História Estou grávido do líder da alcatéia - Por ele, eu esperaria

Capítulo VIII

Por ele, eu esperaria

Park Chanyeol

Os dias passaram-se rápidos, coisa que nem eu nem Baekhyun queríamos, pois era difícil para nós ver aqueles dois pequenos crescendo depressa, cada momento ao lado deles era registrado como a mais preciosa das lembranças. Estaria tudo perfeito se não fosse o fato de que eu não aguento mais ficar tomando remédios para retardar o cio. Desde que conheci Baekhyun e o convidei para viver comigo e conheci o lado dele que odiava alfas, passei a tomar aqueles remédios e agora que nossos filhotes já estavam completando seus quatro meses eu sentia uma necessidade absurda de ter meu cio, sabia perfeitamente que era meu instinto falando mais alto, estava completamente ciente que não poderia parar com as pílulas pois isso iria acarretar no fim do meu relacionamento com o ômega e a última coisa que eu queria era perder tudo que consegui construir ao lado dele.

Sai do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e não encontrei o pequeno deitado na cama como de costume, apenas consegui ouvir a voz dele cantando uma canção de ninar no quarto ao lado. A pedido do menor continuamos morando no apartamento dele na zona suburbana da cidade, e particularmente gostei dessa decisão já que eu passei a dormir com ele todas as noites e sabia que se fosse na minha casa ele iria voltar para o quarto de hóspedes.

 — Eles finalmente dormiram. — Ouvi a voz de Baek entrando no quarto, eu estava terminando de me vestir. — Sabe o que o audacioso do Sehun fez pra mim hoje quando eu disse que não era pra bater no Lay?

Questionou-me enquanto começava a arrumar a cama para que pudéssemos nos deitar e dormir, com um sorriso nos lábios neguei com a cabeça antes de levar a toalha aos meus fios molhados.

 — Ele rosnou pra mim! Pode acreditar nisso? Aquele projeto de ômega rosnou pra omma dele.

Não consegui conter uma risada ao ouvir aquelas palavras, porque embora Sehun fosse ômega ele não era do tipo de bebe que permanece quietinho, ele gostava de implicar com o irmão mais velho e sempre que Baekhyun falava algo como " não pode isso", ou "não pode aquilo" o pequeno soltava um projeto de rosnado como protesto e mesmo que o ômega mais velho tentasse parecer bravo ele sempre falava dos filhos com um amor imenso e cheio de orgulho. Me aproximei de Baekhyun enquanto ainda ria e segurei sua cintura fazendo-o se virar para mim, segurei em seu queixo e rocei nossos lábios.

 — Ele puxou você, todo irritadinho..

Senti um leve tapa em meu peito e ri alto antes de unir nossos lábios em um beijo de verdade. Minha língua contornou a linha dos lábios dele antes de adentrar sua boca e explorá-la com desejo, minha canhota apertou sua cintura de maneira firme o trazendo para mais perto de mim. Todos os beijos que trocava com aquele pequeno ômega eram intensos ao ponto de me deixar querendo sempre algo a mais e graças ao remédio eu conseguia reprimir esses desejos pois tinha plena ciência que Baekhyun não estava preparado para nada disso. Mas hoje eu só queria sentir um pouco mais daquela pele macia contra a minha, não iria fazer nada, apenas queria sentir mais dele em mim. Em um movimento rápido o levantei em meus braços e o joguei na cama ouvindo o arfar fraco escapando por seus lábios avermelhados e inchados devido ao beijo de antes, engatinhei por cima dele não demorando para unir novamente minha boca a dele.

 — Chan...

— Hum?!

Grunhi aéreo enquanto descia meus lábios por seu maxilar e indo parar em seu pescoço, as mãos pequenas dele agarraram meus ombros enquanto ele abria minimamente as pernas, não demorei para me encaixar ali e forçar meu quadril contra o dele, não consegui evitar o baixo arfar por estar tendo um contato mais íntimo com ele, era a primeira vez que Baekhyun me permitia avançar um passo na nossa relação.

— Yeollie ...não...

Sussurrou quando ameacei levantar sua camisa e aquilo me fez praticamente pular para trás e o olhar desorientado.

— Me… Me perdoa Baek...eu...não queria te machucar.. Céus o que eu ia fazer?!

Estava realmente entrando em um estado profundo de julgamento, não demorei para ir até a mesinha de cabeceira e pegar as pílulas para o retardamento do cio e estava prestes a colocá-la na boca quando a voz dele me chamou a atenção.

