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História Estrelas - A volta dos que nunca foram


Escrita por: Miss_Giannini

Notas do Autor


Olá pessu! Hoje vim um pouquinho mais cedo, não aguentei me segurar até à noite para postar o capítulo de hoje, boa leitura!

Capítulo 46 - A volta dos que nunca foram


Fanfic / Fanfiction Estrelas - A volta dos que nunca foram

            Taehyung acordou.

            Meu Kim Taehyung acordou.

            Essa era definitivamente a melhor notícia que eu tinha em meses, abracei Jimin como se dependesse disso para viver. Sentia as lágrimas correndo velozmente por meu rosto, pela primeira vez em muito tempo, lágrimas de alegria. Liguei para Yuri no instante seguinte.

            - Fala mais devagar, sua louca, não consigo entender nada! – Disse ela dando risada do outro lado da linha, suspirei e repeti a frase sem embolar as palavras umas nas outras.

            - O Tae acordou, Yui!

            - Graças a Deus! Encontro vocês aí no hospital, já estou saindo – podia sentir sua animação e imaginar seu sorriso, ouvi uma voz mais alta do outro lado, provavelmente de sua supervisora, já que Yuri estava no trabalho. – Meu amigo acordou de um coma de um mês e meio, não importa o que você diga, eu irei vê-lo imediatamente! Atenda você aquela senhora!

            Yuri continuou gritando algumas coisas até perceber que o telefone ainda estava ligado e desliga-lo rapidamente, deixando Jimin e eu dando risada. Seguimos para o hospital em passos rápidos, não via a hora de abraça-lo e ouvir o som de sua voz, eu não desgrudaria dele um segundo sequer.

            - Ei, As... – começou Jimin com um olhar preocupado quando entramos no hospital. – Você... ainda está proibida de vê-lo...

            - Talvez ninguém se lembre disso, não custa nada tentar – respondi motivada e esperançosa. Jimin, como sempre mais rápido do que eu, previu que algo daria errado e saiu de fininho. Dirigi meu melhor sorriso para a enfermeira-chefe e cruzei os dedos atrás das costas para que tudo desse certo.

            - Boa tarde, gostaríamos de visitar nosso amigo Kim Taehyung.

            - Seu nome?

            - Park Jimin – ela olhou uma pequena lista e provavelmente encontrou o nome dele, liberando sua passagem. Grudei nas costas de meu amigo e tentei passar despercebida pela mulher, o que não deu muito certo, já que senti um leve puxão na gola de minha camisa, impedindo-me de avançar.

            - Você não, mocinha, não esqueci do que você fez, está proibida de visitar seu amigo.

            - Qual é, Rose, por favor – apertei os olhos e juntei minhas mãos em súplica -, meu namorado acabou de acordar.

            - Terei problemas se deixar que você passe, você deveria ter pensado melhor antes de ter feito aquele escândalo...

            - Eu cuido disso – Jimin tocou meu ombro com um sorriso incentivador e cochichou algo no ouvido da mulher, que riu baixo e assentiu com a cabeça.

            - Nesse caso, talvez eu saiba onde guardam os uniformes, seria uma pena se um deles fosse pego por 20 ou 30 minutos... – dei um sorriso enorme e abracei Rose rapidamente, que colocou uma chave em meu bolso e cochichou as coordenadas do armário.

            - O que disse a ela? – Fechei a porta do vestiário e coloquei um uniforme que parecia do meu tamanho, torcia para que ninguém desse falta dele. Me olhei no espelho uma última vez e deduzi que estava irreconhecível desde que andasse com a cabeça levemente abaixada.

            - Nada que você precise saber agora – abri a porta e Jimin riu baixo quando me viu, arqueei uma das sobrancelhas. – Se astronomia não der certo, tente enfermagem, você está bonita e convincente.

            Seguimos os corredores até o terceiro andar, recebi alguns olhares e torcia para que ninguém se dirigisse a mim em momento algum. Jimin disse que me daria cobertura para que eu entrasse no quarto primeiro, parei em frente a porta e respirei fundo diversas vezes numa tentativa de acalmar meu espírito inquieto. Soltei meus cabelos e tentei parecer o máximo comigo mesma. Abri a porta devagar.

            - Olha só quem resolveu acordar... – disse docemente. Taehyung estava sentado na cama, a cabeça apoiada na cabeceira e o olhar perdido na janela. Quando seu olhar encontrou os meus, senti meu coração voltar a bater e meu corpo ganhar vida novamente, e quando ele sorriu, minha alma despertou. – Senti tanto a sua falta.

