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História Estrelas do Céu de Abraão - Casamento.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Como prometido, aqui está o capítulo, antes do Natal, o grande dia chegou, casamento ❤❤❤

Capítulo 29 - Casamento.



Abriu os olhos aquela manhã, com os raios de sol adentrando o quarto, e com a certeza de que sua vida nunca mais seria a mesma.


Seria muito melhor dali para frente, mais completa, agora teria um futuro, que até então pareceu muito incerto. Finalmente, o grande dia havia chegado. Dia do seu casamento.


Em poucas horas, seria uma mulher casada, uma senhora. E se casaria com o homem que a amava.

Ela tinha certeza, amava Otniel.


Um sorriso insistia ficar em seus lábios. Nunca havia experimentado tanta felicidade!


Voltou a deitar, aproveitando a cama macia de seu quarto. Aquela havia sido sua última noite naquela cama, quarto, e casa.


Adele e Martha adentraram o quarto, felizes, minutos depois.


— Bom dia, noiva. — pronunciou-se Adele.


— Bom dia. — ela respondeu, sorrindo.


— Vai ser a noiva mais linda, que Israel já viu. — Martha falou. — Como você está se sentindo, minha menina?


Ela sorriu, e levantou-se da cama.


— Muito feliz, muito. É a realização de um sonho, que eu nem sab. — admitiu se aproximando das duas. — Eu fico muito feliz que vocês duas estejam aqui, nesse dia tão importante para mim.


—Nós vamos te ajudar, a ficar ainda mais maravilhosa para esse dia, tão especial. — avisou Adele.


Esther assentiu, sabendo que estava em boas mãos. O que seria de sua vida sem aquelas duas?


As horas da manhã passaram rápido demais, e depois de um relaxante banho na banheira, colocou o vestido e fez a maquiagem e o penteado.


— Está pronta.


Olhou-se o espelho, e o que viu foi o reflexo de sua felicidade.


— Com licença, Shalom. Posso entrar? 

— falou Quenaz, na porta do quarto.


— Claro que pode, meu marido. — concordou Adele.


— Eu quero falar com rainha do dia. — falou adentrando o ambiente. —Está linda,  Esther. Linda mesmo, exatamente como uma princesa.


— Vamos deixá-lo à sós. — sugeriu Martha.


— Claro. — Adele concordou de imediato.


— Shalom. — disseram antes de sair.


Esther virou-se para ele, ajeitando o vestido. Era branco, com detalhes em renda em marfim. Um vestido leve, simples e lindo.


Quenaz sorriu se aproximando mais dela.


— Estou imensamente feliz porque não é apenas meu filho que vai se casar, minha filha também. — falou de forma emocionada.


Esther queria dizer tantas coisas a Quenaz, mas nem sabia como começar. Um homem de tanta fé, que a ensinou tanto sobre o Deus de Israel, e sobre fé. Aprendeu tanto como jamais teria aprendido com os "sábios" cananeus.


Aprendeu o que era uma família, Quenaz, Adele e Seraías, era um exemplo de amor, verdade, união. Era uma família assim que queria construir com Otniel, vinha pedido ao Senhor, em suas orações que não falhasse.


— Tio... — começou e colocou a mão só a dele. — Bem,  eu sempre chamei o senhor de tio, porque casou a minha tia, irmã de meu pai, mas o senhor é um pai para mim.


— Eu também me sinto assim com relação à você. —revelou o pai de Otniel.


O patriarca já imaginava que aquela conversa seguiria um ritmo emocionado, habitual antes e após os casamentos. Prosseguiu:


— Deus me deu dois filhos homens, mas também me deu uma filha mulher, e ela tem me dado muito orgulho, a cada dia mais.


— Não queria chorar hoje, mas é impossível. — confessou Esther, já começando a secar as lágrimas. — Acho que todo mundo chora em casamentos mesmo, com a noiva, não vai ser diferente.


— Tem razão, mas se são lágrimas de felicidade, tudo bem, minha menina. — disse, colocando a mão sobre os ombros dela.


— É de felicidade sim, eu vou casar com Otniel, nós nos amamos. — disse. — É impossível eu não está feliz, plena.


— Que Deus lhe dê sabedoria para você seja uma esposa que esteja sempre ao lado de Otniel, o guiando, sendo seu porto seguro.

Ela suspirou.

— Que assim seja. — falou. — Acho que nunca agradeci, mas obrigado tio Quenaz. Por tudo.


