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História Eu e o bode. - Aparição.



Notas do Autor


A mudança vem e nem sempre é desejada, às vezes você só quer viver em paz e mesmo assim não consegue. A vida nem sempre é justa e não adianta reclamar... Não há ninguém que se importe.

Capítulo 2 - Aparição.


A cirurgia ocorreu de forma boa, porém assustadora... Foram encontrados doze pedaços de vidro no meu corpo, recebi em torno de 12 pontos ao todo. Estive bem, foi prescrito que eu deveria passar o resto do dia sem fazer esforço por conta dos ferimentos que poderiam abrir... Só que eles cicatrizaram logo assim que pisei no carro para ir embora. Chegando em casa, logo escovei os dentes e deitei, os sonhos eram reais. Avistei uma legião de capuz preto numa masmorra e o homem que se fazia presente nos meus pesadelos... _então você despertou. - Disse o homem com um leve riso, logo ao olhar para o lado vi parentes que já se entregaram nas mãos de Deus, olhando para mim com desdém. Quando tomo conta de mim, sinto que estou caindo e acordo assustado, quando percebo, estava sozinho em casa, ou acreditava que estava. Olho para a cadeira que fica no canto do quarto e vejo o homem sorrindo enquanto olha para mim.

Fiquei paralisado, não sabia como reagir. Aquela presença me arrepiava, aquela expressão facial de sadista, aquele olhar agressivo e aqueles olhos... Aqueles olhos parecidos com os meus!

- ...Q-quem é você? - Perguntei, com a voz trêmula.

Após um silêncio perturbador, o homem decide falar.

- Meu nome é Azazel, um dos anjos caídos, pai de muitos nefilins falecidos, o famoso bode do deserto. Estou aqui para ver de perto uma das minhas crias. Ando observando você desde o seu nascimento, lembro bem de quando o escolhi naquela noite.

- Como assim? - Indaguei.

O homem bota o dedo na minha testa e sinto a minha mente explodir em imagens da minha mãe grávida. Ela estava amarrada no meio de um círculo, enquanto homens encapuzados estavam fazendo um ritual... Aquela mesma seita que vi no meu sonho. Então uma chama negra envolve todos ali, os encapuzados são dizimados pelo poder de Azazel que apareceu ali e colocou a mão na barriga de minha mãe, deixando uma marca.

Retomo a consciência e entendo. Olho para Azazel e pergunto:

- E agora? O que é ser uma de suas crias?

- Descubra. - Azazel some sem mais e nem menos.

Escuto a porta da sala abrindo, assim que levanto, vejo a minha mãe com uma expressão séria, parecia extremamente preocupada. Não dou muita bola, então decido dar uma volta para esclarecer sobre o que aconteceu.

Quando chego nos bancos que fica no meio da quadra onde eu moro, vejo um homem andando com uma garota ao lado, o homem era alto mas não era forte, usava um boné preto, uma polo azul, uma jaqueta de couro e uma calça jeans, e ela era loira, tinha olhos azuis, era magra, baixa e usava um vestido de flores, parecia ter uns 16 anos. Ela parecia desesperada e ele tinha um rosto suspeito, olhando para a jaqueta dele e percebo algo estranho. Quando eles estão próximos a mim, a garota chega me cumprimentando e disfarçadamente sussurra "me ajuda". Olho para o cara e ele percebe que eu percebi que ele estava armado. Ele sorri e aponta a arma para a guria e então começa a falar:

- Seria mais fácil você vir comigo, mas parece que você anseia a morte, não? - Nisso ele atira duas vezes, ignorando todas as crianças e mães que estão nos brinquedos do parque ali do lado.

No momento em que ele aperta o gatilho, entro na frente. Levei os dois tiros no peito.

- Maldito... Verme... Lembre do meu rosto...! - Falo isso agonizando de dor, então levanto e o homem olha para mim sem saber como alguém aguentaria dois tiros no peito.

No exato instante em que o homem dá um passo para trás, acerto uma voadora com o peito do pé na lateral do seu rosto. As mães começam a gritar, escuto as sirenes da viatura e uma ambulância chegando. Olho para o chão, o homem estava com o pescoço quebrado. Então começo a vomitar sangue e acaba saindo as balas junto com o sangue. Então eu fico zonzo e apago.

Acordo no hospital, com a garota no canto do quarto mexendo no celular, então ela percebe que acordei.

- Ah, você acordou. Fiquei preocupada... Queria agradecer, podia jurar que seria estuprada. - A guria parecia estar aliviada

- Você está bem? Quem era aquele cara?

- Estou, obrigada! Aquele cara começou a me seguir quando saí da faculdade... Ér... Tenho uma pergunta. - A garota estava coçando a cabeça.

- Faça. - Estava aliviado.

- Você não tem uma família? Não... Mais importante que isso. O que você é? - A menina fez uma cara de séria.

Estranhei a pergunta e fiz uma cara de desentendido.

- Nunca vi um ser humano aguentar dois tiros no peito, muito menos se manter em pé e bater com tanta força em alguém a ponto de quebrar o pescoço e parte do crânio de alguém. - Continuou falando me olhando desconfiada - O que você é?

Levanto do leito e ela meio que hesita falando para eu não fazer esforço. Levanto e falo:

- Vamos embora, tenho que falar com a minha namorada, prometi que escutaria ela falar sobre o trabalho dela.

- Eu pegaria um atestado. - A menina deu uma risada leve.

- Que?

- Confia em mim. - A menina deu um sorriso.

Então falei com o médico que estava tomando conta dali e ele ficou espantado por eu já conseguir andar. Peguei o que tinha de pegar e fomos embora. 

- Esqueci de perguntar, qual é o seu nome mesmo? - A guria me perguntou.

- Roberto e o seu?

