História Estrela Azul - Tonturas

A conversa era carismática. Rosalya comentava sobre os últimos eventos que ocorreram na escola. Alguns Priya não possuía conhecimento, aproveitando que estava ouvindo os relatos da garota perguntava algumas coisas. Se aproximando do ginásio, Rosa mostrou onde estavam os instrumentos. Jogados no canto do ginásio. Safira ficou espantada com os maus- tratos que os instrumentos estavam sofrendo. Ela correu em direção deles, se abaixou puxando cada um deles, passando a mão para tirar a poeira deles.

“Como deixaram fazer isso com eles?” * ela tentava limpar os instrumentos um por um*

-Alguns alunos foram porcos o suficientes para fazer isso. *Rosalya pega um lenço de sua bolsa e ajuda Safira a limpar os instrumentos*

-Concordo. Tínhamos que pedi para diretora pros alunos terem mais cuidados com os instrumentos. *Priya tentava organizar os instrumentos*

-Sem chance. Aquela velha só tem interesse no cachorro dela. Safira, se vê aquele cachorro, apenas corra. * Rosalya pega o teclado para limpar*

“Esse teclado está destruindo... “ *Ela o pega das mãos de Rosalya, parecia triste*

-Tens razão... Acho melhor deixar ai. Vamos, daqui a pouco teremos aulas. *Priya largou os instrumento no chão*

Com tristeza, ela deixou no chão os instrumentos. Ela sentia uma angustia muito forte. Safira amava a música, não o suficiente a tê-la como profissão, e sim como voz. Rosalya a puxa pelo ombro avisando que já estavam quase atrasadas.

Chegando na sala, Safira se senta ao lado de Rosalya, era aula de história. Safira gostava tanto de história que as vezes ficava presa nos seus pensamentos. Olhando para o resto da turma, ela percebeu que todos estavam animados com o evento. Ela também. Mas não sabia como ia participar.

Fim da aula, Rosalya pede para ela ir até as escadas, avisando que o Lysandre estaria lá. Porém ela não ia junto pois ia fazer uma ligação. Ela se despede de sua nova amiga, e resolve ir até as escadas. No meio do caminho, ela sentiu um desconforto no estomago. Já que não era tão acostumada de ir sozinha para conversar. Chegando no local, lá estava ele. Com outro rapaz de cabelos tingidos de vermelho, ele estava furioso, parecia que tinha algo de errado na sua guitarra. Ela fica diante deles, estava envergonhada, não sabia como se comportar.

-Você deve ser a Safira? Rosalya comentou muito sobre você. Sou o Lysandre, encantado em te conhecer. * Ele estende a mão para a garota, deixando-a um pouco corada*

“Prazer!” *Ela sorri para o rapaz*

-Castiel. É uma falta de educação ignorar as pessoas. *ele tentava repreender o amigo*

-Ah... oi.. *ele balançou a mão para garota, porém não deu tanta importância *

-Não se sinta ofendida com ele. Vamos ao que interessa. Rosalya me contou que está interessada no evento de música da escola. O que pretendes fazer? * Ele parecia interessado nos planos da garota*

“Ouvir dizer que vão montar uma banda. Eu gostaria muito de participar.” *Ela parecia bastante animada*

-Calma, vai ficar sem folego! * colocando suas mãos nos ombros dela*

“Desculpe. Faz tempo que não participo de coisas assim” *ela parecia bastante envergonhada*

Ele apreciava a agitação da garota. Pedindo para ela se sentar na escada e comentar todas suas ideias. Seu instrumento favorito, o ritmo que ela mais gostava. Eles ficaram o intervalo inteiro conversando sobre música, ela estava feliz por ter pessoas com mesmo gosto. Nada foi confirmado, ela precisava esperar a decisão deles se podia ou não fazer parte do grupo.

Passando pelos corredores, ela passa na frente de uma sala de aula, porém um som muito familiar fez chamar sua atenção dela. Dando a volta, ela tenta espiar o que estava acontecendo no local. Era Priya mostrando um instrumento japonês para a turma. Safira se aproxima dela aos poucos, olhando para o instrumento.

-Você conhece o Shamisen, Safira? *Ela entrega o instrumento para a garota*

“Sim. Como conseguiu ele? *ela olhava o instrumento bastante encantada*

-Numa das viagens com meus pais, passamos em Osaka, e ganhei ele num dos eventos que fomos. Você sabe toca esse instrumento? * Ela puxa a cadeira para se sentar*

A turma inteira observava, esperando alguma reação dela. Safira olha ao redor procurando uma cadeira para se sentar, apenas tinha a do professor. Cada minuto que se passava ela se sentia um pouco frustrada, Rosalya faz sinal dizendo que tudo estava bem. Começou a pensar numa música, e lembrou de uma que aprendeu vendo uns vídeos na internet.

Aos poucos ela estava se acostumando com o instrumento, o som do instrumentos incomodou os ouvidos de alguns alunos, depois foi acalmando aos poucos. Sua música estava emocionando seus colegas, aos poucos todos estavam se sentindo aliviados, calmos, como se seus problemas tinham desaparecidos.

