussurrou Lay, antes de desviar o olhar de modo preocupado. –Minha canção faz a dor parar.

-Que tipo de dor? –Questionou Heuen.

-Não sei explicar... É um pouco forte, mas não é difícil de curar. –Lay sorriu. –Ela disse que me ama. Mamãe disse uma coisa que sempre dizia quando eu era um bebê, isso me deixa muito feliz apesar de tudo. Isso é muito importante pra mim, ainda estou na memória dela... Eu também a amo muito.

-Se Tao acordou isso pode ser um sinal de que o Huang retornou ao seu futuro ou não está dentro do nosso alcance. –Satoru demonstrava preocupação. –Eu ainda tinha muitas perguntas para ele. Coisas do tipo: como ele consegue materializar coisas do seu tempo paralelo para o nosso sem que isso destrua uma parte da realidade?

-Centelhas. –Respondeu Suho, de modo distraído. –Ouçam bem, está na hora de dizer a vocês o que eu sei.

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[Em algum lugar, muito tempo atrás]

A jovem de vestes negras avançava pelos corredores da mansão, desesperada. Seus cabelos estavam presos apenas em um dos lados com o que parecia ser um penteado, porém o outro visivelmente havia sido abandonado pela metade e agora lhe causava certo desconforto. Com menos de dois passos abriu a primeira porta e encarou o enorme espelho que estava na parede.

-Pelos signos, seis meses. –Sussurrou para si, depois de tocar instintivamente sobre o ventre e respirar um pouco mais do que o normal.

-Eu estou aqui, não vou desistir de você Leun. –Respondeu o jovem que apareceu logo depois, saltando de surpresa pelo vidro refletivo e caindo com um dos joelhos sobre o chão.

-Movendo o espaço. –Ela desviou o olhar. –Huang, onde aprendeu a usar meu segredo?

-Kai me emprestou um espelho dele. –Respondeu Tao, levantando-se rapidamente e observando desenhos de cruz no teto. –Quando eu estou?

-Dois meses atrasado. –Ela apontou para o próprio corpo. –Vou explodir a qualquer minuto se você puder perceber... São gêmeos Tao, o que você tem na cabeça?

-Certo... Devo estar ficando sem meus poderes... –Comentou Tao, de forma refletiva. –Já te disse sobre estar morrendo.

-E eu sobre estar grávida. –Rebateu Leun, puxando de dentro da blusa a corrente dourada e mostrando a ampulheta para o outro. –Colhi apenas duas delas. A centelha do tempo e da cura.

-Já é quase o suficiente. –Tao sorriu, porém demonstrava cansaço. –Sinto muito por estar atrasado... Mas parece que você entendeu por que foi a única a receber um artefato material em sua bênção.

-Somente o tempo pode carregar em si as centelhas de todas as gerações. –Leun disse com certa euforia, antes de virar-se de costas e espiar para fora do corredor o quarto seguinte, mais a direita. –Lee está naquele quarto, podemos capturar a centelha o Gelo, ela é importante contra os paradoxos.

-Tenho certeza que fui... Perfeita como sempre. –Tao sussurrou, o que causou certa confusão aos ouvidos da jovem.

-Perfeita?

-Ainda sou você, apesar de tudo.

-Certo, precisamos ir. –Leun saiu rapidamente e fez um sinal para que Tao a seguisse. -Pelos meus cálculos, você disse que serão apenas três minutos.

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[Dias atuais]

Kris

Viramos em um longo corredor e eu parei, encarando o fim bem próximo. Eu não me lembro de ter vivido algo parecido em toda minha vida e isso vem aos poucos tomando meus pensamentos, afinal, o que estou fazendo?

“Siga... Está vindo...” É o que diz a voz de Kyungsoo em minha mente.

Num mínimo movimento meus olhos captaram que um pouco mais à frente existiam diversos cristais de gelo irradiando e refletindo luz. Apontei e Chanyeol acenou positivamente, confirmando que havia compreendido do que se tratava. Nós adiantamos um passo e a luz se tornou mais forte, deixando escapar dela uma trilha de poeira cintilante muito semelhante ao que acontece quando Jongin se transporta por um reflexo.

O que surgiu, porém, não era que eu realmente esperava.

-Não discutam, apenas sigam. –Pronunciou uma jovem de vestes escuras e olhar assustador.

