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História Estrelas Perdidas - Crepúsculo


Escrita por: AnaCosta

Notas do Autor


Olá Estrelinhas, boa noite!

Eu sei que já tivemos "O Limiar da Escuridão", mas agora teremos "Crepúsculo", não somente porque vai rolar um KaiSoo mágico ao pôr do sol, na beira do mar, mas também porque os servos de Gornothy vão começar a fechar o círculo do mal ao redor de Arcadhy. ( Me perdoem pelos momentos hot monótonos e quase repetitivos, é que eu tenho pouca imaginação sobre isso kkkk )

Este capítulo tem acontecimentos paralelos aos acontecimentos do ultimo capítulo, apenas no fim acontece uma cena mais atual entre Luhan e o pai, verão pela data no começo da página, eu precisava mostrar o que havia acontecido com os outros dois casais de gatos e peixes neste tempo assim que os alfas voltaram de Helgir-Malesh.

Sehun terá surpresas hahaha.

Beijinhos a todos, obrigada por acompanhar a fic.

Leiam e divirtam-se, volto na sexta-feira com "O Segredo da Ilha".


(^.^)

Capítulo 37 - Crepúsculo


Fanfic / Fanfiction Estrelas Perdidas - Crepúsculo

 

 

 

09 de Novembro do ano do Criador...

 

Outono...

 

O alfa entrou no quarto do ômega mais uma vez, elegante em sua farda acadêmica, o belo rosto endurecido pela desobediência do outro, mas também estava preocupado com o ômega que demorara para acordar depois da viagem de Minseok à Terra, dos três, o que menos havia perdido energia nesta empreitada era D.O., que por enquanto seguia bem.

Lá fora o planeta inteiro comemorava o aniversário do futuro imperador, dentro do castelo de Alcyon, nos quartos, os ômegas em observação descansavam de sua desobediência. A peregrinação de Minseok às estrelas fora afetada por estes dias, o ômega não conseguia despertar por estar muito debilitado da viagem. Três dias haviam se passado desde que haviam regressado do reino gelado, Luhan tentava recolher seus pedaços, mas era fato que não conseguiria tão cedo.

Para alivio de Sehun neste momento, Yixing estava acordado, lembrava-se de que precisavam conversar, havia um assunto pendente desde que esteve em Helgir-Malesh.

- Disse que tinha algo a me dizer em nossa conversa pelo comunicador quando estive no reino de meus pais, mas pelas turbulências dos últimos dias não tivemos tempo para conversar direito – Sehun falou ao se aproximar de Yixing que deitado em sua cama, no castelo dos pais de Luhan, por segurança, recebia por meio de tubos e agulhas do extrato extraído das Rosas Sagradas nas veias. O ômega apenas perdia energia descontroladamente, era preocupante, tudo o que ele repunha com o extrato extraído das Rosas Sagradas e das Maçãs Douradas, ele perdia novamente em seguida.

- Tenho algo a te dizer – Yixing falou calmo, não se desesperaria, sabia que apenas pioraria a situação – Senta aqui – ele chamou Sehun para se sentar a seu lado na cama. Sehun o olhou firme, um olhar de desaprovação pelo que o ômega havia feito, mas não se negou, estava morrendo de saudades. Aproximou-se da cama e se sentando ao lado do ômega o abraçou inesperadamente.

- Por que meu amor, porque está gastando mais do que os outros? – o alfa falou demonstrando toda sua preocupação - Disseram-me que corre risco de entrar em colapso por perda de energia... – Disse tentando parecer mais calmo sentindo o coração de Yixing bater, a respiração pesada, cansada.

- Não perdi mais do que os outros, perdi apenas o mesmo que Minseok perdeu. Não quero te assustar meu amor – Disse Yixing fechando os olhos e sentindo o corpo de Sehun depois de dias intermináveis para ele. O corpo do príncipe do gelo era quente e acolhedor.

- Me assustar. Por quê? – Sehun perguntou mais preocupado do que já estava afastando-o de seu corpo para olhá-lo nos olhos.

- Lembra-te que eu te disse que havia começado a falar com nosso bebê?

- Sim. Há algo de errado com ele? – Sehun perguntou consternado.

- Não se preocupe, tudo está bem – Yixing sorriu para lhe acalmar.

- Então o que aconteceu? – Sehun continuava da mesma forma.

- Você disse que precisaríamos muito de nossas mães quando ele nascesse. Se lembra?

- Sim – Sehun perguntou confuso.

