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História Eu apenas queria ver seu rosto irado. - Nem mais, nem menos.


Escrita por: SrMogeko

Notas do Autor


Desculpas pelo o tempo que fiquei sem postar. T-T, mas agora estou de férias *grito histérico de felicidade* e vou poder postar com mais frequência. (Eu juro)

Capítulo 6 - Nem mais, nem menos.


A manhã passou rapidamente, diferente da noite que passou se arrastando, talvez de tão constrangedora que foi. Shizou não dormiu quase nada, mas fingia que dormia quando Izaya voltou do banheiro.  O moreno se deitou cautelosamente, pois não desejava acordar o loiro que supostamente dormia.  Na cama o maior nem se mexia, com os olhos fechados tentando acreditar que o acontecimento de alguns minutos atrás era uma cena bem ensaiada do Orihara. Contudo, suspeitava que o menor não chegasse a esse extremo. Ou chegaria? Bem, provavelmente sim. O moreno não fazia nada sem segundas intenções, todos seus movimentos tinham um propósito, até os movimentos “involuntários”, pelo visto.

 O loiro se esforçava para ler os sinais. A proximidade com Izaya era perigosa, tudo nele era perigoso. Ele conhecia a pulga tempo bastante para saber de suas artimanhas, o conhecia mais do que gostaria de admitir. Talvez estivesse apenas seguindo a linha de raciocínio da frase “amigos por perto, inimigos mais perto ainda”. O loiro bufou e praguejou baixinho ao se dar conta que Izaya de fato estava mais próximo dele que qualquer outro amigo já esteve, até mesmo Celty. Aquilo perturbou Shizou profundamente, queria mais que tudo o Orihara o mais distante possível. Socou sua própria mão, determinado. Izaya se remexeu sob os lençóis e segurou de leve o braço do maior. Shizou colocaria um fim naquilo tudo. Nas noites que Izaya dormia no seu apartamento; no toque dos seus corpos que vez ou outras se encostavam; nas vezes que encarava o menor como se ele não fosse uma pulga maldita que acabou com sua vida. Estava disposto a eliminar quaisquer resquícios da passagem do moreno da sua vida (Ele mesmo duvidava se conseguiria). Prometeu a si mesmo que se Orihara virasse um sem-teto, ainda assim não o colocaria para dentro do seu apartamento de novo. E com esses pensamentos nem um pouco saudáveis, o loiro finalmente adormeceu.

Acordou sozinho na cama, felizmente. O cheiro forte de Izaya fez com que seus pensamentos nada bondosos voltassem. Definitivamente precisava dar um basta nessa situação. O pior era que se sentia afundando, caindo no jogo de Izaya sem fazer absolutamente nada para voltar até a superfície. Deixava que ele o tocasse, dormisse ao seu lado, sussurrasse o seu nome. Tinha receio que isso significasse que no fundo gostava da companhia da pulga, ou decididamente o moreno tinha deixado ele louco. Foi tirado dos seus pensamentos quando a porta do seu quarto abriu e Izaya espiou para dentro do cômodo. Seus olhos fitavam o chão, mexia as pernas, nervoso. Usava suas costumeiras roupas pretas que contrastavam com sua pele alva. Os cabelos bagunçados caíam sobre os olhos. Shizou franziu a testa, o menor não vestia sua farda de trabalho, a essa hora da manhã ele normalmente já tinha se trocado. Balançou a cabeça em autonegação. Isso não era da conta dele. Mentalizou a frase “Não é problema seu o que a pulga faz com a vida dela” antes de falar.

- O quê quer, pulga? – Falou gélido.

- Sua blusa. – Disse como se essa resposta fosse óbvia. Algo como “Claro que eu quero sua blusa como lembrança, caso o contrário ninguém vai acreditar que eu dormi duas vezes aqui e sobrevivi” .

- Como é? – Shizou estreitou os olhos e encarou Izaya como se tentasse ler seus pensamentos.

O moreno simplesmente deu de ombros. – Eu sei que você vai jogá-la fora mesmo. – Voltou a mexer os pés, inquieto. – E, bem, é uma boa peça, confortável e... Cheira bem.

Shizou desejou voar em cima de Izaya e tampar sua boca desgraçada que lhe causavam tantos problemas. Queria gritar com ele, o xingar de todos os insultos que conseguisse lembrar. Odiava a capacidade do moreno de lhe tirar do sério com apenas palavras. Odiava esse Izaya constrangido, educado e que fazia seu jantar quando podia ainda mais que o Izaya que o perturbava, metia ele em encrencas e o chamava de monstro. Nunca desejou tanto que o antigo Izaya voltasse, porque esse ele tinha motivos para perseguir e atirar máquinas de venda automática, mas o que estava na sua porta fitando o piso aparentava ser tão inocente que mesmo que quisesse quebrar seus ossos, seu corpo iria vacilar e iria acabar com sua mão fechada, parada no meio do movimento suspensa no ar. Como geralmente vinha acontecendo de uns tempos para cá. Mesmo carregado de toda boa vontade do mundo, sabia que Izaya não queria apenas sua blusa, queria acabar com sua vida pela bilionésima vez. Não iria se deixar levar pelas provocações da pulga.

