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História Estratégia - Capitulo Unido


Escrita por: CorregioKL

Notas do Autor


Naruto não me pertence. A imagem de capa da fanfics também não.

Fanfics em primeira pessoa, narrada pela Temari.

Capítulo 1 - Capitulo Unido


Terminei de amarrar o laço do quimono, deixei a mochila e o leque do lado da porta e me virei para olhar a cama.

Shikamaru dormia um sono pesado, virado de costas para mim, de modo que eu só conseguia ver seus cabelos negros espalhados pelo travesseiro e os músculos definidos de suas costas, o corpo coberto da cintura para baixo por um lençol, mas eu sabia que por baixo do pano branco ele estava só de cueca.  Corei com o pensamento, mas sorri.

Eu tinha desviado meu caminho de volta a Suna para entregar um recado de Gaara para o Hokage. Era para ter continuado meu caminho para casa logo depois, já fazendo quinze dias que eu estava fora em missão, mas eu não fui. Shikamaru me chamou para jantar e eu aceitei. No meio da noite, ele me lembrou que o dia seguinte seria seu aniversário e acabamos na cama do hotel onde eu sempre me hospedava, como tantas outras noites nos últimos quatro anos.

Meu sorriso morreu enquanto eu pensava se devia simplesmente ir embora sem me despedir. Despedidas nunca foram nosso forte e no último ano elas só ficavam cada vez mais difíceis.

Pensei em como havíamos mudado nesses anos que nos conhecíamos. Shikamaru era apenas um pirralho de treze anos, muito inteligente, mas muito preguiçoso e acomodado. Hoje ele estava fazendo vinte anos e era um shinobi de prestigio, jounin e um dos homens de confiança do Hokage. Quando começamos a nos envolver, um ano e meio depois do exame no qual ele se tornou chuunin, eu sabia o potencial que ele tinha como shinobi, mas eu me preocupava que sua preguiça e desinteresse fossem afetar seu desenvolvimento. Claro que, na época, eu achava que isso não era da minha conta e não esperava que quase seis anos depois ainda estaríamos nesse relacionamento não assumido... E que eu iria me preocupar muito mais com ele do que eu achei que algum dia me preocuparia com alguém.

Aproximei-me da cama, decidindo que não era justo ir embora sem me despedir. Sentei na beirada e toquei os cabelos negros, mexendo neles carinhosamente. Ele se mexeu, sem se virar, bocejou.

-Por que você já está de pé...? -ele murmurou, provavelmente vendo o relógio no criado mudo do outro lado da cama onde marcavam cinco e quarenta da manhã.

Eu não respondi e ele se virou. Seus olhos castanhos olharam-me de cima a baixo e depois varreram o quarto, parando no leque e na mochila do lado da porta e voltando para mim, entendendo que eu já estava pronta para ir embora.

-Eu... -comecei a falar, mas os olhos dele me fitaram com tanta intensidade que as palavras faltaram. Ele suspirou, sentando-se.

-Temari... -ele chamou-me, mas também não terminou.

-Preciso ir pra casa... -finalmente consegui, minha voz saindo mais baixa e muito mais angustiada do que eu gostaria. –Você sabe que não era nem pra eu ter ficado.

Shikamaru suspirou pesadamente antes de dizer:

-Eu sei.

Ele me olhando com aqueles olhos que buscavam uma solução para eu não ter que ir embora, a voz quebrando, o corpo tenso. Era quase uma dor física virar as costas para ele, mas eu o fiz. Não dei dois passos, a mão dele agarrou meu braço e me puxou. Eu deixei me corpo cair, amparado pelos braços dele, em direção a cama. Os olhos dele encontraram os meus e eu ofeguei. Shikamaru se inclinou e tocou seu nariz no meu antes de fechar os olhos e me beijar com urgência. Apoiei uma das mãos no ombro dele, sentindo o calor de sua pele, enquanto ele laçava minha cintura e colava mais meu corpo ao dele, minha mão subiu até sua nuca e enlaçou-se em seus cabelos.

