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História Estrelas do Céu de Abraão - Início das lembranças de Elias.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Olá, cheguei com o primeiro da segunda temporada! E como prometido haverá as cenas Ruaz (Rute e Boaz) casal maravilhoso, que também está na capa do capítulo! Boa leitura.

Capítulo 51 - Início das lembranças de Elias.


Fanfic / Fanfiction Estrelas do Céu de Abraão - Início das lembranças de Elias.


                 Margens do Rio Jordão

Na época em que Tola era  o Juiz de Israel


— Estamos aqui hoje, para celebrar o amor. Sim, o amor deve ser sempre celebrado. E é exatamente por isso, que depois de tantos anos de casados Otniel e Esther decidiram renovar seus votos. — dizia o sacerdote Fineias.

Apesar das lágrimas, era um dia de muita alegria. Eram lágrimas de emoção, felicidade.

Elias recordava da renovação dos votos dos pais.

— ... depois desse segundo casamento, do qual todos os filhos estavam presentes, eu posso dizer que eles se amaram a vida inteira, mostrando que o amor realmente existe, envelheceram juntos.

Fez uma pausa, tentando conter a emoção.

— ... e essa é a história de meu pai, Otniel, filho de Quenaz, que foi o primeiro Juiz de Israel. 

Os olhos verdes de Elias, estavam marejados, era a primeira vez que contava a história tão integralmente.

As crianças, seus bisnetos e amigos, observavam em completo silêncio.

Elias não se lembrava de uma outra ocasião em que teve tanta aAinda mais de crianças, sempre tão ativas.

Nem mesmo na Núbia, quando contou as crianças cuchitas que ficavam perto do palácio, como Otniel derrotou o impiedoso e cruel rei Cusã-Risataim.

— Eu contei essa história, porque ela deixa uma lição que vocês, o futuro de Israel devem seguir. Na fé, porque...  Foi uma história de guerra, de escolhas, mas principalmente de fé. Não foi apenas com espadas que a mudança aconteceu, foi a confiança na ajuda de Deus. Israel venceu a Mesopotâmia porque a luta dos assírios era por poder, a dos hebreus era por liberdade... Bem, isso é tudo... — finalizou o ancião.

—  Mas como assim!? Já acabou? — Ana, uma de suas bisnetas, perguntou.

Elias achava extraordinário viver muito. Apesar de perder muitas pessoas que amava, via sua continuidade e de suas famílias, as gerações futuras.

— Tem uma continuidade, é claro. Quando um amor é forte, e dá frutos, que são os filhos, o amor nunca morre, nem mesmo na morte. Pela contrário, ele eterniza...

Elias decidiu que contaria tudo o que sabia. Mesmo sendo um ancião, ele se lembrava bem, dos relatos, das conversas, de tudo...

— Eu ainda morava em Hebrom na casa de meus pais, quando decidi que queria ir para a Mesopotâmia, mas precisamente para a província da Babilônia...

  10°ano do Juizado de Otniel

             Hebrom, Judá

— Ir para a Mesopotâmia?! — exclamou Esaú, para Elias. — Você também? Já não basta nossa irmã, Naomi.

— Sim, eu irei também. — confirmou Elias.

— Não sei... Uma terra de pagões, não me parece uma boa ideia...

— Acha mesmo que eu me deixaria levar pela idolatria? — Elias indagou ao primo.

— Certamente não, Esaú. Você não conhece nosso primo? 

— A única coisa que sei é que devo fazer essa viagem. Trarei minha tia avó Adele, comigo. — o filho de Otniel, respondeu decidido.

                            ***


Durante o jantar, Elias comentou com os pais: — Minha prima Naomi vai viajar para Babilônia, vai conhecer a sogra, Selima. Seu marido Hamurabi estava ansioso para rever a mãe, que está doente.

— Agora eu entendo porque que Iru não concordava tanto com esse casamento... — falou Otniel. — O problema nem era o fato de ser um estrangeiro, ele estava é preocupado que a filha fosse embora.

De fato, a filha de Iru e Melina se casou com um rapaz da Babilônia, um caldeu. Hamurabi, tinha o mesmo nome de um rei Babilônico, do império Paleobabilonico, esse monarca, criou o código de leis da Mesopotâmia, que leva seu nome, o código de Hamurabi.

Contudo, o marido de Naomi, não era um rei, muito pelo contrário, era um plebeu, era um escriba, que trabalhava na Biblioteca de Assur, no Norte, que acabou aceitando o convite de um amigo, de passar uma temporada enviando mensagens em diferentes reinos, como mensageiro, conheceu muitos lugares, outras culturas, mas nenhum lugar o encantou tanto quanto Israel, e foi em sua missão era entregar alguns papiros do rei Tiglate Pileser I, ao líder de Israel, o juiz Otniel, vivendo temporariamente em Judá, conheceu Naomi e se apaixonou.