            - Até parece – ele riu baixo e eu me aproximei dele em passos lentos, estudando seu rosto com cuidado, senti uma lágrima escorrer e ele fez uma careta engraçada. – Qual é, você acabou de sair daqui.

            Não.

            - Você deve estar um pouco confuso, passou um bom tempo dormindo – disse com um sorriso gentil, ele afastou meus cabelos com cuidado com um pequeno sorriso enquanto mirava meus olhos verdes.

            - Posso ter me esquecido de bastante coisa, mas jamais esqueceria de você – seus dedos tocaram meu rosto com cuidado e eu adorei a sensação, pela primeira vez, sentia o calor de sua pele e me deliciei com ele -, minha namorada.

            - Vou cumprir todas as minhas promessas, pode acreditar – ele encostou sua testa na minha e eu fechei os olhos devagar.

            - E você alguma vez me deu motivos para que eu duvidasse de você, Minna?

            Me afastei dele num salto, eu literalmente parei na metade do quarto e senti meu mundo se quebrar uma vez mais. Taehyung me olhou com um sorriso confuso, eu quase podia ver todas as engrenagens de sua cabeça girando. Tentei falar alguma coisa, mas as palavras não saíam de jeito nenhum.

            - Qual é, Minna, deixa disso. Venha cá, também senti sua falta – ele estendeu a mão em minha direção e eu dei outro passo para trás.

            - Não, meu amor, já conversamos sobre isso – ouvi uma voz vindo de trás de mim e congelei ao ver a expressão confusa de Taehyung -, eu sou a sua Minna.

            Não.

            Não.

            Não.

            Olhei para trás e em encontrei a garota da foto apoiada na soleira da porta me olhando com um sorriso. Senti que iria desmaiar ali mesmo, agora seria uma boa hora para morrer. Não era como me olhar num espelho, mas havia semelhança o bastante para sermos confundidas, havia apenas pequenas diferenças. A mesma pele branca e cílios longos. Meu cabelo é castanho claro e o dela é castanho escuro. Meus olhos são verdes e os delas são de um tom um pouco mais claro. Seus olhos são levemente puxados e os meus não.

            - Ela é quem eu te disse, Tae. A garota que causou seu acidente, que quase me matou, que é obcecada por você. – Cada palavra era uma facada, mas o pior de tudo era ver a expressão de Taehyung, acreditando em cada palavra que saia de sua boca, encolhendo-se cada vez mais no colchão.

            - Seguranças! Ela está aqui! – Ambre surgiu na porta e apontou para mim, não entendi o que estava acontecendo até dois policias entrarem no quarto e praticamente me carregarem.

            - Não! Isso não pode estar acontecendo!

            Comecei a me debater enquanto era arrastada para fora dali, Jimin tentou fazer com que um dos policiais me soltasse e levou um empurrão tão forte que o fez cair. Não me importava em parecer uma louca, eu sabia que eu era, meus cabelos estavam bagunçados e meu rosto manchado de lágrimas, não conseguia parar de gritar e soluçar.

            - Não consegui segura-los, me desculpe, As – Jimin me abraçou com força e eu me enterrei em seu abraço novamente, meu coração batia tão rápido que não me surpreenderia caso ele parasse de bater a qualquer momento.

            - O Tae... ele...

            - Linna me contou, As – disse em um suspiro triste. – Ele não se lembra de nós, absolutamente nada, só tem algumas memórias turvas do passado.

            - Mas ele... não pode ter... se esquecido de nós... – passei a soluçar descontroladamente e Jimin acariciou meus cabelos devagar.

            - Pelo menos ele está vivo e acordado.

            Sim.

            Pelo menos ele está respirando sem a ajuda de aparelhos.

            Pelo menos seus olhos estão abertos e seu corpo está quente.

            Pelo menos ele saiu do coma.

            Pelo menos isso...

            - Mas, ela... ela não pode...

            - Eu já desconfiava disso, As, Minna está de volta – ouvir aquelas palavras doeu com eu não imaginei que doeria.

            Acabou.

            - Yes, bitches! Minna voltou para a alegria de vocês! Quer dizer, eu nunca nem fui embora! – A garota surgiu novamente por trás de nós com um sorriso cínico no rosto. – Ah, vai dizer que vocês acreditaram naquela historinha?

            - Eu odeio você! – Me soltei de Jimin rapidamente e voei em cima de Minna, juntei toda a força que tinha em meu punho e desferi-o em seu rosto, ela apenas riu sem humor enquanto secava o pouco de sangue que escorreu por seu lábio.

            - É só isso que você pode fazer, querida? Vamos lá, vou lhe dar mais uma chance.

