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História Estou pronto pra te amar - Eu te amo!


Escrita por: Loverye

Notas do Autor


Eu não acredito que estou postando no dia de Ano Novo.

Capítulo 7 - Eu te amo!


Não poderia explicar em palavras exatas, mas o abraço era quente e confortante. Eu me perdi em menos de um segundo naquele cheiro que só ele tinha. Fechei meus olhos pra aproveitar a sensação, sentindo o rosto dele afundar no meu ombro, enquanto eu fazia o mesmo. Era doce, mas ainda forte, e mesmo assim suave. Perfeito, como o Killua. Não sei o quanto demoramos ali, mas perdi noção do tempo, até que senti meu ombro ficar úmido por cima da roupa. Não pode ser...

– Killua...? – chamei me afastando um pouco. Ele desenlaçou os braços do meu pescoço, e eu desci minhas mãos à sua cintura, sem desfazer o abraço. Vi seus olhos lacrimejando, com uma ou duas lágrimas escorrendo – Você está chorando? – uma pergunta desnecessária, eu sei, mas não podia acreditar, nunca tinha o visto chorar assim, de perto. Ele não disse nada, acho que ficou envergonhado apesar de não ter corado, talvez por estar emocionado demais pra isso. Só restava saber se a emoção era boa ou má. Eu não sabia o que fazer, vendo ele chorar cabisbaixo na minha frente. Muito hesitante, levei uma de minhas mãos até seu rosto, e enxuguei-o, um lado de cada vez, vendo-o corar. Eu acabei demorando mais que o necessário no toque, deixando um carinho suave em sua bochecha com meu polegar, mas foi só quando eu segurei seu queixo, que ele decidiu se pronunciar.

– Gon, isso é perigoso. – quase sussurrou em palavras vazias, pois eu podia sentir que ele queria tanto quanto eu. Não resisti, roube-lhe um beijo. Quer dizer, “roubar” não é bem a palavra certa, porque ele não se conteve em retribuir no mesmo instante em que nossos lábios se tocaram. Não existia uma única palavra que pudesse explicar aquela sensação, há não ser inexplicável. Ele enlaçou novamente os braços em meu pescoço, dedilhando meus cabelos e aprofundando nosso beijo, e eu desci a mão que estava em seu queixo, a levando a cintura junto à outra, aproximando mais nossos corpos. Os lábios finos faziam movimentos meio desengonçados, o que me fez lembrar que ele nunca tinha beijado ninguém antes de nos separarmos, e como ficou todo esse tempo cuidando da irmã, talvez não tivesse tido tempo pra isso. Até agora.

Woah! Esse é o primeiro beijo dele? Como pode ser tão perfeito?! – pensei comigo mesmo, e me convenci de que aquilo era porque eu gostava dele demais. Logo depois disso ele pediu passagem com a língua – Killua, Killua... Assim não vou conseguir me segurar. – sabendo disso, invés de conceder passagem, separei nosso beijo.

– Calma, calma. – falei rindo enquanto separava nossos lábios – Nem entramos direito ainda. – lembrei, e era verdade, ainda estávamos entre aquela porta aberta, nem dentro, nem fora. Ele me olhou envergonhado, estava bastante corado, mais que eu com certeza, e só corou mais com meu comentário. Sai da frente e ele entrou, e eu meio que me arrependi do que fiz. Quebrei o clima, mas não dava pra fazer aquilo ali, né? Tranquei a porta e voltei a olhá-lo, e ele estava menos corado. Mau tinha entrado, estava bem na minha frente, com aquela carinha de anjo, muito perto de mim.

– Porque está me provocando tanto?! – acabei soltando em um grito sem querer. Senti meu rosto queimar muito, devia estar muito corado mesmo, igual a um certo albino. – Q-Quer dizer... – eu me amaldiçoei tanto por isso – Eu... – ele me beijou, apenas um selinho rápido.

– Eu quero preciso falar com você, é importante. – disse sério, mas não parecia ser algo “grave”, se é que me entendem. Eu assenti, deixando um pouco de lado o desejo. Sentamos no sofá, um olhando pro outro. Ele respirou fundo, como se estivesse se preparando, e iniciou a conversa. – Gon, lembra quando disse que não importa onde fossemos, sempre seriamos amigos?

– Eu nunca esqueceria.

– E você lembra do porquê de ter dito isso? – eu abaixei a cabeça, e ele pôs as mãos sobre a minha – ...A verdade! – pediu.

– Vamos mesmo falar disso tão abertamente? – levantei a cabeça com esse pensamento, praticamente perguntando com o olhar. Acho que ele entendeu, porque assentiu com a cabeça. Eu suspirei.

– Eu sabia que não íamos nos ver tão cedo. – falei baixo olhando pro lado. – Porque!? – repetiu, desaprovando a minha resposta. Ele quer mesmo seguir com isso, mas por que isso agora?