- Precisaremos delas em dobro – ele respondeu, o cérebro de Sehun trabalhando rápido, os olhos se arregalaram ao máximo.

- São dois? – ele conseguiu perguntar, a boca permanecendo aberta em surpresa.

- Sim – Yixing respondeu com um tímido sorriso amarelo – Um elfo e uma ninfa. Lindos como você – ele respondeu e mostrou atrás de Sehun, sentados confortavelmente na poltrona de descanso, duas crianças élficas que aparentavam ter três anos, ela com cabelos negros como Yixing, ele com cabelos brancos como Sehun, lindos e sorridentes olhando para Sehun, com os olhinhos brilhantes cor de âmbar, como o pai, enquanto balançavam as perninhas curtas.

Yixing viu Sehun despencar sobre a cama, desacordado após sorrir abobalhado para as duas fofuras na poltrona.

Teria rido se não tivesse ficado preocupado. Aí estava a explicação para sua perda de energia constante além de ter que alimentar os outros onze guardiões com sua energia.

 

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Nos dias que se seguiram, imediatamente, Leeteuk e Alcyon, com a ajuda dos reis continentais, seus fiéis aliados, uniram milhares de guerreiros combatentes, atiradores, espadachins, arqueiros e seguiram em marcha para o topo das montanhas sagradas, as montanhas brancas e geladas de Helgir-Malesh.

Armas foram erguidas, espadas empunhadas, a batalha foi cruel, mas necessária contra o inimigo, skrulls, licantros, vampiros, e uma quarta espécie que eles desconheciam, não eram híbridos das raças presentes como Baekhyun e Torrefee haviam dito, os híbridos de licantros com vampiros, resultado de experimentos genéticos presentes no planeta eram apenas cinco e diferentes das raças originais.

Algumas vidas élficas foram sacrificadas, mas o inimigo foi completamente exterminado na batalha que durou apenas seis dias, o sangue derramado manchou a montanha de vermelho e preto, mas os que se foram, foram em consciência de que partiam por um bem maior, iam em direção ao paraíso, onde as belas cores, os deliciosos aromas, os agradáveis sons, os belos sorrisos e ternos toques eram mais nítidos, eram mais claros, mais perceptíveis. Iam em direção às cidades eternas, concretas no amor do Espírito do Criador, onde não havia mais dor nem necessidades, onde eram todos irmãos, e não havia uma só boca que não louvasse ao Criador. Com o espírito de criança e a juventude eterna, iam em direção às montanhas verdejantes e praias de areias branquinhas, por uma infinidade de mar e céu azul, onde se podia correr e voar eternamente, eles sabiam que a morte apenas os separava dos vivos por um tempo, mas não era o fim, se encontrariam muito em breve e estariam em comunhão com o Criador e sua criação.

A morte não é boa porque separa, mas também une, e a morte élfica é apenas o começo de uma nova e emocionante jornada, talvez a mais importante de suas existências, a definitiva onde poderiam conviver com seus eternos e permanecer no infinito debaixo das acolhedoras e paternas Asas do Criador.

A montanha sagrada fora completamente limpa dos invasores, os mais jovens não foram envolvidos, como sempre, era obrigação dos pais cuidar dos filhos e obrigação dos filhos respeitarem seus pais, os mais jovens não souberam, a montanha havia sido resgatada, e com a ajuda de Suho e de Tao que completamente recuperado de suas enfermidades os ajudou a selar definitivamente o portal que trouxera os inimigos à montanha. Mesmo assim, sentinelas permaneceram no local para o caso de uma reincidência e os olhos dos reis se voltaram para todos os continentes, para o caso de uma nova possível invasão, tudo seria monitorado, vigiado, os túmulos dos demônios adormecidos, a cripta onde os restos mortais de Gornothy permanecia desde milênios atrás.

Embora soubessem que o crepúsculo havia chegado, tudo estava em calma, os reinos, o planeta, a galáxia.

 

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Depois de dias trancafiado no castelo de Alcyon recebendo os conteúdos de estudos teóricos da Academia para estudar assim como Yixing, D.O. conseguiu despistar os sentinelas que faziam sua proteção e se arriscando um pouco conseguiu pegar uma moto flutuante da guarda e a pilotou o mais rápido que pode, foi em direção à autoestrada terrestre, não suportava mais o jeito frio como seu alfa o tratava, Jongin não o tratava como Luhan fazia com  Minseok quando estava acordado, mas estava diferente, não era bem frieza da parte do alfa, era mais uma preocupação exagerada e um leve mau humor.