            - Você é completamente doente! Eu te odeio, eu te odeio! – Não conseguia me controlar, quando ela virou o rosto novamente foi como um convite para mim, dei outro soco em seu rosto e uma joelhada em seu abdômen. Eu sentia tantas coisas em mim que parecia a ponto de explodir, e ela não revidar combinado com seu sorriso cínico era apenas o combustível para minha fúria.

            Minna revirou os olhos entediada e me deu um empurrão forte, caí no chão e Jimin se colocou a minha frente quando a garota ameaçou me chutar. Meu amigo me levantou e me colocou atrás dele protetoramente.

            - Você, Astrid, é tão ridícula que não consegue nem se livrar de uma briga qualquer sem a ajuda de algum amigo seu. Você não é nada sem eles, não consegue se virar sozinha.

            - Já não acabou com nossas vidas o bastante?! – Perguntou Jimin com a voz carregada de raiva, era assustador vê-lo assim. – Por que você voltou?!

            - Era exaustivo demais ser Satomi de dia e Vick de noite, pintar meu cabelo tantas vezes destruiu minhas lindas madeixas castanhas – Minna desembaraçou seus cabelos e limpou novamente o sangue que escorria por sua boca, pelo menos havia conseguido fazer algum estrago na cara dessa vagabunda. – Você podia ter evitado tudo isso, meu amor. Eu lhe avisei tantas vezes para que ficasse longe de Tae, mas você não me ouviu...

            - Você causou o acidente dele e me acusou em seu lugar! Por que fez isso?!

            - Porque eu o amo, Astrid, Taehyung é o amor da mina vida – ela enrolou a ponta dos cabelos entediada e Jimin me segurou para não voar em seu pescoço novamente.

            - Isso não é amor, é doença! Você é completamente doente!

            - Você tem mais alguma pergunta ou eu posso voltar para o meu namorado? Ele vai adorar ver o que a maluca da Astrid fez comigo, farei com que nunca mais ele se aproxime de você.

            - Para de causar, Minna! Vai chamar muita atenção assim! – Ambre surgiu novamente e segurou o braço de Minna. Jimin me abraçou com força enquanto eu me debatia e tentava me livrar de seus braços, eu queria acabar com a vida de cada uma delas nesse instante. – Ah, olá, Jimin, Astrid.

            - Você nos traiu! Nós confiávamos em você! Achávamos que você estava do nosso lado!

            - Não, não, não. Eu nunca disse que estava com vocês, estou do lado de quem está vencendo. E Minna. Nunca. Perde.

            As duas sorriram e voltaram para o hospital, Jimin indicou que nos apressássemos antes que surgissem policiais ou algo do tipo. Encontramos Yuri um pouco depois, assim que ela abriu a boca, não consegui dizer nada, apenas a abracei com força, torcendo para desaparecer em seu abraço.

            - O que houve??

            - Muita coisa, Yui, muita coisa mesmo – comecei a soluçar novamente e ele segurou meus cabelos com delicadeza, Jimin se juntou a nós e explicou a situação para Yuri.

            - Minna não morreu, ao que tudo indica, ela forjou a morte e continuou perseguindo Taehyung. Satomi e Vick nunca existiram, era apenas Minna o tempo todo, e também era ela por trás das mensagens que Astrid recebia. Ambre era sua informante, e como seu pai trabalha no hospital, foi fácil convencer a todos de que Astrid era Minna e expulsa-la do hospital, além de que Minn poderia transitar por lá com facilidade com a ajuda de Ambre.

            - Mas e Kim nessa história toda?

            - Ela é a única peça que eu ainda não consegui encaixar no quebra-cabeça. Minna causou o acidente, por isso as testemunhas descreveram alguém como Astrid. E também foi ela que processou e acusou Astrid de tantos crimes. Sempre foi Minna, o tempo todo.

            - Tae esqueceu mesmo de todos nós? – Yuri perguntou e Jimin assentiu.

            - Linna disse que com o tempo ele pode ir recuperando as coisas, mas deve ser algo natural, nós não podemos força-lo.

            - Mas ele acha que está namorando com Minna – minha voz saiu como um sussurro falhado e o ar passou a faltar em meu peito. – Ele acha que eu sou ela...

            - Ele vai se lembrar de nós, As, acredite! – Jimin segurou meu rosto com cuidado e percebi que ele também chorava. Taehyung não é apenas meu namorado, é o melhor amigo do Park e um grande amigo de Yui. Era um baque para todos nós. - Precisamos dar algum tempo a ele...

            - Podemos ir para casa agora?

