Justin P.O.V
~~Trinta minutos depois…
Eu não sei se o pior era ter que tá vivenciando aquele clima ruim naquela casa, ou se o pior seria ter que aturar mais pirralhos aqui . Ok! Bancar o segurança deles era um bom disfarce, mas eu já estava começando a prever que ia da merda. Mais seis viriam pra ca, e pelos comentarios após a saida do Riccardo seriam crianças, ou seja, estou fodido. Porque o que era pra ser moleza não chegaria nem perto disso.
Todos estavam sentados no sofa com a maior cara de velorio, o que era de se esperar, menos a pessoa que deveria estar aqui bancado a baba.
- Ela era tao boa … - sentir um corpo se aproximar do meu e cambaleei para tras – Justin, ela era incrivel – a garota de cabelos escuro disse abraçando o meu pescoço
- Serio! - tentei tirar seus braços, mas a garota era insistente – Eu sinto muito – tentei tirar suas maos novamente, mas foi em vao
- É bom ter alguém para contar nesses momentos – ela fungou e colocou o rosto no meu pescoço
- Eu tambem acho, mas sera que você poderia me soltar rapidinho? - disse e ela se afastou enxugando as lagrimas
- Desculpa, eu.. eu… - neguei
- Sem problemas – ela voltou a chorar e me abraçou novamente
PORRA.
- EU QUERO A MINHA MAE – um garoto de cinco anos mais ou menos apareceu chorando e indo ate os irmaos mais velhos
- MAMAE… EU QUERO A MAMAE! - uma garotinha, maior pouca coisa apareceu chorando tambem
- EU QUERO A MINHA MAE – esse garoto não foi o primeiro que entrou?
Olhei para a direçao do sofa e eles eram gemeos.
- EU SABIA QUE ESSA MERDA DE VIAGEM NAO DARIA CERTO – uma garota estranha apareceu tagarelando com outra que tambem chorava, e por fim um outro garoto que deveria ter uns… seis ou setes anos apareceu mexendo no celular.
- Jenivyr, não é momento pra isso, por favor – a garota de cabelo claro disse fungando e sentou no sofa
- Sao todos seus irmaos? - perguntei para a garota que ainda estava me abraçando
- Sim. - ela disse fungando, e eu tentando me afastar dela
- Jenivyr é a estranha, a loira é Janette. Os gemeos são Robert e Roberto, o que está segurando o celular é John e a baixinha é Jaisse – arregalei os olhos, vai ter filho assim la longe
- Eu quero a minha mae – um dos gemeos chorou novamente e os irmaos conversaram com ele sobre a situação.
- Eu preciso resolver uma coisa, é bem rapido – disse afastando aquele grude de mim
Fui ate a cozinha e ela não estava la. Onde porra aquela idiota tinha se metido naquele momento ? Voltei para a sala e fui na direção das escadas, ate que por fim cheguei ao quarto dela.
- Tudo bem. Eu tambem. Tchau. - bati tres vezes na porta
- Abre aqui – disse batendo na porta – Ta ouvindo?
- Ja vai, calma. - a porta foi aberta e ela guardou o celular no bolso de tras
- O que foi? - ela perguntou amarrando o cabelo
- O que foi um caralho, que porra você tá fazendo aqui encima? - ela deu de ombros
- Eu precisava fazer uma ligaçao urgente, e agora vou comer porq… - ela tentou passar por mim, mas puxei seu braço
- Voce tá louca? Aconteceu um acidente e chegaram uns pirralhos que não param de chorar, você precisa fazer alguma coisa.
- Eu acho que você não deve tá bem da cabeça – riu debochada
- Quem não tá bem é você
- Deixa de ser mane, Justin. Isso é só um disfarce , eu não preciso agir como se fosse uma baba ate porque eu não sou uma .
Mila P.O.V
Aquela sala estava um caos. Se eu soubesse que seria capaz de tomar conta de crianças por causa de grana … respirei fundo pela milesima vez e desci o ultimo degrau. Me deparando com muita gente naquela sala, com muito barulho…
- Faça o que toda baba faria – Justin esbarrou no meu ombro de proposito e riu, indo ate a porta
- Quem é ela? - uma esquisita perguntou e eu dei o meu melhor sorriso
- Eu sou a nova baba de vocês
- Nao precisamos de baba – ela rebateu seria
- Nao é bem isso que o seu papai acha. – sorri novamente e ela fechou a cara – Entao crianças o que vocês acham de sairmos para tomarmos um sorvetinho, comer uma pizza, dançar… - balancei o meu corpo, fingindo dançar – vocês quem mandam, iai?