— Não acho que ele ficará na Babilônia. — disse Esther. — Ele gostou muito de Irsael, aceitou nosso Deus, e os levitas precisam de um bom escriba como ele, que consegue ler qualquer papiro ou pergaminho.Em breve, ele vai voltar com Naomi.

— Espero que esteja certa, meu amor.— Otniel respondeu Esther, e logo voltou-se ao filho, que conhecia bem. — Agora, você tem mais alguma coisa para nos dizer, Elias?

— Sim, eu  sei que os caldeus, são um povo muito avançado. — começou Elias, para os pais. — E eu gostaria de passar uma temporada lá.

Otniel e Esther não tomavam decisões por Elias, ele estava com a idade de vinte e seis anos. 

Mas, como o filho respeitoso que era, que levava os dez mandamentos à sério, honrar pai e mãe, queria ter o apoio dos pais nessa importante decisão, queria a bênção deles, para partir.

— Desde que Alec, ou melhor Tiglate Pileser assumiu o trono, a Mesopotâmia não é mais um povo inimigo de Israel. — Otniel falou com tranquilidade.

— Mas volte para Israel, aqui é sua casa. — acrescentou a mãe, docilmente.

Elias olhou para mãe, Hadassa, de  cinco anos, estava ao lado dela.

Amava a irmã mais nova, eram dos irmãos, a mais próxima. Hadassa era a divisão perfeita dos pais. Belos olhos azuis como o da mãe, e cabelos loiros como o do pai.

—Mas iremos sentir sua falta. —completou sua mãe.

—Também, sentirei saudades, muita. — Elias suspirou. —De Yarin. E dessa pequenina aqui, Hadassa.

Hadassa sorriu para o irmão. E o abraçou. Era muito carinhosa, 

— Joabe, Lis... De todo mundo. — acrescentou. — Esaú e Jacó querem ir comigo.

— Para deixarem Melina e Iru, tão preocupados como nós. — começou Otniel, para depois completar:  — Espero que encontrem logo um amor, um motivo para querer ficar em um lugar.

Elias sorriu, não sabia porque seu pai fazia tanta questão de vê-lo casar. Isso porque ainda não havia encontrado o amor. O que sabia mesmo, era que sentiria saudades de casa.

                            ***


Desde muito jovem, Elias, gostava de viajar, mas era a primeira vez que saíra de Israel. E para uma terra que foram por curto período, lugar de escravidão para os Israelistas, Mesopotâmia. Estava na varanda de casa, observando os campos ao redor.

— Elias. — a mãe o chamou.

Ao virar-se, deparou-se com a mulher elegante e linda, Elias achava que ela estava cada vez mais parecida com Martha.

— Eu quero te entregar uma coisa muito especial, Elias. — disse a ele.

Era uma caixa de madeira, feita por Seraías, ele sabia, Elias a abriu esbanjando curiosidade.

— São três pergaminhos. Cartas que eu escrevi, para você e suas irmãs. — explicou Esther. — Quero que as entregue. —pediu. — Diga as suas irmãs para não abrirem imediatamente. Vai haver um momento certo, em que elas precisarão de uma resposta... O mesmo serve para você.

— Está certo, eu as entregarei. —ele garantiu a mãe. — E só abrirei a minha quando precisar de uma resposta.

— Isso mesmo.

Esther o achava lindo. Não só ela, Elias era mesmo um rapaz belo, culto e de muita fé. Mas ele ainda não havia se casado, sabia que faltava apenas encontrar um amor, 

Sabia que um dia encontraria a mulher de sua vida, e saberia.

— Agora me dá um abraço?

Elias abraçou a mãe, e ela disse a ele: — Boa viagem, Deus estará com você.

— Estará conosco.

— E quando encontrar Adele, minha tia, no palácio, espero que consiga convencê-lá em vir vê o Joabe, ele sente muito sua falta. Na verdade, ele era um bebê, nem se lembra.

— Certamente ela virá.

                         ***


Elias viu quando Yarin vinha em sua direção, a irmã era dona de uma beleza avassaladora, ruiva, olhos verdes marcantes, um sorriso extraordinário.

Yarin era bela, e existia nela, assim como nele, um desejo de conhecer outras terras, no caso dela, voltar a Mesopotâmia, onde viveu os primeiros oito anos de sua vida.

Elias temia que ela fosse seduzida pelos idólatras, nem todos tinham tanta força para manter fidelidade à Deus.