Os lábios de Shikamaru deixaram minha boca e trilharam um caminho pelo meu queixo até o pescoço. Arrepios me fizeram fechar os olhos e puxar seu cabelo quando ele sugou o ponto entre meu pescoço e ombro, provavelmente deixando uma marca. Ele subiu os beijos novamente pela minha traqueia até chegar em minha boca. Sua língua encontrou com a minha, ele apertou mais minha cintura, eu gemi. Ele se distanciou alguns centímetros, seus olhos nos meus novamente, nós dois ofegantes.

Nada precisou ser dito. Eu sabia o que ele queria e eu queria também. Minhas mãos correram por suas costas largas, ele soltou o laço do meu quimono e sua mão entrou pela fresta, apertando com vontade minha cintura. Mordi o lábio inferior e ele sorriu, malicioso, sua mão subindo e se enfiando pelo top que eu vestia, apertando meu seio com a mesma vontade.

Gemi. Massageou meu seio enquanto sua boca voltou a explorar a minha. Os dedos beliscaram meu mamilo, eu arranhei suas costas. De repente, seus lábios deixaram os meus e ele abriu meu quimono, a boca rapidamente no meu seio, lambendo, chupando, mordiscando. Seu braço na minha cintura levantou meu corpo junto com o seu, tirando com agilidade meu quimono. Largou meu seio por um momento para tirar meu top e o tomou novamente entre os lábios, sua mão achou o outro, minhas mãos agarraram seus cabelos enquanto eu suspirava de prazer.

A cueca encontrou o mesmo caminho do meu quimono, minhas mãos desenharam os gominhos de seu abdômen definido até chegarem em seu membro. Ele ofegou quando o segurei com uma das mãos, tracei uma trilha de beijos de seu peito até seu baixo ventre enquanto o masturbava, gemeu alto quando o abocanhei. Seus olhos fechados, chamava meu nome, puxava meu cabelo quando eu o sugava com mais força, minhas unhas arranharam sua coxa, minha outra mão acompanhava o ritmo da minha boca em sua base.

Me puxou pelo cabelo levemente, minha boca o deixou e logo sua boca estava na minha. Me empurrou para a cama, de bruços, tirou minha calcinha com um puxão, eu ri de sua pressa. Colocou-se em cima de mim, encheu a mão com a minha nádega, apertou com gosto e eu o senti dentro.

Gemia alto enquanto ele investia, movimentos rápidos, fundos, ritmados, os braços sustentando seu peso, dando mais espaço para ele sair e entrar, tornando as estocadas mais longas, minhas mãos apertando o lençol com força. Chamei seu nome em um gemido. Ele estocou mais uma, duas, três vezes mais forte, mais lento, antes de sair inteiro e e me virar pra ele. Me beijou enquanto voltava a se enterrar em mim, o abracei com força, ele apoiou a testa em meu pescoço, hora beijava, hora apenas respirava ofegante, sem parar com as investidas fortes e rápidas, minhas pernas envolveram sua cintura, meu interior se contraia ao redor dele, ele ofegou e sua mão saiu de minhas costas para meu clitóris, massageando, o prendendo entre os dedos, me ajudando a chegar ao ápice junto com ele.

Shikamaru chamou meu nome ao mesmo tempo que eu chamava o dele. Desabou em cima de mim enquanto eu ainda sentia as contrações em meu interior. Ele não se mexeu enquanto nossas respirações se normalizavam, mas seu peso não me incomodava, era reconfortante.

Quando se jogou na cama ao meu lado, me puxou e me abraço. Ficamos em silencio, escutando a respiração um do outro. Minha mão acariciava seu peito, sentindo o coração desacelerando até atingir a velocidade normal, ele brincava com meus cabelos.

-Feliz aniversário. -eu murmurei, quebrando o silencio.

Shikamaru riu.

-Até agora está bem feliz... -ele respondeu com um sorriso malicioso.

Eu ri também, dando um tapa em seu peito.

-Idiota!

-Ai! -ele exclamou -Você é muito violenta, mulher!

Revirei os olhos, deitando em seu peito. Ele deu mais uma risada antes de me abraçar. Suspirei, me sentindo perfeitamente bem ali. Se minha vontade de ir embora antes era nula, agora não havia chance alguma de eu sair de seus braços antes do meio do dia. O carinho que Shika fazia em meu braço, seu peito subindo e descendo abaixo de minha cabeça, o ritmo de seu coração... A combinação de tudo me deixou sonolenta e eu mal notei que adormeci até acordar sozinha na cama.

