Os dois garotos estavam deitados na grama fofinha de primavera e observavam o céu cheio de pássaros que cantavam felizes.
Kai se levantou e andou até uma pitangueira, pegando algumas frutinhas e logo voltando para o lado do menor que continuava deitado.
— Quer uma? — o moreno perguntou já levando uma pitanga à boca e oferecendo as demais para Do.
— Não gosto. — Kyungsoo se sentou de pernas cruzadas também e deu de ombros.
— Tudo bem. Você já viu as flores? Gosto de primavera porque as flores ficam lindas e as frutas ficam com um sabor melhor. — Jongin disse distraído enquanto terminava de comer as últimas frutas que tinha pegado.
— Você é indeciso, Jongin. Você sempre fala que gosta daquela tal estação e não decide qual prefere... — o mais velho retrucou.
— Não sou indeciso, apenas tenho muito amor às coisas e pessoas. Temos sempre que falar que gostamos de tal coisa ou pessoa antes que seja tarde demais e ela vá embora. — Kai respondeu e viu que o menor havia ficado quieto, sem retrucar nada de volta.
Ficaram em silêncio por vários minutos, até Kyungsoo se sentir incomodado e suspirar alto.
— Você... Você ainda não disse que gosta de mim... — Do disse de repente chamando a atenção do maior.
— Eu sei que eu disse que devemos falar que gostamos dos outros sempre, mas acho que isso só vale quando os sentimentos são recíprocos, sabe? — o mais novo disse observando a expressão de Do que começava a ficar triste. — Você sempre diz que não gosta de mim e isso machuca...
— Eu queria ser como você e conseguir dizer a todos que eu gosto deles, mas eu não consigo... — Do abaixou a cabeça e suspirou cabisbaixo.
Kai percebeu que as bochechas do menor estavam vermelhas, porém ele sabia que não era porque o menor estava irritado. Era outra coisa.
— Eu... Nini... Eu g-gosto de você... — Kyungsoo disse, surpreendendo ao maior por Do estar prestes a chorar e por tê-lo chamado por seu apelido de infância.
— Você sempre gostou de mim? Ei, não chora... — Kai ficou um pouco desesperado quando algumas lágrimas escorreram pelo rosto redondo de Do, porém o mesmo sorriu.
— Sim, só não sabia como dizer isso... Eu fiquei com medo de ser tarde demais e de te perder. — o mais velho disse, e Kai negava furtivamente com a cabeça. Nunca seria tarde demais e Jongin esperaria para sempre só para poder ouvir o menor dizer essas coisas.
Sem esperar o maior falar alguma coisa, Do juntou seus lábios em um beijo terno e sem segundas intenções, logo sendo retribuído do mesmo modo.
— Isso merece maçã do amor como comemoração! — Jongin disse feliz assim que se separaram e Do o olhou sério.
— Eu não gosto de maçã do amor!
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