História Et Cecidit Angelus - Capitulo 1 O mestre e sua aprendiz.

Quem é ele? – Perguntou Sarah, com um interesse sádico.

Lucas... é o meu Lucas – Respondeu Zadkiel, com a mesma emoção que um velho teria ao ouvir seu filho o chamar de pai pela 1º vez.

     Os dois estavam ao auto de uma torre qualquer da cidade, longe dos olhares curiosos, o alvo de suas observações eram um garoto, sentado no pátio de sua escola. Ele jogava pequenas pedra para o auto e as pegava no ar, sua tentativa de afastar o tedio foi interrompida por algo úmido que caiu em seu rosto, ele levantou os olhos, mesmo já sabendo o que ia ver, o mesmo porco de sempre: Michel.

Ei Michel, acho que ele não sentiu essa, cuspa de novo – disse um dos colegas do grandalhão.

Acerte dentro da boca dele – sugeriu um segundo garoto, que conseguia ser mais estupido que o primeiro.

ARGH – gritou Lucas, sendo seguido pela voz rouca de Michel:

O que foi Lucas? Não aguenta um simples chute?

     Ao longe, um velho homem tirava um velho relógio de ponteiro do bolço de seu casaco, Sarah sabia o que isso significava e um sorriso brotou em seus lábios, finalmente ela se alimentaria novamente.

Sarah – Disse Zadkiel calmamente – Mate-os.

    Quase que imediato, uma garota com dois longos rabos de cavalo ruivos se materializou entre os garotos, com um murro arrancou a mandíbula do primeiro, antes que percebessem o pescoço do segundo já estava quebrado, com seus dedos indicador e médio furou os olhos de Michel, cortando sua garganta em seguida. Olhou para o lado e viu um garoto boquiaberto sem entender o que estava acontecendo, ela colocou a faca pingando sangue na mão de Michel e caminhou em direção ao garoto

Lucas – Gritou Sarah com um entusiasmo quase infantil – estou feliz por conhecer o protegido do mestre, venha.

   Puxando o garoto pelos braços ela o levou para longe. Na noite daquele dia, quem ligasse a TV e a sintonizasse no canal local iria ver a seguinte matéria no jornal:

Homicídio e suicídio:

Hoje na cidade de Arapongas, Norte do Paraná, três jovens são encontrados mortos no pátio interno do Colégio Estadual Emilio de Menezes. Um dos jovens estava com a mandíbula quebrada e outro estava com os olhos furados.Impressões digitais encontradas nos corpos sugerem que um dos jovens matou os outros dois e se suicidou.