História Estranho - Capítulo 1

Minha vida, sempre a mesma coisa, vou para a escola depois para casa, bom agora vai mudar já que vou comecar a ir para a faculdade, não saio com minhas amigas, até por que não tenho amigas para sair. Eu me chamo Fannie, sim meu nome é estranho, minha tia disse que minha mãe colocou esse nome em mim por que viu em um jogo qualquer que ela jogava e prometeu dar esse nome para sua primeira filha, não conheci minha mãe, ela morreu em um acidente de carro quando eu tinha 1 ano de idade, meu pai nunca o vi na vida, minha tia diz que ele está vivo, mas desapareceu depois que eu nasci. Não sou alta, tenho 1,54 de altura, tenho o pé pequeno, as mãos pequenas, tudo em mim é pequeno, mas eu acho que meus seios estão em um tamanho ótimo não é grande e nem pequeno hehe, meu cabelo é preto ondulado e minha pele tem uma cor muito clara, sou quase albina, o que é muito estranho, já que de acordo com as fotos que tenho de minha mãe eu deveria ser morena, minha tia fala que puxei o meu pai, meu olhos são castanhos e eu tenho 20 anos.

- Fan, meu amor vai se atrasar para a faculdade – Falou minha tia

- Já estou descendo. – Falei

- Bom dia querida, hoje só temos pão com manteiga para o café da manhã – Falou minha tia desanimada

Bom, nós éramos pobres, mas o pouco que tinhamos ja era o suficiente, e eu adorava a minha tia. Hoje é o primeiro dia da faculdade, meu primeiro ano. Era difícil entra na faculdade aqui onde moro, todas são pagas, pessoas como eu tem 0,01% de chance de entrar. Como eu conseguir? existe uma faculdade que disponibiliza uma vaga para pessoas que não tem condições para pagar, você faz a prova tira a nota mais alta e pronto conseguiu.

- Adoro pão com manteiga – Falei com um sorriso enorme na cara

- Certo, hoje vou fazer hora extra no trabalho e vou chegar mais tarde. –

Cheguei na faculdade, e ouvi um anuncio no alto falante. Bem-vindo, novos alunos, sou a diretora Louise, peço a todos que se juntem no ginásio, obrigado. Tinha muita gente no ginásio, de muitos lugares, todos pareciam muito ricos, roupas da moda essas coisas.

- Bom, primeiramente bem-vindos a UDE, Universidade de Exorcistas, agora vamos as regras, é proibido usar magia fora do horário da aula, é proibido andar sem o uniforme escolar, e por último a UDE disponibiliza dormitórios, sim é obrigatório morar aqui durante o semestre de aula, vocês terão o dia de hoje para fazer a mudança, isso é tudo. – Disse a diretora Louise

Acho que esqueci de contar essa parte, bom onde eu moro antigamente era dominado por demônios de todo tipo, desde os mais fracos até os mais fortes que podiam ter a forma humana, até que apareceram os exorcistas e ficou tudo bem ou quase, ainda acontece alguns ataques.

AF: Senhorita Fannie, por favor ir na diretoria.

- Nossa nem começou as aulas e ela já foi chamada na diretoria – O que será que ela fez – Falam os outros alunos olhando para mim

*toc toc*

- Entre por favor – Falou a diretora

- Licença – Falei com um pouco de vergonha

- Parabéns, você passou na prova com nota máxima, mas não te chamei para isso, chamei para dizer que ouve um erro com o tanto de alunas matriculadas, não sobrou espaço no dormitório feminino para a senhorita, mas tem uma casa atrás da faculdade com uma vaga, claro é uma casa comum, aqui estão as chaves. – Falou a diretora me olhando serio

- C-certo, obrigado – Falei pegando a chave e saindo

Aposto que só falou isso por que não tenho dinheiro, tanto faz é melhor morar sem um monte de meninas mimadas falando sobre como os garotos daqui são – Pensei

Cheguei na casa que a diretora tinha falado, a porta estava meia aberta, é claro não fui a única pobre a entrar para essa faculdade, tinhas os alunos dos outros anos.

