História Estrela - Um(a) simples estranho(a)

Juvia

Eu vou esfolar aquele rostinho lindo que ela tem, meu sonho aquilo! Como ela consegue? Ahhhh, foda-se! Foco Juvia, você quer matar ela.

Como ela pode sair sem nem mesmo me dizer nada? Agora a Maria "preocupação" tá fazendo charme para todos os empregados em saber aonde a loirinha foi, e, pior, com o cavalo da sua cria.

Aquela égua era da Lucy e, sinceramente, espero que ela tenha realmente fugido desse inferno de casa, faria um bem a vida da coitada.

A doida varrida tinham acabado de voltar do mercado e só tempos depois que foi perceber a ausência da loira.

Todos da casa estavam aglomerado na sala, fazia umas duas horas que a Lucynda desapareceu e, a mademoiselle faltava soltar fumaça pelos ouvidos de tão irritada que tava.

E se ela me gritar mais uma vez, perguntando onde a Lucy foi, eu vou responder com uma vassoura voando em sua direção, sério! Se matar, um demônio a menos na terra.

Ando meio revoltada ultimamente, tenho que me acalmar... Meu cházinho faz falta.

No momento que eu pensava em ignorar a confusão feita ali e ir no mercado comprar meu chá, Lucy entra pela porta da frente completamente suja e... Sorrindo?

Opa! Opa! Que parte boa do capítulo eu perdi?

Minerva- SUA... - preciso dizer que ela ousou levantar a mão para a minha loirinha? O tapa foi certeiro e tão, mais tão forte, que a fez cambalear dois passos para trás quase que caindo.

Ah mais foi inevitável não subir a raiva! Aquarius teve que me segurar pra não pular no pescoço daquela vadia.

Juvia- SUA AZEDA! COM QUE DIREITO VOCÊ TEVE PARA BATER NELA?! - gritei, Acnologia veio ajudar a minha amiga azulada comigo, e eu estava quase me soltando.

Tive o privilégio de ver uma de suas filhas (Lissana, diga-se de passagem) com cara de medo olhando para mim, isso querida, se cague, ajoelha-se diante a mim, tou pra brincadeira não.

Minerva- o direito de ela ser MINHA filha, cale-se e mercê seu palavreado comigo Juvia, ou te coloco pra fora - jura que me intimidei com aquilo? Filha! Na escola de amedrontar que você estuda, eu dou aula.

Juvia- cuidado você! Jura que eu tenho medo de suas ameaças?! Escute bem Minerva, coloque mais uma vez suas mãos na MINHA filha que aí sim verá uma eu com raiva, e se você quiser me botar pra fora, eu saio desfilando e agradecida, pois não dependo de você para viver bem - falo, incrivelmente calma, mais sem tirar o olhar flamejante - Lucy, venha cá - ver Lucy de cabeça baixa vindo até mim com os ombros tremendo, claramente se segurando para não chorar, me fez ter a ideia de voltar a atrás de não revidar aquilo, mas eu me segurei e a levei até seu quarto.

Que bom que a putiane não protestou, ou eu daria mesmo na cara dela.

Lucy- você um dia realmente é despedida por a enfrentar assim - diz, em voz baixa, quase em um sussurro.

Juvia- que nada, ela me ama demais pra viver sem mim - jogo meu cabelo para trás fingindo ser a diva, na verdade, sendo A diva - Agora mudando totalmente de assunto... - a olhei, vendo-a se sentar em sua cama, percebendo que eu fiquei em silêncio ela suspira.

Lucy- precisei espairecer as ideias um pouco.

Juvia- Lucy, querida, acho que as vezes você não tem juízo. Sabe que essa baranga se irrita até mesmo por você tomar banho em dias que não é "permitida" imagina pegar a Layla e sair por aí como se, quando volta-se, ela fosse te cumprimentar com rosas, abraços, beijos e um "Bem vindo de volta meu amor!" - reviro os olhos e escuto uma risada da mesma - por que sinto que você não liga nem um pouquinho pra isso?

Lucy- É porque eu realmente não estou ligando - responde ainda sorrindo, só que, diferente das outras vezes, esse era um verdadeiro... Com vontade. O tipo de sorriso que a mesma costumava dar quando sua mãe ainda estava viva.

Juvia- Okay, fala! Pegou quem pra tá felizinha assim? - brinquei, a vendo ficar corada - SÉRIO?!?

Lucy- Não! Eu não peguei ninguém Juvia - mais você tá corada querida! Tem macho na parada envolvido que eu sei.

Juvia- nome.

Lucy- Natsu.

Juvia- O PRÍNCIPE?! - gritei de novo, meu Deus que orgulho dessa garota, foi eu que ensinei gente - eles crescem tão rápido... - finjo enxugar uma lágrima.

