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História Eternal Love - Assume your feelings.


Escrita por: amandarodriguez

Capítulo 40 - Assume your feelings.


— Eu não sei. — Ele disse sincero. — Eu apenas não quero te perder.

— Então não me perca, seja um homem uma vez nessa merda de vida, e assume a bosta dos seus sentimentos. — Disse brava.

— Eu não sei o que sinto por você. — Ele disse sério.

— Então trate de descobrir, Sammy, eu não te esperarei a minha vida toda. — Falei.

— Você fala como se fosse fácil. — Ele resmungou, revirei meus olhos, e continuei a caminhar para longe dele. — Aonde você vai?

— Vou para a praia, ela não deve ficar muito longe daqui. — Gritei por conta de já estar longe dele. — Lá deve pegar sinal de celular.

Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação.

Eu devia ter mantido meu coração longe de Sammy, devia tê-lo guardado para mim mesma afim de que ninguém desconfiasse que eu tivesse um. Mas eu fui fraca, eu entreguei meu coração a ele, e deixei que ele fizesse o que bem entendesse. Amar, nunca me coube. Mas sempre transbordou. O rio de lembranças que um dia me afogou. E nesta correnteza, fiquei a navegar. Embora, com certeza, não possa me salvar, pois amo Sammy Wilkinson, e não consigo pensar em um dia em que não irei ama-lo

(...)

Assim que chegamos a praia, peguei meu celular em minha bolsa. Minha tão preciosa bolsa, que escapou de ser engolida junto com o carro, por um fio. Liguei para Lydia e ela atendeu no terceiro toque.

— Alô?

— Lydia? Céus que bom ouvir sua voz, eu tive um problema. Será que você poderia me buscar? — Perguntei. — Ahm, Sammy está comigo.Estamos na praia.

— Claro. — Lydia disse com a voz chorosa. Meu coração acelerou. — Johnson irá buscar vocês.

— Lydia, aconteceu alguma coisa? — Perguntei preocupada.

— Acho que isso não é um assunto para conversamos por telefone. — Lydia disse chorando, senti minhas pernas bambearem.

— Lydia Roberts, me diga o que aconteceu. — Implorei.

— É a Ariel. — Ela disse. — Ela começou a cuspir sangue, é então nós trouxemos ela para o hospital, o médico ainda não veio nos falar o que houve com ela. — Lydia disse chorando, minhas pernas fraquejaram.

— O que aconteceu? — Sammy disse ofegante ao meu lado. Ele havia corrido par mim alcançar. Deixei o celular cair no chão.

— A Ariel. — Disse chorando, e me virando para ele. Seus olhos se arregalaram. — Minha Ariel. — Solucei.

— Amanda, pelo amor de Deus, se acalma. O que aconteceu? — Sammy me perguntou. Não respondi. — Eu fiz alguma coisa? Quer que eu vá embora?

Eu precisava dele aqui. Eu precisava dele aqui agora. Mas dessa vez não como a pessoa que eu gosto, mas sim como amigo. Eu precisava dele aqui para desabafar. Eu precisava dele aqui porque ele é o único em que confiei e confio. Eu precisava dele aqui porque o meu mundo está desmoronando e eu não tenho onde segurar. Eu precisava dele aqui.

— A Ariel ela passou mal, Sammy. Ela começou a cuspir sangue. — Falei chorando. — Eu não posso perder ela, Sammy eu.... Sinto que o mundo está desabando sobre a minha cabeça e essa sensação é uma das piores possíveis

— Ei, nada vai acontecer com ela. Ela é forte como a mãe. Ela vai sair dessa. — Sammy disse.

A buzina do carro de Johnson soou, e minhas pernas pareceram criar vida, corri o mais rápido que pude até o carro, e Sammy atrás de mim.

Assim que adentramos o carro, Johnson pisou no acelerador, e o carro pareceu voar de tão rápido. Só percebi que estava agarrada a Sammy quando ouvi um choro fraco. Olhei para o lado e ele olhava para o nada com os olhos lacrimejados, soltei seu braço o qual eu estava apertando e me distanciei um pouco. Sammy se encolheu na porta, e ficou calado, como se tentasse absorver a dor.

Quando chegamos no hospital, meu corpo saltou para fora do carro, corri para o saguão, e encontrei o médico chegando, quase colidi com ele quando tentei parar, mas os braços de Gilinsky envolveram meu corpo primeiro.

— O que aconteceu com ela, doutor? — Sammy disse ofegante, assim que chegou.

— Me perdoem por ter que lhes dar essa triste notícia, mas até onde sabemos Ariel está com câncer. A boa notícia e que descobrimos no começo, e ela tem grandes chances de se se curar, mas enquanto isso não acontece ela sofrerá com o câncer. — O médico disse. — Meus pêsames.

Abracei Gilinsky tão forte que meus dedos ficaram quase brancos, meu corpo estava mole, e só não havia desabado ainda pois ele me segurava.

