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História Esperançar - Péssimas escolhas


Escrita por: _hobisunshine

Notas do Autor


Então, galero. Esse cap é meio sem graça e bem paradinho, encontro vocês nas notas finais. Ah, nem revisei, se tiver aquele erro, me perdoem.

Capítulo 35 - Péssimas escolhas


Fanfic / Fanfiction Esperançar - Péssimas escolhas

Provavelmente, o esperado pelo meu ex não era me desestabilizar. Pelo menos queria acreditar que não. Contudo, não me dei ao trabalho de ler o bilhete que veio junto das flores, nem mesmo me aproximar muito do buquê.

Certamente acabaria tendo um ataque de nervos antes de um dia importante, pior, criando esperanças. Os pensamentos todos já confusos, tomavam proporções absurdas diante do pequeno e perturbador contato.

Simples flores fizeram-me sonhar grande, quem sabe um sinal, sua volta, um possível reencontro ou qualquer aproximação. Esperançar, lá estava minha maldição.

Tudo que envolvia Hoseok me tirava de órbita com tão pouco, e por mais que tentasse negar a todo custo, todos, exatamente todos, sabiam daquilo.

Por esse motivo ninguém tocou no assunto flores, no momento me encontrava grato por isso.

Pregar os olhos durante a noite fora uma tarefa trabalhosa, por sorte recebi auxílio de medicação e palavras de conforto de minha vovó. Esta que me acompanhou durante todo o dia, todo o trajeto em que recebemos a carona de Namjoon.

O local de provas dos meninos foram todos distantes do meu, por isso iam todos ficando pelo caminho e nos despedíamos com um abraço apertado.

— Vai dar tudo certo, confio em você! — Namjoon abriu a porta e saltou.

Em seguida esperou que despedisse da minha avó, para depois puxar-me para um abraço atrapalhado. Nós dois somos muito parecidos até nesse aspecto, de não saber como demonstrar afeto.

Mas ele era bem diferente quando se tratava de Seokjin, e eu bem diferente quando se tratava do...

— Obrigado. Pela carona, por ter ficado, por ser uma boa companhia — sussurrei.

Me afastei, dando uma última olhada nos dois antes de jogar a mochila nas costas e sumir pelos portões para a prova que decidiria meu futuro.

 

 

 

 

 

 

 

{...}

 

 

 

A claridade, quase rara, já ia sumindo por trás dos prédios naquele fim de novembro. Era um dia importante, muito mais do que isso, era um dia esperado por nós.

Na saída da revista, fui avisado que Seokjin estava indo para casa com o caminhão de mudanças e todas as suas coisas para que finalmente pudéssemos morar juntos. Os passos foram apressados, dificultados pela grande quantidade de casacos, porém cheguei a tempo de ajudar.

Como esperado Namjoon, Taehyung e Jungkook também estavam por ali, ajudando com a força de trabalho em meio aos carregadores, porém, também tagarelando sem parar.

Os corredores viraram um falatório sem fim, repleto de risadas e papo inútil até que a última caixa fora colocada para dentro da porta.

Todos iam se acomodando pelo chão mesmo, meu amigo pacientemente se despediu do último funcionário, entregando o pagamento.

— Como... Como pode ter tanta coisa? — reclamei, ofegante, apoiando o braço em uma das caixas.

— Eu precisava tirar tudo de lá ou não pareceria... Real.

— E seus pais, hyung? — Jungkook voltou da cozinha com uma garrafa de água e olhou para Jin, que agora fechava a porta. — Eles simplesmente aceitaram isso assim, fácil?

— Podemos dizer que não sou exatamente o tipo de filho que eles planejaram ter. Ficaram até bem felizes em se livrar de mim assim. Não me ter por perto para fazer eles passarem vergonha.

O silêncio se abateu no cômodo. De repente todos os olhares caíram sobre meu amigo que tinha um sorriso triste no rosto enquanto se aproximava de nós.

Obviamente falava sobre a descoberta pelos pais do namoro dele, aquilo me partia o coração. Nenhum de nós possuía uma família muito normal. Taehyung pigarreou, Seokjin nos encarou e depois sorriu, completando:

— Será que alguém pode pedir uma pizza? Mas pedir e pagar, já que minhas economias se foram.