O ômega foi em direção ao Pico Nevoento, sabia que Jongin era como Yixing quando estava nervoso, sufocado, com certeza ele estava no mar lá em baixo.

O ômega estacionou a moto no alto do pico, as roupas de Jongin não estavam ali. Ele desceu da moto, usava calças, camisa, jaqueta e bota, pois embora Alcyon e sua família tentassem manter a temperatura da cidade um pouco mais quente no litoral, o frio do outono já se misturava com o frio do inverno que se aproximava. Como conhecia seu alfa, D.O. sabia que frio não era problema para Jongin, não era problema para que ele pudesse mergulhar nas águas do mar transformando-se em tritão e nadar por horas.

D.O. olhou lá embaixo, ativando os poderes da luz que lhe servia, melhorando sua visão infinitamente para observar dentro do mar, bem lá no fundo, ele viu Jongin, o alfa estava transformado, a cauda cor de vinho como seus cabelos cintilava com o brilho do sol da tarde que adentrava desde a superfície. Sorriu, ali dentro seu alfa parecia confortável, livre, feliz, longe das preocupações que ele e sua sina lhe acarretavam. Amava observá-lo, principalmente estes dias, ele e os outros alfas se dedicavam mais aos treinos com espadas e outras armas, como se seus pais fossem realmente permitir que eles fizessem parte de alguma guerra um dia. D.O. sabia que a eles não seria permitido pegar em armas, a não ser que fossem obrigados a isso nos abrigos para onde seriam enviados quando a guerra grassasse por toda a face do planeta.

Deixaria Jongin nadar um pouco mais antes de ir confrontá-lo com sua doçura. O alfa não lhe tratava mal de forma alguma, mas havia deixado claro que não havia gostado nada, nada do ômega ter lhe escondido os planos entre ele e os outros ômegas, deixava claro sua insatisfação e preocupação por todos, principalmente por seu eterno e a princesinha que carregava no ventre.

D.O. não queria ter chateado ao alfa, não era costume lhe esconder as coisas, apenas os assuntos da profecia, mas não podia contar-lhe a loucura que fariam. Respirou fundo ou vê-lo nadar em direção à superfície, a uma rocha ainda afastada da praia, Jongin ergueu os braços e se apoiando na rocha em um impulso se sentou nela, sua bela calda brilhava de longe refletindo a luz do sol. D.O queria estar com ele, pedir-lhe desculpas mais uma vez e não podia esperar mais, e Jongin não parecia querer deixar o mar nem a rocha tão cedo.

D.O. ainda não voava, não tinha idade para isso, mas podia flutuar com a ajuda da luz que o servia, invocando a luz de Astra, seu corpo iluminou chamando a atenção de Jongin para si. De onde estava sentado na rocha Jongin viu o ômega flutuando do alto do penhasco até ele, na rocha.

- O que faz aqui? – ele não perguntou furioso ao ver o ômega pousar na rocha, suas palavras secas pareciam mais preocupação por ver o ômega chegar sozinho, por causa do vento frio. Deixou de olhá-lo nos olhos e se virou para o horizonte.

- Precisamos conversar – D.O. respondeu se sentando ao lado dele sem cerimônias. Não se olhavam nos olhos, contemplavam o horizonte onde o sol começava a baixar, em breve ele iria se por.

- Quem o está acompanhado? Ou vai me dizer que fugiu do castelo? – Jongin sorriu amargo enquanto D.O., bobo, apenas observava a cauda brilhante do alfa, achava tão lindo aquelas cores misturadas com o brilho do sol brincando sobre elas. Jongin percebeu, sorriu discreto sem que o outro visse, D.O. era igualzinho a Yixing, e pelo que havia percebido era igual a Minseok e Baekhyun também, distrair-se com brilho era definitivamente uma característica ômega.

- Estou sozinho...

- Agora que aprendeu...

- Vim pedir-te desculpas, mais uma vez...

- Pediu uma vez, é o suficiente – Jongin disse, ainda olhavam o horizonte.

- Mesmo assim, sinto como se você não tivesse me perdoado – disse o ômega e Jongin o sentiu murchando, a luz que o rodeava apagando totalmente – eu te expliquei o porque fizemos o que fizemos...

- Não há o que perdoar, eu já entendi o que fizeram e por que fizeram... Eu apenas tive medo de te perder... Quando soube o que haviam feito... – Disse o alfa virando-se para olhar nos ternos olhos do ômega e seu coração derreteu quando os viu. Tinha tantas saudades, o abraçou repentinamente fazendo com que D.O. sorrisse encostando a cabeça em seus ombros molhados – Não devia estar aqui, está frio.