— Podemos vê-la? — Sammy perguntou.

— Sim, de dois em dois. — O médico disse.

Agarrei a mão de Sammy, e arrastei ele comigo, não que ele protestou, mas eu estava com pressa. Quase arrastei o médico junto, que andava tranquilamente.

Assim que chegamos ao quarto, me joguei em cima da cama, e abraçando Ariel.

— Oi, minha princesa. — Disse a abraçando forte.

— Oi mamãe, oi papai. — Ela disse sorrindo. Soltei Ariel e Sammy a tirou da cama e a abraçou. Ela riu, e Sammy sorriu. — Podemos ir para casa agora? — Ela perguntou para Sammy. — Não gosto desse lugar.

— Ahm, meu amor não vamos voltar. — Falei.

— Não? — Ela perguntou. — Mas vocês dois voltaram, somos uma família agora, não somos? Porque não podemos voltar? — Ela perguntou.

— Amor, eu e sua mãe não estamos juntos. — Sammy disse. — É nós sentimos muito tristes em dizer isso, mas você não poderá voltar para casa por enquanto. Você está doente, minha princesa. — Sammy disse segurando o choro, pude ouvir seus olhos marejados, e mordi o lábio repreendendo as lágrimas que haviam se formado em meus olhos.

— Eu vou morrer, papai? — Ariel perguntou.

— Claro que não, pelo amor de Deus. Não diga uma coisa dessas. — Sammy disse a abraçando forte. Uma lágrima escorreu de seus olhos, e eu me levantei me juntado ao abraço.

— Já que não somos uma família, vocês poderiam pelo menos fingir que somos? — Ela disse fungando. — Isso significa muito para mim.

— Ahm ... Nós.... Não sei.... Quer dizer... — Sammy gaguejou.

— Claro que sim, amor — Disse beijando sua testa.

— Cadê a princesa do titio? — Thomas disse gritando, quando adentrou o quarto. Ele carregava um ursinho maior até que eu.

— Tio, Thomas! — Ariel gritou alegre. Sammy a colocou no chão, e ela correu para abraçá-lo.

(...)

Já era noite, e permiti que Ariel brincasse um pouco com as crianças do hospital enquanto eu e Sammy enchíamos o quarto dela de ursinhos e coisas alegras para ela não ficar tão depressiva. Graças a fama de Sammy tínhamos muitos privilégios.

— Esse ursinho é aterrorizante, credo. — Sammy disse encarando o ursinho que Thomas havia trazido. — Ele é tão grande. — Sammy disse olhando para cima afim de encarar o urso.

— Ele é fofo. — Falei. — Teve uma época em que eu quase comprei um, e ia fazer ele de meu namorado. — Ri.

— Que horror, eu dava um infarto se acordasse com um negócio desse me encarando. Você já viu os olhos dele? São tão grandes. — Sammy disse o analisando sério, e eu ri alto. Ele se virou para mim sorrindo. — O que foi?

— Nada. — Falei.

Droga Amanda, você está se entregando muito rápido. Ele quase se casa com outra, e depois volta como se nada tivesse acontecido, e você como uma tola age tolamente. Era horrível evitar Sammy por conta do meu orgulho, mas eu não conseguia. Me sentia humilhada sendo a tola que sempre esteve ali para ele, como se tudo o que ele fizesse eu pudesse perdoar como se nada houvesse acontecido. Era torturante isso, lutar contra meu orgulho, e meu amor. Eu apenas queria que as coisas voltassem a ser como eram.

— Sabe eu ando evitando você um pouco, mas é que eu quero descobrir meus sentimentos. Eu estou muito confuso com isso tudo. — Ele disse.

— Eu entendo. — Disse.

— Eu... Ahm.... Eu poderia fazer uma coisa? — Sammy disse se aproximando de mim.

— Depende. — Respondi. Sammy se aproximou de mim, focando seu olhar em meus lábios. — Sammy o que você...

Sammy aproximou seu rosto ainda mais do meu, e sem conseguir pensar, eu não o impedi de resumir a distância entre nós a pouquíssimos centímetros. Seus olhos estavam baixos na direção de meus lábios, e sua testa estava um pouco franzida, tentando encontrar algum vestígio de sua determinação a me evitar sem parecer ter muito sucesso. Involuntariamente, eu também passei a encarar os lábios dele, extremamente convidativos, me sentindo como se estivesse presa numa bolha com ele, distantes da realidade. Era uma atmosfera totalmente surreal.

Senti a mão livre dele envolver meu rosto devagar, e completamente entregue ao momento, permiti que ele vencesse a distância entre nós e me beijasse. Assim que seus lábios tocaram os meus, inúmeras e pequenas explosões começaram a acontecer dentro de mim, em cada centímetro do meu corpo, acelerando meu coração e tornando meus sentidos ainda mais aguçados. Deslizei minhas mãos por seus ombros devagar, sentindo um desejo incontrolável arder por baixo de minha pele. Um desejo que havia sido como uma bomba-relógio dentro de mim durante todos aqueles últimos dias agoniantes, se escondendo atrás de uma camada orgulhosa e apenas esperando o momento certo para explodir.

