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História Estudos, Amor ou Curtição? - Mamãe-2


Escrita por: VioletSnow

Notas do Autor


Oii gente, como vocês estão??
Demorei um pouquinho mais dessa vez, desculpa! 🙈
Está um pouco complicado para mim já que tá chegando no fim do ano e eu sou pré-vestibulanda, então imaginem como estou agora...
Espero que gostem do capítulo!
Beijão e boa leitura! 😘

Capítulo 39 - Mamãe-2


Fanfic / Fanfiction Estudos, Amor ou Curtição? - Mamãe-2

Assim que acordei de manhã liguei para papai, que tinha passado a noite no hospital, para saber notícias da mamãe. Ele disse que ela estava bem, estava com um pouco de dor mas os remédios ajudavam nessa parte.

Troquei de roupa e fui até a cozinha preparar o café da manhã.

"Bom dia!"- Mark diz ao entrar na cozinha

"Oii, não sabia que já tinha acordado"-Sorrio de lado

"Acabei de acordar"

"Vou fazer um sanduíche, quer também?"

"Quero sim... Mas vou te ajudar a fazer"

"Tudo bem, vai pegando as coisas na geladeira enquanto faço o café"

Preparamos os sanduíches e nos sentamos na bancada da cozinha para comer.

"Dormiu bem?"- Ele pergunta. Mark dormiu no quarto do Logan enquanto eu dormi no meu.

"Mais ou menos..."- Suspiro

"Eu preciso ligar pro Dr. Sherperd explicando a situação... Não sei quando vou voltar para Seattle..."- Digo

"Tenho certeza que ele vai entender o seu lado"- Ele diz e eu sorrio fraco

[...]

Alô?!

Dr. Shepherd? Sou eu, Anne Burnett...

Oi Anne, está tudo bem?

Na verdade não... Minha mãe... Ela teve câncer no ovário e agora as metástases estão se proliferando em outros órgãos...

Anne, eu sinto muito... Se tiver algo que eu possa fazer...

Obrigada... O hospital onde ela está internada aqui em Pittsburgh possui uma ótima estrutura e equipe médica...

Mas eu queria falar com o senhor sobre meu emprego... Infelizmente eu não sei quando vou conseguir voltar para Seattle, não posso deixar minha família aqui... Então...

Anne, você é uma das minhas melhores cirurgiãs e uma garota incrível. Você não tem medo de arriscar, está sempre disposta a fazer o impossível para seus pacientes e se para isso você precise dar a sua vida, eu sei que você vai dar...

Eu tenho muito orgulho de ter feito parte do início da sua história mas não quero que essa fase acabe aqui... E é por isso que seu lugar aqui no Seattle Grace estará sempre te esperando para quando você quiser ou estiver pronta para voltar...

Meu Deus, muito obrigada...- Uma lágrima escorre pelo meu rosto

Não tem o que agradecer... Boa sorte no tratamento da sua mãe... Me dê notícias...

Obrigada de novo, pode deixar que dou sim...

Tchau Dra. Burnett

Tchau Dr. Sherperd.

"E aí?! Falou com o Sherperd?"- Mark diz apoiado no batente da porta do quarto

"Falei sim... Ele disse que se eu quiser voltar, ele vai estar sempre pronto para me receber de novo..."- Seco rapidamente a lágrima na minha bochecha

"Viu?! Eu disse que ele entenderia. Você é uma ótima cirurgiã, todos os hospitais te querem"- Ele ri fraco

"Obrigada Mark, você nem precisava estar aqui mas fez questão de me apoiar..."- Apoio minhas mãos em seu peitoral e olho em seus olhos.- "Olha, se você precisar voltar para Seattle por causa do hosp..."

Mark interrompe minha fala com um beijo, um beijo calmo e delicado. No primeiro momento pensei em recuar, aquilo era errado ou talvez era o certo no momento errado, porém não recuei e me entreguei ao seu beijo. Depois de algum tempo Mark recua.

"Anne, me desculpa... E-eu não sei o que deu em mim..."

"T-tá tudo bem..."- Digo sem jeito.- "Err... acho melhor irmos para o hospital..."- Ele assenti

[...]

Chegamos no hospital e Mark ficou comigo no quarto da mamãe. Eu disse para o papai ir para casa descansar que eu ficaria no hospital, ele depois muita insistência aceitou.

"Como você está se sentindo mãe?"- Pergunto me sentando na beirada da sua cama

"Estou bem."- Arqueio a sobrancelha.- "É sério Anne, eu estou bem."

"Vou acreditar em você mas sabe que deve ser sincera comigo, já basta a sua  primeira cirurgia que eu não soube."

"Minha filha, eu estou me sentindo bem, não precisa ficar preocupada"- Suspiro

"Você deve ser o Mark..."- Mamãe diz olhando por cima do meu ombro

"Eu mesmo... É um prazer conhecer a senhora. Anne fala muito bem de você!"- Diz ele

"É um prazer conhecer você também... Anne é exagerada."

