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História Eu depois de você - Capítulo vinte


Escrita por: MissAtomicBomb_

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 21 - Capítulo vinte


As semanas seguintes se resumiram em conversas sobre como a minha mãe amou o meu pai e fez de tudo para que pudessem ficar juntos, sobre como ela o entendeu depois de um tempo e ainda sobre o desejo que ele tinha de vê-la seguir em frente. Não era uma história de amor comum, mas não deixava de ser verdadeira. 

Emma não atendeu as minhas ligações e presumi ainda mais que eu deveria lhe dar um tempo, por isso, não senti culpa quando marquei minha viagem de natal com minha mãe sem avisar a Emma. Eu precisava de um tempo também.

Depois que sairmos do check-in e sentamos para esperar a hora do nosso voo para a Inglaterra, recebemos algumas visitas inesperadas. Estavam todos juntos, Vianney, Lena e um cara ao lado do primeiro. Minha mãe ficou calada e Lena não esperou muito para correr até a amiga e lhe dar um abraço. Minha mãe não a recusou, envolvendo seus braços ao redor dela. Vianney aproximou-se de mim e deu um tapa leve em meu rosto, sorrindo.

— Feliz Natal, amigão!

Sorri. Minha mãe me pedia para perdoá-lo e tentar entendê-lo, mas isso não era tão necessário. Vianney era uma pessoa que falava com todos, nunca o vi falando sobre inimigos ou coisa semelhante.

— Você geralmente me abraçaria — disse e esfreguei meu rosto, como se estivesse doendo.

Vianney me abraçou e beijou meu rosto. Ele chorava um pouco e observei seu companheiro, sorrindo para nós.

— Você não foi o meu filho de mentira, porque o meu amor por aquela criança chorona foi muito real — disse.

Apertei o meu abraço. Era a primeira vez que ele se referia a mim como seu filho. Não que ele tivesse que dizer, mas realmente era como se fossemos isso.

— Eu também amo o cara que coça a cabeça quando está nervoso — dei umas batidas em suas costas e nos afastamos. 

Fernando — minha mãe me disse que o nome do namorado de Vianney era esse — andou até nós e apertamos nossas mãos.

— Você não poderia ter feito uma escolha melhor — falei e ele encarou Vianney. — Esse cara é incrível!

Vianney me explicou que dentro de dois dias ele estaria viajando para o onde seus pais moravam, para apresentar Fenando. Eles já sabiam que Vianney estava se divorciando e que ele lhes apresentaria seu novo amor, só faltavam saber que seu novo amor também era ele.

Depois eles foram se despedir da minha mãe e eu fui até Lena.

— Adorei esse suéter — disse, pegando em seu cabelo. — Não acha que ele destaca a cor dos seus fios?

Ela sorriu alto e eu lhe dei um abraço forte. 

— Você não vai morrer, é só uma viagem, Ben!

— Eu não me importo — me afastei e lhe encarei.

Lena afastou o cabelo de minha testa, séria.

— Eu quero que você seja feliz.

— Eu também quero, mas você já esqueceu que é só uma viagem? — brinquei.

 

***

 

Chegamos na casa dos meus avós maternos e todos estavam animados com a nossa chegada, até a tia Trenna e Thomas havia vindo de Londres para nos ver. Senti o calor da calefação logo que entrei na casa e meu avô reclamou sobre como poderia perder seu dinheiro algum dia por conta disso. Minha avó me apertou em seus braços quando me viu.

— Nunca pensei que eu pudesse ter um neto tão bonito! Bernard, olha o tamanho desse menino.

— Desse jeito, a senhora me ofende, vovó — meu primo Thomas gritou e logo eu o vi entrar na sala.

— Os dois são lindos — minha avó se corrigiu.

Thomas acenou para mim e logo depois foi atacado pelos abraços da minha mãe. Ela não parava de dizer o quanto ele havia crescido.

— Nos vimos no natal passado, tia Lou!

Tia Trenna beijou meu rosto e logo depois estávamos todos ao redor da mesa, jantando.

