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História Eterna aliança - Sakura Floresce


Escrita por: Shays

Capítulo 14 - Sakura Floresce


Fanfic / Fanfiction Eterna aliança - Sakura Floresce

— Vinho? — Sasuke segurou a garrafa de vinho branco.
— Obrigada — respondeu, encabulada.
Estavam novamente no terraço, mas o sol desaparecia no mar num espetáculo glorioso de vermelho e dourado.
— Mamãe, estou com muita fome.
— A comida já vai chegar — disse Sasuke, servindo-se também de vinho.
— O que vamos comer?
— Rãmen, Izume. Todas as crianças boazinhas  comem Rãmen. Você gosta?
— Gosto muito de Rãmen ! — exclamou.

Levantou a taça de vinho.
— Ao nosso primeiro dia aqui — disse olhando Izume e Sakura. Izume  ergueu o copo de suco. — Tivemos um dia agradável, pessoal?
— Sim — respondeu Izume .
— Foi maravilhoso — respondeu Sakura.

Tinha sido e era-lhe grata. Que estranho! Não esperava ser tão simples. Passaram o dia na praia, voltando para almoçar no terraço e depois de muitos protestos de Izume fizeram uma curta sesta. Quando Izume reapareceu, voltaram para a praia onde permaneceram até o final da tarde. Izume nadou na piscina, antes de tomar banho e se aprontar para o jantar.
O único momento complicado foi quando Izume brincando na água quente do mar com Sasuke, perguntou se não ia nadar?
A idéia de aparecer de maio a fazia estremecer. Já era horrível ficar na praia com um homem de corpo atlético, de sunga, tentando evitar olhá-lo.
— Vou nadar outro dia — disfarçou, voltando à leitura.
Além desse inconveniente, o dia tinha sido extraordinário. Agora, olhando o sol se pôr, percebeu estar se sentindo bem mais relaxada do que julgara possível. Tomou um gole de vinho gelado.
— O vinho é de seu agrado?
— É sim, uma delícia. Eu... não entendo nada de vinho.
— Vai aprender com a prática. — Sorriu. — E outra coisa que vai aprender com a prática — prosseguiu, tomando um gole — é a me chamar pelo nome.
Ficou pasma. Não podia fazer isso. Tivera tantas dúvidas sobre a forma de se dirigir a ele que preferira simplesmente não fazê-lo. Não podia chamá-lo de "Alteza" e não podia chamá-lo de "Príncipe Sasuke" ou mesmo "Sasuke".

— E eu devo fazer o mesmo — continuou. — Então,.. — respirou fundo. — Sakura. Pronto. Agora é sua vez.
— Não posso.
— Beba um pouco mais de vinho e tente — sugeriu.
Tomou um gole grande.
— Sasuke — murmurou. Não podia olhá-lo.
— Bom — disse, meigo. — Está vendo? Tudo é possível. — Por um momento, lançou-lhe um olhar de aprovação e depois, mudando de tom, anunciou que o jantar estava chegando.
— Oba! — gritou Izume.

Os dias seguintes foram como o primeiro. Sasuke fez de propósito. Dava-lhe o tempo de que precisava e espaço para respirar.
Ele também precisava. Todos eles, como lhe disse no dia seguinte.
— Repito: vamos aproveitar um dia de cada vez.
Não vamos pensar no mundo lá fora, em nada. Vamos aceitar o presente e relaxar, nos acostumarmos e nos conhecermos.
Era irônico, percebeu. Toda vida mantivera distância entre ele e o mundo. E isso significava, reconheceu, ter baixado a guarda com poucas pessoas. Shikamaru era uma delas. Basicamente esportistas como ele, para quem sua origem era irrelevante e tudo que contava era a habilidade e dedicação.
Com as mulheres então, nunca, apenas a intimidade superficial do sexo.
Dormira com muitas mulheres, recebendo e dando prazer físico.
Nada mais. Obtinha segurança na quantidade, dissera a Itachi e era verdade.
Franziu os lábios. Se tivesse proposto casamento, qualquer uma das mulheres com quem dormira, teria, segundo as palavras cruéis do irmão, "caído a seus pés". A perspectiva de se tornar princesa do Sasuke Uchiha teria sido irresistível.
Entretanto, a mulher com quem se casara havia ficado horrorizada com tal perspectiva.
Sabia que o motivo era a disparidade entre eles tão evidente. Ainda assim a atitude dela tivera também outro efeito nele, como percebeu com o tempo.
Sentia-se seguro com ela.
O que a tornava diferente de todas as mulheres que conhecia.
Era uma estranha conscientização.
Tudo que quer de mim é proteção para Izume — só isso. Não quer nada mais — nada de mim.
Um pensamento surgiu — outra conscientização estranha e nova.
Não preciso ficar em guarda com ela. Não preciso mantê-la a distância. Porque ela não quer nada de mim.
Uma sensação de liberdade o invadiu, como se, pela primeira vez, se sentisse livre.