– Porque... Eu te amo – vi seus olhos se arregalarem – e eu tinha medo de te fazer sofrer! – comecei a falar mais rápido, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas – Por que eu não queria sentir que estava te perdendo pra sempre! Por que... você é a pessoa mais importante da minha vida. – estava quase chorando quando ele me beijou, dessa vez um beijo calmo e apaixonado, mas que logo tomou certa urgência. Ele segurou minha nuca, aprofundando o beijo. Pedi passagem e ele concedeu, explorei cada canto da boca dele com a língua. Uma batalha por domínio acontecia dentro de nossas bocas quando o levantei pela cintura, obrigando-o a sentar no meu colo. Subi minha mão por debaixo de sua camisa, e arranhei de leve seu abdômen. – Parece que alguém continua malhando bastante. – pensei sorrindo ao sentir seus músculos.

Autora's POV

Quando o ar fez falta, se separaram e se fitaram, ambos ofegantes e corados. O albino se lembrou do porquê de ter iniciado aquele beijo. Gon havia finalmente se declarado. Deveria ele fazer o mesmo? Supôs que sim.

– Eu te amo, Gon Freecss. Desculpa não ter dito antes. – pediu assim que recuperou o fôlego, fazendo o outro sentir o coração aquecer com a aquelas palavras. Ele já sabia, no fundo sabia, mas ouvir aquilo sair da boca de Killua, o fez até esquecer de por que haviam se sido por tanto tempo.

– Eu também te amo, Killua Zoldyck. – falou suave, do jeito que só ele sabia. Sua reação foi rápida, como se estivesse habituado a dizer aquilo. Bom, sempre esteve habituado a expor boa parte de seus sentimentos, e sentiu que logo se acostumaria a gritar, até ultrapassar os limites do continente negro, pra que todo o mundo soubesse que amava o albino. Fecharam os olhos e aproximaram os rostos, iniciando um beijo tão intenso quanto o último, com a única diferença da presença se vários “toques” em diversas lugares de seus corpos. Killua aproveitou as posições e deitou Gon debaixo de si, e ele cedeu. O mais novo tirou os sapatos com os próprios pés, e desceu até os de Gon, tirando-os e jogando ao lado do móvel. Subiu devagar, passando as mãos por toda a extensão das pernas, chegando perigosamente perto de seu membro, provocando uma pequena ereção. Um sorriso malicioso já marcava seu rosto. Continuou subindo por cima da camisa, até levantá-la por inteiro. Começou seu trabalho pelos mamilos rosados, chupando sem cerimônia, enquanto tocava e apertava o outro. Com a mão livre, desceu até a ereção de Gon, e apertou por cima do pano. O moreno soltou um pequeno gemido, fazendo o sorriso se alargar nos lábios finos do agora amante. Arranhava as costas do albino, o que só o deixava mais excitado. Killua deu uma mordida de leve em seu pescoço, iniciando uma trilha de saliva até sua boca, deixando um selinho demorado. Foi aí que o moreno se cansou de não fazer nada, também queria proporcionar prazer ao outro. Infelizmente, o sofá não era largo o suficiente pra que invertesse as posições em um giro, a menos que quisesse se jogar no chão com o outro, mas é claro que aquilo não impediria um Hunter profissional como ele. Em um movimento rápido, enlaçou a cintura do ex-assassino com as pernas, fazendo pressão pra que caísse em cima de si. Puxou os cabelos brancos e sorriu malicioso pro albino, que sentiu o corpo estremecer. Apesar das posições, ele sabia o que fazer pra tomar o controle da situação. Não era a sua primeira vez, e ele iria mostrar pra Killua o que aprendeu quando ainda criança. Bom, pelo menos era o que pensava, até escutar o barulho da porta destrancando.

– Gon, podem- – assim que a ruiva abriu a porta, deu de cara com a cena e travou com os olhos arregalados. Demorou alguns segundos pra sair do seu estado estático, olhando os dois e suas posições no sofá. – ...ESTÃO TRANSANDO NO MEU SOFÁ?!?!?! – gritou completamente corada, espantando os jovens Hunters. Sorte que eles ainda não tinham começado a tirar as roupas, só a camisa do moreno que estava levantada, mas continuava no corpo. Ele soltou Killua, que rapidamente saiu de cima dele. Se ajeitaram ambos em pé fitando a ruiva raivosa. Ela respirou e tentou se acalmar, tentou. – Olha aqui, vou ser bem clara com vocês. – começou a se aproximar em lentos passos – Eu sei que vocês devem estar morrendo de saudades  e loucos pra tirar o atraso de uma vida inteira em que se privaram um do outro, - parou bem em frente deles - mas se não baixarem esse fogo aqui, vão matar a saudade MORTOS!– gritou nos ouvidos de ambos – Pelo menos subiam pro quarto, caramba! – reclamou com os dois garotos corados, o que só serviu pra aumentar ainda mais a vergonha deles. Estavam sem ação diante da menor. O sermão continuou por uma boa meia hora, a mais longa de toda suas vidas.

– Aah, achei que nunca mais iria terminar. – reclamou, enquanto andavam pela cidade.

– É, até perdi a vontade. E o pior é que não vou poder voltar tão cedo. Valeu por vir comigo Killua. – agradeceu com um sorriso de canto.

