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História Estrelas do Céu de Abraão - Preparativos.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Antes do capítulo quero agradecer a @umaserumaninha que se esforçou para ler toda a fic, e sempre comentando, muito obrigada flor 👏❤ E dizer que nesse tem o desfecho do triângulo Lila, Nobá e Gael...
Grazi, minha leitora maravilhosa, pensei com muito carinho sim, e espero que você goste! Agora, vamos ao capítulo...

Capítulo 27 - Preparativos.


                         Assíria

—Senhora Nina. — sua dama a avisou discretamente.

Nina sentiu o coração disparar ao olhar para o outro lado do jardim do palácio, e avistar o soldado Marduk. 

Foi caminhando em passos lentos, até ele.

Planejava dizer tantas coisas à ele, mas ele a desarmou com o sorriso dele. Infelizmente não conseguia controlar o que sentia.

— Eu voltei para você. — disse Marduk, sorrindo.

Nina por sua vez, estava magoada com ele. E não cairia em sua conversa facilmente. Dessa vez não!

— Eu não sei o que te prendeu no meio daquele povo eremita. — começou, com raiva se referindo aos hebreus. — Talvez alguma mulher, aquela que você mencionou...  sua prima Esther.

Marduk não pensava em tocar naquele assunto, com Nina. Na verdade, não podia pensar em Esther tão cedo.

Não até ter poder o suficiente para fazer o que bem quisesse com ela. Estava certo e convicto de que esse dia chegaria.

Esther pertenceria à ele um dia.

— Eu estive um tempo no palácio filisteu. — Marduk de assunto. Agradecer nervosa.

— Piorou, junto de mulheres nobres? — questionou enciumada.

Nina era quase possessiva quanto se tratava de Marduk.

Sempre teve tudo o que desejava, para ela, as coisas eram assim, ela queria, ela tinha. Porque com ele, seria diferente?

— Até que tinha mesmo. —admitiu. — Mas nenhuma se compara à você. E o que aconteceu, não importa. É passado, o que importa é que eu estou aqui agora. E eu nunca mais sairei de perto de você.

Nina o olhava com desconfiança.

— Suas palavras não me convencem mais. Eu preciso de ações.

Marduk a olhou confuso, e arqueou as sombrancelhas.

— Ações!? — repetiu.

— Vai haver uma batalha contra um poderosos exército, o rei oferece a mim em casamento, ao homem que derrotar o gigante. — falou, calmamente.

Dessa vez, foi ele quem riu de nervoso e balançou a cabeça.

— Nunca lutei contra um gigante.

— E não vale a pena se arriscar por mim? — indagou, mas continuou antes que ele respondesse. — Sabe, Marduk às vezes eu tenho a sensação de que eu amo, e não sou amada.

— Isso não é verdade. — Marduk discordou dela.

— Prove. — Nina falou em tom de exigência. — Essa é a sua chance.

— Tudo bem, eu irei provar. Eu sou o melhor, princesa, confie em mim.

Se aproximou mais dela, e sussurrou:

—Será que podemos nos ver mais tarde? No mesmo lugar de sempre?

— Não.  Eu não quero assim mais. — ela falou incisiva.

— Sempre foi assim, proibido. Você nunca se importou, pelo contrário, até gosta.

— Mas eu estou cansada disso, do que adianta, afinal?  Só assim ficaremos juntos se for o vencedor da batalha,  caso contrário, eu me casarei com outro.

— Isso nunca. — disse Marduk, decidido.

—  Só depende de você, guerreiro Marduk.

Ela o deixou refletindo, e partiu para o interior do palácio com sua dama.

Marduk respirou fundo, pensativo.

Venceria quem fosse preciso para ser rei de toda Mesopotâmia, pensou.

                     ***

             Sul de Israel

— A família que me salvou. — contava Otniel.  — O senhor Elimeleque é primo de Salmon.

— Hebreus vivendo em Moabe? — estranhou Esther.

— Exatamente. Pelo mesmo motivo que muitos vivem em Hebrom. A fome, e a miséria em Belém. — reconheceu Quenaz.

— Eu queria muito conhecer eles um dia. — admitiu Esther, olhando nos olhos de Otniel. — Agradecer por terem salvado sua vida. Senão a gente não estaria aqui, fazendo planos para o nosso casamento.

— Por falar em casamento, eu acho que vocês tem que marcar essa data, logo. —comentou Adele, sorrindo. Fazer uma festa linda!

A tia de Esther, estava bem mais calma. O que poderia fazer? Apenas pedir que Deus o perdoasse, e que seu filho tivesse uma redenção.

— Os meninos estão ansiosos, até o Boaz. — Esther riu.

— O que acha que de fazer uma festa grande? — perguntou Quenaz. — Vocês merecem!

— Nem estou pensando, muito na festa. Eu só quero me casar, com o homem que amo. —  disse, segurando a mão do noivo. —E Deus abençoando o nosso amor.

— É isso o que mais importa, mas meu pai e sua tia tem razão. — Otniel concordou com eles. —Afinal,  eu vou me casar com uma princesa. Está decidido, vou falar com Eleazar, hoje mesmo. E iremos fazer uma grande festa!