Lucy- Não. Para de drama! Ele não era príncipe nenhum, apenas um morador de outro reino vindo visitar a irmã, eu acho... - a olhei, chocada com sua inocência.

Juvia- Menina! Que merda você tinha na cabeça ao falar com um estranho? E se ele se aproveitasse de você? Ou roubasse? Ou matasse? Aí meu kami! Quero nem pensar - ela revira os olhos - revira os olhos não mocinha! Tô sendo seria aqui.

Lucy- mas ele foi tão gentil... Eu que fui muito arrogante em confundi-lo com uma garota - a olhei confusa - ele tinha cabelos rosa, estranho né? Mais era tão lindo! - ela bateu palmas e se eu não conhecesse Lucy o suficiente, diria que a mesma já gamou.

Fui até a mesma em passos calmos e me ajoelho em sua frente, pegando suas mãos e a olhando compreesível.

Juvia- Eu vou entender sua opção, pode me falar - falo a olhando nos olhos e ela me olhou totalmente perdida - vou entender se você gosta de garotas, vou te amar mesmo assim - ela arregalou os olhos e soltou bruscamente minhas mãos.

Lucy- ELE ERA HOMEM! - agora quem gritou foi ela, viu? Não sou a única gasguita aqui. Uhum!

Juvia- conferiu se era mesmo? - okay, não consegui segurar a risada quando vi ela ficar mais vermelha que a própria cor vermelha.

Lucy- JUVIA!! - grita, constrangida pelo que eu perguntei, eu conferiria se quer saber, mas vamos deixar isso entre Juvia e leitor ok? A loirinha já sofreu demais.

Juvia- não está mais aqui quem falou - levanto ambas as minhas mãos rindo - vem, vou passar uma pomada nessa vermelhidão de sua bochecha. Se a Aquarius e Acnologia não tivessem me segurado, revidaria o triplo disso naquela cara de lixo podre dela.

Lucy- achei que ela fosse azeda.

Juvia- Ela é todos os adjetivos que significam podridão - Lucy riu e eu dei de ombros.

Lucy- me lembre de agradecê-los de manterem seu trabalho, teria que aguentar ela sem você - falou, awnt! Amo-te meu amor.

Juvia- Minha flor, com ou sem mim aqui, eu vou sempre cuidar de você, e não vai ser uma vadia portadora da maldade, que me impedirá disso. Aliás, viu a cara de medo que a Lissana fez? Deu uma vontade de me beijar por ter feito tal calamidade - Lucy ria, muito, mas muito mesmo.

Lucy- não sei o que seria de mim sem você, Juvia.

Juvia- sua vida não seria tão colorida monamur - e dei uma piscadela para a mesma a fazendo rir ainda mais.

A tempos Lucy não tinham esse humor, teria que encontrar esse macho que fez esse efeito nela e a deixou tão revigorante, ficaria privilegiada de o agradecer cara a cara, afinal, não é qualquer um que faz minha loirinha sorrir assim.

Quem é você Natsu?

E o que usou na minha bebê?

Natsu

Fodido é uma palavra que me define no momento.

Igneel- o que você tinham na cabeça em sair sozinho assim? E sem nem avisar!? Sabe o quão desesperados ficamos seu moleque? Sua mãe quase desmaia ao não encontrar você - ao dizer sobre minha mãe eu realmente me senti mal, mamãe é sempre tão doce comigo, e eu a fiz se preocupar tanto...

Natsu- Nem venha com uma de bom pai, não tenho que me queixar para você - digo frio, logo sentindo um tapa em meu rosto fazendo-o virar totalmente para o outro lado.

Igneel- EU AINDA SOU SEU PAI E EXIJO RESPEITO AQUI! - grita, fechei meus olhos na tentativa dele entender que eu não queria papo - O que eu te fiz pra me tratar assim? Me diga, Natsu. DIZ!

Natsu- Pergunta pra minha opinião, já que eu não tenho nenhuma aqui, vai demorar um pouco pra você achar - ele suspira, eu também.

Brigar com meu pai, mesmo que não seja nítido, estava me destruindo por dentro.

Igneel- Ainda está chatiado pelo baile - não foi uma pergunta e sim mais uma confirmação - Desculpe, mas terá de ser assim e, se meu fardo for ter que aguentar você nunca mais falar comigo, eu aceitarei - sorrir, em linha, sem amostrar os dentes - Lembre-se, que acima de tudo, eu te amo.

Natsu- Não parece - digo, ainda mantendo o tom frio e sem o encara.

Ele assentiu e saiu, sem dizer mais nada.

Logo depois Zeref chegou correndo até mim.

Zeref- Não acha que pegou um pouco pesado demais dessa vez? - eu suspiro.

