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História Eu caminho sempre com você - Capítulo Nove


Escrita por: SessRin

Capítulo 9 - Capítulo Nove


Faltavam dois dias para o casamento.

Sesshoumaru deixava o castelo ocasionalmente, a fim de cuidar pessoalmente de algumas invasões que ocorriam em suas terras, mas costumava retornar dentro de poucas horas.

Rin tentava se distrair, pois estava nervosa e ansiosa para o grande dia. Gostava de passar longas horas na biblioteca, que era enorme, elegante e possuía muitas prateleiras com uma infinidade de livros. A decoração era requintada, os enormes quadros nas paredes exibiam pinturas fantásticas de inu-youkais em suas verdadeiras formas de dai-youkais... claramente eram os ancestrais de Sesshoumaru. Rin adorava ler romances, poesias e histórias antigas.

Estava muito concentrada lendo um dos livros... e não escutou quando as portas deslizantes da biblioteca se abriram.

– Rin. – Sesshoumaru a chamou em voz baixa. 

– Ah! – Estava realmente entretida e o susto foi inevitável. Mas abriu um enorme sorriso e o recebeu com um breve beijo. – Que bom que voltou, Senhor Sesshoumaru! 

– Você foi bem tratada enquanto estive fora? – Sempre a perguntava isso, quando voltava ao castelo. 

– Sim, todos são muito gentis e prestativos comigo, principalmente Asami!

– Isso é o mínimo. Em breve você será a senhora destas terras e todos os servos lhe devem respeito e lealdade. 

Rin ainda ficava sem jeito com todas as regalias, luxos e mimos que recebia diariamente dos servos, mas sabia que com o tempo, iria acabar se acostumando. 

– Inuyasha e os outros estão chegando. – O youkai sentiu a presença deles e a avisou. 

– Finalmente! – A moça pulou de alegria. – Vamos recebê-los, Senhor Sesshoumaru! 

Os dois dirigiram-se para fora do castelo e avistaram os convidados os aguardando do outro lado da barreira feita com o poder de proteção da Tenseiga. Sesshoumaru pegou a espada e cortou uma parte da barreira, formando uma fenda para que entrassem. Todos entraram, e a abertura voltou a se fechar. 

Inuyasha, Kagome e Shippou vieram montados em Kirara.

Kaede, Miroku, Sango e os filhos vieram em Tanuki, o fiel amigo do Monge, que logo foi embora e só voltaria para buscá-los, pois tinha medo de Sesshoumaru.

Kohaku estava casado com uma exterminadora há alguns anos e tinha um filho. Ele foi morar em uma região mais distante e não pôde comparecer. 

– Que bom que chegaram! – Rin correu para cumprimentar a todos, muito feliz. – Muito obrigada por ter vindo, vovó Kaede! Eu fico muito feliz! – A abraçou, carinhosamente. A moça sabia que por conta da idade avançada da sacerdotisa, era difícil para ela sair do vilarejo, e mesmo assim, foi prestigiar o casamento de sua querida neta de consideração. 

– Não me agradeça, minha criança! Estou muito feliz de poder estar com você em um momento tão importante de sua vida!

– Posso pedir um favor para a senhora? 

– Peça, minha menina! 

– A senhora poderia realizar a nossa cerimônia de casamento? Eu ficaria imensamente feliz e grata... – Pediu, com carinho. 

– Será uma honra, Rin. – A velha sacerdotisa sorriu, bondosamente. 

– Muito obrigada! Isso é muito importante para mim! – Rin a abraçou com carinho novamente. 

Sesshoumaru observava tudo, um pouco mais afastado. Sabia o quanto sua noiva amava e considerava Kaede. 

– Ei, Sesshoumaru, não vai nos convidar para entrar? – Inuyasha chegou provocando o irmão. 

– Você deveria ir para o seu castelo em vez de ficar aqui, me aborrecendo... – Resmungou.

– Meu castelo? Está louco, seu idiota?

– Mas é mesmo um ignorante... – Foi a vez de Sesshoumaru provocar. 

– Fala logo, que história é essa? 

– Nosso pai me deixou o castelo principal, pois eu sei como administrar corretamente as Terras do Oeste. Você não saberia lidar com esta responsabilidade nem em um milhão de séculos, então, ele lhe deixou o castelo secundário, para que você não ficasse choramingando como um cãozinho vira-latas. – Sesshoumaru sorriu ironicamente.

– Então é isso... keh! Obrigado, mas não, obrigado! Não estou interessado! – Inuyasha empinou o nariz, em sinal de desdém.

– Isto é problema seu. Mas se ficar em meu castelo, ao menos tenha modos... ou eu te mato. – Virou as costas e chamou todos para entrar. – Vamos! 

Ao adentrar o castelo, ficaram deslumbrados. 