Sentei-me, encontrando Shikamaru na janela, fumando um cigarro. Os raios de sol banhavam o dorso nu e de músculos definidos, o olhar perdido, o cabelo solto, vestia apenas a calça preta. Ele bateu a cinza no cinzeiro que estava no parapeito da janela e tragou o cigarro, soltando a fumaça lentamente. Eu corei, meu coração disparou quando ele me olhou. Eu jamais ia me acostumar com isso, em como Shikamaru tinha virado um homem tão bonito, tão... Sexy.

-Acordou faz tempo? -perguntei, tentando acalmar meu coração.

-Faz uns quarenta minutos... -ele respondeu voltando a olhar para fora.

-Que horas são?

-Quase meio dia...

Eu levantei a sobrancelha, Shikamaru estava estranho. Levantei da cama, peguei meu top e minha calcinha, que ele havia colocado em cima da cômoda junto do meu quimono e da blusa dele, e os vesti. Caminhei até ele e o abracei por trás, meus braços envolvendo sua cintura.

-O que foi? -perguntei.

Ele tragou o cigarro novamente, demorando a soltar a fumaça, soltando-a de súbito em um bufo longo.

-Termina de se vestir? -ele pediu -Quero conversar.

Eu franzi o cenho, mas o soltei e atendi seu pedido. Shikamaru tragou o cigarro mais uma vez antes de apagar a bituca no cinzeiro e vestir a blusa, eu terminei de amarrar o laço do meu quimono. Ele sentou-se na cama e eu sentei a sua frente. O cenho dele estava franzido e ele olhou algum tempo para o nada antes de olhar para mim.

Eu não sabia o que estava acontecendo. Estávamos bem a algumas horas atrás, fazendo amor na mesma cama onde estávamos sentados agora. Ele fez piada, estava rindo e feliz antes que dormíssemos. Agora, ele estava nervoso e receoso, como se quisesse falar de algo desagradável e eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Bufei.

-Shikamaru -chamei quando ele continuou me olhando sem dizer nada -Você está me irritando com esse silencio! O que há?

-Não dá mais pra gente continuar nosso relacionamento assim. -ele finalmente disse -Eu não quero mais viver desse jeito.

Meus olhos se arregalaram. Eu sabia que um dia aquela situação ia cansar a gente. Desde que começamos a ficar, eu sabia que uma hora íamos nos desgastar com a distância, com os longos tempos sem nos vermos. Que talvez Shikamaru se atraísse por outra mulher com que pudesse se relacionar mais facilmente, ou mesmo eu encontrasse outra pessoa. Mas eu não esperava, naquele tempo, que nosso relacionamento fosse chegar onde chegou, que fosse durar o que durou, que eu fosse sentir o que sentia. Mas, mesmo que eu não acreditasse que ele era indiferente a tudo isso, Shikamaru se cansara. Meu peito se apertou.

-Shikamaru... -comecei, pensando em palavras que eu pudesse dizer. Pensando se eu simplesmente aceitava sua decisão ou se dizia como me sentia, que não queria acabar com o que tínhamos.

-Não, Temari -ele interrompeu-me -Eu preciso falar antes que eu perca a coragem. Essa situação só tem feito a gente sofrer. Eu não quero mais isso! Estou cansado!

Eu senti meus olhos úmidos, mas não deixei as lagrimas caírem. Meu peito se apertou mais, eu não queria escutar o que ele tinha a dizer.

-Shikamaru... -interrompi de novo, pronta pra dizer que tudo bem, que eu iria embora. Não queria ouvi-lo dizer que não me queria mais.

-Deixa eu terminar de falar! -ele pediu exasperado e eu me calei. Ele esperou alguns segundos antes de continuar, suspirou e disse:  -Vem morar comigo, Temari! A gente casa, arruma um acordo diplomático entre as vilas, foge, sei lá! Eu penso em alguma coisa, só preciso de um tempo pra isso, mas não dá mais pra ficarmos a três dias de distância um do outro. Eu não aguento mais isso, eu não consigo mais deixar você ir embora sem ter certeza de quando vou te ver de novo.