"Não sou não"- Rio fraco

"É sim"- Os dois falam juntos

"Já estou começando a me arrepender de deixar vocês se conhecerem"- Rio

"Então Mark, você é médico também, não é?!"- Mamãe pergunta

"Sou sim. Médico cardiologista"

"Parabéns! É uma área e tanto"

"Obrigado..."- Ele diz um pouco envergonhado

"Então mãe... Logan já contou a novidade?"- Pergunto

"Contou sim... Vou ter um netinho ou netinha..."- Ela diz animada

"Ué, Katherine está grávida?"- Questiona Mark

"Tá. Logan não comentou com você?"

"Não, acho que ele não comentou com nenhum dos garotos ainda"

"Hmm..."

"Preciso atender, com licença"- Mark diz ao olhar o visor do celular indicando uma ligação sendo recebida

"Ele é bonito... O que aconteceu entre vocês?"- Mamãe pergunta assim que Mark sai do quarto

"O-oque? Não aconteceu nada"

"Então vocês são sempre assim?"- Ela arqueia a sobrancelha

"Assim como?

"Não sei explicar, mas ele parecia com receio de alguma coisa..."

"Ele me beijou"- Suspiro

"E...?"

"E que eu não sei mãe"

"O que você não sabe?"

"Moramos juntos há três anos, somos muito amigos. Eu sei tudo sobre a vida dele e ele sobre a minha... Ele já escutou minhas lamentações por um cara do mesmo jeito que eu já escutei eles falando das garotas que queriam transar com ele..."

"Não entendi"

"Gustavo mãe, a gente começou do mesmo jeito... Muito amigos, tivemos uma relação que mais tarde acabou com a nossa amizade..."

"Minha filha, nenhum relacionamento é igual ao outro... Se for pra vocês ficarem uma vez e continuarem amigos, que assim seja, se não, não vai ser... Mas você não pode deixar de viver alguma coisa com medo das consequências. É claro que você deve pensar no futuro, mas não deve esquecer de viver o presente..."- Mamãe acaricia meus cabelos

"Obrigada mãe..."- A abraço

[...]

"Você está com uma feição preocupada, o que aconteceu?"- Pergunto ao encontrar com Mark novamente enquanto minha mãe fazia mais exames.

"Lembra daquele meu paciente, Ryan, que eu fiz uma substituição da válvula cardíaca original por uma artificial?"- Confirmo com a cabeça.- "Ele deu entrada hoje no hospital novamente. Acredito que seja por causa da válvula de metal, como ele é jovem o mais aconselhado seria uma bobina ou suína, mas ele não quis na época... Acho que ele terá que passar por outra cirurgia, pedi para fazerem todos os exames e me enviarem... Agora estou esperando todos os resultados..."

"Mark, você precisa ir para Seattle"- Afirmo

"Não vou te deixar aqui nessa situação..."

"Você ouviu minha mãe, ela disse que está bem... Ryan precisa de você, principalmente se ele precisar fazer uma nova cirurgia... Você é o médico dele"

"Tem certeza que não me quer aqui?"

"Eu não disse que não te quero... Eu quero sua companhia e muito, mas seu paciente precisa de você e eu entendo totalmente isso."

"Obrigado Anne. Vou ver os vôos para Seattle... Vou tentar pegar um hoje a noite ou amanhã cedo... Depois que cuidar do Ryan, se as coisas não tiverem bem por aqui e  estiverem tranquilas por lá, eu volto pra cá..."

"Combinado"- Sorrio e me deixo ser envolvida por seus braços.

Mark conseguiu comprar uma passagem para Seattle saindo daqui de Pittsburgh às 23:45hrs. Logan foi para o hospital ficar com mamãe e eu levei Mark para o aeroporto em seu carro.

"Err..  Anne, sobre hoje mais cedo..."- Ele começa a falar e eu já sabia do que se tratava.

"Tá tudo bem, Mark... Se cuida!"- Ele assenti e dou um beijo em sua bochecha

"Fica bem"- Ele beija minha testa

"Se acontecer alguma coisa, qualquer coisa, me avisa que eu venho o mais rápido possível"- Confirmo com a cabeça e lhe dou um abraço apertado

"Última chamada para o vôo 3324, rumo à Seattle."- A voz ecoa pelo vasto saguão do aeroporto

"Eu preciso ir... Tchau Anne"

"Tchau Mark"

Nos abraçamos novamente e nos despedimos com um beijo na bochecha.

Fiquei observando pela enorme janela do aeroporto o avião decolar e depois voltei para o hospital. 

Assim que cheguei ao hospital, disse para Logan ir para casa com Kathe, que eu passaria a noite ali com a mamãe.

[...]

1 mês depois...

Consegui um emprego de cirurgiã-geral no hospital em que minha mãe estava internada, a única regra era: Não posso atender minha mãe e nem me intrometer no tratamento dela como médica e sim ser somente sua acompanhante, o diretor do hospital disse que essa era uma regra do hospital porque a pesar de médicos saberem de tudo sobre os pacientes, quando esses pacientes são alguém muito próximo,  os médicos perdem a noção dos riscos e querem fazer tudo o possível para salvar seu ente querido mesmo sabendo que às vezes não é possível.