— Quero ir com vocês. — ela falou, decidida. — Eu, e Joana.

— Não, Yarin. Nossos pais não vão deixar. Nem os pais de Joana.

— E por quê, não? Por acaso não confiam em você? — ela o provocou.

— Confiam mas não vão deixar vocês sair assim para um reino, e...

— E?

— Esaú e Jacó, também vão, ambos apaixonados por você, e você não se decidi nunca, quer confundir ainda mais a cabeça deles.

— Calma,  meu irmão. Essa viagem será vantagiosa para todos nós, é uma chance de nos descobrimos.

— Se convencer nossos pais, você vai.


                    Belém de Judá

Já fazia dois anos que havia acontecido, mas Noemi se lembrava perfeitamente, e da mesma forma, que Rute cumpriu a promessa ao seu filho Malom, de não abandona-lá nunca, ela faria o mesmo com sua promessa a sua amiga Maria...

Noemi observava da varanda  Simone brincando com Obede e Jônatas, os dois filhos de Rute e Boaz, e também com Siom, um dos filhos dos empregados. Feliz, porque em parte, a promessa havia sido cumprida, a menina estava sendo muito bem tratada pela família, a outra parte viria quando crescesse mais. Noemi faria o possível para que um deles se casassem com Simone.

Simone sentia muita falta dos pais, da avó... A companhia, a amizade de Obede e Jônatas a alegrava um pouco.

— Muito obrigado, meninos. — agradeceu a pequena

— Pelo quê? — perguntou Jônatas.

— Pela amizade de vocês, é muito importante para mim.

Os irmãos sorriram.

Gostava de Jônatas, mas ainda mais de Obede.

"Um dia eu ainda vou casar com Obede" a menina sempre pensava.


Rute se aproximou de Noemi.

— Shalom, Noemi.

— Shalom, minha filha.

— Tão bom ver eles assim. Brincando, felizes. — comentou Noemi.

— É a melhor das sensações, a felicidade de filho. 

Rute se emocionou ao pensar sobre o passado.

— Ainda me lembro de quando cheguei aqui. Sem nada, e hoje tenho a minha família. Fiz o certo em confiar em Deus...

                  

Flash Back On

Logo que chegou a cidade de Belém com Rute, Noemi foi reconhecida nas ruas.

— Aquela não é a Noemi? — perguntaram as mulheres.

— Não me chame de Noemi. — corrigiu ela. — Me chame de Mara, porque o Todo-poderoso me encheu de amargura. Parti com as mãos cheias, e Deus me traz de volta com as mãos vazias! Não me chamem de Noemi, porque sou infeliz.

Chegaram a casa de Elimeleque, que ficará vazia desde que partiu para os campos de Moabe, seus filhos ainda estavam pequenos. Nada havia nas despensas.

Noemi sentou-se preocupada, como iriam sobreviver? Então, um pensamento à surgiu...  Noemi contou à ela que era lei em Israel, deixarem o resto da colheita para os foi então quando Rute decidiu-se ir recolher os restolhos de cevada, nos campos. Se despediu da sogra, e saiu.

                      

Boaz estava radiante. Seu pai Salmon deu à ele um campo de cevada, ele mesmo cuidaria de tudo por ali.

Seus amigos, Seraías e Hatate foram visita-lo em Belém, os três caminhavam pelo campo.

— Sentirei saudades de atuar como cavalheiro mascarado. Meu pai descobriu no último dia —  contou ele.

— E como Salmon reagiu? — quis saber Hatate.

— Depois da surpresa, ficou orgulhoso.

— Que Deus esteja com vocês. — Boaz disse aos cortadores que ceifavam por ali.

— Deus o abençoe. — eles responderam.

— Quer dizer então que meus dois melhores amigos vão se casar. — comentou com os amigos. —  Hatate será até meu cunhado.

— Agora só falta você. — lhe respondeu Seraías.

— Estou a procura de minha amada.

— Talvez já a encontrou e ainda não se deu conta de que é ela. — o amigo respondeu.

Boaz balançou a cabeça.

—  Tenho absoluta certeza de que ainda não a encontrei.

— E quanto a você, cuide bem de minha irmã.

Hatate sorriu ainda mais. Se casaria com Deborah.

— Pode deixar.

— Mas acho que meu pai meu deu essas Terras, com um propósito.

Boaz ficou em silêncio observando uma das moças, estava a alguns meses ali, e nunca tinha a visto. Ela não era uma das camponesas, estava catando os restolhos da colheita.

— O que foi, Boaz? — perguntou Seraías e então sorriu, e ver que ele olhava para a bela moça morena na colheita.