- Certo, leve. – Disse no tom mais indiferente que era possível na situação.

Orihara piscou, permaneceu em pé, estático e de cenho franzido na porta do loiro. Shizou se divertiu com a expressão incrédula que surgiu no rosto de Izaya, se esforçou para não esboçar nenhuma reação que denunciasse isso, já que pelo visto indiferença o afetava.

Izaya limpou a garganta e continuou. – Eu também vou me afastar de Ikebukuro, então vou voltar ao antigo trabalho, mas vou prestar os serviços longe da cidade, eu garanto. - Shizou pensou em ter visto um sorriso cínico se formar nos lábios do menor, com um ar vitorioso como se acabasse de fazer uma ótima jogada no pôker. O loiro repetiu seu mantra mentalmente. “Não é problema seu o que a pulga faz com a vida dela.” “Ok”, pensou Shizou, “Se isso é um jogo então eu vou jogar”.

- Por que está me dizendo isto? – Deu a cartada final.

O rosto de Izaya murchou, com um semblante misto de confusão e surpresa. O moreno piscou tantas vezes que Shizou quase pensou que tinha caído algo nos olhos dele.  A expressão de Izaya era impagável.  A vontade que Shizou sentia de bater nele foi compensada pela forma que o moreno ficou sem palavras. Com certeza não esperava aquela resposta do maior.

- Bem, hm. – Tentou controlar a voz e manter a postura. – Pensei que ficaria satisfeito com a noticia, só isso. – Shizou notou que o menor parecia estar menos nervoso que quando começou a conversa. O loiro deduziu que seu nervosismo era apenas fingimento.

- Ah. – Abanou com a mão em desdém. – Tanto faz. – Se levantou da cama e caminhou até a porta, quando passou por Izaya que ainda se matinha inerte na passagem comentou. – Demore o tempo que quiser para sair, Izaya-kun. – E foi para o banheiro.

Izaya desmoronou por dentro. Nem mesmo ele conseguia processar o que tinha acabado de acontecer. Era como se Shizou tivesse dormido e acordado completamente diferente. Com bem mais de dois neurônios, que era a quantidade que o moreno julgava que o outro tinha. Quando amanheceu já tinha uma ideia do que fazer para acelerar o processo de aproximação com o Shizou, tudo para o seu plano, claro. Pensou em tudo durante a noite, enquanto fingia que dormia e aproveitava para abraçar o loiro. (Isso também fazia parte do seu plano). Porém, o sonho que tivera o perturbava. Não entedia como foi sonhar justo com aquilo. E ainda por cima gozar com aquilo. Queria resetar sua cabeça, pois claramente ela estava bem danificada. Tentava achar uma boa justificativa para ter aquele tipo de sonho com o monstro de Ikebukuro. Talvez fosse seu sadismo e sua vontade de manipulação se manifestando de forma sexual com o alvo principal de seus ataques. Não, não era exatamente isso, no final do sonho Shizou que passou a dominá-lo e foi assim que ele acabou go... Izaya tratou de esquecer-se disso, foi vergonhoso e feriu seu ego demais para ficar relembrando.

Poderia ser também sua falta de relacionamentos, por conta do trabalho e por gastar seu tempo livre infernizando a vida do loiro, então como ele era a pessoa mais presente e pela escassez de outros estímulos só sobrou o cérebro de protozoário. Espera, isso fazia algum sentido? Teria que fazer. Izaya não tinha pensando em uma desculpa mais convincente para se tranquilizar. Afinal, deve ser bastante preocupante ter um sonho erótico com o seu inimigo N°1.

 Outras coisas, todavia o preocupavam mais que o sonho. Coisas como, gostar do tempo que ficou com o maior, de sentir o seu cheiro e de como se sentia estranhamente protegido ao lado dele, pelo menos nesses dias que Shizou não demostrava sua vontade de acertar um poste nele.

O sonho devia ser apenas uma forma que seu corpo achou para aliviar as tensões desses dias. Nem mais. Nem menos.

Contudo, isso não eliminava o fato do Shizou ter visto tudo em primeira mão.  Se existisse uma premiação para as situações mais constrangedoras a do moreno teria um lugar no pódio certeza. Entretanto, a situação não era de toda ruim. Izaya percebeu a reação do loiro, mesmo com um olhar furioso e com os punhos cerrados, suas bochechas ficaram levemente coradas e existia uma pontada de curiosidade em seus olhos.

