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História Eu apenas queria ver seu rosto irado. - Um dia de chuva pode mudar uma rota.


Escrita por: SrMogeko

Notas do Autor


Oie amores, vamos aos meus desabafos sobre minha vida, estava com um bloqueio de criatividade enorme e uma nota ruim em química, me desmotivei, mas hoje me bateu a inspiração e continuei. Não está essas coisas, mas é o que temos para hoje. Gomen ;-;
Aproveitem.. eu acho.

Capítulo 4 - Um dia de chuva pode mudar uma rota.


Tinham se passado quase cinco dias desde que Izaya trabalhava tranquilamente como garçom, fazia quase cinco dias que a cidade de Ikebukuro estava atipicamente normal, os conflitos entre gangues eram nulos; rumores estranhos não rondavam pelas ruas da cidade; mafiosos e agiotas permaneciam inativos, quase inexistentes; a motoqueira negra, pela falta de trabalho como transportadora mal saia de casa, provocando a falsa impressão que até a lenda urbana tinha ficado entediada com a quietude da cidade. A cidade acordava e dormia e nada espetacular ou bizarro acontecia, isso era, mesmo que contraditório, o que causava estranheza em seus moradores. Todos estranhavam, mas poucos francamente se interessavam em saber a causa e um em específico sabia quem estava por trás disso tudo. Shizou desconfiava que tudo que acontecia na sua cidade tinha um dedo de Orihara, assim como o que deixava de acontecer, não era coincidência o Izaya desistir de seu antigo emprego ao mesmo tempo em que a cidade afundava em uma normalidade incomum, não era preciso muito esforço para chegar a essa conclusão, principalmente quando se tratava do moreno, Shizou julgava até o silêncio do antigo informante suspeito.

O guarda costas acompanhava Tom pelas ruas da cidade em mais um dia trabalho, o céu estava nublado denunciando a breve chegada do inverno, o loiro, no entanto, estava tão nublado quanto o céu, andava pisando forte e bufando, seus ombros tensionados e o rosto explicitava sua presente irritação, mal começou o dia e uma cartela de cigarros já estava pela metade, contudo não existia motivos para estar irritado, o trabalho não estava sendo infrutífero, devedores o suficiente tinham pagado suas dívidas sem ao menos serem ameaçados, não tinham tropeçado com nenhum arruaceiro ou membro de gangue que quisesse comprar uma briga, mas isso não impedia de ficar mais enraivecido com cada minuto que passava. Tom desconhecia o motivo da súbita irritação de seu guarda costas, porém o mesmo sabia muito bem o porquê estava desse jeito, desde aquela noite que tinha deixado Izaya sair ileso, sentia uma imensa frustação por ter vacilado em acabar com sua cara, algo havia mudado, ele sabia disso, devia ser a pulga o manipulando como costumava fazer, não se reconhecia agora, não se reconheceu muito menos quando fez um acordo com a pessoa que mais odeia e em seguida virou as costas para ela como se fosse o certo a ser feitor, sentia que estava participando de mais um dos planos de Izaya e não conseguia sair, sabia muito menos quando tinha entrado, talvez na hora em que concordou com tudo aquilo sem nem dar nenhum soquinho naquele rosto pálido. Saber que era apenas um peão nas mãos de Izaya que ditava seus movimentos no jogo deixava Shizou profundamente enfurecido.