Eu o encarei. Pisquei, absorvendo as palavras dele. Então eu ri. Soltei uma verdadeira gargalhada. Shikamaru me fitou confuso por um instante e, logo depois, franziu o cenho.

-Eu não estou fazendo uma piada –ele disse, sua voz soando magoada. –É sério.

Eu parei de rir, mas não deixei o sorriso sumir.

-Eu sei –respondi e toquei seu rosto –Eu não estou rindo de você. Estou rindo pois estou aliviada, Shika. Desculpe, fiquei tão nervosa... Achei que você estava terminando tudo que tínhamos, que tinha cansado de mim.

Ele bufou, mas pareceu tão aliviado quanto eu.

-Você está louca? –me perguntou, me abraçando e beijando levemente minha boca –Eu não consigo mais viver sem você, mulher!

Eu corei, mas voltei a rir, o abraçando de volta. Encostei a cabeça em seu ombro.

-Tsc –ele resmungou –Você é muito problemática. Olha as coisas que passam por essa sua cabeça...

-Você que é um idiota! –reclamei –Onde já se viu começar a falar aquelas coisas daquele jeito?!

-Tsc –resmungou de novo, escondendo o rosto no meu pescoço.

Ficamos abraçados por alguns minutos, as emoções se misturavam em meu peito. Não existia dúvida quanto a resposta do que ele me pedia, mas como qualquer decisão, ela tinha suas consequências. Morar com Shikamaru significava deixar meus irmãos e a vila onde eu nasci e me criei, a vila e as pessoas que eu lutei uma guerra para proteger.

Suspirei. Não era fácil, mas mais difícil seria ficar sem ele.

-Vamos ter que falar com nossos kages. –murmurei.

Ele me soltou do abraço, se afastou um pouco, segurou minhas mãos.

-Você tem certeza, Temari? –ele perguntou, preocupado. –Eu não... Eu não posso deixar Konoha... Eu não queria... Sei que terá que sacrificar...

-Ora, Shikamaru! –o interrompi. –Depois de um pedido de casamento super-romântico como esse, como eu poderia recusar? –eu ri e ele sorriu de canto.

-Tsc, já disse que você é uma problemática? –ele resmungou.

-Já –respondi revirando os olhos –Eu sei que você não pode deixar Konoha. Estive todos esses anos do seu lado, torcendo e apoiando você para você ser o homem que é hoje. Você cuida da sua mãe, e ajuda Kurenai-san com a Mirai, você prometeu ao pai dela que cuidaria dela e tem cumprido sua promessa. Tem seu lugar como shinobi de confiança do Hokage. Eu nunca pediria para você deixar sua vila por minha causa.

-Mas eu estou pedindo para você deixar a sua por mim. –ele suspirou –Isso não é justo, é?

-Realmente não é. –eu suspirei também, minha mão foi até seu rosto, acariciei sua bochecha com meu polegar –Mas não é um sacrifício como você disse e tão pouco você está sendo egoísta. Eu trabalho para meu irmão como diplomata e posso continuar fazendo isso daqui, posso continuar indo a Suna para ver meus irmãos, posso continuar sendo uma kunoichi. Vou sentir falta deles, vou sentir falta da vila, mas estou escolhendo fica com você.

Ele sorriu carinhosamente para mim, imitando o carinho que eu fazia nele.

-Eu amo você. –ele disse.

Senti meu rosto esquentar. Apesar de nós estarmos juntos a tanto tempo, apesar de já termos feito amor tantas vezes, nunca havíamos colocado isso em palavras. Sempre tive medo de dizer por causa de tudo que envolvia a gente, de como ficaria nossa relação depois disso, se colocaria uma pressão a mais em cima do nosso relacionamento que já era algo meio complicado ou se ele não se sentia da mesma forma. Acho que ele tinha as mesmas inseguranças que eu e, apesar dele se afirmar tantas vezes covarde, ele sempre provava não ser. Eu sorri pra ele, meus olhos marejaram.

-Eu também amo você. –respondi.