Izaya ponderou sobre o que estava deixando Shizou curioso, tirando o fato de ver aquela cena toda, claro. Quem sabe tentava adivinhar como foi o sonho.  Devia imaginar que Izaya estava vendo o loiro numa câmera de tortura com os dedos dos pés sendo arrancados e assim o moreno atingiu o ápice, ou então o moreno sonhava com Shizou preso em uma cadeira tendo que ouvir o menor o chamar de “Shizu-chan” sem poder fazer nada para impedir. As duas opções eram terríveis, mas era melhor que Shizou saber sobre a verdade humilhante.

Mas, depois da conversa com Shizou a impressão que Izaya teve foi de que nada disso tinha realmente acontecido. Ele conversou normalmente, sem se abalar com nenhuma frase de Izaya, manteve o tom de voz e nem tentou socar a cara dele nenhuma vez. Parece que todo esse tempo que ficou próximo do loiro serviu como um antidoto para o veneno do menor. Izaya desconfiou que Shizou se tornou imune a ele. E foi assim que acabou parado na porta do quarto dele mesmo depois de Shizou deixar o cômodo. Confuso ou não tinha que tomar uma atitude. Pegou todos seus pertences, inclusive a blusa de Shizou e saiu do apartamento antes do loiro terminar o seu banho.

Shizou que saiu do banheiro pensando que ia encontrar Izaya corado e nervoso por aparentemente nada, apenas encontrou seu apartamento vazio. Exatamente como se seguiria a semana sem a companhia do moreno. Vazia.

A cidade se afundou no tédio. Nada de diferente acontecia e isso era bem anormal. Nada de gangues coloridas, nada de arruaceiros, nada do ronco da moto da motoqueira negra, nada de Izaya. O humor de Shizou só piorou conforme a semana passava. Alguns devedores o irritaram por tentar fugir pelos fundos da casa, mas não podia despejar neles toda sua força como fazia com a pulga, muito menos deixar eles hospitalizados, pelo menos não com muita frequência. Fazia muito tempo desde a última perseguição com Izaya pelos becos de Ikebukuro, fazia muito tempo que não extravasava sua raiva nele. E passar em frente ao Sushi russo e não ver o moreno trabalhando lá não ajudava muito, fazia lembrar o loiro o quanto a ausência dele o afetava mais que deveria. Sempre deixava escapar um suspiro frustrado, por ter deixado a pulga escapar, mais uma vez. Tom acabou percebendo os suspiros do seu guarda-costas toda vez que passavam naquele ponto.

- Isso tudo é saudade do Izaya? – Perguntou mesmo sabendo a resposta. Nenhuma palavra.

Shizou apenas rosnou e acendeu mais um cigarro. Talvez da segunda cartela só desse dia. O gosto amargo da nicotina impregnado na sua boca era tão amargo quanto admitir que Tom tinha razão. De certa forma era saudade do Izaya, mas estava mais para saudade de espancar o Izaya.

Quando a tarde caiu, o tédio cotidiano que havia se instalado foi quebrado quando uma moto negra passou serpenteando os carros na avenida principal, os motoristas nem tinham tempo de buzinar indignados com o intruso que fazia ultrapassagens arriscadas, porque a moto logo sumia no mar de carros e faróis vermelhos. A motoqueira negra costumava ser veloz, porém corria mais que o comum. Chegava a subir no capô de alguns carros e voltava para a pista com um salto. Cerca de cinco motoqueiros tão ágeis e velozes como ela, se é que isso era possível, estavam em seu encalço. Os motoqueiros usavam a mesma roupa, um casaco de couro preto com o nome “Team Street” bordado em branco nas costas, calças pretas e botas idênticas, até mesmo as motos eram iguais. Estava sendo perseguida. A motoqueira subiu em mais um carro, atravessando toda a avenida para uma ruela vazia, deixando para trás um grupo de motoqueiros que tratavam de segui-la e um motorista que gesticulava furioso no meio de uma ligação. “Estou lhe dizendo, tinha uma moto em cima do meu carro!”.

Com uma curva fechada que fez os pneus da moto assobiarem no asfalto Celty entrou em um conjunto de ruas pequenas e estreitas. Seus perseguidores se dividiram seguindo caminhos diferentes. Ela acelerou aumentando o ronco do motor deixando atrás de si um rastro de fumaça e poeira. Logo ia chegar ao seu destino. Uma fábrica abandonada. Para deixar uma encomenda, uma espécie rara de flor, algo assim. Estava a 200 metros de uma encruzilhada quando ouviu o barulho das motos se aproximando, antes de chegar o meio da encruzilhada já sabia o que lhe aguardava. Acelerou ainda mais.