Para piorar essa situação que era por demais estressante, o loiro tinha lidar que passar em frente o Russia Sushi, que outrora tinha sido seu restaurante preferido, e sentir o cheiro forte e impregnado da pulga, ás vezes olhava de soslaio e avistava o moreno servindo os clientes com um grande sorriso nos lábios, realmente era  um bom ator esse Izaya, o sorriso chegava a parecer verdadeiro e genuíno, enganava todos os clientes menos o loiro que mesmo não achando traços de cinismo em seu semblante sabia que não passava de uma expressão bem ensaiada. Por conta da presença constante de Izaya em Ikebukuro a rotina do guarda costas tinha mudado bastante assim como seu humor e saber que o simples fato do moreno trabalhar em um restaurante nessa cidade causou tantas mudanças em sua vida não o agradava nem um pouco. O dia seguia tranquilo e Shizou ficava mais e mais frustrado e enraivecido, a tarde caía sem grandes reviravoltas. Cinco cigarros, dois devedores arremessados no ar e um poste arrancando depois o céu já ganhava tonalidades alaranjadas e avermelhadas sinalizando que logo a noite chegaria. Sua nova rotina a partir desse horário era seguir Tom até o restaurante russo, depois de deixar ele lá ia comer em qualquer outro lugar longe o suficiente para que o cheiro de um certo garçom não estragasse sua refeição, enquanto caminhava junto ao seu patrão pescou mais um cigarro da cartela que se encontrava quase vazia, acendeu e em seguida levou aos lábios para uma profunda tragada prendendo a nicotina em seus pulmões, segundos depois deixou a fumaça se esvair, como o entardecer estava úmido a fumaça saiu densa formando uma cortina branca dançando na frente do rosto do loiro, ele fitava com seus olhos quase dourados as nuvens paradas no e céu suas mais variadas cores, dedicava pouco tempo para simplesmente observar algo belo e nesse momento se deu conta de quanto estava perdendo com isso, ficou se perguntando o motivo de quase não apreciar a natureza e se respondeu quase automaticamente que realmente não se importava com isso. A voz grave de Simon fazendo propaganda de seus sushis fresquinhos tirou o loiro de seus pensamentos.

- Comam sushi, o peixe está fresco, comam sushi. – Simon tentava entregar panfletos as pessoas que passavam apressadamente na frente do restaurante.

Shizou estava tão imerso em seus pensamentos que chegou a ignorar por um momento o cheiro forte que vinha do restaurante em sua frente, quando percebeu que estava onde a pulga trabalhava, franziu sua testa e cerrou o maxilar e olhou de canto de olho para conferir se o causador de sua constante raiva o olhava divertido com aqueles olhos rubros e esboçava um sorriso sarcástico, mas não ele não estava ali, talvez em um lugar mais afastado preparando sushis.

- Shizou vai comer aqui hoje? – Perguntou o sushiman calmo como sempre.

- Não como ai até você chutar aquela pulga para fora. – Dispensou o convite abanando com a mão em seguida ajeitando o óculos escuro em seu nariz.

- Ora, dê uma chance a ele, devia ver como é esforçado. – Ditou pausadamente.

- Até você acredita naquele desgraçado! Ele está apenas jogando como sempre. – Elevou sua voz e as veias no seu pescoço ficaram saltadas, ver um amigo seu defendendo seu inimigo e ainda sim manter a calma não estava dentro da lista de habilidades do loiro.

- Volte para casa, você está dispensado por hoje. – Tom proferiu colocando uma mão no ombro de seu guarda costas, na verdade estava preocupado com o humor dele e também temia que mudasse de ideia a respeito de jantar no restaurante e acabar tendo que pagar a conta sozinho novamente.

