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História Eu depois de você - Capítulo dezessete


Escrita por: MissAtomicBomb_

Notas do Autor


Obrigada por lerem, de verdade! <3
Enfim... Postando o capítulo mais cedo porque tô com medo de a minha internet ficar pior mais tarde.
Boa leitura, jujubas!

Capítulo 18 - Capítulo dezessete


Fiquei nervoso quando deitei Emma na maca para alongar suas pernas, que por sinal, já estavam bem melhores. Ela sentiu cócegas quando peguei no seu joelho e senti alívio por ela estar melhor. Mas minha cabeça estava lotada de pensamentos negativos. Eu pensava sobre minha farsa, sobre sua reação e até sobre esse ser o meu último dia de trabalho voluntário. Sem contar com a minha preocupaão com Vianney, que ainda não havia dado notpicia alguma sobre seu paradeiro. Liguei várias vezes para o seu número, mas sempre estava desligado. Eu sentia muito a sua falta, nunca pensei que minha casa pudesse ser tão vazia sem ele.

— Sua mão está suada, o que houve? — Emma perguntou, pertando minha mão.

— Nada que tenha que se preocupar — beijei sua testa, temendo que ela desconfiasse de algo ou que tentasse arrancar alguma coisa de mim.

— Tudo bem.

Estiquei suas pernas e comecei a movê-las, uma de cada vez. Flexionei seus joelhos lentamente e fiz algumas massagens ensinadas por Marcus. Eu estava decidido, queria ser fisioterapeuta e ajudar as pessoas. Minha mãe ficou feliz quando comecei a minha candidatura para a universidade. Dessa vez, eu teria uma carta do trabalho voluntário para provar a minha ótima experiência. Eu estava feliz e pela primeira vez na vida, sabia onde era o meu lugar.

— Seu celular, Ben — Emma falou, me despertando dos meus pensamentos.

Olhei para o visor em cima da mesa e vi que era Daniel. 

— Atende — Emma pediu e eu assenti.

Peguei o celular e recebi a chamada. 

— E aí, cara? — finji animação na minha voz. Eu estava muito tenso para sorrisinhos.

— O garotão da faculdade aqui quer bater um papo com o amigão! — Daniel gritou, sua voz completamente embarassada.

— Você está bêbado? — fiz uma careta.

Daniel sorriu com o nariz.

— Só um pouquinho. Eu quero que você saiba que pode sempre contar comigo, amigão. Eu estou com saudade.

Dei uma gargalhada alta e Emma sorriu com espectativa para mim.

— Você precisa se candidatar para Yale — Daniel pediu, quase chorando.

— Eu já me candidatei para uma universidade de Paris mesmo, cara. Foi mal — finji indignação e Daniel não respondeu. — Se cuida, eu preciso desligar.

Como não ouvi resposta, desliguei o celular. Pelo menos, Daniel tinha me feito rir. E era genuíno. Por um momento, pensei em como seria se eu fosse para Yale, mas isso significava ficar longe de Emma e de minha família. Descartei o pensamento intruso.

— Era seu amigo — a loura perguntou, movendo a cabeça. 

Meneei a cabeça com um sim.

— Aquele do dia da boate — aproximei-me de Emma novamente, retomando o meu trabalho.

— É engraçado como aquele dia parece distante — ela começou. — Depois dele foi o acidente e aqui estamos nós de novo. 

Fiquei calado, sua menção ao acidente fez com que minhas mãos paralizassem em sua perna esquerda. Emma continuou:

— Você foi uma coisa boa, depois do cãos.

Sorri fraco, quando seu sorriso desvaneceu.

— Por que você está estranho? 

Demorei a responder. Nõ podia simplesmente falar que eu era o motorista daquele carro. Mas Emma também não podia esperar com uma satisfação minha. 

— Meu trabalho voluntário termina hoje — disse por fim.

Emma pareci não entender o motivo de eu estar nervoso por isso. Ela coçou a cabeça.

— Ah... — assentiu, compreensiva. — Sei bem o que é isso. Também fiquei triste quando a cadeira de rodas me impediu de dar aulas de dança. Sabe, mas fiquei melhor quando minhas alunas me visitaram no hospital, fazendo uma surpresa.

E assim eu consegui ficar ainda pior. 

Marcus entrou na sala e nos cumprimentou. Quando eu entrei no trabalho voluntário, contava os dias para que terminasse logo e, no começo, sempre estava carrancudo ou impaciente. Mas estando aqui no dia que tanto esperei, nunca imaginei que seria tão difícil deixar esse lugar. Certamente, não me sentia o mesmo de antes e sentia que aquele lugar que havia curado tantos deficientes, em algum momento, havia me curado também.

 

***

 

Daniel continuava bêbado e eu estava deitado na cama, rindo de sua maneira de falar. Mas percebi que sua embriaguez fazia com que ele falasse as coisas que estava realmente em seu coração. Aproveitei o espaço para abrir o meu também.

— Eu estou apaixonado, Daniel — murmurei. — E acho que seja uma das melhores coisas que me aconteceu.

Ouvi sua respiração do outro lado da linha.

— O amor deve sempre ser bem-vindo, meu amigo. Ele nunca toma escolhas sérias, só age com o coração.

— Então como isso pode ser bom? 

Daniel demorou um pouco.

— Por que você acha que isso é legal? — perguntei de novo.

— Porque o coração é o único que permite mudanças.

 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Espero que sim! <3
Só faltam cinco capítulos, se eu não me engano, para a fic terminar. Amanhã tem mais!
Beijos da Clary!


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