            - Vamos, nós precisamos de canecas fumegantes de chocolate quente com marshmallows – Yuri passou um braço por meu ombro e começamos a andar devagar.

            - Podem ir na frente – disse Jimin antes de dar um beijo em nossas testas -, tenho algumas coisas para resolver.

***

Jimin

            Voltei para o hospital e cobri meu rosto com um jornal enquanto esperava Ambre e Minna deixarem o local, demorou um pouco, mas quando a barra estava limpa e Rose me deu um sinal positivo, voltei para o andar de Tae e encontrei Suni abraçando a perna de Linna.

            - Omma, deixa eu ir ver o oppa!

            - Jimin! Ainda bem que você voltou – Linna suspirou aliviada e Suni correu para me abraçar.

            - Jiminie, diz para a omma o quanto eu quero ver o oppa! Eu também senti falta dele! – Olhei para Linna buscando o que dizer e pensei o quanto aquilo seria embaraçoso, afinal, para Suni, Tae estava apenas adormecido, o que ela faria quando soubesse que ele sequer se lembra do nascimento dela? – Prometo que vou me comportar direitinho!

            - Linna, não vou deixar que ela... você sabe... – sussurrei para Lina, que devolveu com um sussurrou mais baixo ainda.

            - Não deixe que ela descubra – assenti e segurei a mãozinha de Suni com um sorriso.

            - Vem, vamos lá ver o oppa. – Abri a porta devagar e encontrei Taehyung mexendo em um cubo mágico, assim que nos viu entrar, deu um pequeno sorriso.

            - Oppa! Você acordou! – Suni correu até ele e tentou subir na cama para abraça-lo, ele disfarçadamente me olhou assustado e eu coloquei Suni em meu colo quando me sentei na cadeira ao seu lado.

            - Olá...! Fico feliz que vocês tenham vindo!

            - Suni estava muito ansiosa para vê-lo, Tae.

            - A omma disse que você pode estar um pouco confuso, mas eu sei que você lembra de mim, né, oppa?

            - Claro, Suni, como eu poderia me esquecer de você? – Tae esticou os braços devagar e Suni o abraçou com cuidado, afinal, suas costelas ainda estavam em recuperação. – O oppa deu um grande susto em você, não é mesmo?

            - Sim, em todos nós! Você estava dormindo tão profundamente que nem a unnie conseguiu te acordar com um beijo! – Suni voltou para o meu colo e eu cutuquei sua barriga devagar enquanto sussurrava em seu ouvido.

            - A unnie quer fazer uma surpresa para o oppa, então você tem que prometer que não falará dela para ele.

            - Claro, eu prometo! Não vou falar para o oppa da Astrid-unnie – respondeu em um sussurro baixo e um sorriso, rapidamente voltando sua atenção para Taehyung, que ao que parece não ouviu nada. – Quando vamos tomar sorvete de novo, oppa?

            - Assim que eu receber alta, prometo que iremos, estou doido para tomar um sorvete de morango.

            - Morango? Mas o oppa...

            - Tae gosta de inovar nos sabores, certo, Suni? Por isso dessa vez ele vai pedir de morango – me embolei um pouco e Suni me olhou desconfiada, droga de menina inteligente demais para a idade dela.

            - Jiminie – sussurrou -, o oppa sempre fica bravo quando a unnie pede de morango.

            - Que tal um de limão, então, Suni? – Sugeriu ele com um sorriso, Suni devolveu.

            - Tem certeza mesmo que está bem, oppa?

            - Estou um pouco cansado, na verdade...

            - Vamos deixar o oppa descansar um pouquinho, sim? – Suni fez um bico emburrado e eu ri baixo. – Vamos para a casa jogar videogame e tomar sorvete enquanto o oppa descansa.

            Levei Suni pela mão até Linna, Suni não entendeu porque sua mãe chorava ou porque meus olhos brilhavam. Respirei fundo e voltei para a sala novamente, o olhar confuso de Taehyung sobre mim era como um tiro, meu melhor amigo nem sabe quem eu sou.

            - Oi... – comecei baixinho quando me sentei ao seu lado novamente, ele estudou meu rosto por um tempo antes de eu voltar a dizer algo. – Você... hum... como se sente?

            - Me desculpa, mas eu... poderia perguntar seu nome? – Ele abaixou a cabeça e eu engoli em seco. Seja forte, você não pode chorar na frente dele, você tem que ser forte.

            - Park Jimin.

            - E aquela quem era?

            - Sua sobrinha, Kim Suni. – Mirei sua cabeça abaixada e seu corpo pareceu tremer devagar, ele bateu o punho com forca no colchão e eu me assustei um pouco com sua reação. – Ei, o que foi?