O loiro assentiu com a cabeça satisfeito, tudo o que queria agora era ir para casa, sentar no sofá e fumar enquanto assistia qualquer coisa que estivesse passando na televisão, comer alguma porcaria industrializada, tomar um banho quente e finalmente se deitar em sua cama e tentar esquecer a existência de Orihara Izaya.  O loiro agradeceu mentalmente por não ter que esperar Tom terminar de jantar sendo servido por Izaya enquanto comia sozinho, não que tivesse ciúme ou se importasse de ter companhia durante as refeições, porém aquilo feria seu orgulho. Ele não disse nada, apenas acenou com uma mão se despedindo, girou os calcanhares e saiu, caminhava em direção a uma loja de conveniências para comprar um macarrão instantâneo, como morava só pouco se importava de fazer uma janta completa, se limitava em converter loja de conveniências em uma enorme geladeira, seus passos firmes abriam caminho em meio a multidão, afinal ninguém em seu pleno juízo teria a audácia de permanecer na frente do homem mais forte da cidade, então suas narinas foram tomadas por um cheiro familiar e ouviu passos apressados se aproximando rapidamente, mentalizou a figura do moreno correndo atrás dele com os olhos brilhando de maldade, um sorriso nos lábios finos, segurando o cabo do seu canivete pronto para apunhalá-lo pelas costas. Os passos estavam mais audíveis, mais próximos, teria que tomar alguma iniciativa a respeito disso, estancou seu movimento e apenas esperou seu perseguidor estar perto o suficiente, depois de poucos segundos o menor o alcançou, o loiro em legítima defesa, pelo menos ele achou que foi, girou seu corpo junto com o punho já fechado acertando a bochecha alva de Izaya o arremessando alguns metros para trás, quando ouviu o baque surdo do corpo esguio de encontro com a calçada sua raiva repentina devido ao surto de adrenalina passou o bastante para perceber que de fato não agira conforme deveria. Orihara estava inerte no chão, com a lateral do rosto inchada e vermelha, seus olhos estavam fechados, porém seus cílios se mexeram rapidamente e em seguida os abriu lentamente mostrando sua íris rubra, dentre todas as ações que alguém que acabou de ser nocauteado poderia fazer, Izaya simplesmente levantou os dois braços segurando um pacote de biscoitos nas mãos, abriu um fraco sorriso e falou quase sussurrante.

- Os comprei hoje de manhã para você, para poder tomar junto com leite. – Todas as forças de Shizou foram embora depois de ouvir essa frase, sentiu a culpa pesar em seus ombros, mas nunca abriria a guarda quando se tratava de Izaya.

- Não quero nada que vem de você. – Cuspiu as palavras secamente

Em um ato quase falho o moreno se levantou, tocou com as pontas dos dedos a área machucada em seu rosto e recuou quase automaticamente devido a dor que sentiu, franziu o cenho e contraiu os lábios em uma linha tênue devido o ferimento recém ganho, limpou suas roupas, invés de um avental feminino agora usava um kimono branco com detalhes na cor azul como os outros que trabalhavam no mesmo restaurante, ajeitou brevemente seus fios negros e voltou um olhar ingênuo para o maior.

- Não se preocupe, eu nem mexi na embalagem, pode conferir. – Ofereceu novamente os biscoitos.

- Resolveu me dar biscoitos agora? Acha que sou burro, pulga? – Na verdade ele achava justamente isso, mas deteve sua vontade de comentar sobre a sua curta inteligência e apenas insistiu mais uma vez com uma voz doce.

- Sempre vivemos em pé de guerra e como vou ficar boa parte do meu tempo na mesma cidade que você achei que seria uma boa ideia te dar um presente para começar a fazer as pazes. – Fez uma pequena pausa e tocou no laço que enfeitava o saco dos doces. – Começar pois sei que vai demorar um pouquinho, né? – Riu constrangido.

- Não quero fazer pazes com você, quero que revele logo sua cara por trás dessa máscara sorridente e deixe minha cidade em paz.

“Droga, ele é esperto demais para um monstro” Izaya pensou sem tirar sua expressão ingênua, de certa forma estava surpreso com o loiro, não imaginava que poderia ver tão claramente as coisas que tramava, era por isso, mais que qualquer outro motivo, odiava Heiwajima Shizou.

- Tenho que voltar logo para o trabalho, só vim entregar os biscoitos. Vai querer ou não? – Disse esticando os braços.

Shizou pegou o pacote bruscamente e examinou o conteúdo já que a embalagem era transparente, tratava-se de biscoitos caseiros de baunilha com gotas de chocolate, pareciam ser bastante saborosos, todavia a pessoa que tinha lhe dado esses biscoitos os deixava incomestíveis, tendo isso em consideração o loiro amassou o pacote até seu interior virá pó e jogou no chão. Izaya olhava aquela cena em um misto de irritação e decepção, mas claro que era fingimento, não esperava reação diferente de seu monstro, suspirou voltando para Russia Sushi.