Natsu- Eu não sei Zeref, só sei que a única coisa que eu realmente queria.. era uma cama pra apagar.

Já tínhamos chegado ao castelo e o rei nos recebeu com uma carranca tão grande, que eu fiquei uma pouco resoluto em entrar naquele local, mas a presença de uma ruiva fez a carranca do mesmo desaparecer totalmente e substituir por um sorriso.

Erza Scarlet, princesa de Fiore e, graças a kami, não é minha noiva. Igneel até mesmo me jogou pra cima da garota, mais ela me negou sem pensar duas vezes, com um "sorriso".

Ou! Meu ego caiu totalmente ali. Doeu cara! Certo que é um alívio eu ainda possuir a decisão de escolher minha noiva, mais a garota me negou sem pensar duas vezes!

Zeref- Você logo vai ter sua cama, se acalma - rir da minha cara de cansaço, que com certeza não estava nada boa - Agora me diz, como está sendo aguentar o fardo de ter sido negado pela princesa de Fiore, uma das mais belas moças daqui?

Natsu- Aquilo foi mancada, mas ao mesmo tempo, um alívio - Zeref começou a rir - o que?!

Zeref- Ela tem namorado cara, você não sabia? Todos aqui sabiam, menos o papai claro, ou não tinham praticamente te jogado pra cima da garota, coitada dela... - sorriu sacana, e eu fechei meu punho fingido raiva.

Natsu- tá insinuando que eu não tô ao nível dela?

Zeref- falei nada, você que se precipitou em concluir isso - levantou as mãos, enquanto eu o segurava pelo colarinho.

Natsu- Hum - o soltei, ouvimos um pigarro e nós voltamos a pessoa.

Erza- se as moças já pararam de discutir, o jantar já está pronto.

(...)

Depois da janta (e que janta viu!) Eu e Zeref fomos dá uma volta pelo castelo,  sair um pouco da bagunça que aquilo tava sendo. Cama? E eles me deixam dormi com uma barulheira dessas? E também tem a parte que mamãe e o Igneel pode muito bem atrapalhar meu sono, como Zeref hoje de manhã.

Fico imaginando o que vai ser amanhã, se hoje, uma hora dessas já tá o caos, imagina amanhã! Que é dois dias antes do baile.

Prevejo dores de cabeça...

Natsu- achei que você fosse ficar com a Mavis - ele faz uma carranca, cara a essa que diz que sua presença foi rejeitada.

Zeref- Mavis virou "melhor amiga" da princesa - falou balançando as mãos e falando com uma voz fina - nem um beijinho ela me deu hoje, poxa! Não sabia que era substituível fácil assim.

Natsu- para de drama Zeref! Credo, até parece mulher reclamando.

Zeref- falou o machão - eu reviro os olhos e ele dá um soco em meu ombro - em falar em mulher... Agora que estamos a sós, eu posso tirar minha dúvida - olhava-me de olhos semi-cerrados.

Natsu- que dúvida? - o fitei confuso e curioso.

Mas no fundo eu acho que já sabia o que o mesmo queria saber.

Zeref- quem era a dama num corcel branco? - bingo!

Natsu- Que dama? - me faço de desentendido.

Porque não tem como se esquecer de uma moça como aquela, cabelos tão dourados, olhos chocolates, pele branca, corpo curvilíneo. Além da mesmo ser naturalmente graciosa e linda, era gentil. Certo que existe algumas exceções...

Eu ainda não esqueci que ela me confundiu com uma garota, e nem aceitei esse fato. Qual é! Não é pra tanto assim, só o cabelo... Mas é natural, não posso fazer absolutamente nada!

Zeref- Natsu! Oi! Tá aqui? - balançava ambas as mãos em minha frente.

Foi quando percebi que desativei do mundo real e fui diretamente uma outra terra, nomeada Luce.

Natsu- o que?

Zeref- essa estranha te pegou de jeito em - falou, com um timber na voz deixando claro um outro sentido. E o seu sorriso malicioso deixava claro isso.

Natsu- Só conversamos Zeref! Nem conheci a garota direito.

Zeref- Esse sorriso bobo aí te entrega, sabia? - fiquei confuso, toquei no meu rosto e vi que realmente sorria - não sabia que meu irmãozinho era assim.

Natsu- E eu não sabia que você era tão pé no saco! - ele veio me abraçar, me imprensando - Sai Zeref, quanta viadagem.

Zeref- estou tão orgulhoso, finalmente achou sua esposa - continuava falando asneiras.

Natsu- Cala a boca seu idiota, me solta! Antes que te quebre aqui sem se importar do seu filho ter ou não pai quando nascer - e ele me soltou, amém.

Zeref- tenho pena da garota que irá aguentar seu tão lindo humor - rir, estávamos voltando pra sala.

Natsu- ah! Vá se ferrar!