Ela virou de costas e continuou seguindo para o fim do corredor, enquanto retirava do colete que a envolvia uma pequena espada com a qual avançava sem hesitar, detectando os detalhes mais invisíveis criados pelas armadilhas e vencendo todas elas. A enfermeira que nos acompanhava desde antes apenas continuou empurrando a maca de Kyungsoo ao nosso lado, tentando entender e ao mesmo tempo não nos atrapalhar no que quer que fosse.

-Ei! –Usei um tom mais elevado e ao mesmo tempo calmo, tentando chamar sua atenção.

-Shxx! –Foi o que ela respondeu no mesmo instante antes de parar e virar rapidamente, o que nos colocou a poucos centímetros um do outro. –Disse para não discutir, é tão ruim assim compreender meu dialeto?

-Quem é você?

-Quem você quer? –Respondeu ela, com certa impaciência na voz. –Sou aquilo que você está vendo, pode me chamar de ajuda.

-Muito sentimental. –Comentei ao mesmo tempo em que observava um pouco mais atento aquele traço familiar em seus olhos. –Meu deus... Tao.

Minha voz quase não saiu na última palavra e eu toquei de leve sobre o ombro da jovem, reconhecendo a energia de Tao fluindo debaixo daquela “casca”. Meus olhos custaram a crer no que estava exposto e foi quando percebi que ali estava aquela força estranha que convergia em minha direção desde o ataque contra Kyungsoo. Um leve sorriso preencheu os lábios da garota e logo sua mão ficou sobre a minha, removendo o meu peso para o lado de um jeito nada amigável.

-E lá está aquela cara de bobo que eu pensei que não conheceria. –Ela sussurrou em resposta, permitindo que apenas o indicador tocasse um dos fios do meu cabelo, seu olhar alegre se transformou imediatamente para algo que eu chamaria de cinzento. –Ainda não sei o que essa palavra pode significar para nós dois, espero que seja algo bom, Líder.

Ao passar pelo fim do corredor e virar para a direita encarei nossos reflexos impressos claramente sobre o mármore escuro que revestia a parede. Uma luz de emergência estava acionada e Chanyeol também conseguiu visualizar que dentro do universo escondido do reflexo só era possível enxergar Huang Zitao, não uma garota.

-Ok, tô ficando pirado. –Chanyeol alternou seu olhar entre o reflexo e o corpo da garota. –Isso já é demais por hoje, sério.

-Isso é extremamente normal. –Respondeu a jovem logo que retomou o fôlego e anunciou uma identificação provisória. –Sou Leun Niwu.

Leun.

Este nome fez meus pensamentos despertarem, imaginei imediatamente que aquela deveria ser a versão de Leun que ainda desconhecia o futuro, ou pelo menos parte dele. O que não entrava em minha mente no momento era o fato de seu reflexo apresentar apenas Huang Zitao, não ela mesma. A energia contínua e a força pareciam ser mais puras, intactas, algo que me fortalecia e me abalava ao mesmo tempo.

-Tao lhe disse para vir aqui? –Questionei, depois de verificar que todos nós estávamos parados ao pé de uma escada que levava ao telhado do hospital.

-Tao... Tao... –Leun moveu apenas o braço esquerdo e retirou de dentro de sua blusa o que havia escondido.

Observei dois pingentes em forma de ampulheta presos que balançavam no ar com sincronismo impressionante. O primeiro era cheio de grãos de areia que cintilam em diversas cores como arco íris; o outro tinha uma parte da ampola com diversas rachaduras, não existia areia alguma dentro. Leun fixou os objetos por breves segundos antes de encontrar meu olhar, pude notar lágrimas emergindo em seu rosto.

-Eu já lhe disse que não deveria discutir, devem apenas seguir. –Ela respondeu com a voz mais natural que conseguiu manter, enquanto apontava para Chanyeol. –Você que tem cabelos coloridos como fogo, eu preciso que carregue meu herdeiro, macas não sobem escadas. Ela é enfermeira então deve levar o que possuir de medicina sem derrubar no chão, medir a febre e avisar se o meu pequeno médium D.O disser alguma coisa.

-D.O? –Chanyeol olhou para mim, depois de conseguir segurar Kyungsoo de maneira firme.

Leun não nos deixou questionar e segurou minha mão com força, passando pela porta e avançando todos os degraus sem medo, quase me arrastando. Ao chegarmos ao alto o vento espalhou os fios negros e lisos de seus cabelos, por serem compridos alguns quase tocaram em meu rosto.