- Nunca achei que seria fácil mesmo – Disse o moreno dando de ombros enquanto voltava ao trabalho.

O guarda costas deu um chute em seu presente antes de seguir seu caminho também, deveria estar menos irritado pelo o soco que tinha dado, porém sua irritação em nada tinha diminuído se encontrar com o moreno apenas contribuía para aumentar sua raiva. Foi comprar sua janta tentando manter sua mente ocupada com outros pensamentos que não envolvessem as variadas formas de matar Orihara. O caminho para sua casa não demorou muito, alguns passos e já estava pegando as chaves para abrir a porta, deu tempo apenas de entrar e tirar os sapatos para a chuva forte começar a cair sobre Ikebukuro. Shizou prontamente se dirigiu ao banheiro para um merecido banho quente, se despiu de qualquer roupa e entrou debaixo do chuveiro sentindo a água quente desfazer os nós de tensão do seu corpo, fechou os olhos e desejou que aquele momento não acabasse nunca, ficou ali tempo suficiente para se sentir renovado, o que foi muito tempo, a contragosto fechou o chuveiro e encerrou o seu demorado banho. Colocou peças de roupas confortáveis e limpas e se sentou no sofá ligando a televisão, passou um bom tempo apenas sentado olhando para a tela da tevê, só saiu de lá, no entanto quando seu estômago reclamava por comida, torceu o nariz quando lembrou que mais uma vez sua janta seria macarrão instantâneo, caminhava em direção à cozinha quando ouviu duas batidas tímidas em sua porta, não precisou abrir a porta para saber quem era, nem se perguntou porque mesmo sabendo quem era abriu a bendita porta. Izaya estava parado em frente o apartamento de Shizou, completamente encharcado, trêmulo e com os lábios roxos, de seus cabelos pingava água, suas roupas pretas habituais estavam ensopadas e para completar havia se formado uma pequena poça no chão, definitivamente tinha apanhado a chuva que insistia em ficar.

- O que quer? – Perguntou o maior ríspido.

- Bem, eu tinha acabado de sair do trabalho e acabei tomando essa chuva, como estava sem guarda chuva e como sua casa é mais perto que a minha bem mais perto, decidi pedir para passar apenas essa noite aqui. – Ditou suplicante esfregando as mãos para tentar produzir algum calor.

- Devia ter dormido no restaurante. – Anunciou secamente fechando a porta.

- Espera, espera. – Colocou uma das mãos para impedir. – É só por hoje e também trouxe um filé de salmão, posso preparar sushi para você, considere o meu pagamento pela estadia. – Falou  tentando convencer erguendo um pacote a altura do rosto do loiro. Como estava com preguiça de cozinhar e estava vivendo cerca de uma semana de comida industrializada, deu espaço para o moreno entrar.

- Vá direto para o banheiro. – Ordenou apontando em direção ao cômodo.

Izaya obedeceu sem protestar, deixou o pacote com salmão no balcão da cozinha e uma mochila em uma cadeira e seguiu para o banheiro, tirou suas roupas as colocando em cima da pia, ligou o chuveiro e se aqueceu com a água que escorria pelo seu corpo, ao mesmo tempo em que Shizou procurava em seu guarda roupa alguma peça pequena que não gostasse mais, provavelmente queimaria depois que as emprestasse para o moreno, pegou uma blusa branca de manga longa e uma calça de moletom que ficavam meio apertadas nele, andou até o banheiro e falou um pouco alto demais.

-Roupas secas, pulga. – Ouviu o som do chuveiro cessar e em seguida a porta foi aberta deixando o vapor escapar, Izaya estendeu seu braço pela a abertura afim de pegar as roupas.

- Obrigado, Shizou. – Agradeceu pegando suas roupas e voltou a fechar a porta. O loiro piscou duas vezes, talvez de todas as mudanças do Orihara a mais difícil de se adaptar era ouvir o moreno pronunciar seu nome da forma “correta”.    

Poucos minutos depois Izaya saiu do banheiro usando as roupas de Shizou que tinham ficado folgadas nele segurando sua pilha de roupas molhadas na mão.