- Não faz mal, acredite, me faz mal que estejas afastado de mim, que não me abrace, que não me beije... Sinto tua falta – sorriu respirando o perfume do alfa, ele percebeu, sorriu.

- Gosta de cheiro de peixe? – sorriram.

- Seu bobo, cheiras a rosas... – se afastou para olhar nos olhos de Jongin – me levarias para mergulhar contigo agora?

- A água está fria.

- E eu estou quente – D.O. respondeu se afastando minimamente para retirar a jaqueta que usava, Jongin permaneceu apenas olhando, D.O. retirou as botas, a camisa e se ergueu para retirar a calça permanecendo apenas com a roupa íntima. Abaixou-se na altura do tritão, beijou-lhe os lábios, apenas um demorado selinho para matar as saudades – Posso nadar contigo? – ele perguntou e antes que Jongin respondesse se jogou nas águas do mar obrigando o tritão a segui-lo.

Jongin sorriu, D.O. era muito bom na natação e como ômega podia se adaptar muito bem a qualquer situação, isso facilitou para que ele pudesse respirar dentro da água e aproveitar por mais tempo o passeio aquático com Jongin. Não era a primeira vez que faziam aquilo no mar perto do Pico Nevoento, mas era como se fosse, talvez pelas saudades que sentiam um do outro pela vontade de estar juntos sem o incômodo que ficou depois que os alfas regressaram de Helgir-Malesh.

Dentro da água salgada, o alfa levava o ômega por entre as rochas submarinas, as algas, os cardumes de peixes exóticos e coloridos que os acompanhavam, às vezes D.O. se distraia com alguma criaturinha curiosa e brilhante, com os tons e o brilho que elas tinham e ficavam quando a luz do sol que se punha tocava nelas, o crepúsculo chegava de mansinho, colorindo o céu em tons gradientes, entre o azul do dia e o escuro da noite, amarelo, vermelho, laranja. A água estava fria, mas tudo o que D.O. conseguia sentir eram as ondas de calor que o corpo do alfa enviava para ele. Sorriu quando viu Jongin colher uma flor marinha de aspecto peculiar que mais parecia uma estrela do mar e prendê-la em seus cabelos curtos que cresciam lentamente em direção aos ombros e em breve certamente estariam longos, prontos para serem colhidos mais uma vez.

Sorriu novamente, aproximou-se do alfa oferecendo-lhe os lábios vermelhos e cheios como um coração, Jongin não resistiu, beijou-lhe com saudades, com pressa e impulsionando seus corpos para cima, emergiram abraçados flutuando nas águas, suas respirações mudando de compasso, afastaram-se entre sorrisos em busca de ar. Olharam-se nos olhos.

- Te quero – disse o alfa ao pegar o ômega no colo e fazendo com que as águas do mar o obedecessem elas os levaram em uma onda particular até a praia, antes de pousar nas areias, um bolsão de água se jogou sobre elas formando uma pequena piscina que não permitiria que seus corpos tocassem nas areias. Pousaram na piscina de águas transparentes, o alfa com o ômega sentado em seu colo.

- Aqui? – O ômega perguntou preocupado – Alguém pode nos ver...

- Não aqui – o alfa sorriu erguendo uma mão, lançando uma magia do tempo sobre eles.

- O que você fez?

- O mesmo que eu fazia quando descobrimos o que era um beijo de língua – ele disse e D.O. gargalhou se lembrando do que aprontavam pelos corredores e jardins da Academia quando queriam se beijar sem ser pegos. Uma magia do tempo que os deixava invisíveis e afastava as criaturas de onde estavam – Ainda que ir para o castelo? – o alfa sorriu com a descontração do ômega.

- Eu quero ficar – D.O. respondeu puxando o ainda tritão para que o beijasse, caíram deitados sobre as águas que os impedia de tocar na areia, Jongin sabia que a areia incomodava muito às vezes, não era nada romântico e ele queria que D.O. tivesse apenas o melhor. D.O. queria o melhor e este melhor era Jongin, o desejava imensamente a dias e os beijos do alfa lhe despertavam agora de forma íntima e nada lenta.