- Oi, sou a nova moradora da casa – Falei entrando

Meu deus a casa estava imunda, parecia que tinha passado um tornado por ali, restos de comida no chão, sacos de salgadinhos, telhas de aranha por toda parte, pó, livros todos desorganizados.

- Quem é você? – Perguntou alguém atrás de mim

-AAh – Levei um susto e acabei caindo no chão

Era um garoto, alto, moreno, dos olhos vermelhos? Não, era castanho escuro talvez, cabelos lisos e pretos, ele era lindo, eu não consegui falar nada, até que ele esticou a mão para me ajudar a levantar.

- E-eu sou a n-nova morad-

- Ah, é você, a diretora disse que vinha alguém para cá, pensei eu fosse um homem – Falou ele me interrompendo

- Claro que pensou, até por que uma mulher não seria capaz de passar em uma prova superdifícil – falei baixinho

- O que você disse? – Perguntou ele olhando seriamente para mim

- Nada – Falei olhado ele nos olhos 

- Esquece, limpe a casa se quiser morar aqui nanica, seu quarto é a segunda porta do segundo andar e nunca entre no meu quarto ouviu? – Falou ele dando as costas para mim

- Desculpa, o que você disse? Limpar a casa, cozinhar para você? Mas nem sonhando – Falei sem pensar

O garoto me olhou fanzindo as sobrancelhas, parecia pronto para me bater.

- Olha aqui, se espera ter uma casa limpinha todo dia ou comida pronta toda hora faça você mesmo, não sou obrigada a obedecer você- Falei com um tom de superioridade, subindo as escadas para o meu quarto, quando ele puxa a minha mão me fazendo cair contra ele.

- Escuta aqui nanica, minha casa minhas regras, tome cuidado ou você pode acabar se machucando - Falou ele me empurrando para longe. Depois dessa pequena discussão fui para casa da minha tia pegar as minhas coisas. Minha tia ainda estava no trabalho, preparei para ela uma pequena janta com os poucos ingredientes que tínhamos, escrevi uma bilhete para ela explicando sobre a faculdade e que estaria de volta no final do semestre. Chegando em casa ele estava deitado no sofá no meio do seu lixo comendo batatinhas é assistindo TV, ignorei ele.

- Se me lembro bem, mandei você limpar a merda dessa casa, é surda ou se faz por acaso? - Perguntou sem tirar os olhos da TV 

- Pensei ter dito que nem em sonho eu faria isso, é burro ou se finge por acaso? - Perguntei toda indiferente, sem se importar com qualquer coisa que ele iria falar 

- você é muito corajosa para uma nanica - Falou ele se levantando do sofá e vindo em minha direção 

- Vamos fazer assim, você me ignora é eu faço o mesmo e cada um segue a sua vida, se você vai morrer de fome eu não tô nem aí- Mal terminei de falar é senti uma dor muito forte nas costas, tinha acabado de ser jogada pela parede

- Não, não vamos fazer assim, sabe porque? Por que te mandaram para mim e eu não estou afim de fazer o que você falou garota - O olhar assassino dele me fuzilava, como se ele já estivesse totalmente preparado para cortar a minha garganta, e eu podia jurar que os seus olhos oscilavam de castanho para vermelho sangue. Certo, eu estava com medo de morrer ali, mas eu não ia dar pra trás por causa de uma filhinho de mamãe mimado.

- Parece que você adora me prender perto de você, por acaso foi amor a primeira vista? - Falei em um tom debochado torcendo para ele me deixar sair 

- Eu falei que você iria acabar se machucando, claramente pediu por isso nanica, quando eles te mandaram pra mim pensei que você fosse mais esperta, mas parece que me enganei - Agora eu tinha certeza que os olhos dele estavam vermelhos, tão ameaçadores e tão lindos ao mesmo tempo, eu estava com medo mas também estava enfeitiçada por aqueles olhos, eu não podia para de olhar para ele, o vermelho combinava com seu rosto, se encaixava perfeitamente com sua aparência e eu tinha certeza que o que estava na minha frente não era humano.