                   ***

           Dias depois

— Depois do casamento de Otniel e Esther, eu voltarei para Manassés.  — iniciou Gael.— Meu pai virá com Tirda para a cerimônia, e partirei com eles, para Manassés.

Ele havia pedido para falar com Lila, prometeu que não a tocaria, apenas precisavam ter uma conversa definitiva.

Só assim teriam paz.

— O proibido sempre atraí, mas eu me decidir não vou mais atrapalhar a sua vida. Espero que se case com Nobá, ele te ama.

— Só posso pedir a Deus em minha orações que você seja muito feliz em sua vida.

Ela abraçou Gael, esperançosa de que a amizade com ele, nunca se perdesse. De que ambos mesmo separados, fossem felizes.

Gael se recordava da conversa com Lila, caminhando próximo as águas do Jordão.

Foi então que a viu.

Uma moça chorando descontrolada.

A moça era Ana. Assim como Gael, ela não sabia o que fazer. Fora prometida ao primo, anos atrás e poucos dias após o noivado, ele morreu.

Certo, ela sempre quis encontrar o amor por si própria, alguém que olhasse e soubesse que era ele, mas era obediente, aceitará aquela condição.

Todas as suas tias haviam se casado com seus primos para manter sua herança. "As filhas da herança" ela era  filha de Macla, e neta de Zelofeade.

Agora o que faria?

— Sei que essa não uma situação fácil, mas sorria, vamos para uma festa linda de casamento. — sua mãe Macla, havia dito.

Havia ido ao Sul poucas vezes, desde que deixou o acampamento em Gilgal. Otniel, filho de Quenaz, iria se casar, e sua mãe, e suas tias, foram convidadas.

— Shalom. —escutou alguém dizer.

Se desesperou, não queria que ninguém a visse chorando, mas era tarde demais.

Tentou secar as lágrimas, mas em vão. Elas continuavam caindo.

Olhou para quem havia se dirigido à ela. E percebeu que o conhecia. Era um rapaz de Manassés, como ela.

Gael... O achava tão parecido com ela, mas ele nunca — absolutamente nunca, falará com ela.

— Porque está chorando?

Ana não iria falar o que estava sentindo.

— Eu... Nós nos conhecemos? — desconversou ela.

— Sim, você se chama Ana, não é? É filha de Macla?

Ela assentiu.

— Lembra-se de mim? Sou Gael, filho de Haniel.

— Sim, eu lembro.

Ele parecia tão infeliz quanto ela.

— Você ainda não me disse porque estava triste, chorando. — insistiu Gael.

— Posso dizer o mesmo de você. — respondeu o surpreendendo. — Embora não esteja chorando, eu posso ver que também sofre.

Gael ficou em silêncio.

— Minha mãe sempre diz que independente de qualquer coisa, não devemos perder a alegria. É exatamente o que estamos fazendo. — lembrou Ana.

— Não vejo outra saída. — Gael disse, entristecido, e então notou que começava a cair algumas gotas de chuva.

Ana que sempre amou a chuva sorriu.

— Eu amo chuva, desde sempre. — disse a hebreia abrindo os braços.

— Eu gostava muito também. Ainda gosto.

— Está vendo estamos sorrindo. — ela comentou, alto devido a barulho da chuva que aumentava a cada segundo.

O verdadeiro motivo de estarem felizes era por terem encontrado um ao outro.

                            ***

Nobá descia as escadas de casa, assim que a chuva cessou, e avistou Lila. Se aproximou dela.

— Shalom, Lila.

— Shalom.

— Você quer falar com a Nira, não é? — perguntou.

Lila negou.

— Na realidade, eu vim falar com você.

— Comigo!? — ingadou, sem entender.

— Sim... — olhou nos olhos dele.  — Não adianta, Nobá. Eu e Gael nunca ficaremos juntos, jamais aceitaria ter que viver em outro lugar que não seja Israel.

— Quer dizer que não existe mais vocês?

Lila balançou a cabeça.

— Nunca existiu, mas nós dois existimos. Afinal, a lei diz que pessoas de tribo diferentes não podem ficar juntas, mas nada diz sobre hebreus e estrangeiros. Ou no nosso caso, uma hebreia e um estrangeiro.

Nobá ficou admirado diante das palavras dele.

— Onde quer chegar com isso, Lila? — perguntou, confuso.

— O fato é que eu amo você. — disse ela o surpreendendo. — Eu amo, amo sua companhia, suas conversas, sua determinação. Sua fé. Como eu posso não amar ser sua esposa?

Nobá olhava para ela, emocionado.

— O que quer dizer com isso, Lila?

— Eu sei que não mereço você, que desprezei todo o amor que você sente, por mim, mas eu gostaria que você soubesse que eu desisti de tentar ir contra as vontades, os desígnios de Deus.

— Você ainda quer se casar comigo, Nobá?

A resposta de Nobá, não foi um sim, e muito menos um não, foi um beijo apaixonado, que dizia mais que qualquer palavra.

                     ***

Milah e Nira faziam os últimos ajustes do vestido de casamento, no corpo de Esther. Desde a primeira vez, que viu ficou encantada, era ainda mais. bonito do que ela havia imaginado.