– Uaaaau! É enoooorme! – Shippou estava encantado. 

– É muito lindo! – Kagome estava deslumbrada. 

Inuyasha ficou hipnotizado com a pintura de seu pai em um dos enormes quadros. O dai-youkai estava imponente, majestoso, sereno... e passava um ar ameaçador e poderoso. 

Os filhos de Miroku e Sango começaram a correr pelo castelo, deixando seus pais enlouquecidos.

– Se vocês quebrarem alguma coisa, vão se ver comigo! – Sango ameaçou e todas as crianças congelaram na mesma hora. – Agora, sim! Muito melhor.

Os adultos acharam graça no método super efetivo da exterminadora fazer seus filhos se comportarem. 

– Ela me dá medo! – Shippou disse, abraçado com Kirara. Os dois youkais estavam trêmulos e arrepiados, realmente com medo. 

– Vocês nem imaginam o quanto... – Miroku suspirou, com um sorriso de derrota. 

– O QUE VOCÊ QUER DIZER COM ISSO? – Os olhos dela estavam em chamas. 

– Nada, minha querida, não é nada! Eu só disse que te amo... 

– Veja só... quem nós temos aqui! – Satori entrou na sala e caminhou lentamente em direção a Inuyasha, ignorando os demais.

Pelo cheiro e a semelhança com Sesshoumaru, o hanyou concluiu que se tratava da mãe de seu irmão. Os dois se encararam por alguns segundos, com os rostos sérios, um clima tenso e pesado se formou... até que...

– Kawaii! – A dai-youkai exclamou.

– Hããã?! – Todos ficaram perplexos... até mesmo Sesshoumaru esboçou uma expressão de surpresa. 

Satori segurou as orelhas de Inuyasha e as esfregou com os dedos.

Ele ficou incrédulo e estático, sem entender o que estava acontecendo, pois pensava que a mãe de Sesshoumaru o odiaria, por causa de sua mãe humana e por ele ser um hanyou. 

– Estas orelhas são absolutamente fofas! Será que meu neto hanyou será assim, também? Eu preciso descobrir, o quanto antes! Rin, Sesshoumaru... depressa, providenciem um filhote para que eu possa mimá-lo!

– Mas que inconveniente... – Sesshoumaru resmungou, visivelmente incomodado pelas palavras de sua mãe.

– Deixe disso, meu filho! Isso irá acontecer, mais cedo ou mais tarde! – Satori piscou o olho para Rin, que estava completamente sem graça, com o rosto vermelho de vergonha.

– S-Senhora Satori...! –  A jovem humana não sabia onde enfiar a cara.

– Ela é estranha... mas gostei dela. – Kagome cochichou para a amiga. 

– Ela é um pouco... excêntrica. Mas é uma ótima pessoa! – Rin respondeu, rindo nervosamente.

– Rin, onde está o Pequeno Youkai? – Satori perguntou. 

– O Senhor Jaken foi buscar as roupas para todos vocês usarem no dia do casamento...

– Que maravilha! Devem ser roupas lindíssimas, eu presumo. – Os olhos de Kagome brilharam. 

– Com certeza! Rin e eu escolhemos todas, pessoalmente! – Satori disse, orgulhosa. 

– Pois vejo que a senhora tem muito bom gosto... é lindíssima e muito elegante. – Kagome a elogiou. 

– Oh, eu sei disso! – A dai-youkai respondeu, sem nenhuma modéstia.

~*~

Todos se instalaram em seus quartos.

Satori também iria permanecer no castelo, até o casamento. Jaken chegou com as belas roupas, todos experimentaram, e os devidos ajustes foram providenciados.

O jantar foi barulhento, mas agradável e todos riram juntos à mesa. Até mesmo Sesshoumaru apreciou aquele momento... mas fechava o semblante sempre que olhava para Inuyasha, que comia rápido e sem modos, feito um animal selvagem e faminto.

Depois do jantar e de longas conversas, todos foram para seus respectivos quartos. Rin ainda estava instalada no quarto de Sesshoumaru e ele em um quarto provisório, mas isso logo iria mudar.

~*~

O grande dia chegou.

Rin estava mais nervosa do que nunca. Todas as mulheres se juntaram e passaram o dia inteiro no spa do castelo. Relaxaram nas termas, receberam massagens relaxantes e outros tratamentos.

A noiva, que era o grande destaque do dia, recebeu atenção e cuidados especiais. Seu corpo, rosto e cabelos estavam reluzentes, macios e perfumados.

Vestiu o maravilhoso kimono branco de seda, acompanhado de um elegante obi branco na cintura, amarrado com um grande laço nas costas. Nos cabelos completamente soltos, usava um lindo acessório em formato de flor, com fitas vermelhas. Seus lábios estavam pintados de um belo, porém discreto tom carmesim. Nos pés, usava um par de meias brancas e sandálias. Para finalizar, seus cabelos e parte do rosto foram cobertos com um tradicional capuz branco.