Os olhos dele se fecharam devagar enquanto ele se aproximava de mim. Fechei meus olhos quando seu nariz tocou o meu e nos beijamos lentamente. O beijo terminou tão lento como começou, com selinhos. Nossos olhos se abriram e olhamos um para o outros, voltando a se fechar logo em seguida. Nos beijamos novamente, as emoções fluindo por mim com a mesma velocidade que nosso beijo ganhava. A decisão que tomamos, a declaração que fizemos, tudo isso se misturou e eu o desejava novamente, assim como ele a mim.

Subi em seu colo, uma perna de cada lado de seu corpo, ficando um pouco mais alta que ele. Minhas mãos seguraram seu rosto e nos beijamos enquanto ele soltava novamente o laço do meu quimono, jogando-o para qualquer canto do quarto, suas mãos estavam em minha cintura em poucos segundos, subindo para meus seios, subiu o top, seus polegares brincavam com meus mamilos, descendo para minha bunda, apertos firmes. Baguncei ainda mais seus cabelos, nossos lábios se separaram quando minhas mãos puxaram sua blusa pela barra. Ele levantou os braços para ajudar-me a tira-la. Suas mãos voltaram para minha bunda, me puxando ao encontro de seu membro coberto pela calça, já duro. Nossos sexos se roçaram, ainda que os tecidos impedissem um contato maior e ele gemeu de olhos fechados quando pressionei meu quadril no dele. Segurei em seus ombros enquanto repetia o movimento algumas vezes, fechei meus olhos também, sentindo o prazer. As mãos dele grudaram em minha bunda, apertando, massageando, me ajudando com os movimentos. Capturando meu mamilo com os lábios, gemi quando ele o mordiscou. Empurrei seus ombros até ele me soltar. Shikamaru me fitou confuso por um momento e eu o empurrei novamente com mais força, suas costas bateram na cama e eu continuei os movimentos dos meus quadris contra os deles. Ele grunhiu, rolando na cama comigo, ficando por cima.

-Ou! –exclamei –Eu estava me divertindo!

Ele riu.

-Minha vez de me divertir –murmurou me beijando.

Suas mãos subiram lenta e deliciosamente por minhas coxas, apertando e acariciando, até chegarem nas laterais de minha calcinha. Ele puxou com a mesma lentidão que subiu as mãos até passa-la por meus pés. Subiu beijos por minha panturrilha, joelho e coxa até chegar em minha virilha. Eu suspirava a cada beijo, uma mão acariciando seus cabelos. Ele abriu minhas pernas e beijou os dois lados da minha virilha antes de volta-se para meu sexo. Gemi quando sua boca o encontrou, começando uma tortura lenta com a língua em meu clitóris, segurei seu cabelo com força. Dedos me invadiram, me contorci de prazer agarrando o lençol com a outra mão. Sua boca só me deixou quando gemi longamente em meio a empamos musculares, os olhos fechados, seus dedos ainda investiam dentro de mim, prolongando meu orgasmo. Chamei seu nome, a mão livre subiu por minha cintura até meu seio, que ele segurou e voltou a torturar com seus dentes.

Abri meus olhos, vendo ele se deleitar com meus seios. Puxei seu rosto, ele beijou minha boca, o empurrei, voltando para cima dele, meu quimono aberto ladeando meu corpo. Ele sorriu ao cair na cama e me ajudou a tirar sua calça e cueca rapidamente. Suas mãos passearam pela minha silhueta enquanto eu o encaixava dentro de mim.

Gememos juntos no primeiro movimento de meus quadris. Ele agarrou firmemente a minha cintura, me ajudando a aceleram os movimentos de sobe e desce.  A cama balançava junto com a gente, batendo na parede com o ritmo acelerado em que nos encontrávamos. Ele apertava com força meu quadril enquanto meu interior o apertava, começou a investir contra mim. Apoiei as mãos em seu peito, buscando equilíbrios, os movimentos rápidos e fortes se misturando aos meus. Os olhos deles se fecharam e ele grunhiu quando se despejou dentro de mim em uma estocada funda.

Acariciei seu peito, estávamos ofegantes. Ele abriu os olhos e olhou para mim, seus olhos percorreram meu rosto, desceram para meu corpo e voltaram para meu rosto, sua expressão era de admiração.