Ela o abraçou, e percebeu que  nada que dizesse nunca seria o suficiente para agradecer a Quenaz, à tudo que o que ele fez à ela.


                        ***


Era numa tarde de quarta, como sempre acontecia os casamentos das donzelas de Israel.


Os convidados chegavam aos poucos, embora a maioria estive em Hebrom há alguns dias, porque a viagem era longa.


Convidados que vieram de todas as partes de Israel, de todas as tribos.


— Finalmente o papai vai se casar. — Hatate comentou com Seraías e Boaz,ansioso e animado.


— Você está feliz? — perguntou Boaz.


— Muito, não conheci minha mãe, e o papai sempre foi muito triste, mas o papai prometeu que passará maus tempo em casa, com a Esther e comigo.


— Minha prima está linda de noiva, eu a vi. —pronunciou-se Seraías. — Agora, vamos brincar.


Os três saíram correndo pelo local, entre risos.


Gael observou a cena com leve sorriso, lembrando-se de como era mais fácil, na infância, para ele, Lila e Nobá


— Como você está? — Kalu perguntou à Gael, ao vê-lo tão pensativo.


— Nada bem,  mas vou ficar. Não é a melhor situação, eu amo os dois. São meus melhores amigos, eu não quero perder isso nunca. Só posso pedir em minhas orações que sejam muito felizes juntos.


— Eu também não estou bem. Milah sempre diz que no fim, as coisas ficam bem... Espero que esteja certa, também amo alguem mas sei que não ficaremos juntos.


— Não podemos deixar de acreditar no amor, porque um amor de infância não deu certo. —        Shalom


Aproximou dos dois, que ficaram sem jeito ao perceber que era Gael, quem havia se aproximado.


— Shalom, meus amigos. — iniciou.


— Shalom, Gael. — disseram ao mesmo tempo.


Um silêncio surgiu, mas durou pouco, pois Gael foi dizendo, após alguns segundos:


— Eu só quero desejar que suas vidas sejam maravilhosas juntas, que construam uma família linda. Não posso dizer que ainda posso vê-los juntos e me senti confortável, eu estaria mentindo, mas vai haver um dia, onde tudo será mais simples. Sei que esse dia vai chegar.


Seus olhos se encontraram com o de Ana, que se encontrava junto de suas grande filha, muitas tias e primas.


Sempre que olhava Otniel e Esther, via a felicidade deles. Não parecia algo forçado, parecia real. E hoje eles estariam concretizando todo amor que sentiam.


Era exatamente disso o que precisava de um amor de verdade. E tinha a sensação de que havia encontrado em Ana.


                        ***


Otniel deixou sua casa, no inicio da tarde, acompanhado de alguns moradores dos campos de Hebrom, em uma carruagem para o seu casamento.


Seu casamento, nunca imaginou que se casaria mais uma vez.


No caminho fez uma reflexão sobre tudo o que havia passado em sua vida. Nunca acreditou que pudesse amar novamente.


Agradeceu a Deus, por ter preparado Esther para ele. Nada havia feito muito sentido, uma princesa cananéia,  vivendo entre eles, era atípico, mas ela sempre foi tão especial, sempre se esquecia que ela era uma estrangeira, para ele, Esther, era parte do povo de Israel, parte de sua família. E agora, seriam uma nova família.


Especialmente o dia, estava ainda mais belo. Uma chuva havia caído, horas antes, contudo, um arco íris atravessava o céu, e sol havia voltado a brilhar lindamente.


Iria recomeçar sua vida. Uma nova vida começando.


Assim que chegou notou, que todos se lembrava de Gilgal estavam ali, os chefes tribais, e até mesmo Josué, o atual líder de Israel.


Foi cumprimentado por muitos, mas toda a sua atenção se voltou quando seus olhos encontram Esther.


Naquele instante, tudo o que importava era ela, sua noiva, que em pouco minutos seria esposa, companheira para toda vida.


Para Esther, não foi muito diferente, quando o viu. Otniel trajava uma bela túnica vermelha. Seu sorriso era a coisa mais linda, ele foi buscar Esther, colocando o véu de cetim no rosto da amada, que sorria.


Caminharam juntos, até a Chuppah, onde se encontrava o sumo sacerdote de Israel, Eleazar, que iria realizar a cerimônia.


Era quase hora do pôr do sol, o que deixava a luz do sol, ainda mais belo.