– Ah, não foi nada. Mas por que procurava de tudo isso? A gente nem teve tempo de fazer nada. – resmungou a última parte.

– Dara tem mania de limpeza.

– Então coitada dela tendo de arrumar toda a sua bagunça.

– Eu não faço tanta bagunça – contestou, e o albino arqueou a sobrancelha – Tá, talvez um pouco, mas eu sempre ajudo a limpar. Quando ela deixa.

– Eu sabia. Você não tem jeito. – brincou rindo do amigo - se é que podiam se chamar assim agora - que bufou virando o rosto. Gon parou de repente fitando uma loja, chamando a atenção de Killua.

– O que foi? – perguntou olhando pro mesmo lugar que o outro.

– Ali! – apontou pra sorveteria já conhecida – Lembra? Foi onde ficamos observando dois das aranhas. – lembrou se desviar o olhar do local. – É. – afirmou pondo as mãos nos bolsos – E foi bem por aqui que eles estavam. – notou olhando as cadeiras e mesas ao redor deles, onde haviam várias pessoas.

– Ne, Killua. – voltou a atenção pro albino, com um largo sorriso em seu rosto

– Nani? – voltou a ficar o outro.

– O que acha de tornamos um sorvete aqui? Não seria legal pra relembrar os velhos tempos? – propôs animado.

– Hm... – fechou os olhos – Eu não estou afim de tomar sorvete hoje. – recusou pondo as mãos atrás da nuca. Abriu um dos olhos, só pra encontrar a expressão de desânimo do moreno. Suspirou, não aguentava aquilo. – Mas talvez possamos sair pra outro lugar mais tarde. – viu a fechar os olhos.

– Eh?! Sério?! Obrigado, Killua! – praticamente gritou abraçando Killua, que abriu os olhos m um impulso e ficou extremamente corado, vendo muitos curiosos olhando pra eles por causa das euforia do mais velho.

– G-Gon! – gaguejou tentando alertar o outro dos olhares que os cercavam.

– Ah, foi mau. – disse soltando ele é coçando a nuca.

– Tudo bem, mas vamos sair logo daqui. – pediu olhando as pessoas que os observavam. Gon assentiu e eles correram até estarem longe o suficiente. Estabilizando novamente os passos. Se entreolharam e acabaram achando graça da situação. Riram um pro outro.

– Acho que você não vai querer voltar lá tão cedo mesmo. – brincou rindo.

– Não mesmo. Mas e aí? Onde vamos hoje? – o albino lembrou que havia dito que iria sair com ele, e Gon parou novamente.

– O que foi dessa vez? – perguntou arqueando a sobrancelha

– Isso vai ser como um encontro? – perguntou pensativo. Killua corou, não tinha pensado dessa forma, entretendo era verdade. Sair com a pessoa pra quem se declarou, que também se declarou pra você, tinha mesmo cara de encontro.

– Acho que sim. – confirmou sem jeito. Gon analisou o albino.

– Aquele foi o seu primeiro beijo? – questionou fazendo-o corar ainda mais.

– S-Se é o que quer saber, eu perdi o BV com você, Gon. – respondeu envergonhado.

– E esse vai ser seu primeiro encontro? – não pode deixar de sorrir ao perguntar. Adorou saber que havia sido o primeiro e único a possuir os lábios de Killua.

– Vai sim. Onde quer chegar? – a resposta fez o sorriso do moreno aumentar.

– Então, eu quero te levar pra algum lugar especial, Killua. – disse animado, segurando as mãos do amigo que corou ainda mais – Quero que seja o encontro mais especial de sua vida! – estava radiando de felicidade. Killua não pôde nem olhar, baixou a cabeça escondendo os olhos com a franja, e sorriu de canto menos corado.

– Vai ser... porque você vai estar lá. – falou baixo, quase pra si mesmo. No entanto, pela primeira vez, permitiu que ele ouvisse seu pensamento. O moreno sentiu o coração palpitar.

Tão fofo... – pensou ao ver a expressão do albino e o modo como pronunciou aquelas palavras. Levantou seu rosto pelo queixo, e lhe deu um beijo calmo e apaixonado, que foi igualmente retribuído. Nem se importaram com os olhares diversos sobre si, desde pessoas que acharam os dois garotos fofos até aquelas que se enojaram com a cena de duas pessoas do mesmo sexo de beijando. Quando o ar fez falta, sessaram o beijo, sorrindo um pra o outro. Fizeram o caminho mais longo até a casa, de mãos dadas, conversando sobre várias coisas diferentes e contando algumas poucas histórias sobre o tempo em que estiveram separados. E é claro que houveram vários selinhos e beijos apaixonados nesse percurso.


Notas Finais


O que acharam? Não, não teve Lemon. E sim, eu fiz de propósito. Considerem como meu presente de boas-vindas pra 2017.
Feliz Ano Novo, apesar de não acreditar que vocês vão ver isso hoje.

Gabye: Feliz Ano Novo!

Kissus de milk shake


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