— Aquela moça ali. — falou encantado. — Eu nunca a vi por aqui.

Hatate a observou bem.

— Eu já a vi... Tenho quase certeza de que se trata da moabita Rute.

— Eu vou perguntar ao rapaz que fica sempre por aqui.

Se aproximou do trabalhador e perguntou:

— Quem é aquela moça?

— É uma moabita, que voltou com Noemi dos campos de Moabe, e me pediu para catar os restolhos das espigas. — o rapaz respondeu. — Ela chegou de manhã e está de pé até agora, sem parar um só momento.

Depois de ouvir essas palavras, Boaz se aproximou de Rute. Ela era uma mulher bela, e de fé de Deus.

Boaz se aproximou de Rute, se apresentou, e a instruiu:

— Não vá catar espigas em outro campo. Não se afaste daqui. Fique com minhas empregadas. Observe o terreno que os homens estão ceifando e va atrás deles.  Ordenei aos meus empregados que não incomodem você.  Quando estiver com sede, pode ir até as bilhas e  beber a água que os empregados tiverem trazido.

Rute estava incrédula com a bondade daquele homem.

— Por que está sendo tão bom comigo? Por que está dando tanta atenção para mim? Eu sou uma estrangeira.

— Fiquei sabendo tudo o que você fez por sua sogra, depois que você perdeu o marido.  Você deixou pai e mãe,  abandonou sua terra natal e veio viver no meio de um povo que você não conhecia. Deus lhe pague o que você fez. Que você receba uma grande recompensa de Senhor,  Deus de Israel, pois foi debaixo das asas dele que você veio buscar abrigo.

— Que eu mereça o favor que está fazendo por mim, Boaz. Me tranquilizou e me falou ao coração,  embora eu não seja nem mesmo sua empregada.

Rute fez exatamente como Boaz havia a orientado.

Boaz também pediu aos trabalhadores que não a importunassem, que a deixassem catar sem incomodá-lá.

À noite, quando sentou junto dos empregados, para jantar, chamou Rute:

—Venha cá. Coma do nosso pão e molhe o pão no caldo.

Assim ela fez, e foi inevitável a troca de olhares, eles se conheciam à  pouco tempo, apenas um dia, mas foi forte o sentimento que despertou entre eles, em apenas um dia.

E Boaz estava certo de que encontrou a mulher que seria mãe de seus filhos.


Meses depois, Rute havia voltado para casa, em Belém, na cidade, e estava morando com Noemi. 

Noemi estava pensando no futuro de Rute, ela era jovem, e queria que sua situação fosse melhor do que uma camponesa, não que não fosse digno, mas sabia que Boaz poderia resgatar as terras de seu falecido marido, Elimeleque, e mais que isso, Boaz poderia se casar com Rute, e seguir o levirato, deixando uma descendência para seu filho, Malom. Era leis de Moisés, resgate, e levirato.

Ela disse à Rute, o que ela precisava fazer.

— Vou fazer tudo o que está me dizendo, minha sogra. — respondeu Rute.

Voltou ao campo em Belém, e à noite, quando Boaz, já estava dormindo, foi até a eira, Rute entrou em sua tenda, e deitou aos pés dele. 

Boaz acordou ao meio da noite, com frio, e sentou-se a viu uma mulher deitada a seus pés.

— Quem é você? — perguntou.

— Sou Rute, sua serva. Estenda seu manto sobre mim, porque você tem direito de resgate.

Boaz entendeu que ela queria ser resgatada, se perguntou porque não teve essa ideia antes. Estava mesmo encantado por ela. Logo, se lembrou de algo que poderia mudar tudo.

—  Sei que tenho direito de resgate, mas há um parente mais próximo que eu.

Boaz sabia de um homem também de Belém que desejava comprar as terras de Elimeleque, ele tinha prioridade no resgate, pois era parente mais próximo, por isso, não aceitou o resgaste, de imediato. Mas tinha que confessar, estava apaixonado por Rute, mas poderia perdê-la para sempre.

Entregou a ela, um manto, e nele colocou vinte quilos de cevada. 

Rute voltou para casa com as sacolas cheias.


Assim que Rute chegou, Noemi quis saber da nora, o que havia acontecido.

— Como é que foi, minha filha?— perguntou a ela.

Rute contou a ela que tudo o que Boaz lhe disse, e acrescentou: — Ele me deu estes quilos de cevada, pois não achou que eu deveria voltar para casa, com as mãos vazias.

—Fique tranquila, minha filha. Você vai ver como tudo isso vai terminar bem: estou certa de que esse homem não vai.descansar. Garanto que hoje mesmo ele vai resolver a questão.