- Nao sei se você tomou conhecimento do assunto, bom… eu acho que não. Porque empregados costumam ficar por fora da situaçao – a estranha disse – mas a mae dos menores morreu em menos de uma hora - ela disse e todos ali olhavam pra mim
- Sim, eu soube. – cruzei os braços – Mas a vida segue, ué… Quer dizer que só porque uma pessoa morre nesse momento as coisas tem que parar?
- Voce não tá entendendo – a outra estranha que estava paquerando o Justin disse se aproximando de mim
- Nao mesmo, me explique por favor – descruzei os braços
- Eu to achando que ela tá cheia de liberdade, o papai precisa parar de dar esse tipo de liberdade para os empregados da casa. Começando pela roupa – outra disse e eu revirei os olhos
- Ta bom gente, chega. - um dos moleques disse levantando – Eu vou levar o… - interrompi ele
- Os pequenos vem comigo – disse indo na direçao deles
- O que você considera pequeno? - um dos ''projeto de homem'' disse mordendo os labios
- Isso que você tem no meio das pernas – os outros riram e eu revirei os olhos
- Ela é muito vulgar, fala serio. Fora que a falta de respeito nesse momento tao delicado passou longe
- Vamos crianças? - ignorei o comentário de alguma patricinha e sorri
- Eu quero a minha mae – revirei os olhos e peguei os dois gemeos no colo
- Voce lindinha, vem comigo. E você garotinho do celular – ele olhou pra mim
- Pra onde você vai levar eles? - a estranha perguntou
- Ai já não e da sua conta. Vou fazer o meu trabalho.
(…)
- Ela vai voltar, tia?
- Eu quero a minha mae – respirei fundo e coloquei os dois na minha cama, enquanto a menina menor e o outro entravam no meu quarto
- Entao criancas, e o seguinte… – os ouros dois sentaram na minha cama e e todos olharam pra mim, engoli seco sem saber o que fazer e coloquei as duas maos na cintura – o que acham de ver desenhos? An? – sorri e peguei o controle da TV e eles não demonstraram nenhum entusiasmo, pelo contrario
- Eu vou para o meu quarto – o garoto do celular disse eu joguei o controle longe
- Ok, sem desenhos. – respirei fundo mais uma vez e sorri – Ja sei criancas… quem ai gosta de bolo de chocolate?
- Nao quero – um dos gemeos disse cabisbaixo
- Tambem não quero – o outro disso
- Eu vou para o meu quarto – o do celular disse e eu olhei para a menina que não havia falado nada
- E você lindinha? – ela negou com a cabeca
- Olha,eu sei que a mamae de vocês foi morar no ceu, mas isso não significa que vocês tem que ficar com essa cara – eles levantaram da minha cama e rapidamente sairam do quarto. Merda…
A garota foi a ultima a sair, antes mesmo dela sair me deu uma bela encarada e depois fechou a porta.
- E isso ai – me joguei na cama e encarei o teto, mas não durou muito tempo porque logo a porta foi aberta e toda a minha paz sumiu
- Levanta – ele disse batendo palmas e eu revirei os olhos
- Eu tentei,mas não rolou – levantei da cama
- Mila, a mae deles morreu – ele disse obvio e eu dei de ombros
- A minha mae morreu tambem e nem por isso eu morri junto. – ele me olhou sem expressao – Essas criancas são frescas
- Nao e porque você tem a porra de um coração de pedra que todo mundo e obrigado a ter – ergui a sobrancelha e cruzei os bracos – eu tambem não queria bancar o baba dessa pirralhada toda, se você quer saber eu odiei a ideia, mas se eu entrei nessa terei que ir ate o fim – assenti
- Ta, onde você quer chegar com tudo isso?
- Voce deixou os moleques piores
- Nao tenho culpa se não sou uma baba exemplar – descruzei os bracos – agora segura a barra ai que eu preciso … – ia n direcao da porta, mas meu braco foi puxado
- Sem chance. Vamos descer e você vai da um jeito nos menores
15 minutos depois….
