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História Eu depois de você - Capítulo quinze


Escrita por: MissAtomicBomb_

Notas do Autor


Oi, jujubas. Me desculpem por eu não ter postado antes. Minha internet tá bem ruim e... paciência!
Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 16 - Capítulo quinze


Dispensei os fones de ouvido e o joguei na cama junto com o celular. Nem Oasis conseguia me fazer parar de pensar numa Louisa Clark furiosa e o pior de tudo, ela tinha ido até a casa de Lena para lhe entregar seus brincos. Ela já deveria ter chegado lá, e me senti um imbecil inútil quando lembrei que poderia ter ligado para Lena e avisá-la sobre a situação. Meu celular tocou e na tela de exibição vi uma parte da foto de Lena, a outra metade coberta pelo lençol. Sentei na cama e deixei o toque durar um pouco mais, pensando no que lhe diria e principalmente como diria que não poderíamos continuar.

Resolvi atender, minha voz um pouco receosa. 

— Oi.

Ela não respondeu e seu choro não veio disfarçado. Ouvi o rangido da porta da sala. Provavelmente era minha mãe. Levantei-me da cama e tranquei a porta do quarto. Fiquei andando de um lado para o outro, pensando em uma forma de consolar Lena. Eu deveria saber como, mas com ela não era tão instatâneo como era com Emma.

— Eu sinto muito, nunca pensei que isso aconteceria...

— Eu sou uma péssima amiga, eu sou uma péssima amiga — seu choro se intensificou.

— E eu sou um péssimo filho — tentei amenizar a situação, mas isso não aconteceu.

— Mas ela continuará lhe amando.

— Você é a única amiga dela de verdade e daqui há pouco vão estar juntas de novo, fazendo compras ou falando sobre tecido — Quando não ouvi mais nada, nem mesmo seu choro, eu sorri. — Confie em mim, Lena. Você se deitou com o filho dela, não com o marido.

Ela pareceu sorrir e senti-me aliviado, pelo menos um de nós estava melhor.

— Talvez ela nos aceite e não precisaremos mais esconder nada. Vou dar tempo ao tempo — Lena suspirou e eu fiz uma careta de preocupação.

Que bom que ela não podia me ver naquele momento. Apesar do meu relacionamento aberto com Lena, eu sentia que de alguma forma eu não ficava tanto com outras mulheres como antes. Mas ainda assim, eu não a amava e depois que me apaixonei por Emma, estar com qualquer outra pessoa poderia parecer errado. 

— Preste atenção. Pare de chorar e fique bem — falei com segurança. — Mais tarde eu vou aí e nós conversamos.

Quando desliguei o telefone, a tenção surgiu com um peso maior sobre os meus ombros. Decidi por tomar uma ducha e colocar os pensamentos no lugar.

O céu já estava escuro quando abri a porta para sair. Minha mãe estava na sala, uns papeis de croqui sobre suas pernas cruzadas. Ela pegou um dos lápis espalhados ao seu lado e antes de esboçar qualquer traço, me olhou secamente:

— Uma boa noite aos amantes — e levantou seu copo de suco.

Revirei os olhos impaciente e bati a porta.

Lena me recebeu com um abraço e eu lhe retribui. Ela aninhou seu rosto no meu peito e se prendeu a mim como se eu fosse algum tipo de protetor. Beijei seu cabelo molhado e a afastei de mim, para lhe olhar nos olhos. Como aquilo era difícil. Minha avó sempre dizia que ser direta, mesmo parecendo grossa, era muito melhor que a mentira ou a falta de coragem para resolver algo. Resolvi seguir suas palavras.

— Não podemos continuar com isso que nós temos.

Antes da frase ser concluída, Lena me soltou e me encarou. Sua expressão era séria e triste e eu também não estava lá essas coisas.

— Desde quando você faz o que sua mãe pede? — ela cruzou os braços, mas depois os soltou ao lado do corpo. 

— Minha mãe não me pediu para fazer isso, só espero que você encontre um cara que lhe ame, já que eu não consigo — aproximei-me dela e toquei seu quixo. — De qualquer forma, ele será muito sortudo.

Lena tirou minha minha mão e eu franzi o cenho, tenso.

— Não seja clichê, você não é assim.

Eu também não sabia como tinha usado essas palavras. 

— Você não vai me ignorar se me olhar na rua, não é? — Lena continuava séria, cruzou os braços e me olhou como se me inspencionasse.

— Aguém tem que alimentar seu ego fashionista, dizer que sua bolsa está o máximo e essas coisas — sorri e a linha de sua boca se curvou para cima. — Você está de acordo em... — franzi o nariz — terminarmos?

— Está para nascer o dia em que eu tentar prender um homem que não me quer — ela irritou-se um pouco e eu rendi minhas mãos.

Não conversamos muito e logo eu fui para casa. Vianney não dormiu em casa e me perguntei a gravidade de sua situação com a minha mãe. E não era muito religioso, mas me peguei orando para que ele voltasse logo. 

 

***

 

Caminhei segurando a cadeira de Emma, a estava levando para casa depois de mais um dia de trabalho e reabilitação, no caso dela. Estávamos mais próximos depois daquele beijo e ela me fazia esquecer um pouco os problemas de casa. 

— Ben, eu sei me virar zosinha com essa cadeira, você sabe disso — ela falou pela terceira vez, agora, levemente chateada.

— Eu quero fazer isso, por favor — implorei, tentando ser útil. 

Emma suspirou forte.

— Mas quero conversar enquanto olho para o seu rosto, por favor.

Parei de andar surpreso com o que ela disse. Soltei sua cadeira e fui para a sua frente. Emma arregalou os olhos e as maçãs de seu rosto ficaram coradas. Sorri de lado e peguei na sua mão. Estávamos em uma calçada, a poucas quadras de sua casa. Inclinei meu corpo para ficar cara a cara com Emma.

— Claro — falei e não esperei muito para beijá-la na frente de todos que passavam apressados após o trabalho ou escola. 

Nosso beijo era calmo e terno. Sem pressa, pois sabia que teria muito tempo para ser repetido. Repetido e, ainda assim, conseguir ser diferente a cada ato.


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Pretendo postar outro amanhã, se a minha internet colaborar.
Beijos da Clary!


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