Olharam-se nos olhos com ternura enquanto o brilho alaranjado do céu ainda se fazia presente, mansamente dando espaço às estrelas. Como Jongin havia dito, ninguém os veria mesmo sem a magia do tempo, a praia estava deserta, era apenas eles e a natureza ao redor, seu habitat. Desde que havia voltado de Helgir-Malesh, Jongin se negava a tocar no ômega, pois além do medo de machucá-lo estava chateado por tudo o que ele havia feito em segredo, mas agora, olhando nos doces olhos de D.O. não poderia culpá-lo por nada, sabia que embora quisesse protegê-lo e mantê-lo longe dos perigos que o rondavam o ômega era uma criatura forte e livre, e esta era sua beleza. Voltou a beijá-lo com urgência, escorregando as mãos por debaixo do corpo de D.O., adentrando sem pudor algum na roupa íntima que ele ainda levava no corpo. Apertou-lhe sem cerimônias as nádegas perfeitas, avantajadas e durinhas, macias como a seda, sua perdição, Jongin perdera as vezes que se imaginara noites a fora mordendo-as, apalpando-as de diversas formas, agora, podia fazer sem medo.

Deitado sobre o ômega Jongin fez com que sua bela cauda de tritão desaparecesse dando lugar às longas pernas torneadas e D.O. também pode sentir o quão excitado estava o alfa, quanta pressa, quanta urgência tinha. Jongin ergueu-se minimamente para deslizar pelas pernas do ômega a ultima peça de roupa que ele usava, jogando-a não muito longe, estavam nus, apenas eles e a imensidão ao redor, ninguém os veria, apenas as luas e as estrelas seria testemunhas de seu amor sobre as águas, sobre as areias da praia.

Jongin voltou sobre o ômega, observando cada pedacinho de pele que o cobria, subiu a mirada dos pés à cabeça de D.O. admirado de sua beleza, de sua delicadeza, sabia que não o machucaria, sua mãe havia lhe explicado sobre isso estes dias, fora constrangedor, mas estava imensamente agradecido pela explicação, pois agora não poderia mais adiar o que era desejo dos dois. Olhando nos olhos do ômega que também o observava com os olhos cheios de carinho e desejo desceu até seus lábios, o beijou com calma, em um ritmo sensual despertando mais uma vez os desejos que os atormentavam, o sabor dos lábios do ômega era delicioso como ele se lembrava, como se ele tivessem sem se beijar por anos.

Enquanto seus lábios deslizavam pelos lábios do ômega e sua língua adentrava a boca do outro sentindo a maciez delicada, mordendo e chupando o lábio inferior, as mãos de Jongin também não resistiram em tocar o ômega com mais intimidade, segurou D.O. pela cintura, suas mãos fortes e firmes o apertando, aproximando ainda mais seus corpos. D.O. também estava cheio de saudades e derretido pelo alfa agora tão perto, perto demais, suas mãos que seguravam os músculos definidos dos braços perfeitos de Jongin escorregaram por toda extensão indo até as costas dele, apertando de leve, sentindo a pele molhada e levemente arrepiada pelo frio e pela brisa que soprava com a chegada da noite.

Jongin se afastou do ômega um pouco, o olhou, o ômega parecia perdido em sensações deliciosas, mas abriu os olhos quando o alfa não voltou a beijá-lo. Jongin passou uma mão pela bochecha de D.O. que na visão do alfa estava absolutamente delicioso com a boca entre aberta, a respiração pesada e os olhos cheios de desejo. Jongin queria olhá-lo nos olhos quando se impulsionasse para dentro dele mais uma vez, e seria logo, D.O. também queria.

Olhando profundamente nos olhos do ômega Jongin separou suas pernas com cuidado, posicionando-se no meio delas, sentindo seus corpos se tocarem sem barreiras, D.O. ofegou com o contato que tanto desejava, impulsionou os quadris para cima para ter mais do alfa, para mostrar que também o desejava, o queria imensamente, lembrava-se da primeira vez, a sensação que logo viria, antes do prazer incontrolável, não lhe agradara muito, sentira muita dor na primeira vez e sabia que seria assim ainda por um bom tempo, mas era o que queria, estava decidido, gemeu com os movimentos que Jongin fazia sobre ele antes de se conectarem e não teve tempo de pensar em mais nada os sentir como Jongin se impulsionava para ele, abrindo-o, entrando lentamente.

D.O. mordeu os lábios, franziu a testa, como imaginara a sensação inicial fora a mesma da primeira vez, uma ardência um pouco menor, mas estava ali o desconforto. Percebendo o alfa se impulsionou até o fim e permaneceu imóvel sobre o ômega, ainda olhando em seus olhos.