Assim que amanheceu, Boaz se reuniu com os anciões na cidade, e contou ao parente, a situação de que havia umas terras, a de Elimeleque, que poderia ser compradas.

— Muito bem, aceito resgatar. — o parente respondeu.

— Tem outra coisa. — continuou Boaz. — Comprando o terreno de Noemi, você está adquirindo também Rute, a moabita, mulher do falecido. Desse modo, a herança de Malom, continuará com o nome dele.

O hebreu ficou pensativo.

Por maior que fosse seu interesse nas Terras ele não estava disposto a realizar o levirato.

— Não posso fazer isso, porque eu acabaria prejudicando os meus herdeiros. Entrego o meu direito para você. Pode resgastar você o terreno, porque isso eu não posso fazer.

Tirou a sandália e entregou a Boaz, o acordo estava feito.

— Resgate você o terreno.


                                ***


Rute esperava ansiosa pela resposta que teria. Noemi, ao ver, Boaz com a sandália nas mãos, sorriu. Rute, porém, não entendeu. 

— E então? — quis saber ansiosa.

—  Está tudo resolvido, eu vou resgatar o terreno... E me casar com você, Rute.

— Deus seja louvado! — exclamou a viúva de Elimeleque.

Em seguida, Noemi saiu os deixando sozinhos.

— Boaz, eu nem sei o que dizer, obrigada, eu não mereço um homem tão bondoso...

— Uma estrangeira de tamanha fé merece toda bondade desse mundo. O que eu percebi é que meu coração estava a sua espera, esperando que você chegasse de Moabe.

Rute sorriu, emocionada com as palavras de Boaz, ele completou:

— Deus enviou você para Belém, para mim.

Então se beijaram completamente apaixonados.


                                 ***


Noemi olhava emocionada Rute vestida de noiva. 

— Você poderia ter um vestido novo e mais bonito, mas quis se casar com o mesmo vestido que eu. — ela disse a nora.

— E porque não? Está lindo o seu vestido, só precisa de alguns ajustes.

— Tem razão, ficou ainda mais bonito em você. — Noemi segurou as mãos da Rute. — Rute, querida, eu não tive filhas, apenas filhos, mas Deus me deu filha do coração, você.

— E a senhora é como uma mãe para mim. Eu perdi a minha muito cedo, fui criada por meus tios. 

— Obrigada, Rute. Por não ter me abandonado. Nem mesmo quando eu  insisti para que ficasse em Moabe.

— Foi a coisa mais certa que fiz na vida, eu não tinha nada, mas não estamos mais desamparadas.

Flash Back Off


— E desde que se casaram, Deus tem abençoado à vida de vocês. Que família mais linda. 

As palavras de Noemi, tinha muito há ver com o que Rute estava vivendo, ela contou à ela:

— Noemi, eu estou grávida, novamente.

— Deus seja louvado! É mesmo abençoada por Deus. Parabéns. — Noemi . — Boaz, já sabe?

— Não, confirmei hoje, contarei à ele. 

— Ele está vindo. — Noemi a avisou.

Boaz veio dos campos, parou um pouco com as crianças, depois subiu até a casa grande.

— Sobre o que as duas conversam? — perguntou.

Ambas sorriram.

— De homem extraordinário que você é, meu amor. —Rute respondeu.

— Eu vou tecer, um pouco. — Noemi disse, e saiu os deixando sozinhos.

Boaz olhava para a esposa, apaixonado.

— Porque está tão alegre, hoje? Você está sempre sorridente, bela, mas hoje está com um brilho a mais no olhar. — percebeu ele.

— Porque você me faz a mulher mais feliz.  — Rute respondeu. — Mas sim tem outro motivo tem muito a ver com nós dois. — Você será pai mais uma vez, Boaz. Estou grávida.

— Nossa família vai aumentar. — Boaz disse, emocionado. — Cada dia eu sou ainda mais feliz ao seu lado, Rute. Com você eu sou um homem completo.




Notas Finais


Elias ancião, e pensar que eu o escrevi um bebê :') Já aviso que Hadassa, Joabe e Lis são os xodós da fase I <3 E Yarin toda decidida. Será que ela vai mesmo na viagem? E quais surpresas o aguardam nessa viagem para Mesopotâmia? Como prometido, as cenas Ruaz aí, espero que tenham gostado e dos filhos do casal também, Obede e Jônatas. E Rute está grávida novamente! Até o próximo, gente, vamos ter dois reinos agora, Império Assírio e Reino da Núbia, e tem novos personagens originais chegando...                                    


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