-Você é tão... linda. –ele disse em meio a alguns ofegos, a voz rouca.

Eu sorri, pois estava pensando a mesma coisa sobre ele, com os cabelos espalhados no colchão e o peito musculoso suado por causa do exercício que acabamos de fazer. Sai de seu colo.

-Eu acho que precisamos de um banho –disse, mas deitei ao seu lado. Minhas pernas estavam tremulas.

-É, acho que sim –ele respondeu, me abraçando.

Quando nossos corações pararam de martelar no peito e nossas respirações normalizaram, ele levantou e puxou-me pela mão, me levanto para o banheiro do quarto. Ensaboamos um ao outro, trocamos beijos molhados, ele lavou meu cabelo, parecendo se divertir com isso.

Voltamos ao quarto depois de secos, ele com uma toalha na cintura e eu vestindo um roupão. Nossos estômagos roncaram e rimos. Liguei para a recepção do hotel para pedir almoço.

Deitamos na cama ainda de toalha enquanto esperávamos.

-Minha mãe vai fazer um jantar pra mim lá em casa hoje –ele falou, brincando com meus cabelos ainda úmidos. –É algo simples e íntimo. Ela, Kurenai, Mirai, Chouji e Ino.

Eu assenti, achando que ele queria dizer que não poderia ficar a noite comigo.

-Eu quero que você vá –ele continuou –Eu quero te apresentar pra eles.

-Shika, eles já me conhecem –eu observei com uma sobrancelha arqueada.

Ele riu.

-Eles conhecem a Temari, kunoichi de Suna, minha colega de trabalho. –ele disse. –Eu quero apresentar a Temari, minha futura esposa.

Eu corei. Era estranho escutar aquela palavra na boca dele, mas eu teria que me acostumar, afinal, eu tinha mesmo aceitado me casar com ele.

-Tudo bem pra você? –ele perguntou um tanto apreensivo.

Eu sorri.

-Tudo sim –respondi, fazendo carinho em seu rosto –É um pouco estranho colocar um nome para isso que nós temos depois de tanto tempo, não é?

-É sim –ele respondeu e suspirou –Mas eu gosto disso. Pode parecer idiota, mas me traz uma segurança que antes eu não tinha.

-Você... tinha medo?

-Sim –ele respondeu –Eu morria de medo de você não voltar mais. Que você voltasse, mas não me quisesse mais. De algo acontecer com você e eu ficar sabendo apenas muito tempo depois.

Eu assenti.

-Eu me sentia assim também –murmurei.

-Somos dois idiotas, já percebeu? –ele perguntou.

-Que você é um idiota, já sim –respondi sorrindo irônica.

Ele bufou.

-Tsc –resmungou –Você é toda cheia de ironias mesmo, não é, problemática? Eu quis dizer que, podíamos ter acertado essa situação a mais tempo. Podíamos ter assumido nosso namoro e então tudo seria um pouco mais fácil.

-É, você tem razão –respondi –Seria mesmo, somos idiotas teimosos.

-Você acha que seus irmãos vão querer me matar? –ele perguntou e fez uma careta.

-Vamos fingir que sou virgem e talvez, apenas talvez, eles te poupem.

Eu ri da cara dele.

-Não é engraçado –ele resmungou –Ainda lembro de quando Gaara quase matou a mim e ao Naruto no exame chuunin, tenho pesadelos com aquilo as vezes.

-Ele quase te matou? –perguntei arregalando os olhos, eu não conhecia essa história.

-Tsc –resmungou –Sim, não sabia que você não sabia disso. Finja que eu não disse nada, não quero reviver aquilo de qualquer forma, faz tanto tempo.

Eu bufei.

-Depois eu que sou problemática!

Ele riu. Bateram na porta e eu me levante para pegar nosso almoço. Eu o fiz contar aquela história sobre Gaara enquanto comíamos e, quando terminamos, ele colocou a bandeja em cima da cômoda e suspirou.

-Eu tenho que ir, preciso ajudar minha mãe –ele disse, pegando suas roupas espalhadas pelo chão. –Você quer que eu te encontre para ir lá pra casa?

-Eu sei chegar lá. –respondi –Se preocupe em ajudar sua mãe. Que horas?