 

 

 

 

 

 

[...]

 

 

Como o esperado, Hoseok não apareceu no dia seguinte ou na semana seguinte, sequer deu sinal de vida. Uma simples mensagem que fosse, nada.

A última notícia que tive dele foram as flores, nem mesmo tentara entrar em contato como das outras vezes, simplesmente sumiu, melhor, permaneceu no mesmo lugar.

Bem longe, incapaz de ser alcançando, distante o suficiente de meus sonhos tolos e da minha esperança inútil.

Daqui, da Coréia, tudo que poderia fazer era retomar minha vida, minha rotina. Livre dos cuidados da minha amada avó, as responsabilidades dobraram, inclusive com o apartamento.

Por sorte ainda havia um amigo comigo, caso contrário me sentiria ainda mais perdido. Também haviam os cadernos, que desde a noite tão assustadora viravam refúgios.

Não como forma de chorar como um bebê tolo, mas de desabafar, colocar todos os sentimentos perturbados para fora de um jeito mais saudável.

A novidade de vida de adulto, emprego, contas, tarefas de casa, estudo. Tudo parecia ainda muito surreal. Porém era minha nova realidade, à vida que teria de me adaptar.

Livre do ensino médio, no fim das contas, não fez muita diferença. Continuei com o curso de fotografia, com o emprego na revista e com o mesmo grupo de sempre.

O que mudou foi que minhas saídas se tornaram cada vez mais constantes e meu número de conhecidos aumentou. Não que fosse algo a me orgulhar, eram amigos de bar.

Soonkyu que se tornara mais presente, ainda mais insistente que das outras vezes e sempre cheia de novidades para contar. Se fosse azarado o suficiente, acabaria com uma vaga na mesma faculdade que ela, tendo assim uma companhia constante.

Ficar perto dela não era o problema de tudo, o problema era que além de mim, ninguém parecia muito querer ficar. E por esse mesmo motivo recebia uma bronca do meu amigo irritadiço, enquanto fazíamos as compras do meu primeiro natal sem Hoseok.

— Você convidou aquela garota? — Jin perguntou alto, perplexo.

Rolei os olhos, cansado da mesma discussão repetitiva. Ele, emburrado, me deu um empurrão.

— Eu te fiz uma pergunta!

— Não necessariamente convidei — dei de ombros pedindo desculpas. —, ela é assim. Aparece quando tem vontade, faz o que der na telha. Assim que soube que eu iria, resolveu se juntar a nós.

— Sabe que precisa colocar um limite nisso, não sabe? Caso contrário essa garota vai acabar confundindo as coisas.

— Como assim confundindo as coisas? — mostrei uma câmera para Jin, que estava com os braços cruzados e uma cara de poucos amigos. — Acha que Jungkook gostará disso?

— Você é idiota ou o quê? Quer saber, faz o que quiser, depois não diga que não avisei — bufou, se colocando ao meu lado. — Vai gastar tanta grana com esse pirralho assim?

— Agora só tenho vocês para gastar, ter meu próprio salário é muito bom — sorri, entregando a câmera para o vendedor e escolhendo outra. — Falou com seus pais?

— Tentei, mas se recusam a me receber com Namjoon — tocou o balcão de vidro, distraidamente. — Não queria precisar escolher entre eles.

— Pode ficar mais cedo com seus pais, depois se juntar a nós. Podemos esperar, é natal, tempo para se passar com as pessoas que ama.

— E os seus pais, Yoongi? Não acredito que esses cretinos não tentaram manter contato desde aquele dia.

— Não me importo, e também não quero falar sobre isso — peguei a nova câmera estendida, ouvindo pacientemente sobre as configurações, por mais que fosse conhecedor dos detalhes. — Vocês são minha única família agora.

A época do ano, como o esperado, levava sempre muitas pessoas às lojas. E mesmo sendo um final de semana, as coisas estavam corridas, o espaço era curto e precisávamos nos espremer na fila dos caixas.

Conseguir achar o par de algo e embalar decentemente era artigo de luxo. Tudo pareceu uma aventura daquelas bem loucas, como uma caça ao tesouro. O desafio maior fora sair do centro comercial com as compras intactas e em meio a correria, chegar em tempo à terapia.