- Vai passar – ele disse sobre a dor, já havia lido sobre isso em alguns arquivos sobre reações de corpos de ninfas e ômegas. Sorriu para D.O., ainda em inércia limpou uma lágrima que deslizou do cantinho de um dos olhos do ômega, beijou-lhe a face com delicadeza, as bochechas, a testa, até ver as ruguinhas dela desaparecerem, sabia que seria assim por inúmeras vezes até que seus corpos se adaptassem um ao outro por completo, D.O. sentiria dor ainda por um bom tempo – Te amo – ele disse com um sorriso, D.O. sorriu com um suspiro conformado.

- Também te amo – ele sorriu tentando se acostumar com a sensação de invasão, era muito estranho, e ao mesmo tempo trazia tanto prazer, não sabia explicar.

- Tudo bem?

- Sim.

- Quer que eu pare? – Jongin perguntou, pedindo em silêncio para que o ômega quisesse continuar.

- Não – ele sorriu amarelo sentindo como a ardência inicial passava, sentindo como delicadamente Jongin começava a movimentar seu corpo de forma ritmada. D.O. suspirou fechando os olhos, rendendo-se mais uma vez aos toques do alfa, aos beijos... Jongin permaneceu cuidadoso e lentamente entrava e saia do corpo do ômega, sentindo como ele se tornava relaxado e entregue, sentindo que poderia ousar um pouco mais. Sorriu quando D.O. pediu com um gemido arrastado – Mais rápido – e aumentou a velocidade das investidas, sentindo como seus corpos suavam e seu suor se misturava com a água debaixo deles.

A dor esquecida, D.O. se permitiu também tocar seus amado, apertando-o forte nas costas, abandonando seus lábios lambendo seu pescoço até o ombro onde cravou os dentes ouvindo Jongin gemer em seguida, não de dor, de prazer, os dois sentiam que não demoraria até chegar ao fim, D.O. sorriu ao ver as estrelas sobre eles, sentia-se derreter como larva quente quando Jongin fazia o mesmo que ele havia feito, mordia seu ombro delicado, como se quisesse deixar marcado que aquele ômega lhe pertencia, que ninguém se atrevesse a se aproximar dele.

Jongin seguia dizendo palavras bonitas no ouvido do ômega, o que o deixava ainda mais relaxado, gemidos e ofegos eram ouvidos no silêncio da noite enquanto seguiam se movimentando juntos, aumentando o ritmo. Em uma forte onda de prazer os dois alcançaram seus limites, molhados pelas águas debaixo deles, cansados demais para qualquer outra coisa naquele momento, eles desabaram, o alfa sobre o ômega, entrelaçados de corpo e alma, no silêncio da noite, perto do mar estariam protegidos. As luas de Arcadhy guardariam seus segredos.

 

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Enquanto Minseok permanecia em casa, em Hélyus, Luhan decidira ajudar no resgate das ultimas três iluminadas, as luzes que quando se cumprisse a profecia ajudariam a curar o planeta, se fosse preciso. Alcyon não viu problemas sendo que por enquanto tudo estava sob controle, não havia perigo algum para o herdeiro do trono. Ele disse a Luhan que Fler conseguia encontrar todas as luzes pois os poderes vibratórios que elas emanavam eram semelhantes e sem igual, ela havia descoberto isso depois de encontrar a terceira luz. Antes eles achavam que fossem apenas sete luzes, uma luz para cada dom, mas logo Fler conseguiu sentir que havia uma luz que deveriam encontrar em cada um dos doze continentes, ela se sentia ser chamada por elas, seguia o padrão que elas emanavam, e logo as visões de Minseok confirmaram o que Fler sentia.

Fler sentia que cada uma delas representava uma vertente da luz de Arcadhy, ela, por sua árvore genealógica ter como base a luz do sol, representava a luz do sol, padrão branco - lilás.