Sakura, sentada na sombra do guarda-sol listrado azul e branco, olhava Izume e Sasuke jogarem pólo aquático na piscina. Izume gritava de prazer. Sentiu o coração aquecido. Estava tão feliz! Cada dia tinha sido uma delícia para ele.
E para ela?
Era estranho. Como podia, depois de tudo que enfrentara desde aquela noite em que tudo mudara em sua vida e descobrira a verdade sobre o pai de Kagami, sentir-se tão... despreocupada?
Tão relaxada.
Mas sentia-se.
Parecia impossível após a sua chegada naquele lugar, em pânico. A gravidade do que acontecera, do que fizera, tinha sido devastadora, e ali, naquele refúgio tranqüilo e lindo, tão longe do restante do mundo, parecia ter encontrado uma paz de espírito que nunca julgara possível.
Olhou para Sasuke, que brincava com Izume e sentiu imensa gratidão.
Ele estava sendo tão gentil. E não apenas por causa de Izume. Tinha mudado de atitude, demonstrando atenção e paciência, para seu bem-estar.
Era um comportamento totalmente diferente da imagem de príncipe playboy.
Ele é muito mais do que isso, muito mais.
Ela o julgara mal, concentrando-se apenas na imagem e não na pessoa por trás dela. Desafiara o pai, seu soberano, para defender Izume e ela e protegê-los. Um homem que não hesitara em se casar com a última das mulheres que escolheria como esposa, para amparar uma criança.
Uma criança que ele parecia amar.
Emocionou-se ao ver Sasuke sair da piscina. O corpo esguio brilhava ao sol quando se inclinou, e pegou Izume e, sem esforço, tirou-o da água.
— De novo — gritou Izume, pulando novamente na piscina.
Sasuke repetiu o gesto, balançando-o no ar, antes de colocá-lo gentilmente no chão. Izume correu para Sakura.
— Fiz cinco gols!
— É mesmo? Que máximo! — Sorriu.
— Por que não entra na água, mamãe?
— Porque ela precisa de um maio novo e bonito e de um monte de roupas novas, como você já ganhou. Roupas para uma princesa.
Izume virou a cabeça para o lado.
— Então mamãe é uma princesa?
— Claro — disse Sasuke, casual, enxugando-se com a toalha. — Quando me casei com sua mãe, ela se tornou uma princesa.
— Ela tem coroa? — perguntou, interessado. Fazia sempre a associação entre realeza e coroas.
— Pode ter uma tiara. Para ir a um baile. Os olhos de Izume iluminaram-se.
— Como a Cinderela?
— Exato. Como a Cinderela.
Fitou o rosto de Sakura e entristeceu-se ao perceber-lhe a decepção.

Sakura afastou o olhar. Se representasse um papel, certamente seria o da irmã feia e não o da heroína.
Ino era Cinderela, carregada pelo príncipe encantado. Mas a carruagem tinha quebrado.
Sasuke viu-a desviar o olhar e leu seus pensamentos. Ficou tenso. Mas aquela palavra cruel continuava entre eles, como veneno. Um veneno que precisava ser extraído.
E não havia motivo para esperar mais. Já era hora, mais do que hora, de fazer algo a respeito.

Acabou sendo fácil providenciar tudo. O shopping perto da marina tinha sido feito para atender às necessidades dos que se hospedavam em Esmerald Beach. E essas necessidades incluíam cuidar da aparência — roupas, cabelo, tratamentos de beleza, manicures — tudo que se imaginasse, à disposição.
Encomendaria o pacote e deixaria que se encarregassem dela.