-Leun... Sua energia veio em minha direção, eu pude te sentir! –Comecei a falar, notando que seus passos cessaram. –Como isso é possível? Eu jamais tive uma conexão com você, mesmo assim sua força continua fluindo em minha direção sem parar, por que está me doando tanta energia e como pode fazer isso?

-Isso não é relevante agora.

-Para mim é! –Insisti, soltando-me de sua mão e dando um passo para trás. Ela rapidamente se virou com uma expressão assustada.

-Não pode agir de forma tão ignorante agora! Você é um Líder, mas pode muito bem receber ajuda!

-O que quer dizer com isso? –Perguntei, ainda mantendo minha postura.

-Por deus... Só faça o que eu disser, não tente fazer perguntas, eu não estou em condições de responder! Aih... –Leun levou a mão sobre o ventre e derrubou a espada que carregava, resmungando de dor.

Eu rapidamente a amparei antes que pudesse cair, porém ela insistiu em me afastar e deixou as mãos apoiadas em meus ombros. Seus olhos estavam vermelhos, lágrimas corriam sem parar, a dor era visível em todos os aspectos, por mínimos que fossem. Era uma dor que infelizmente também me atingia de algum modo e deixava meu corpo inteiro carregado de energias ruins.

-O que foi? –Chanyeol finalmente tinha conseguido chegar ao fim da escadaria carregando Kyungsoo e agora nos encarava aflito.

-Kris... –Leun começou a falar, no entanto a dor tirava até mesmo as palavras de sua boca. –Preci-so... Preciso que preste atenção... Meu passado pro-vavelmen-te está em um livro para você, só que eu ain-da estou vivendo nele, m-mesmo que eu caminhe na linha do tempo e vi-site o futuro. Sha-Shald-mott não é uma pessoa que se po-de encarar com sua força de vontade...

-Entendo.

-Hoje é... O dia em que f-faço uma escolha... –Ela soluçou, apertando ainda mais os dedos em meus ombros, numa tentativa de reprimir a dor. –Isso v-vai custar m-muito caro! –Uma última lágrima correu em seu rosto, antes de um sorriso forçado surgir. –Por favor... Eu escolhi, salvar... Deixe-me salvar, algu-ma coisa boa em mim... Por favor... L-líder... Eu sempre tive medo de morrer... Isso é doloroso!

-Medo... –Repeti em voz baixa, encarando os olhos de Leun. –Escute, você não vai morrer agora, pare de pensar nisso! ... Olhe pra mim, eu sou o Líder lá no passado ou aqui, meu dever jamais vai deixar de existir. –Estiquei o dedo mínimo em sua direção e continuei a falar. –Leun, eu prometo que vou te manter viva de algum jeito, não importa como.

-Kris... –Ela balançou a cabeça negativamente. –O passado é aquilo que me trouxe aqui... Não pode mudar...

-Vou te provar que está errada. –Segurei sua mão devagar e selei a promessa.

Naquele instante tudo ao redor pareceu paralisar mesmo o vento, mesmo o respirar. Uma cor diferente recaiu em minha visão, eu enxergava tudo azulado, quase como um borrão. Os lábios dela se moveram como se dissessem algo.  A sombra surgiu entre nós e nos afastou numa fração de segundo, Leun ergueu o braço e começou a absorver os vestígios daquela forma estranha até não restar nada. Pude reconhecer pelo mover dos lábios as palavras “Shaldmott” e “quimera”, depois disso nada mais.

Quando fechei meus olhos aquela dor de antes desapareceu e eu senti o chão em minhas costas, o que me fez perceber que eu havia caído. Ver o céu cheio de nuvens carregadas e os diversos raios me deixou ainda mais confuso. Talvez eu tenha visto Leun lutar contra alguém, Chanyeol usar seus poderes de modo defensivo, uma mão se estender em minha direção, outra vez um apagão.

Busquei a maior concentração que consegui e arrisquei abrir os olhos uma última vez, só então pude ver com um pouco mais de clareza o rosto de Leun. Ela estava ajoelhada ao meu lado, com uma das mãos sobre minha testa e a outra encobrindo o que parecia ser um ferimento na própria perna.

-Eu vou trazer Huang Zitao de volta, é minha promessa. –Sussurrou Leun, antes de desaparecer da mesma forma que Jongin fazia.