Ela estava pronta, e impecável. 

– Nossa, Rin! Você está deslumbrante! Parece uma princesa, está belíssima! Ai, acho que eu vou chorar! – Kagome se emocionou ao ver sua amiga pronta para o casamento. 

– Você está maravilhosa, minha menina! – Kaede também estava emocionada. 

– Rin, você ficou fantástica! – Sango gentilmente elogiou. 

– Realmente, você tem uma beleza única! – Satori reforçou. 

– Muito obrigada, eu nem sei o que dizer... – Rin corou ao receber tantos elogios. 

~*~

Anoiteceu, e o momento do casamento chegou.

O jardim do castelo estava pronto para a cerimônia, decorado com lindas flores. A lua cheia, as estrelas e algumas lamparinas iluminavam o local.

Sesshoumaru estava aguardando a chegada de Rin. Inuyasha iria levá-la ao altar.

– Está pronta, pirralha? – O hanyou perguntou. 

– S-Sim... – A noiva estava tremendo. 

– Acalme-se! Vai dar tudo certo. Agora, vamos! – Tentou tranquilizar a moça. 

Rin e Inuyasha saíram de dentro do castelo pela porta que dava acesso para o jardim, direto para o altar. Quando Sesshoumaru avistou sua noiva, ficou hipnotizado com a enorme beleza que ela exibia. Estava realmente fantástica.

Ao verem a reação do youkai ao olhar para a noiva, Kagome e Satori sorriram, uma para a outra.

Assim que chegaram ao altar, Inuyasha entregou Rin para Sesshoumaru, que a recebeu gentilmente, estendendo sua mão, com um olhar terno. A humana estava corada e seu coração batia forte, mas se sentia extremamente feliz, naquele momento.

– Cuide muito bem dela, ou vai se ver comigo e com a Kagome! – Inuyasha murmurou e foi sentar-se ao lado de sua esposa.

O youkai apenas olhou de soslaio para o irmão, e nada falou. Era óbvio que iria cuidar muito bem dela.

Os noivos permaneceram de pé, de frente para Kaede, que começou a cerimônia com o ritual de purificação, que consistia em servir três cálices de saquê para cada um. Rin e Sesshoumaru beberam um cálice de cada vez, simultaneamente.

Em seguida, trocaram as alianças, realizaram o juramento de casamento e os votos de lealdade. Kaede pediu para que todos se levantassem dos bancos e fez uma oração para abençoar a união do casal.

Assinaram diversos documentos que registravam e oficializavam o casamento. Rin foi nomeada Lady do Oeste. Agora, ela era oficialmente uma nobre.

E por fim, um beijo modesto na frente de todos os amigos, selou aquele momento feliz.

Kagome e Sango não conseguiram conter as lágrimas.

A cerimônia foi finalizada, e todos entraram no castelo para a recepção de casamento. Um enorme banquete foi servido e todos comeram, beberam, dançaram e se divertiram muito naquela noite, que foi um sucesso absoluto.

Miroku e Jaken já estavam visivelmente bêbados e quase dormindo no chão. Sango levou o marido para o quarto, arrastando-o pelas orelhas. Sesshoumaru deu um soco na cabeça de Jaken e o mandou ir dormir. Finalmente, todos resolveram se recolher.  

– Vamos? – Sesshoumaru estendeu a mão para Rin, chamando-a para ir ao quarto do casal. 

– V-Vamos... – Segurou a mão dele e levantou-se.

Rin estava nervosa e não quis beber nada, além do saquê que bebera durante a cerimônia de casamento. Queria estar lúcida e se lembrar de cada detalhe daquela noite tão importante.

Sesshoumaru a segurou nos braços, e ela o abraçou timidamente pelo pescoço. Subiu as escadas, levando-a calmamente para o quarto do casal.

Quando entraram, Rin ficou surpresa. Estava decorado e iluminado com velas aromáticas e pétalas de rosas por toda parte... inclusive na cama.

Sesshoumaru cuidadosamente a colocou no chão e fechou as portas deslizantes. Tocou o delicado rosto com as mãos, encostou suas testas, a olhou nos olhos e a beijou, delicadamente. Desceu os beijos para o pescoço dela, que gemeu baixinho.

– Ah, Senhor Sesshoumaru...

– Sesshoumaru. – Ele a corrigiu.

– O quê...?

O youkai parou e olhou profundamente nos olhos da humana.

– Agora, você é minha esposa... é uma formalidade desnecessária. – Voltou a beijá-la.

– Certo... Sesshoumaru. – Concordou, sorrindo entre o beijo.

– Muito melhor.


Notas Finais


EEEEEEEEEEEEEITA! O próximo capítulo vai pegar fogo! ❤


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