Sakura saiu do quarto para o terraço, segurando a saia comprida esvoaçante do vestido.
Izume dormira, apesar de relutante, mais tarde do que de hábito, mas assistira a um desfile de moda. Ele e Sasuke sentaram-se na cama enquanto ela experimentava várias roupas, para escolher a que usaria no dia seguinte para as fotos.
Ficava nervosa só de pensar. Uma sessão de fotos. O amigo de Sasuke, Shikamaru Nara, a quem confiara a história do casamento, faria as fotos.
Estava feliz por Sasuke ter-lhe sugerido experimentar os trajes antes, embora parecesse estranho ter terminado num vestido de noite.
— Quero um retrato seu de corpo inteiro.
Quando finalmente ele escolheu o vestido que julgava melhor para a foto, pediu que continuasse vestida com ele.
— Assim você se acostumará — disse, antes de sair para mudar a roupa para o jantar.
Ela concordara, embora o maravilhoso vestido frente única justo, de seda e saias esvoaçantes, parecesse sofisticado demais para uma villa à beira-mar.
— Finalmente...
Voltou a cabeça ao som da voz e ficou sem fôlego. Sasuke caminhava no terraço iluminado pela luz da lua.
Maravilhoso!
O smoking moldava o corpo bem-feito e deixou-a de pernas trêmulas. O cabelo esvoaçava na testa e ela sentiu um cheiro amadeirado.
Fitou-o indefesa, incapaz de desviar o olhar.
Ele aproximou-se, os olhos fixos, sorrindo.
— Boa noite, Principesa. — Pegou-lhe a mão e levou-a aos lábios. Sakura deixou-o guiá-la.
— Vamos jantar dentro da casa, pois a meteorologia anunciou pancadas de chuva.
Olhou distraída para o céu nublado. Conduziu-a à sala de jantar formal e ela entendeu porque ele decidira que usassem traje de noite. Arregalou os olhos. Nunca entrara naquele aposento e ficou atônita com o luxo. A imensa mesa de vidro com frisos de metal, candelabro e cristais brilhando, dava a impressão de estarem cercados de espelhos.
— Um tanto ou quanto exagerado — comentou Sasuke.
Puxou a cadeira para Sakura sentar-se. Quase de imediato ouviu o som suave da rolha do champanhe e um dos empregados encheu as taças.
— A nós! — disse baixinho, erguendo a taça, os cílios compridos cobrindo os olhos escuros. Sakura estava extasiada.
A refeição transcorreu como num sonho. Os empregados colocavam os pratos à sua frente e saíam silenciosos. Encheram cada um dos copos à sua frente. Agradecida por ter comido e bebido e ter sido delicioso. Mesmo assim comida e bebida não lhe ocupavam a mente.
Sentia-se hipnotizada, fraca, incapaz de mais nada além de fitá-lo embevecida. Devia ter conversado, feito comentários, mas o vinho deixava-a levemente excitada.
Só quero olhá-lo, contemplá-lo.
Nunca se tinha permitido admirá-lo, sempre desviara o olhar. Mas aquela noite era diferente. Não sabia o motivo, nem se questionava. Entregou-se ao desejo que a consumia desde a primeira vez que pusera os olhos nele e assustou-se com a própria reação.
Na época, era proibido, era alguém que jamais agiria como fazia agora.
Mas deixara de ser aquela pessoa. Transformara-se, por encanto, em alguém bem diferente.
Alguém que podia atender aos desejos de seu coração.
Porque ele também fazia o mesmo. O olhar penetrante a deixava ofegante.
Ele levantou-se e estendeu-lhe a mão.
— Venha.
Foi tudo que disse, tudo que precisava dizer.
Levantou-se, sentindo a seda envolvê-la. Segurou a barra da saia do vestido, contornando a mesa, no vestido frente única bem cavado dando amostra dos seios medianos, os cabelos caindo-lhe aos ombros, as costas totalmente nuas.
Foi conduzida até um quarto, mas não o seu.
Ele a pegou pelos ombros e virou-a.
.......
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