História Eu, a lua e a Mariela - Capitulo 35

Narração Luan

Era o lugar mais lindo que eu já havia visto, a água era de um azul inexplicável, as pedras úmidas das paredes da gruta, brilhavam, parecia ter algum tipo de cristal nas paredes deixando tudo bem mais belo.

– Deus é...Estou sem palavras.

– Sim é lindo.

– Até as paredes, elas brilham.

– Ah é por causa dos diamantes.

– Quê?

– Isso na parede são diamantes, fico feliz que nenhum homem tenha achado essa gruta ou teriam colocado ela a baixo pela vaidade humana.

– Sou o primeiro ser humano a vir aqui?

– Sim. As sereias protegem esse lugar sempre, é quase que uma afronta eu te trazer, você não pode contar a ninguém.

– Não irei.

Sentei em uma das pedras da única parte que havia terra naquela gruta, Mariela veio até a borda e sentou ao meu lado.

– Obrigada por me trazer aqui meu amor.

– Gosto daqui, queria te trazer há tempos.

Puxei sua nuca e a beijei com delicadeza e sorri.

– Olha!

Peguei no chão uma pedrinha em formato de coração, só então percebi que era um diamante.

– Nossa! Parece um coração.

– Sim, parece mesmo.

Então tive uma ideia, lembrei que eu estava usando meu colar, sei lá porque estava usando, mas eu estava, abri a roupa de mergulho e Mariela me olhou assustada.

– Luan é... Não sei se vai rolar isso aqui.

– Não quero fazer amor calma, quer dizer eu quero, mas não agora.

Ela riu e eu tirei meu colar, como não era uma corrente e sim uma linha eu podia amarrar no diamante, me perguntei o porquê de eu ter comprado esse colar de miçangueiro, mas tô nem aí, tirei o pingente e com muita dificuldade o diamante virou um colar.

– O que está fazendo?

Coloquei o "colar" no pescoço de Mariela e sorri.

– Pra você não esquecer o quanto eu te amo.

Ela sorriu.

– Ah Luan...

– Não precisa...

Ela colocou o indicador nos meus lábios e tirou a cauda completamente da água, então olhou nos meus olhos e disse:

– Eu te amo Luan.

Aquelas palavras ecoavam na minha cabeça, eu mal podia acreditar, então senti os lábios dela nos meus, segurei seus cabelos e aprofundei nosso beijo, quando nos separamos ela limpou minhas lágrimas eu nem sabia que estava chorando.

– Você...

– Sim Luan, eu te amo. Você me provou que isso é possível.

– Por favor... repete.

– Eu amo você.

– Ah Mariela. Eu também amo você. Não pensei que você pudesse aprender a me amar.

– Acho que sempre te amei, desde que te vi naquele iate.

– Amor a primeira vista. E se eu dissesse que sempre sonhei com uma mulher como você e que quando abri os olhos depois de ter quase morrido tive quase a certeza de que minha felicidade toda estava ali.

– Você é romântico.

– E você é o amor minha vida. Minha sereia.

– Meu cantor.

Nos beijamos novamente e sorrimos.

– Pena mesmo essa cauda nos impedir.

– Então vamos voltar pra onde não temos ela pra nós atrapalhar.