A outra mão de Sammy envolveu firmemente o outro lado do meu rosto, me mantendo próxima dele e intensificando os movimentos determinados de nossas línguas. Parecíamos famintos um pelo outro, buscando desesperadamente fazer com que toda a distância entre nós sumisse por completo. Abracei-o pelo pescoço, tremendo da cabeça aos pés, e senti que ele se curvou de leve para me abraçar pela cintura. Seus braços fortes me envolveram, e suas mãos destemidas subiram até a metade de minhas costas, me acariciando de um jeito estonteante.

Eu estava tão enlouquecida, tão fora de mim, que alguns minutos depois me vi agarrando seus cabelos da nuca, já totalmente ofegante como ele, enquanto sentia Sammy soltar pesadamente o ar durante o beijo. Num impulso, permiti que ele me erguesse pela cintura rapidamente e me sentasse na bancada, se encaixando entre minhas pernas e derrubando um vaso de flores no chão. Sem nos darmos conta desse pequeno desastre, continuamos nos beijando enfurecidamente, até que toda a euforia daquele momento começou a se mostrar de sua cintura pra baixo. E que euforia.

Mesmo impedida de me afastar dele por uma força invisível e extremamente dominadora, minha consciência aos poucos foi voltando, e fui me dando conta do que eu estava permitindo acontecer. Várias imagens passaram pela minha mente, a maioria envolvendo Ariel. Se ela visse isso ela ficaria traumatizada.

— Sammy, nós não podemos. — Disse, mas ele não me ouviu.

Sammy grudou seus lábios macios nos meus, fazendo meu corpo inteiro formigar descontroladamente. Soltei um gemido involuntário quando nossas línguas se encontraram, e só então me lembrei de como era maravilhoso tê-lo tão perto de mim, ter suas mãos viajando sem limites pelo meu corpo, ter seu hálito de quem acabou de escovar os dentes misturado ao meu, sentir o calor de seus braços me envolvendo.... De como era bom beijá-lo, abraçá-lo, embrenhar meus dedos em seus cabelos, deslizar minhas mãos por seus ombros sem a menor censura, sem o menor receio.

A cada segundo, aquele beijo se tornava mais profundo, como se estivéssemos doentes de saudade um do outro. O que não era mentira no meu caso, mesmo que inconscientemente. Quando ele se aproximava de mim daquele jeito, com aquelas intenções, num lugar onde ninguém poderia nos ver, era como se tudo à nossa volta sumisse. Só existia eu e ele. O resto era mero detalhe.

Eu agarrava seus cabelos da nuca com uma mão, e com a outra, explorava seu abdômen perfeitamente esculpido por debaixo de sua blusa vinho. Após alguns minutos, eu desci meus beijos por seu pescoço cheiroso, enquanto puxava sua blusa até a altura do peito. Não levei muito tempo para vê-lo se desfazer da peça com rapidez, totalmente sob o meu comando.

Agora que ele estava sem camisa, o calor se tornava quase insuportável.

Ele colocou meus cabelos para um lado só e beijando lentamente as partes expostas de minha nuca e pescoço. Meus olhos se fecharam pesadamente, como se os leves toques de seus lábios em minha pele tivessem o mesmo efeito de soníferos, que de alguma maneira só deixavam meu coração ainda mais acelerado. A respiração quente e fraca dele ao pé do meu ouvido estava me dopando, arrancando meus pés do chão e me levando às alturas. Ainda incapaz de dizer qualquer coisa, apenas o deixei continuar.

Àquela altura eu já estava arrepiada da cabeça aos pés, sem fazer questão de esconder. Era até bom mesmo que ele soubesse que nada mais me importava naquele momento a não ser ele, e a inexplicável necessidade que eu tinha de tê-lo o mais próximo possível de mim para que toda a minha aflição sumisse.

Ele roçou a ponta de seu nariz no lóbulo de minha orelha, mordiscando a região lenta e torturantemente logo depois, e em meu último instante de sanidade, ele se afastou.

Ele me olhou confuso, e agarrou a blusa saindo pela porta. Ele voltou e parou na porta.

— Me desculpa, Amanda, eu não sabia o que estava fazendo eu... — Ele não completou a frase.

Sammy saiu e não voltou. Desci da bancada ainda dopada com tantas sensações. Lembro-me de ver Ariel entrar no quarto e deitar em sua cama, ela sorriu para mim. Não lembro de ter correspondido. Apenas apaguei na poltrona ao seu lado.

 

 


Notas Finais


Trailer primeira temporada: https://www.youtube.com/watch?v=3mba31H6fv0 ;
Trailer segunda temporada: https://www.youtube.com/watch?v=lbKBR8VvRJg ;
meu twitter: @samwilkgirl

Estou respostando eternal love, estarei respostando dangerous attraction depois :)

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