Mesmo após tantas consultas, ainda não me sentia à vontade em ter companhia naquele lugar, mesmo assim Seokjin jurava de pé junto que tudo bem esperar lá fora com algumas sacolas. Depois sairíamos para jantar e logo tudo ficaria bem.

O Dr. Shin sorriu cheio de dentes ao me ver com uma companhia, apesar de algumas olheiras enfeitando a face, também parecia contagiado pelo clima natalino.

Até a decoração cafona havia mudado um pouco, tentando inutilmente ser mais receptivo. Pelo menos valera o esforço.

— Não comprou nada ao seu médico preferido? Quanta falta de consideração — balançou levemente a cabeça, sentando calmamente na cadeira de frente para mim. — Quer algo para beber?

— Desculpa.... E não, obrigado — neguei levemente com a cabeça, olhando ao redor. — Continua uma droga, a decoração.

— Eu gostei — deu de ombros, recostando-se lentamente. — Além da minha decoração de droga, algo mais te irrita? Ou o natal também chegou ao seu coraçãozinho?

— Para falar a verdade, não me parece natal. Não tem cara de natal, só estou sendo levado pelos outros, por toda a empolgação de fim de ano. Fim dos ciclos e essa baboseira toda.

— Te falta algo, ou alguém? — perguntou calmamente.

— Alguém — fui direto, ele arregalou os olhos. — Em muitos anos, esse é o primeiro natal sem Hoseok. Sem a presença dele, os presentes. Além de amigo, perdi um familiar, um... hum... Namorado.

— Vamos aproveitar o seu bom humor hoje — brincou com a caneta entre os dedos —, me conte como está se sentindo. A primeira coisa que vier na cabeça. Qualquer frase, palavra. O que o natal te remete?

— Vazio — retruquei. — Saudade. Família... Sinto falta, falta de um lar comum, braços para quais correr. Não que meus amigos não sejam o suficiente, eles são. É só... Diferente.

— Sente falta de Hoseok? — perguntou, e eu desviei o olhar. — É isso que tem de errado com esse natal, certo?

— Sim — saiu em um fio de voz e ele sorriu, feliz pelo avanço. — Queria que ele também estivesse aqui.

 

 

 

 

{...}

 

 

 

 

Quando diziam que o natal seria legal apenas com os amigos, nunca acreditei. Na verdade, se alguma vez alguém me dissesse que o natal poderia ser legal, eu poderia jurar que essa pessoa era louca.

As únicas vezes que realmente aproveitei essa data foi quando estávamos juntos, sendo apenas uma delas foi o “juntos” que sempre quis. Por esse motivo chegava a estranhar todo clima bom e toda aura feliz que caiu sobre todos.

Cada um ficou até pouco mais tarde com sua família, com exceção de mim, que usou o tempo livre para falar ao telefone com a minha querida avó e enrolar um pouco mais na cama.

Aos poucos foram se aproximando, amontoando, cada um trazendo bebidas, presentes, convidados e logo tudo se tornou uma festa de despedida ao ensino médio.

Haviam alguns desconhecidos, no início aquilo me incomodou. E por mais que quisesse reclamar, não o fiz. A festa acontecia no meu apartamento, não poderia simplesmente dar as costas e fugir.

Não havia música alta, porque a casa não tinha um som. Só algum barulho aqui e ali e várias bebidas espalhadas por todo lugar e conversa idiota. E totalmente habituado, já tinha desistido de tentar arrumar as coisas pelo caminho e me misturei à bagunça.

Sentado em um dos sofás, ria de uma piada idiota quando Bae Joohyun apareceu. Rosto bem desenhado, pele clara e cabelos castanhos caídos sobre os ombros e bem arrumados.

— Yoongi-ssi, eu posso sentar? — apontou o lugar próximo ao que estava e apenas concordei. — Está um pouco barulhento aqui, não é?

— Quer ir até a sacada tomar um ar?

Antes mesmo de sentar ao meu lado, nós já estávamos andando na direção oposto de todo o burburinho.

A sacada coberta pela rede de proteção foi a nossa saída da grande movimentação, sem muito para onde olhar além do prédio ao lado. Ficamos nos encarando por alguns segundos constrangedores, até que consegui dizer alguma coisa.