-As sete –ele respondeu enquanto vestia a calça –Você não acha melhor mandar uma mensagem para seus irmãos avisando que você vai demorar mais alguns dias?

-Sim, eu estava pensando nisso –respondi.

Ele terminou de vestir a blusa e o colete. Se aproximou de mim e me beijou.

-Eu vou pra Suna com você. –disse, me abraçando.

-Você não está pensando em pedir minha mão em casamento para nenhum dos meus irmãos, não é? –perguntei com o cenho franzido. Eu bateria nele se ele respondesse que sim –Eu já aceite.

-Aceitou. –ele sorriu, seus olhos brilharam e eu não pude deixar de sorrir de volta –Mas não é isso. É o certo, são sua família. Fora que, provavelmente temos um problema político para resolver também. –ele fez uma careta –Yare, yare... E eu só queria uma vida simples e sem problemas. De tudo que eu planejei, nada saiu como eu queria, e ainda dizem que eu sou o melhor estrategista de Konoha. Me tornei um shinobi de elite que não tem sossego, arrumei logo a mais problemática das mulheres, e a mais linda também, para casar comigo.

Eu corei com o elogio, mas ri da cara dele. Uma vez, logo que começamos a organizar o exame chuunin juntos, Shikamaru havia me dito que queria uma vida sossegada, ser um shinobi de nível médio, casar com uma mulher nem muito bonita, nem feia e ter dois filhos, uma menina e um menino.

-Você realmente não era tão bom de estratégia quando fez esse plano. –eu disse pra ele. Ele me entregou o elástico branco e sentou-se na cama. Shikamaru gostava que eu amarrasse seu cabelo.

-Bem, tem uma coisa que ainda não deu errado... –ele disse enquanto eu ajoelhava na cama atrás dele e começava a juntar o cabelo.

-O que? –perguntei, passando os dedos pelos fios um pouco embaraçados.

-Você ainda pode me dar dois filhos. –ele deu de ombro.

Eu arregalei os olhos e puxei seu cabelo sem querer.

-Ai, Temari! –ele exclamou.

-Esqueça isso! –exclamei um pouco grossa demais, notei quando ele se virou pra mim, os olhos confusos o cenho franzido.

Ele me encarou por o que pareceu uma eternidade.

-Você... Não quer ter filhos?

Eu o encarei de volta, um pouco envergonhada pela minha atitude. Eu tive uma infância um tanto complicada, sem mãe, pai ausente, irmão jinchuuriki, uma família desestruturada e um péssimo ambiente para uma criança crescer, o que fez eu pensar muitas e muitas vezes que eu não me prestaria aquilo, que eu não seria igual minha mãe, fraca e manipulável. As coisas melhoram depois que Gaara lutou com Naruto e que eu conheci Shikamaru, mas só depois da Guerra, quando Gaara contou de sua luta com nosso pai e do que ele contara, que eu aceitei que minha mãe não era fraca e meu pai não era um completo tirano e que, afinal, eu tinha meus irmãos e uma verdadeira família.

Então, naquele momento, com aquela pergunta, Shikamaru fez nascer uma imagem em minha mente: Um menininho com os cabelos em um rabo-de-cavalo espetados e olhos verdes, correndo pela casa e chamando tudo e todos de “problemático”. Eu sorri e Shikamaru me encarou mais confuso ainda.

-Não vou te dar dois filhos, Nara. –disse por fim –Você terá que se contentar com um.

Ele bufou, mas sorriu, me abraçando pela cintura. Com ele sentado e eu ajoelhada, eu estava mais alta que ele.

-Está vendo, péssimo estrategista! –ele resmungou.

Eu sorri de volta para ele, segurei seu rosto com minhas mãos e o beijei. Nenhum de nós estava realmente descontente que sua estratégia de vida tenha dado errado.


Notas Finais


Feliz Aniversário, Shikamaru! Depois de postar uma fanfics fofinha e curtinha sobre o aniversário da Temari, "Estratégia" nascer como uma fanfics totalmente ao contrario, quente e bem grandona pro aniversário do Shikamaru.

Por fvor, é one shoot, mas merece comentários! Passei duas madrugadas escrevendo essa fanfics, acho que mereço!


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