— E disse Deus: Não é bom que o homem esteja sozinho. — iniciou-se o sumo sacerdote, Eleazar. — Por isso, um homem deixa seu pai e sua mãe, e une-se à sua mulher, e eles dois se tornam uma só carne.


Esther deu as sete volta, ao redor de Otniel, que representava os dias de criação do mundo, ao fim, parou se posicionando ao lado direito dele, para mostrar que estaria sempre ao lado dele.


Beberam um cálice de vinho, que simbolizava à vida. Em seguida, foi o parte central do casamento, a troca de alianças.


— Com este anel, te consagro à mim, conforme a lei de Moisés, e Israel. — Otniel pronunciou, colocando a aliança em Esther.


Depois foi a vez de Esther, colocar a aliança e repetir a mesma frase.


Os noivos ouviam as palavras de Eleazar, emocionados, após as bençãos, beberam mais um cálice de vinho.


Eles se beijaram diante dos convidados, foram aplaudidos. Estavam oficialmente casados diante de Deus, e de toda Israel.


                 ***


Anoiteceu, e a festa permanecia com muita música, e alegria.


Muitos dos convivados, parabenizaram os noivos, pela nova vida que começariam. Para Esther, sem dúvidas, o momento mais importante, depois de Quenaz e Adele, foi quanto Calebe e Noemi, se aproximaram.


— Eu posso não ter aceitado muito bem no inicio, mas posso ver a felicidade de vocês. — iniciou-se Calebe. —Não posso estar contra isso. Contra um amor, que fez Otniel desejar recomeçar uma nova vida.


— Bem vinda a nossa família. — Noemi desejou. — Pensando bem, você faz parte de nossa família, há muito tempo. — completou admitindo.


Esther guardou as palavras de Calebe e Noemi, em seu coração.


Ao fim da festa, partiram para a casa dele, agora deles, num cortejo final à cavalo.


Foram para casa de barco, e Esther amou está sob as águas do Jordão, naquele dia, tão especial de sua vida. A casa era somente deles aquela noite.


Tenho uma surpresa para você, lá em cima. —avisou, Otniel assim que chegaram.


Subiram as escadas da casa, de mãos dadas.


— Aqui está a surpresa. — ele indicou a porta. — Pode abrir.


Esther entrou no quarto,  ficou fascinada. Estava lindo, preparado para eles.


— Tem mais, ali. — avisou, olhando em direção, a janela.


Curiosa, ela caminhou até a janela, era como um varanda com um pequeno jardim.


Ficou alguns segundos observando a bela lua cheia, que fazia a noite ser mais clara, e as incontáveis estrelas brilhavam.


— Gostou, minha princesa? — quis saber Otniel.


— Se eu gostei? Eu amei! — respondeu. —

Sabe como eu sou contempladora de estrelas, e do céu.


Otniel sorriu e a abraçou.


— Ainda bem, porque eu dormia no quarto de baixo, mas nosso quarto será aqui. Assim você pode admirar as estrelas daqui.


Ela sorriu, e se virou para ele.


— Nosso quarto. — repetiu sorridente. — É tudo tão lindo, obrigada. Eu nunca vou me esquecer desse dia, nosso casamento, meu amor. Guardarei para sempre em minha mente, foi mais que perfeito.


Um silêncio se instalou entre eles, e Esther se sentiu completamente nervosa.


— Eu vou entrar, para me trocar. — avisou. —Tirar esse vestido lindo.


— Tudo bem.


Esther dirigiu-se a suíte do quarto, era espaçoso, e ela se enrolou na hora de tirar os botões, estava nervosa, Adele deu muitos conselhos a Esther, sobre o casamento, mas não a aconselhou muito sobre a noite de núpcias, apenas garantiu que Otniel saberia o que fazer. Ainda bem, porque ela não sabia.


Respirou fundo e saiu.


Enquanto isso, Otniel sentou na cama, estava se sentindo realizado. Nunca pensou que se casaria novamente, e agora estava ali, prestes a consumar seu casamento.


Ficou sem palavras, ao ver Esther, entrar no quarto com uma camisola branca. E levantou caminhando até ela.


Esther, colocou a mão sob o peito, em cima do coração. Estava acelerado, percebeu Esther, assim como o dela.