- Voces estao com fome? – perguntei e todo mundo continuava em silencio, encarei o Justin que estava de olhos fechado.
- Sera que você não percebeu ainda que ninguém quer saber de comer ou brincar? – a de cabelo preto disse, ele deveria ter uns dezenove ou vinte anos de idade.
- Se você não quer ai o problema já e seu, eu estou fazendo o meu trabalho então fica na sua que você ganha mais – ela fechou a cara e novamente a sala ficou em total silencio, eu odiava aquele clima me fazia lembrar da coisas horriveis que eu havia passado no passado e me fazia lembrar da morte da minha mae. – Ok criancas, venham comigo – disse e nenhum deles levantou, então eu mesma peguei os dois gemeos no colo e chamei o garoto do celular e a menina que não abria a boca pra falar nada .
….
- Eu não to com fome – o garoto do celular disse e eu assenti
- Primeiro eu gostaria de saber o nome de vocês e depois irei falar qual e a minha ideia
- Nao queremos fazer nada – um dos gemeos disse
- Nao quer agora, mas quando eu falar a minha ideia você vao gostar – sorri e ele encolheu os ombros – como vocês se chamam?
- Robert e Roberto, eu sou John e ela e a Jaisse – ergui a sobrancelha rindo, ou melhor fingindo entusiasmo
- Olha só que nomes lindos . Pronto, já podemos comecar com a minha ideia – levantei do banco e fui ate os armarios
- Nao estamos com fome você e surda? – John disse
- Menino, fala direito comigo que sou bem mais velha que você. – disse enquanto colocava ovos, leite e outras coisas para fazer um bolo na mesa – Entao, já que você não larga esse celular pesquise ai como preparar um bolo de chocolate
- Que? – Robert perguntou confuso e olhou para o irmao, o gemeo
- Nao queremos… – o interrompi
- Voces não, mas eu quero ue… – me encostei na mesa e olhei para os tres – vocês vao ter que me ajudar porque eu não sei fazer
- Eu não quero fazer bolo, eu quero a minha mae – Roberto disse eu suspirei
- Olha, sua mae não vai voltar ok? Ela tá no ceu e já foi. Voces estao vivos e não podem parar de …
- Nao e porque você tem a porra de um coração de pedra que todo mundo e obrigado a ter – ergui a sobrancelha e cruzei os bracos – eu tambem não queria bancar o baba dessa pirralhada toda, se você quer saber eu odiei a ideia, mas se eu entrei nessa terei que ir ate o fim – assenti
- De o que? – os quatro me encaram e eu sai do transe e sorri
- Vou contar uma coisa pra vocês – olhei para a porta e abaixei o tom da voz – ela esta nos olhando – a menina franziu a testa e os gemeos fez o mesmo – a gente pode fazer esse bolo pra ela ver que vocês não estao tristes.
- Ela não esta nos vendo – John disse serio – isso e uma grande mentira. – olhei pra ele
- Claro que ela tá nos vendo
- E por que eu não consigo ver ela? – Roberto perguntou e eu olhei pra ele
- Porque só ela pode nos ver. Ela morreu , mas nos estamos vivos então ela pode nos ver e a gente não pode ver ela
- Faz sentido – John disse dando de ombros
- Mas por que ela fez isso? – Robert perguntou
- Quem fez isso foi Deus, Robert – Roberto disse para o irmao e eu dei de ombros
- Por que ele fez isso? – Robert me perguntou e os quatro me encararam em busca de respostas
- Porque la de cima da pra ver tudo que vocês fazem. – disse obvia – Agora a mae de vocês vera tudo que cada um faz, ela esta por perto vocês só não poderam ver, mas ela esta. – sorri
- Entao ela tá viva? – Robert perguntou sorrindo e eu assenti
- Claro. Voces podem conversar com ela numa boa que ela ira ouvir, mas não vai poder responder porque Deus não vai permitir
- Por que não? – criancas…
- Porque antes de entrar no ceu ela tem que escolher entre conseguir ver vocês e você não conseguir ver ela, ou vocês poderam ver ela e ela não podera ver vocês
- Eu não sabia disso – John disse colocando o celular na mesa – então ela escolheu ver a gente? – assenti
-Sim. – ele sorriu largo e olhou para os ingredientes
- Eu sei fazer bolo de chocolate – parece que a minha pequena mentira tinha me ajudado
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.