- Onde posso deixar isso?

- Eu seco para você. – Tomou as roupas do menor indelicado e as jogou dentro de uma secadora.

- O-obrigado. – Disse acompanhando os movimentos do loiro com os olhos.

Shizou retomou a tempo de acompanhar o menor até a cozinha, para se certificar que não iria fazer algo estranho ou colocar veneno na comida, afinal do seu pior inimigo de quem se tratava, se sentou em uma cadeira próxima e fitou o moreno manuseando o peixe, ele pegou uma faca amolada em uma das gavetas, o loiro se remexeu e ficou atento para a qualquer momento ter que desviar de um ataque se a pulga o tentasse fazer, não sabia o porque permanecia sentado enquanto Izaya segurava uma faca em sua cozinha, não sabia porque não estava se sentindo tão ameaçado como deveria, mas não abaixou sua guarda observando com atenção todos os movimentos do menor, por sinal ele era muito habilidoso com as lâminas, tinha que admitir, em questão de segundos uma boa quantidade de peixe tinha sido fatiada, parecia que não tinha feito esforço algum, a faca se movia com fluidez nos seus dedos pálidos e finos, chegava a ser invejável.

- O avental rosa seria ótimo para essa situação. – Shizou comentou sarcástico. O moreno abaixou a cabeça constrangido e tentou se defender.

- Isso foi porque não tinha um kimono sobrando no dia, tive que usar aquela roupa. – Sua voz saiu baixa, tomado de vergonha por ter sido recordado de sua antiga farda de trabalho.

- Você ficou uma gracinha. – Shizou continuava a zombar Izaya, rindo descaradamente em sua frente, judiar do menor sem que o mesmo não fizesse nada além de corar e bufar irritado, alegrou o dia do loiro mais do que ele queria aceitar.

 Algum tempo depois os sushis estavam prontos, com o arroz que Izaya também tinha trazido do trabalho, era uma pessoa preparada para vários tipos de situação ou talvez, só talvez tivesse planejado que faria o jantar do Heiwajima essa noite. De qualquer forma ambos se encontravam sentados à mesa fazendo uma refeição silenciosa e assim se manteve até que Shizou acabou com o silêncio e junto com ele o seu último sushi.

- Você dorme no sofá, eu trago um cobertor. – Mal tinha terminado de falar e se levantou em direção ao quarto não dando tempo para o moreno responder, voltando com uma coberta em mãos. Izaya se levantou da cadeira e tomou o cobertor delicadamente dos braços do maior, se sentou incômodo no sofá e encarou o loiro que o fitava vigilantemente.

- Obrigado por tudo, boa noite. – Disse entre bocejos e acariciando seu rosto na maciez do cobertor, estava com sono e isso não fazia parte de sua atuação, essa rotina de acordar cedo e trabalhar até a noite era desgastante para alguém que era acostumado a fazer dinheiro sem sair de uma poltrona. Shizou nada respondeu, assistia o moreno se deitar no sofá, seus olhos rubros fecharem lentamente, encolher o corpo para que nada de calor fugisse, logo sua respiração era profunda e ritmada, seu peito se levantava e abaixava conforme o ar entrava em seus pulmões. Como conseguiu adormecer tão facilmente na frente de quem mais deseja o matar? O loiro se perguntava. Continuava a analisar os traços delicados do rosto do menor, os lábios entreabertos, um hematoma em sua bochecha dava um pouco de cor para aquela palidez, sua expressão era serena, tranquila a tal ponto que Shizou quase esqueceu que o ser que ressonava agora inofensivo em seu sofá tinha desgraçado a sua vida, vale ressaltar o “quase”.  Se deu conta que observava Izaya a tempo demais, virou o rosto contrariado e seguiu para seu quarto.

Ele apenas não queria admitir e provavelmente nunca o faria, que naquele momento estava simplesmente contemplando algo belo.


Notas Finais


Talvez eu deveria estar dormindo.
É, virei a noite escrevendo isso.


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