 

No dia seguinte, fui para Londres visitar meus outros avós. Nos encontramos num restaurante. Vi os dois conversando assim que entrei e lembrei sobre minha avó falar que os dois só se encontravam quando eu estava com eles. Parei um pouco para os observar juntos. Me perguntei se Emma e eu teríamos a chance de ficarmos juntos. Não queria ter que me separar dela um dia, porque eu não suportaria sentar numa mesa a sua frente para ser apenas um amigo. Meu avô me viu e acenou com uma mão, fazendo com que minha avó se virasse e sorrisse.

— Eu morri de saudade — beijei sua testa quando ela levantou-se. 

Nos abraçamos e depois abracei meu avô.

— Está um garotão! E é a cara de Will — meu avô sorriu e me encarou admirado.

— Todos falam — dei um sorriso tímido. 

Sentei ao lado da minha avó a toda hora ela pegava na minha mão. Depois de termos comido, meu avô foi embora e minha avó me levou até a casa da minha outra avó. Ela perguntou sobre Emma, no carro.

— Ela não quer me ver e não atende as minhas ligações.

Minha avó balançou a cabeça.

— Você sabe o que é um email? — perguntou frustrada.

— Claro, mas quero dar um tempo. 

Ela balançou a cabeça de novo e pegou o celular. 

— Vó, não liga para a Emma, por favor! — pedi com um certo desespero na voz.

— Eu ligaria se tivesse o número dela — me encarou.

Sorri quando ela colocou o celular no ouvido.

— Louisa, estamos cobinadas?... Sim... Tudo bem... Ok, a gente se encontra.

Ela desligou a ligação.

— Para onde vamos? — eu quis saber.

Ela não olhou para mim e nem respondeu.

 

***

 

Então eu estava lá. Em frente ao túmulo do meu pai. A data de sua morte havia sido mudada, tudo parecia mais verdadeiro e sincero. Minha mãe e minha avó estavam do lado de fora e resolveram me dar esse tempo aqui. 

— Você teria sido um bom pai — falei.

Eu me toquei o porquê de eu estar ali. Queriam que eu lutasse por Emma, assim como minha mãe lutou pelo meu pai. Talvez minha avó estivesse certa, talvez eu devesse mandar um email para Emma.

Fiquei um tempo sozinho ali, apenas imaginando como seria ter uma vida com meu pai e em como ele me aconselharia sobre Emma. Ele não estava mais aqui e eu teria que tomar essa decisão por mim mesmo.

 

— Vocês ganharam — falei e vi minha mãe sorrir para a minha avó. E então, ela deu partida no carro.

Na minha avó, pedi um notebook para Thomas e ele me emprestou o dele. Não foi muito difícil começar a dizer o que eu precisava.

 

Emma, você não quer me ver e não atende minhas chamadas. Mas isto aqui é um email e você não precisa me ver e muito menos ouvir a minha voz para saber o que tenho para dizer. 

Quando eu lhe vi naquela boate de Paris, eu lembro não de ter visto a garota mais bonita da França, mas a garota mais dedicada que eu já havia conhecido. Você dançava para você mesma e não para agradar babacas bêbados. Eu soube que eu era o idiota que lhe deixei na cadeira de rodas apenas no dia que você mencionou sobre a minha mãe, mas não tive coragem de lhe contar. Parte porque eu sou mesmo um covarde e parte porque eu não queria estragar a minha amiade com uma garota tão interessante. 

Eu tive medo de me aproximar ainda mais de você, mas a forma com que os seus olhos combinam com seus cabelos me deixava completamente perturbado. Eu amo você Emma, e eu daria tudo para estar em seu lugar. Você não merece estar sentada aí. Eu nunca irei me perdoar se você tiver um futuro diferente da faculdade dos seus sonhos. 

Eu não vou desistir de você, pelo menos, até que você diga que não me quer. E se não for pedir muito, diga isso olhando nos meus olhos, porque eu preciso ver você uma última vez. 

Benjamin.

 

Li, reli e enviei. Mais tarde, quando acessei minha caixa de entrada pelo celular, vi que Emma tinha respondido. Respirei fundo e tive medo.

Acho que em algum momento já falei sobre você ter sido um caos bom. Você provocou aquele acidente, mas o mesmo acidente fez com que eu conhecesse o amor da minha vida. Eu amo você e mal posso esperar para tê-lo de volta e compartilhar as boas notícias.

Emma.

 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Eu nem acredito que só falta mais um. Até amanhã, minhas jujubas.
Beijos da Clary!


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