— Esse sem dúvidas foi o vestido mais lindo que a senhora já fez, minha mãe. — elogiou Nira.

— Nunca havia feito um vestido de noiva, estamos abrindo uma exceção para Esther. Por isso, eu quis caprichar, com sua ajuda minha filha.

— Mas também do jeito que Esther é bonita, nem é preciso muito. — Nira elogiou a amiga.

A senhora Milah riu.

— Um pensamento me ocorreu agora,   eu ia dizer que Esther parece uma princesa, mas ela é de fato.

— Sabe de uma coisa, até um tempo atrás eu achava que por ter sido princesa e por ser cananéia, eu nunca conseguiria viver essa fé.

— O meu primo me fez muito  mal, mas apesar de tudo, ele fez com que eu percebesse que tudo é uma questão de escolha. — reconheceu Esther.— É escolher servir a esse Deus maravilhoso,  ou não.  Eu escolhi servi-lo, somente a Ele.

— A senhora e a sua filha Raabe, são grande exemplos de fé. — completou.

— Fui curada de grave doença. — recordou Milah. — Pode haver um milagre maior que esse?

— Pois é, Deus é capaz de realizar grandes milagres em nossas vidas. — concordou Esther.

— É isso mesmo, você tem toda razão, Esther. — disse ela. —Protinho, terminamos, o vestido está perfeito para amanhã.

— Obrigada. A vocês duas, o vestido ficou perfeito!

                ***

— Saudades de Otniel? — perguntou Lila a Esther.

Era um costume nos casamentos hebraicos, os noivos não se viam nos sete dias antes da cerimônia.

— Um pouco. — ela respondeu. — Mas foi apenas uma semana. Depois de amanhã, teremos uma vida inteira juntos.— sorriu.

— Vamos dançar para comemorar. — disse Lila, e começou a dançar cantando um hino em hebraico.

— O que aconteceu? Por está tão feliz, assim, Lila?— desconfiou Esther.

— Eu sei o motivo. — Nira admitiu.

— Pelo visto, eu sou a única que não sei, não é?

— É que eu me decidi, eu não posso ficar desejando algo que eu poderei ter. — explicou Lila. —Por isso, eu e Gael conversamos, e o Nobá é minha escolha.

Nira que estava feliz pelo irmão, falou sorrindo:

— Ainda bem, que isso está resolvido. 

— Aos poucos as coisas vão acertando. — Esther refletiu.

As três caminhavam pela aldeia principal de Hebrom, onde o casamento aconteceria na tarde do dia seguinte.

— Vai ser uma festa grandiosa,  mesmo.  — Lila comentou. — Isso sem falar dos convidados,  os chefes de tribos,  famílias de todas as tribos,  e o Líder de Israel: Josué. 

— Pois é,  até o Josué.  — Nira suspirou pensativa, pensando no filho de Josué: Ezequiel. 

— Eu sei exatamente o que pensou,  minha amiga.  Mas se esses forem planos de Deus,  ele notará a moça maravilhosa que você é. — Esther a animou. 

— Do que vocês estão falando!? — indagou Lila,  confusa. 

— Nada demais. — respondeu Nira,  não querendo prolongar o assunto.  —  Quem importa hoje aqui é a nossa noiva linda. Sabe Esther, você merece tudo isso.  E muito mais. — Nira afirmou.

— Só quero ver se a senhorita vai cantar na festa. — disse Esther a amiga.

— Não.  Não me pede isso,  você sabe como eu sou tímida. — afirmou a irmã de Nobá.

— Mas eu quero ouvir você cantar, mais uma vez. — interveio Lila. — Você não vai recusar o pedido da noiva, vai?

Nira suspirou.

— Tudo bem, eu canto. Uma música.

— Otniel queria convidar a família de Elimeleque, mas ele não pode, afinal teve que fugir de lá. — contou Esther.

— Soube, por causa da esposa de Quiliom, uma adúltera, isso sim. De qualquer forma, Salmon disse que ainda vamos visitá -los, um dia. — comentou Lila.

— Não se pode ter todos os convidados que queremos. — falou Esther, e em seguida ficou pensativa.

Seus pais, a mãe de Otniel, não estariam. O fato é que seus pais nunca permitiram que ela se cassase com um hebreu.

Se Jericó não fosse destruída, não teria conhecido os hebreus, e essa fé linda e transformadora, sua tia nunca seria feliz de verdade, Seraías não existiria. E ela e Otniel nunca se conheceriam.

Ter sobrevivido junto de sua tia,  deveria ser um propósito de Deus. 

— Mas estou feliz que vocês estejam aqui. — ela abraçou as amigas. — Eu amo vocês, amo tanto!

— Vê se não vai sumir depois seu do casamento. — pediu Lila. 

Nira completou:

— Isso mesmo, não esquece da gente. Te amamos.

— Claro que não, estarei sempre por perto. — garantiu Esther. —Sempre.



Notas Finais


É isso, tá chegando a hora do #casamentoother, mas antes ainda, teremos um capítulo sobre os pais da noiva, capítulo Malési 💗


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