-Kris! –Gritou Chanyeol, chamando minha atenção. –Aqui!

Virei minha cabeça e enxerguei a enfermeira escondida perto da caixa de água, protegendo Kyungsoo que estava com a cabeça em seu colo. Chanyeol um pouco mais na frente caminhava em minha direção com certa pressa.

-Está tudo bem? –Ele perguntou, ajudando-me a levantar.

-O que... O que aconteceu?

-Foi... –Chanyeol desviou o olhar. –Sua dispersão. Leun conseguiu ativar seus poderes e os meus, ela nos controlou de algum modo, nossos poderes foram manipulados para vencer e afastar Shaldmott temporariamente.

-Como?

-D.O é o verdadeiro nome dele. –Chanyeol apontou para longe, na direção de Kyungsoo. –Kris, tem alguma coisa muito errada acontecendo... Leun disse que ele é um médium, como ela poderia ter essas e outras informações se não são do passado? Ela sabia dos meus poderes, nossos nomes, onde nos encontrar... Leun não deveria controlar apenas o tempo? Como ela conseguiu desaparecer exatamente como Jongin? Como ela conseguiu nos controlar? O que está acontecendo?

-... Você não é o único cheio de perguntas. –Respondi, notando sua decepção. –A primeira delas ainda precisa ser respondida. –Olhei para a pulseira que Tao havia me entregado de presente, ela estava cheia de arranhões que também latejavam em minha mão. –Leun já tem uma conexão antiga comigo. Quando isso aconteceu?

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Autor

-Estou preocupado também. –Dizia Luhan, com os olhos fechados, concentrado em manter o telefone flutuando no ar enquanto era observado por Sehun e Xiumin. –Heuen, nós estamos a mais ou menos umas três horas daí.

-Luhan, nosso sinal pode ser cortado a qualquer instante. –Dizia Heuen no outro lado da linha. –Tente nos manter em contato com sua força total. Tive uma melhora excepcional com Baekhyun e já desvendamos boa parte dos códigos que o Tao do futuro deixou, porém precisamos mesmo da sua ajuda com os símbolos mais complexos.

-Como estão Jongin e Suho? –Sehun interrompeu a conversa, depois de olhar para pulseira e notar ambos os símbolos apagados.

-Estão bem. –Heuen parou por um instante, aparentemente conversando com os outros antes de prosseguir. Foi possível ainda escutar Lay dizer olá e alguns risos ao redor. –Algum motivo em especial?

-Não é nada ruim. –Respondeu Xiumin, tentando evadir o assunto preocupante.

Naquele momento Sehun baixou a cabeça, preocupado. Luhan tocou em seu ombro de leve e o veículo deu um solavanco na estrada, fazendo com que ele perdesse a concentração por breves segundos. O telefone que antes flutuava acabou caindo no chão e uma das pequenas luzes se apagou, Sehun segurou o outro para que não caísse sobre si e Xiumin agarrou o puxador de uma das pequenas portinholas, virando-se imediatamente para a direção do motorista.

-Chen? O que foi?

-Droga... –Sussurrou Luhan, após buscar apoio na mesinha e perceber onde havia parado.

-Desculpe. –Respondeu Chen, depois de desligar o motor. –Acho que acabamos de perder um dos pneus...

-Alô? –Repetia Heuen.

-O-oi... –Luhan fez o telefone flutuar outra vez enquanto observava entre as cortinas da janelinha a estrada deserta. –Deve ter caído o sinal agora pouco. –Disfarçou o garoto, fazendo um breve gesto de ok para Xiumin que abriu a porta e saiu do trailer.

Sehun notou que a pulseira dos signos retornou a brilhar com força, deixando notar que dois símbolos tinham ganhado vida de algum modo. Ele rapidamente levantou a mão e ficou estático, com certa apreensão e felicidade ao mesmo tempo. Luhan virou-se ao perceber o movimento e sorriu, sussurrando:

-Isso é Terra... E Luz?

-Sim. –Sehun olhou novamente, certificando-se de que agora mais um dos símbolos acendia. –Dragão. Nossa, Fênix também!

-O que aconteceu meninos? –Questionou Heuen, depois de perceber que havia alguma coisa.

-Heuen... –Começou Luhan, suspirando com certo alívio. –Tenho notícias boas.

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