            - Eu me odeio – falou em sussurro enquanto soluçava baixinho. – Como pude me esquecer de minha própria sobrinha? Como pude me esquecer de uma garotinha tão animada e sorridente? Eu me odeio...

            - Não diga isso, Taehyung, você sofreu um acidente, nada disso é culpa sua... – ele esfregou o rosto com força e levantou a cabeça devagar, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto molhado.

            - Tem razão, a culpa disso tudo é dela, ela me colocou aqui e fez com que eu esquecesse de tudo.

            - Dela quem?

            - Aish, eu não sei nem o nome dela! – Taehyung bateu em sua cabeça com força e olhou para mim suplicante. – Qual o nome dela? Daquela garota que arruinou a minha vida e se parece com minha namorada?

            - Tae, sei que você pode estar um pouco confuso agora, mas as coisas não são como você pensa...

            - Então me explique, Park Jimin!

            - Você não se lembra de nós, Tae, vai precisar de um tempo para assimilar as coisas.

            - Conte-me sobre mim, me explique quem eu sou, por favor, nada faz sentido em minha cabeça – ele esfregou o rosto com força diversas vezes e eu tive que engolir em seco várias vezes para não fazer o mesmo. As palavras de Linna ecoaram em minha mente.

            Taehyung se culpou por muito tempo pela morte de Minna, deixe que ele acredite que ela nunca morreu, que ela sempre esteve aqui. Se ele disser que namora com ela, não o desacredite, ele precisa lembrar o que aconteceu naturalmente. Se ele quiser achar que Astrid é a vilã da história, deixe que o faça, ele não precisa confundir sua cabeça ainda mais.

            Não, Linna, eu não posso fazer isso. Me desculpe.

            - Você é fanático por doces e participa comigo do time de basquete de nossa escola, é um excelente atacante e bola excelentes planos malignos. Você gosta de jogar videogame, mas não é tão bom assim nos jogos. Você gosta de cantar quando acha que ninguém está vendo e de pregar peças em seus amigos.

            - Você esqueceu de dizer que sou o melhor amigo de Park Jimin – completou com um sorriso, eu dei outro maior ainda.

            - Sim, você é meu melhor amigo.

            - Então posso confiar em você?

            - Para qualquer coisa.

            - Eu... sinto que há alguma coisa faltando, hyung. Sei sobre minha família, namorada e amigos, mas algo em mim diz que está faltando alguma coisa. Não sei explicar, é apenas uma sensação...

            Kim Taehyung e seus pressentimentos.

            - Existe de fato uma coisa faltando, sua melhor amiga.

            - Minna? – Okay, isso será mais difícil do que eu pensei.

            - Não, se chama Astrid e faz aula de biologia com você – Taehyung arqueou uma sobrancelha e me olhou confuso. – Você não precisa se lembrar dela imediatamente, só precisa saber que não foi ela que causou seu acidente.

            - Você só pode estar brincando! Aquela louca que causou meu acidente é essa Astrid que você diz ser minha melhor amiga? Que tipo de pessoa doente causaria o acidente de seu próprio melhor amigo?!

            - Tae – segurei seus ombros e fiz com que ele olhasse em meus olhos enquanto respirava fundo algumas vezes -, confie em mim, okay? Astrid não causou seu acidente, Astrid é sua melhor amiga.

            - Mas Minna disse...

            - Minna não é uma boa referência. Todos as pessoas dirão a mesma coisa para você quantas vezes perguntar. Astrid é sua melhor amiga, acredite em mim.

            - Eu... estou confuso, hyung. Me sinto vazio e estou aceitando qualquer coisa que me dizem porque eu sequer lembro de quem eu sou. O que eu posso fazer?

            - O tempo vai te ajudar a lembrar de tudo, Tae, e seus amigos também. Você tem a mim, tem Astrid, Yuri, Namjoon, Yoongi, Suni e Linna. Você nunca vai estar sozinho e não tem que se odiar por não lembrar muito bem das coisas. Só... descanse um pouco, logo vai estar se sentindo melhor.

            - Tenho um pressentimento bom sobre você, meu melhor amigo Park Jimin – disse com um sorriso de canto antes de eu sair da sala. Devolvi o sorriso esperançoso.

            - É, geralmente as pessoas têm.


Notas Finais


Okay... esse foi um dos capítulos mais tensos de se escrever, acho que doeu mais do que todos os outros, espero ter conseguido passar esse sentimento para vocês também. Parabéns pra quem acertou tudo até agora, as pontas soltas serão amarradas no capítulo seguinte, nos vemos lá então! :)


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