Otniel  a beijou delicadamente no princípio, as mãos delas se direcionaram para o cabelo sedoso do marido, amava o cabelo dele. Ele havia a beijado outras vezes, mas não daquela forma: apaixonada, mas havia muito mais, desejo, que despertou o desejo nela, de amar e ser amada.


— Esther, Esther, Esther. — dizia o nome dela em sussurros, repetidas vezes. — Eu quero sentir você toda, quero te fazer minha mulher. Confia em mim?


— Confio. Sempre confiei. — falou, totalmente segura.


Segundos depois, ele a pegou no colo, e a colocou com cuidado, na espaçosa de casal, a olhando nos olhos.


— Minha princesa, tão linda... — sussurrou, começando a retirar a camisola com delicadeza, e quando ele se encontrava abaixo dos seios, parou para observá-lá.


Não havia imagem mais excitante que aquela.


Ao olhar para Esther, seus olhos brilhavam como as estrelas, e encontravam-se em um tom próximo ao verde, devido as velas que iluminavam o local, e a respiração ofegante.


A boca entre-aberta, e os lábios levemente vermelhos e enchados pelos beijos que trocaram,  os longos cabelos rubros encaracolados esparramados pelo travesseiro, os seios redondos e totalmente ao seu alcance, Esther, instintivamente arqueou o corpo em direção à Otniel.


Sem hesitar, ele beijou o vale de seus seios, as mãos de Esther por sua vez, uma estavam em suas costas, arranhando levemente, e a outra puxando os cabelos.


Otniel não utilizou da mesma calma para se despir, como havia feito com ela. Os dedos antes gentis na camisola, agora se atrapalhavam com suas próprias vestes.


Esther lançou um olhar discreto ao peitoral dele. Não imaginava que ele fosse tão perfeito, tão lindo, completamente. Sua pele possuía um tom dourado fascinante.


Ela o tocou no abdômen, e Otniel  e sentiu o quanto ele estava quente, queimando de desejo.


Retirou toda a roupa, vendo o rosto de Esther corar. Deitou-se sobre ela, e Esther amou a sensação de pele com pele e mais nada.


Ele tinha muito auto controle e se sentia aliviado por isso. O desejo de fazer Esther sua de uma vez, de estar dentro dela, era enorme. Mas, aquela noite era dela, era a primeira vez dela.


Ele seria seu primeiro e único homem, porque ela era somente dele. Assim como ele era somente dela. Um pertencia ao outro,  para sempre.


Tinha que ser algo especial, para ela, prazeroso para ela.


Ele a beijou, no corpo todo, beijos carinhosos e apaixonados, e a cada toque e beijo de Otniel em sua pele, ela arfava levemente, ele ficou aproveitando os sons excitantes, da esposa que experimentava todas aquelas sensações, pela primeira vez.


Até que não suportou mais aquela deliciosa tortura, e separou mais as pernas da esposa, ficando entre elas.


Se colocou dentro dela lentamente, e ao mesmo tempo que ela proferiu um gemido de dor, ele gemeu de prazer.


Agora ela era sua mulher, de fato. O auto controle, permanecia, mas agora era muito mais difícil, ficou parado, por um tempo, as mãos passando nos seios, barriga, e os lábios junto do dela,  até que começou a se mover no interior dela,  e para Esther, aos poucos a ardência, foi dando lugar ao prazer.


Fizeram amor, apaixonados, enquanto Otniel dizia palavras doces, e o quanto a amava, e suas mãos passavam delicadamente pelo corpo de Esther, aquilo era muito mas que um contato íntimo, enquanto eram um só, era a certeza de que eles pertenciam ao outro, sempre, sempre.


Continuaram abraçados, o mais próximos que podiam. Tudo o que havia ouvido sobre cananeus e hebreus serem inimigos, foi em contradição. Para ela e Otniel, isso não importava, era apenas duas pessoas, que se amavam. Sem limites.


O amor era capaz de mudar o mundo. Unir povos, destruir preconceitos, era muito mais forte, que o ódio. O amor era chave para tudo, e o dia em que o mundo todo percebesse isso, não haveriam mais guerras.


Ela percebeu, naquela noite, percebeu o que o amor significava o amor entre um homem e uma mulher, verdadeiramente


Esther deitada sobre o peito de Otniel, antes de dormir, sentiu pela primeira vez, que estava em casa, em todos os sentidos. Porque amava e também era amada.




Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤
Quero desejar um feliz Natal para todos vocês 🎄 Volto com mais capítulo ainda esse ano, até logo mais 💕


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