No dia seguinte, no café-da-manhã, fez o comunicado.
— Vou cuidar de Izume hoje. Você vai estar muito ocupada.
Encarou-o apreensiva.
— Ocupada?
— Isso mesmo, muito ocupada — respondeu Sasuke, com um sorriso enigmático.
Em uma hora, ela descobriu o quanto estaria ocupada.

Sakura fechara os olhos. Em sua cama, um exército de pessoas invadiu seu quarto. Discutiam acaloradamente. Não discutiam entre eles, mas sobre ela, de um jeito bem hiperativo, exclamando alto, veementes. Podia compreender o motivo. Tinham recebido uma incumbência impossível: transformar palha em ouro.
Tirar leite de pedras.
Sentia-se humilhada.
Sabia que o momento chegaria. Sabia que não podiam esconder-se na villa para sempre. Em determinado momento, teriam que aparecer. Enfrentar o mundo.
A perspectiva a assombrava.
Podia vestir todas as roupas das melhores grifes, mas ainda seria ela. Nada podia mudar isso. Ino era linda, mesmo usando trapos, porque tinha um corpo e um rosto que eram lindos.
A culpa voltou a atormentá-la. Culpa e pesar. Meu Deus, Ino deveria estar ali naquela maravilhosa praia , passando a lua-de-mel com seu príncipe. Usufruindo do final feliz. Seu conto de fadas pessoal.
Retorceu as mãos no colo. Pesar e culpa a acompanhavam.
E não apenas culpa em relação à irmã.
Preciso aceitar. Preciso enfrentar isso. Não importa quão humilhante seja, quão mortificante. Preciso deixar que façam o que puderem. Fazer o melhor possível.
Mas não por ela e sim por Sasuke, que se casara com ela para defender Izume, ele, cuja recompensa era estar preso a uma esposa num casamento que o mundo inteiro chamaria pela única palavra que o definia: grotesco.
Sasuke, o príncipe playboy, acostumado a ter as mais lindas mulheres do mundo a seus pés, agora casado com uma mulher como ela.
Abriu os olhos. A discussão cessou instantaneamente. Olhou os rostos que a observavam ansiosos.
Suspirou profundamente.
— Por favor, façam o melhor que puderem. Depois fechou os olhos e os manteve fechados.

— Precisamos de outra toalha — informou Izume.
Sasuke considerou a obra-prima que fizera na mesa do terraço.
— Tem razão. Vou pegar outra. Como está indo a pintura?
— Bem. — Pintava, com habilidade, a enorme de caixa de cartolina transformada em forte. Abrigaria um exército de cavaleiros de plástico coloridos em armaduras que, para o êxtase de Izume, foram comprados pela internet e seriam entregues pelo correio na manhã seguinte. A impaciência de Izume pela chegada do brinquedo fora tamanha que, ao voltarem para o terraço, Sasuke foi levado a sugerir que montassem um forte para os cavaleiros morarem quando chegassem. A construção ajudou a distrair Izume do fato de não ter visto a mãe o dia inteiro.
Sasuke estava ansioso.
Será que ficaria bem? Já anoitecia. Sabia que tratamentos de beleza demoravam muito e Sakura ter sido encarcerada o dia todo não o surpreendia. Mas como ela estaria lidando com a situação?
De qualquer modo, não podia demorar muito tempo mais.
Pegou a tesoura e começou a cortar o papelão para construir a torre. Ele também precisava se distrair.

— Mamãe ainda está experimentando as roupas novas?
— As mulheres levam muito tempo a experimentar roupas, fazer o cabelo etc.
— Mamãe não leva muito tempo. Ela é sempre rápida.
— Agora que vai ser uma princesa, vai precisar de mais tempo.
Izume olhava o comprido terraço para onde os quartos se abriam. De repente, a expressão do rostinho mudou.
— Mamãe!
Largou o pincel e afastou a cadeira.
Sasuke levantou a cabeça e ficou paralisado.

                            .....


Notas Finais


Hai ^^
AIN. .. estou tão eufórica. ..
Como Sakura Chan, deve ter ficado???
Não percam o próximo capítulos 💜💜💜


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