— Está gostando da festa? — perguntei e ela concordou com um breve acenar. — Fico feliz que esteja aqui.

Pude jurar que o rosto da garota tomou cor, então ela tomou um gole da cerveja que segurava em mãos e desviou o olhar por alguns segundos.

Minha experiência com garotas estava longe de ser o esperado, porém, sentia que minha presença a afetava de uma forma boa. Ela mal conseguia me encarar nos olhos, muito boa a sensação de desestabilizar alguém.

— Eu queria saber se... — se remexeu, receosa. — Se... Se está saindo com alguém no momento.

— Não, não estou — sorri, colocando uma das mãos no bolso. — Mas adoraria te levar em algum lugar um dia desses.

Sabia que dissera a coisa certa, pois o rosto já iluminado se abriu em um gigantesco sorriso e os olhinhos pequeninos quase fechando.

Fiquei encarando-a por alguns segundos, sorrindo de volta diante de tamanha felicidade que um simples convite meu fazia. Toda a situação me levava a pensar, que talvez, só talvez, não fosse errado tentar.

 

 

 

 

 

[...]

 

 

 

De todos os tipos de felicidade que experimentei, nada se assemelhava à felicidade de ganhar algo com meu próprio esforço. Não digo os objetos que comprei e compro com meu próprio dinheiro, mas sim as conquistas, as conquistas reais.

Após toda a novidade das festas de fim de ano, recebi a notícia de que fora aceito na faculdade e com isso, mais um dos presentes duvidosos de Hoseok.

Foi naquele momento que percebi que mesmo de longe e mesmo sem (talvez) poder manter contato, ele ainda se interessava por minhas vitórias.

Ninguém tocava diretamente no assunto, porém, havia um informante entre nós. Ou talvez todos eles fossem, porque o desgraçado mesmo que de longe, sabia de tudo. Exatamente tudo.

No meio da festa de comemoração às nossas aprovações, o primeiro presente veio. Jin, passou no curso tão almejado e exalava felicidade por todos os poros.

Taehyung havia conseguido na vaga tão sonhada pelos pais, deixando assim a família completamente feliz. E eu, bem, eu passei em minha opção de curso e lá estava meu maldito ex se fazendo presente com mais um de seus buquês.

Contudo, esse não veio sozinho. De brinde tinha uma caneta que parecia malditamente cara, guardada em uma caixa preta de veludo, gravada por toda extensão com a seguinte frase: "Para o futuro melhor jornalista do mundo.".

Um encorajamento, que também me pareceu um pouco de desafio. E fora uma das coisas com a qual me motivava todos os pequenos dias. Mesmo nos mais complicados. Ela ficara em meu quarto, sobre a escrivaninha como aviso.

O terceiro presente veio após o segundo esforço, quando consegui uma posição melhor na revista em que trabalhava, agora direcionado ao que fazia na faculdade. Não era mais o cara que tirava algumas fotos, comecei a vir diariamente ao lugar, trabalhando na área editorial.

E mesmo que ainda sendo um assistente, aquilo estava de bom tamanho para meu primeiro ano na faculdade. Foi o que Hoseok disse, junto de um novo buquê e livros antigos, itens de colecionador. Estes que também ficavam bem visíveis, em meu quarto.

— O período de provas mexe mesmo com você, não é? — Seokjin entrou com uma xícara em mãos. Não virei, mas pude sentir o cheiro do café recém passado. — Precisa parar de estudar tanto, vai acabar abrindo um buraco na sua cabeça.

— As provas são semana que vem, você é o estudioso entre nós — continuei escrevendo, sem ao menos encará-lo. — Então por favor, não me atrapalhe.

— Sim, mas eu faço faculdade de medicina — ele falou com diversão e eu o fuzilei com o olhar. — Só assim para ganhar sua atenção? Uau, diminuirei seu curso com mais frequência.

— Se não veio me entregar essa xícara, sugiro que saia agora ou vou te matar.

— Eu só vim até aqui porque você tem visita — rolou os olhos, colocando a xícara em minha frente. — E sim, é para você. Então não demore e vista uma camisa para receber sua namorada.

— Ela não é minha namorada! Droga, eu não acredito! — levantei, desesperado, procurando as roupas pelo caminho. — Você falou que eu estava aqui? Droga, droga, droga, Jin.