Eram nove luzes encontradas, faltavam três, uma delas estava adormecida em Verona, terra de Min Ho, Alcyon e os outros reis já vinham a alguns meses pensando em como chegariam até elas, haviam descoberto que para acordar a adormecida outra ninfa deveria permanecer dormindo em seu lugar. Era ela que nestes últimos meses mantinha um vulcão adormecido em Verona, o vulcão principal em uma das ilhas principais, não que eles temessem ser queimado nas chamas, porque eles próprios eram elfos e ninfas feitos 50% de chamas de fogo, era sua beleza, sua natureza, mas as larvas do vulcão ameaçavam destruir as magníficas cidades subterrâneas construídas de ouro, prata, puras opalas lapidadas de diferentes cores, e musgo ágata e isso eles não queriam, demoraria muito para reconstruí-las, no entanto, das três ninfas, este era o caso mais fácil de se resolver, tendo em conta que a rainha Camy havia entrado em contato com ela em seu mundo de sonhos particular, avisando-lhe de sua missão como uma das doze iluminadas, eles tinham alguém a quem colocar em seu lugar quando chegasse a hora de atuar no mundo concreto, era sua prima, da mesma família, tinham o mesmo sangue e ela seria capaz de permanecer onde estava o espírito da adormecida por até um mês se preciso fosse, não ia agora pois tinha filhos e precisava se dedicar a eles, mas quando Minseok absorvesse os poderes dos astros alinhados, elas fariam a troca.

A ninfa que estava em Floriny estava ilhada, ela ficava em uma ilha no meio do continente onde para se chegar as criaturas deveriam atravessar uma ponte que até poucos anos atrás era segura, mas agora, quem a atravessasse era seduzido por algo que vivia no fundo do rio debaixo da ponte, a criatura que passasse por lá simplesmente se jogava de cima da ponte como se fosse atraída, muitos sábios examinaram o local e descobriram que ali ficava uma linha tênue entre os dois mundos, o concreto e o espiritual, um portal. As criaturas não entravam na ilha ha anos e os moradores não saiam, os moradores da cidade diziam que viam apenas uma pessoa entrando e saindo dali, caminhando muitas vezes sobre a ponte no anoitecer e no amanhecer, mas era só.

A luz de Floriny Poderia ser resgatada facilmente por D.O. ou sua mãe que tinham o dom de ver os dois mundos, mas os perigos para eles seriam imensos levando em conta o desconhecido que se escondia depois da ponte, o que estava atraindo elfos, ninfas e animais para a morte no fundo do rio. Não era seguro que tentassem. Os reis de Arcadhy estavam a alguns meses tentando encontrar outros elfos com o mesmo dom, mas não era difícil, a maioria deles eram ainda bebês ou mães de família, e a missão não seria simples para ser resolvida em um ou dois dias, talvez alguém tivesse que se sacrificar pela liberdade da ninfa da luz de Floriny, Camy e D.O. estavam à disposição dos reis para a missão, mas nem um deles achava que fosse seguro para nem um dos dois. O diretor Smith e os pais de Baekhyun também estavam na fila para o resgate, pois seus poderes telecinéticos lhes proporcionavam a visão e a comunicação com criaturas do mundo invisível. Talvez Minseok pudesse fechar a linha tênue se não estivesse tão debilitado.

A ultima delas, justo a luz de Hélyus tinha a até pouco tempo seu padrão vibratório direcionado às estrelas do universo, como se estivesse em outra galáxia, outro planeta, eles conseguiram senti-la na Terra, onde a filha de Changmin também deveria estar, mas o padrão vibratório desta ultima não era mais sentido em lugar algum como se alguém brincasse com eles, precisavam encontrá-la o quanto antes pois era como se ela tivesse deixado de existir.

Luhan olhou sobre a mesa do escritório do pai uma lista, a lista das doze luzes. Estava incompleta, faltava o nome de duas delas, uma tinha o paradeiro certo, outra estava difícil de encontrar.

 

1 – Trinyon – Fler – Sol – Branco – Lilás

2 – Hélyus – _______ - Sol  – Branco – Lilás

3 – Astra – Sandy-  Sol – Branco – Lilás

4 – Thunah – Rosmyra - Raio – Azul – Rosa

5 – Helgir-Malesh – Angelique - Raio – Azul - Rosa

6 – Atlas – Kione - Fênix – Amarelo – Laranja  

7 – Floriny – __________  - Fogo – Vermelho – Verde   

8 - Florence – Maryana - Fênix – Amarelo – Laranja

9 – Farrah – Sophya - Fênix – Amarelo – Laranja

10 – Casttela – Elle - Raio – Azul – Rosa

11– Jazrahá – Verônica - Fogo – Vermelho – Verde 

12 – Verona – Dakota - Fogo – Vermelho – Verde

 

Doze luzes divididas em Sol, Raio, Fogo e Fênix. Luzes relacionadas à luz da manhã e à luz polar.

- O que são estas cores? – Luhan perguntou ao pai olhando a lista incompleta.