— Shiu… — Ele falou sorrindo de lado. — Eu sei Chanyeol.. sei que não vai me machucar e eu confio em você.

De todas as coisas que eu pensei que ele falaria, aquilo jamais passou por minha mente, ele confiava em mim e eu iria atacá-lo, que tipo de doente eu era? Tratei de colocar as pílulas na boca e as engolir a seco vendo o jeito envergonhado ao qual o menor ficou após presenciar aquilo, me aproximei da cama sentando ao lado dele e levei a destra ate seu queixo virando levemente seu rosto para me olhar e quando o fez ele pareceu ficar ainda mais envergonhado do que antes e eu não estava entendendo o motivo daquilo, não era a primeira vez que ele me via tomar os remédios, eu havia o explicado o porquê de tomá-los.

 — Hey ...Me desculpe...

 — Meu cio é mês que vem.

Falou me cortando e finalmente seus olhos encontraram os meus, por longos segundos não soube o que responder, eu gostaria de poder dizer que queria passar o cio ao lado dele e quem sabe pararia de tomar as pílulas e ter minha "liberdade" junto do ômega, contudo eu não tinha coragem para fazer um pedido desse porte a ele, não depois de saber o motivo por trás de sua repulsa por seres da minha raça.

— Eu.. Bem, acho que posso ficar uma semana na mansão junto das crianças, prometo não chegar perto da....

— Omma Onew disse que olhara as crianças para nós… — Sua voz saiu baixinha e suas bochechas pareciam queimar tamanha era sua vergonha.

 — Tu-tudo bem.. — Falei um pouco encabulado. — Você ainda não confia em mim para ficar com eles?

Questionei me sentindo levemente insultado e logo ouvi uma risada gostosa vinda dele e sua mão se juntou a minha que permanecia em sua bochecha fazendo um carinho.

 — Você estará ocupado Chanyeol. 

Franzi o cenho na minha melhor expressão de interrogação, porque eu estaria ocupado? Não fazia sentido e mesmo que tivesse algum compromisso iria desmarcar tudo para poder cuidar daqueles dois. Baekhyun revirou os olhos e sorrateiramente se pós em meu colo, passando os braços por meus ombros e escondendo seu rosto do meu campo de visão.

 — Quero que passe o cio comigo. 

Sussurrou próximo ao meu ouvido me fazendo estremecer e fechar os olhos apenas em pensar na hipótese de ter completamente aquele ômega para mim, passei meus braços por sua cintura o apertando forte contra meu corpo e minha falta de resposta acabou fazendo com que ele começasse a recuar na proposta.

— A menos que você não queira... então eu... posso … Quer dizer entendo se não quiser...

— Hey Baekkie...Isso é tudo que eu mais quero. — Falei apoiando a testa em seu ombro, estava eufórico demais. — Eu só não quero te pressionar a nada, entende?

— Mas eu quero isso. — Falou de maneira determinada. — Nos primeiros meses eu agradecia o fato de você não me obrigar a avançar, sempre me respeitou e eu te admiro por isso... mas conforme os dias iam passando eu acho que fiquei egoísta porque não me contentava apenas com seus beijos e carinhos inocentes.. Eu quero mais Chanyeol..

— Ma-mais? — Minha respiração falhou com aquela declaração e senti meu coração acelerar de maneira anormal.

— Eu quero você por inteiro.. e bem, acho que a maior prova de consideração que você poderia me dar, você já me deu...

— Dei? — Perguntei levemente confuso e ele acenou com a cabeça. — Refresque minha memória...

— As pílulas, Chan, você se privou do cio por mim.. essa foi a coisa mais bonita que alguém já me fez.

Então ele se afastou minimamente para podermos nos olhar e não demorou para me beijar de maneira calma e sutil.

— Eu só peço que espere até mês que vem... por favor… Não quero apressar as coisas...

Apenas confirmei com a cabeça mesmo sabendo que iria sofrer de ansiedade pelo resto do mês, mesmo sabendo que ele poderia acabar mudando de ideia sobre aquilo, eu iria esperar. Naquele momento minha opinião sobre o ômega apenas se intensificou, Byun Baekhyun não era como os outros ômegas que já me relacionei, ele sabia valorizar os sentimentos que lhe eram dados, e isso importava, isso valia a pena tentar, por ele valia a pena esperar.