-Isso foi lindo. * Nathaniel se aproximava dela batendo palmas*

-Sim, ela toca muito bem. Que música era? * Priya pega pegava o instrumento de volta*

“Música das geishas” *ela ainda ficava observando o instrumento*

-Nossa, foi a mesma música que ouvi no evento. Muito bom. 

-É uma música muito bonita. Essa música que pretende tocar no evento? *ele parecia curioso com a decisão dela*

-Falando nisso, Nathaniel. Encontramos os instrumentos num estado horrível. Deveríamos pedi para diretora comprar novos instrumentos. * Rosalya se aproxima do rapaz*

-Ah, claro. Percebi o mesmo. Já tinha comentado com ela sobre esse assunto, mas de acordo com ela, estão funcionando de boa. Porém, creio que não. * se afastava de Rosalya com medo que ela jogasse algo nele*

-Ela deve estar preocupada com aquele cachorro. Rosalya batia o pé um pouco irritada*

-O que você tem contra um cachorro, Rosa? * Priya estava começando a ficar preocupada*

-Toda vez que ele foge, a escola inteira fica de perna ao ar. E a pior parte, ela fica nervosinha e xinga todos os alunos até pegarmos ele. * ao comentar aquilo, a expressão no rosto de Rosalya era assustadora*

-Não é fácil lidar com aquele cachorro. * Nathaniel parecia cansado*

-Nossa, não quero nem imaginar.  *Priya segurou para não ri dos rosto deles*

-Você tinha intenção de tocas algum daqueles instrumentos, Safira? * ele ainda estava apreensivo com a Rosa*

“E-eu... gostaria de tocar o teclado” *ela estava um pouco sem jeito*

-Ah Tive uma ideia! *Rosa começa a sorrir de um jeito estranho*

-Tipo que? * Priya se afasta um pouco da garota*

-Amanhã eu conto, até mais.

A garota se retira da sala às pressas, deixando todos bastante curiosos. Priya acompanha Safira até a saída da escola, o ônibus estava preste a sair, porém Safira conseguiu pega-lo. Durante o percurso, ela ficou mexendo no seu celular revendo algumas notas músicas que ela tinha feito.

Parando na frente de sua casa, ela ouve um barulho estranho. Parecia que alguém tinha sofrido um acidente. Ela corre em direção do som. Chegando no local, ela ver um carro capotado, e uma pessoa no chão, era uma criança. Ela se aproxima da garota tentando socorre-la. Porém, ao vê-la daquele estado, Safira sofre flashes do passado, alguma coisa fez ela lembra de algo. Sua cabeça fico zonza, ela sente uma vontade grande de vomita, ela acaba tropeçando numa pedra, fazendo-a cair no chão. Alguém se aproxima dela, tentando reanima-la. Porém sua visão estava embaçada.

“ O que está acontecendo? Estou com uma vontade grande de vomitar. Não consigo mexer direito”

Sua respiração estava cada vez mais complicada. A pessoa a pegou no colo, levando-a para um local desconhecido. Ele a deita num banco, apoiando sua cabeça no colo, levantando a cabeça da garota tentando ajudar na sua respiração.

-Fique calma, Safira. Tente respirar!

Nathaniel? Foi ele que a resgatou. Safira procurava respirar melhor e tentar voltar a enxergar. Segurou a blusa do rapaz, tentou se comunica com o rapaz, porém nenhum som saia de sua boca. Ele pedia para ela se acalmar, e tentar ficar mais calma, porém Safira se sentia um pouco triste por não ter ajudado a criança.

-Fique calma! Eu cheguei um pouco antes, e liguei para emergência. Ficas olhando não adianta em nada. Então eu vi você, e quando desmaiou não pensei duas em te ajudar!

De alguma forma, ela sentiu conforto por alguém ter chegado antes. Mas ela ficou curiosa do por que ele estava próximo de sua casa. Mesmo tonta, ela fechou os olhos para tentar diminuir a sensação do ruim. Ela ergueu suas mãos até seu rosto para tentar se comunicar com ele.

“ Por que você está aqui?” *ela estava realmente mal*

-Ah, Rosalya pediu para eu vir até esse lado da cidade... Err... bem.. * ele estava cada vez mais corado*

“Entendo. Obrigada por me ajudar. “ *ela sorri para ele*

-Não precisa agradecer. Preciso te levar para a emergência. Você não está bem. *ele se prepara para carrega-la*

“Não. Eu moro aqui perto. Me leve pra casa” *ela puxava a blusa do rapaz com mais força*

-Ok! Eu te levo até lá. Consegue me guiar?

Ela balança a cabeça confirmando para ela. O rapaz a segura firme, caminhando devagar para não balançar tanto e deixa-la pior. Ela indica o local para o rapaz, no meio do caminho ela ouve som de ambulância perto do local, finalmente a ajuda chegou, ela poderia ficar mais aliviada.