- São quatro subgrupos, quatro pólos, dois positivos e dois negativos, essenciais na reconstrução da massa do planeta, quatro grupos de luzes, cada um representando um dos elementos principais – O pai explicou - E Minseok, tem se informado sobre ele? – O pai perguntou mudando de assunto de repente, receoso, mas precisava falar, ha dias não tocavam no assunto.

- Todos os dias – Luhan respondeu sem tirar os olhos dos papeis – Mamãe me mantém informado sobre ele.

- Quando irá buscá-lo? – O pai foi direto, depois que o ômega partira e que tivera que informar ao alfa, Alcyon notara o filho introspectivo, como nunca antes havia visto, isso não era bom.

- Ele pode vir quando quiser, sabe que o castelo dos pais não é seguro o suficiente para que ele permaneça lá por muito tempo – Luhan respondeu com um suspiro – Me disseram para deixá-lo respirar um pouco, é o que estou fazendo... – ele disse e se calou, os papeis pareciam de repente muito importante para ele.

- Não consegue perdoá-lo?

- Está difícil... – Luhan respondeu deixando os papeis de lado e se sentando na cadeira da mesa em frente à cadeira onde Alcyon estava sentado, olhou nos olhos do pai, soltou o ar pela boca, de repente exasperado – Ele me escondeu muitas coisas desde quando nos reencontramos, sei que talvez tenha sido para me poupar, me proteger, não sei..., mas tem uma hora que cansa... – suspirou - Posso ir com o senhor amanhã em busca da ninfa de Floriny? – ele desconversou.

- Baekhyun vai estar conosco – O pai avisou percebendo que o filho não queria conversar sobre o ômega mais uma vez, mas precisava alertá-lo sobre Baekhyun. Luhan baixou o olhar, respirou fundo.

- Não tem importância, posso ir com vocês? – ele insistiu – sei que será perigoso, mas prometo me comportar – ele deu um fraco sorriso.

- Pode vir conosco – o pai disse, sabia que o filho ainda estava chateado com o primo. Luhan e Baekhyun haviam tido uma conversa, Baekhyun havia lhe contado tudo o que havia acontecido entre ele e Minseok, com ele, sobre seus sentimentos em relação ao ômega, sobre sua confusão por ele ter a energia semelhante à energia de sua alfa, Luhan pediu um tempo, precisava pensar, entendia a necessidade do beijo entre os dois para a missão, mas todo o resto era difícil de perdoar.

- Não seria bom despertar a ninfa que dorme antes que o eclipse venha?

- Sim, todos concordam com isso, encontramos uma parente dela que pode substituí-la, ela tem a mesma energia e será capaz de manter o vulcão dormindo, mas ela tem filhos, o que complica um pouco nossos planos.

- O caso dela é semelhante ao dos ômegas?

- Sim, ela deve dormir e manter a segurança do continente até que venha o eclipse e que tenhamos um desfecho positivo.

- E sobre a criatura que vêem entrando e saindo da Ilha em Floriny todos os dias, descobriram quem é?

- Parece um homem, um terrano, em seu aspecto, tem a aparência de ter aproximadamente uns 80 anos em suas características enrugadas. Fizemos uma leitura de sua energia e...

- E...? – ele insistiu ao ver que o pai parecia pensar, Alcyon percebeu desanimado que Luhan queria falar sobre qualquer coisa, menos sobre Minseok.

- E que não é vivo – o pai respondeu, mas o fato de que o que viam não estava vivo não os assustava, tinham mais medo do que poderia acontecer com o planeta caso não conseguisse resgatar a ninfa que estava incomunicável.

Esta noite Luhan só teve ânimo para se juntar a Dany e as pequenas ninfas que vieram visitá-la, elas estavam em uma vídeo chamada com outras fãs de Fadinhas Encantadas, era bom para Luhan ver alguém feliz, porque ele não conseguia saber o que era felicidade ha alguns dias. Deitar-se em seu quarto ou no quarto do ômega para dormir à noite era uma tortura para ele, às vezes tinha vontade de jogar tudo para o alto, se entregar a suas vontades e ir atrás dele, trazê-lo à força se fosse preciso, mas conseguia se conter, não seria difícil perdoá-lo, nem ele nem Baekhyun, não era como se tivesse sido traído, era apenas como se tivesse sido deixado de lado, como sempre.

Não seria difícil perdoá-los, mas era tão estranho saber que seu primo amado que era quase como um irmão havia beijado seu eterno, mesmo sabendo de seus ciúmes loucos, mesmo sendo por uma boa causa.

 

 

 

 



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