— Não é sua namorada? Porque os gemidos de vocês me dizem outra coisa — arqueou as sobrancelhas e cruzou os braços. — Acabe com isso antes que essa menina saia machucada. Agora. Para o seu bem, para o dela.

— Tá bom, já entendi. Agora sai!

A verdade é que não era capaz de levar um relacionamento em frente agora, por mais que a ideia de ter companhia fosse atrativa, não podia usá-la para cobrir minha carência ou a falta de alguém.

Podia ver em seus olhos que havia sentimentos demais envolvido nisso, enquanto que eu só estava ali para não ficar só. Para ter carinho, quem sabe alguém para cuidar de mim quando realmente só precisasse ficar em casa.

Seokjin tem razão, não era justo com ninguém.

Como sempre fizera, ali estava ele, assistindo enquanto me vestia para ter certeza que sairia e enfrentaria meus problemas – mesmo que não fosse mais necessário.

Mesmo que minha covardia tivesse me abandonado há algum tempo, sempre correria o risco de uma recaída. Saímos em direção à sala, porém, ele apenas pegou o notebook e deixou a mim e Joohyun a sós, em um silêncio constrangedor.

— Por que está fugindo de mim? — foi ela quem quebrou o silêncio. — Fiz algo de errado?

Neguei levemente com a cabeça e um sorriso tranquilizador, indicando também a porta em um pedindo silencioso para que saíssemos. Ela apenas concordou e eu calcei os sapatos, colocando a coleira em Hope, que parecia animado por finalmente passear.

Em poucos minutos estávamos nas ruas quentes e pouco movimentadas, eu andando lentamente, com uma das mãos no bolso.

— Me desculpe, sabe, por ter sumido. Fui um covarde, não é nada justo com você — espiei sobre meus ombros, ela ainda encarava os pés. — É só que não estou pronto para um relacionamento, para assumir um compromisso com você. Não quero um "nós". Meu último namoro foi bem perturbado e eu... Bem, eu não estou pronto para amar mais uma vez.

E ainda espero que meu ex volte. Pensei, porém sabiamente não externei tamanho absurdo. Nem eu mesmo gostaria de ouvir aquilo. O silêncio dela me incomodou, então resolvi continuar.

— Você é linda, uma pessoa incrível, divertida e inteligente. Amo passar um tempo com você, mas não te amo. Ninguém merece isso. Você precisa estar livre para alguém que possa se entregar cem por cento.

— Eu não quero outra pessoa! — ela gritou, parando no meio da calçada — Eu quero você! Yoongi! Eu quero você!

— Mas eu não te amo, Joohyun, e você não merece alguém pela metade. Você é maravilhosa, querida — parei me aproximando dela que ficou alguns passos para trás. Minha mão antes no bolso foi em direção ao rosto choroso, limpando as bochechas. — Merece um amor inteiro, completo. E eu não posso te dar isso, meu coração é de outra pessoa. Nunca seria inteiramente seu.

— Mas pode ser meu, eu sei que pode. É só tentar, só tentar. Me deixe te fazer me amar — ela remexia as mãos, gesticulando desesperadamente.

— Não posso, não posso prometer que um dia consiga te amar.

— Não prometa, não estou pedindo que prometa nada. Só fique — exasperada segurou meu rosto entre as mãos, selando nossos lábios várias vezes, me fazendo provar o salgado das lágrimas dela entre eles. — Só fique, fique comigo.

As poucas pessoas ao redor acompanhavam a cena curiosas, cochichando, por vezes apontando para nós dois.

Desesperado, passei meu braço em volta da cintura dela e a puxei para perto. Rapidamente, Joohyun escondeu o rosto molhado pelas lágrimas em meu pescoço, beijando a área, sussurrando repetidas vezes que tudo ficaria bem, que as coisas logo se resolveriam.

E era o que eu esperava, esperava mesmo que todas as coisas se resolvessem porque nada parecia em seu devido lugar agora.


Notas Finais


Já tenho dois capítulos prontos, então não vou demorar muito para voltar. Aeee! Vou aproveitar o feriado amanhã para escrever mais, e prometo compensar. Tem gente chegando!


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