Gosto bastante de trabalhar neste hospital mas sinto muitas saudades de Seattle, a pesar dos casos graves o lugar sempre tinha um astral bom. Mark acabou ficando em Seattle resolvendo alguns problemas e atendendo seus pacientes, ele me liga todos os dias para saber como estão as coisas e perguntar se eu preciso de alguma coisa.

Minha mãe não está nada bem, sua feição já está abatida mas ela está sempre de bom humor para disfarçar o interior. Ela vem fazendo seções de quimioterapia mas todos sabemos que não vão durar muito tempo e isso dói, dói muito. O pior de ser médica é que você conhece todas as chances de um paciente, principalmente quando elas são baixas, você até quer ter esperança mas seu lado racional pesa mais e tenta fazer você aceitar o que está para acontecer. O problema é que nunca estamos prontos para dizer adeus.

Ao fim do meu plantão troco de roupa, visto uma calça jeans e uma blusa azul petróleo. Saio do vestuário e vou até o quarto da mamãe, essa noite eu vou passar no hospital com ela. Eu, papai e Logan sempre alternavamos entre os dias da semana para todos ficar com mamãe em algum dia.

"Oii mãe"- Digo sorridente ao entrar no quarto

"Anne!"- Ela sorri fraco

"Então, como foi seu dia?"- Pergunto

"O de sempre, remédios, quimio... Mas não vamos falar sobre isso... Vem aqui"- Ela chega para o lado e aponta para a parte vazia da cama para que eu me deite ao seu lado.

"Viu a Kathe? Ela já está bem barrigudinha"- Comento

"Vi sim, ela veio aqui depois do ultrassom... Que... bom... Que bom que a gravidez está  sendo tranquila."- Ela diz entre tosses

"Uhum. Conversei com o obstetra e ele disse que está tudo perfeito... No próximo ultrassom já conseguimos saber o sexo"

"Que bom... Estou tão feliz pelo seu irmão... E por você também... Tenho muito orgulho de vocês dois..."- Ela beija minha testa

"Também temos orgulho de você... Da mulher incrível que é..."

"Anne, me promete que vai ser feliz? Que quando tudo isso acabar você vai voltar para Seattle e continuar vivendo a sua vida?"

"Mãe, por que está dizendo isso?"- Meu olho se em geral de lágrimas

"Só me prometa Anne"

"Eu prometo mãe"

"Eu te amo minha filha, não se esqueça disso..."

"Também te amo mãe"- Beijo sua bochecha

Ficamos alguns minutos em silêncio, somente nós duas olhando para o teto branco do hospital, até que mamãe quebra o silêncio.

"Pode abrir um pouco a janela? Para o ar ventilar?"

"Não poderia, sua imunidade está baixa... Mas alguns minutinhos não vai ter problema..."- Me levanto indo até a janela

"A noite tá bonita hoje, o céu tá bem estrelado... Você precisa sair logo desse hospital para irmos caminhar na praça e olhar o céu como fazíamos quando eu era criança..."- Achei que mamãe comentaria alguma coisa mas o silêncio tomou conta do quarto novamente.

"Mãe?!"- Pergunto me virando em sua direção

"Mãe?!"- Falo nervosa e me aproximo dela.

As lágrimas surgiram involuntariamente em meus olhos assim que percebi que ela não estava reagindo. Me aproximei ainda mais dela e sua respiração tinha cessado.

"Mãe? Não mãe, por favor! Eu não estou pronta para isso..."- Digo chorando

Me deito ao seu lado e abraço seu corpo já inerte.

"Mãe... Eu te amo"- Soluço

Não consigo imaginar minha vida sem minha mãe. Já enfrentei a morte várias vezes na minha profissão, vi pessoas morrerem na minha frente sem eu poder fazer nada. Esse é o paradoxo da vida. Eu vejo pessoas perdendo seus parentes diariamente, vidas sendo diluídas por simples acidentes, mas quando se trata da minha família, tinha a sensação que ela seria infinita, mesmo eu sabendo das limitações do corpo. 

Eu não estou pronta para ficar sem a minha mamãe. Eu sonhava em passar o dia com ela me arrumando para o meu casamento, ela emocionada me dizendo o quanto eu estou bonita e que vou ser muito feliz, olhar para o meu marido e dizer que vou visitar minha mãe numa quarta-feira a tarde, apresentar meus filhos à ela. Mas tudo isso foi impossibilitado. E eu não sei o que vou fazer daqui para frente. Sinto como se meu chão estivesse sumido e o céu caindo sobre mim. Não consigo ter outra reação que não seja ficar abraçada a ela, implorando para que tudo seja apenas um sonho ruim e sussurrando o quanto eu a amo.

Fico algum tempo agarrada ao seu corpo até que uma enfermeira entra no quarto.

"Senhorita Anne?"

"Ela se foi"- Digo com os olhos inundados por lágrimas


Notas Finais


Então... O que acharam do capítulo?
Pesadinho?
Em alguns momentos eu fiquei emocionada escrevendo...🙁
Vou tentar postar o outro mais rápido dessa vez...
Beijão 😘


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