Quando chegou no meio do cruzamento, uma moto surgiu na sua frente, e duas surgiram de cada lado. Os motoqueiros conheciam aquelas ruas tão bem como ela. Mesmo encurralada, Celty não diminui a velocidade da moto, com um impulso levantou a roda dianteira e sem ajuda de nenhuma rampa saltou acima da cabeça do motorista da sua frente. A manobra foi surreal, porém ao julgar pelo o minúsculo fio de aço que estava disposto atravessando a rua que a motoqueira seguiu eles deviam estar esperando que saltasse por cima de algumas cabeças tranquilamente. O fio ficava a altura do seu pescoço, Celty nem se deu o trabalho de abaixar a sua cabeça-capacete e deixou que o capacete caísse revelando o seu pescoço esguio que liberava uma densa fumaça negra. A motoqueira parou a moto bruscamente fazendo os pneus chiarem e a poeira se levantar do asfalto, a moto girou e pendeu para um lado. Celty sacou sua foice enquanto projetava sombras contra os motoqueiros que a essa altura recuavam devagar. Era apenas esperar que eles fugissem para poder seguir sem caminho sem ter que fazer saltos arriscados e pular em cima de carros e outros contratempos do dia-a-dia. Era tarde demais quando ela percebeu a distração. Uma moto passou zumbindo na sua retaguarda e puxou a encomenda presa na traseira da moto. Isso serviu de estímulo para que os outros motoqueiros arrancassem e passassem por Celty, seguindo por ruas diferentes confundindo a motoqueira que não pode fazer nada além de enviar mensagens de texto desesperada para Shinra.

Celty tinha que recuperar essa bendita flor, mas não conseguiria fazer isso sozinha. “Shizou” foi em quem pensou, seu amigo nunca a negaria ajuda, contudo, ele não seria útil se não soubesse para onde essa boy band sobre rodas teria ido. Só existia uma pessoa que ela conhecia que seria capaz de rastreá-los. A ideia parecia mais arriscada que qualquer coisa que já fez na vida e ela já tinha feito muitas coisas arriscadas, mas teria que tentar. Esperava que apenas ela terminasse sem a cabeça no final de tudo.

Shizou chegou ao café onde tinha marcado com a Celty na hora, ela estava na frente da loja acenando energética. Shizou sorriu, era bom rever a amiga, era melhor ainda que tinha uma missão para socar alguns caras maus. Tinha sido colocado a par dos acontecimentos de manhã mais cedo, não pensou duas vezes antes de concordar de participar da festa, mas teve que prometer para Celty que não mataria ninguém.

-Ei, bom ver você. – Disse enquanto se aproximava da entregadora.

Celty digitou rapidamente um. “Bom ver você também.”

- Como vamos achar os motoqueiros? – Estalou os dedos das mãos, animado.

Celty mexeu os ombros, apreensiva, digitou trêmula e mais rápida que o normal.

“Então, sobre isso” Mostrou a tela para que Shizou pudesse ler e voltou a digitar. “Você vai ter que me prometer mais uma coisa”. Voltou a mostrar a tela para Shizou, o nervosismo da motoqueira era palpável.  Celty encarou o loiro por um tempo esperando seu consentimento antes de voltar a digitar. “Me prometa que vai trabalhar com a pessoa que vou te apresentar, vocês se conhecem e vão ter que se esforçar para cooperar um com o outro.” Celty parecia uma mãe pedindo para os filhos não quebrarem a casa quando estivesse fora. Nem precisou dizer quem era para Shizou contrair o maxilar e cerrar os dentes. E Celty nem precisou mandar o seu informante se apresentar para que ele aparecer com um sorriso de orelha a orelha saltitando de alegria.

- Há quanto tempo, Shizu-chan.

O moreno se sentia verdadeiramente feliz em rever o loiro, ficou tanto tempo sem importuná-lo que desenvolveu sintomas de abstinência, a alegria tomou conta do menor ao fitar aqueles olhos dourados a luz do dia, aquele cabelo tingido e as roupas ridículas de barman. Ficou tanto tempo longe dele e agora de algum modo se sentia completo. Isso era de fato estranho, acreditou que era apenas seu velho sadismo se divertindo ao rever o monstro pensando das várias maneiras de irritá-lo ao extremo. Apenas isso. Nem mais, nem menos.

- Faz tanto tempo, Izaya-kun. – Shizou retrucou, sorrindo também.


Notas Finais


EU JURO QUE VOU TENTAR POSTAR O PRÓXIMO CAP DENTRO DE 10 DIAS.
(Sim, considerem isso um desafio u.u)


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