- Luciana, mas pode me chamar de Luci.

- Luci? Certo, Luci, você poderia me dizer que horas são?

- São, pera aí... São dez e quinze.

- DEZ E QUINZE!? - Após me ouvir, Luci começou a gargalhar.

- É, você desmaiou ontem e acordou hoje. E aí, não vai me falar o que você é? - Ela continuava insistindo.

- Estou fodido... A Laís vai me matar. - Eu só pensava na Laís.

- Ainda bem que você pegou um atestado, ela não acreditaria.

- Você tem razão... Você queria saber o que eu sou, certo? Eu sou um cara durão, só isso. - Depois de dizer isso, Luci começou a rir.

- Ok, bodinho! Essa marca nas suas costas pode enganar qualquer um mas não a mim!

Nesse momento, eu gelei, não fazia ideia que havia uma marca nas minhas costas e o pior, como é que ela sabia?

- Não precisa fazer essa cara de surpreso, apenas sou interessada nessas histórias, bodinho! - Então, esboçou uma cara de quem estava se divertindo me vendo nessa situação - e aí, quando você vai me ensinar alguma coisa? Ou melhor, quando eu vou te ensinar alguma coisa? Percebi que você não controla sua energia e nem faz ideia do que é capaz de fazer ainda. - Então Luci olha no meu olho como quem sabia de alguma coisa.

- E o que você sabe?

- Eu sei alguma teoria ou outra, mas como eu não tenho poder demoníaco correndo nas minhas veias, tenho que me contentar apenas em estudar, não? - Então, ela fecha um olho e mostra a língua.

- Tudo bem, onde você mora? Deixe-me te deixar lá que já vou embora.

Ela me explicou onde morava e descobri que ela morava na quadra depois da minha. Chegando em casa, minha mãe com uma cara de preocupação ainda daquele dia, mas dessa vez estava com o braço roxo.

- Mãe, o que aconteceu com o seu braço? - Falei num tom de preocupação.

- Eu estava ajudando o pessoal da igreja a arrumar as coisas do grupo de oração e um vaso caiu em cima de mim, não se preocupe, filho.

- Tudo bem.

- Viu, a Laís ligou para você.

- Obrigado, vou ligar para ela.

Era meio lógico que a minha mãe estava mentindo e havia alguma coisa errada, sei quando ela mente mas preferi deixar por isso mesmo. Ligo para a Laís e como imaginei, ela estava muito brava.

- Você prometeu que ligaria para mim e sumiu, onde e com quem você estava? - Pense num tom de voz frio.

- Então, tem como entrar no Skype? Passei a noite no hospital e já que estava sem documento, acabou que a minha companhia foi uma guria que me ajudou...

- É bom que seja verdade senão eu arranco o seu fígado e faço pastel com ele.

Então entramos no Skype, falei sobre o que tinha acontecido, falei sobre os sonhos e mostrei o atestado. De início, ela não acreditou mas depois percebeu que eu passei mesmo a noite no hospital. É difícil você acreditar quando alguém fala algo totalmente fora do comum, ainda mais algo absurdo como ter uma parte demoníaca.

Então vou tomar banho e quando estou no banho, olho para o lado e vejo Azazel sentado na privada lendo um jornal, parecia estar me esperando para dizer alguma. 

- O que você quer? - Pergunto, logo de cara.

- ...

- Nada?

Ele me acerta um soco na barriga.

- Com quem você pensa que está falando? - Azazel, sem dúvidas é um monstro.

- Desculpe-me.

- Melhor assim, vi o que aconteceu ontem. Pelo visto, vou ter que te ensinar a controlar essa sua energia. Os policiais ficaram desconfiados, nenhum humano normal conseguiria fazer aquilo com um único chute, ainda mais alguém magro e baixo como você.

- Entendo. - Abaixo a cabeça.

- Termine logo, fale para a Diana que você irá viajar, passar um tempo com a Laís.

- Tudo bem.

- A propósito, ela sabe que estou aqui.

- Como assim? - Eu não tinha entendido essa frase de Azazel.

- Se você não sabe nada sobre a sua mãe e é melhor que continue assim.

Sem entender o que ele quis dizer com isso, avisei a Laís que iria ficar com ela por uns dias, então arrumei as minhas malas e fui avisar os meus pais. De início, meu pai estava receoso por achar que iria pedir dinheiro mas no fim ficou tranquilo por não precisar pagar. 

Desci a escada, percebi que não ficava mais cansado de fazer esforço físico. Vi o Azazel me esperando e quando menos percebi, estava num beco numa cidade no interior de Paraná. Então fomos para a casa da Laís e na esquina da casa dela, ele para e fala:

- Vá e descanse, amanhã estarei aqui 8 horas em ponto. Hoje não adianta nada, até porque os seus órgãos vão demorar pelo o menos um dia para se regenerar.

Aquele soco que ele me deu, não imaginei que ele fosse tão forte desse jeito... Mas o meu trunfo é que meus órgãos estavam quase curados.

Chegando na casa da Laís, chamo ela e ela sai com uma camiseta curta e um shortinho muito curto. Ela é muito linda, ela é uma japonesa que tem um corpo perfeito, peitos grandes e de redondinhos, uma bunda grande e uma barriga chapada. Até hoje me pergunto, o que ela viu em mim. Mas de qualquer forma, lembro do dia em que a gente se encontrou pela primeira vez, ela estava extremamente tímida mas ainda sim transmitia uma imagem de quem podia me dominar a qualquer instante. 

- Amor, você está muito linda. - Fiquei encantado olhando pro seu rosto.

- Vai cagar! Só porque eu estou sem maquiagem, você fica aí tirando sarro! - Laís ficou vermelha.

- Não, estou falando sério! 

- Então vem aqui... - Ela começou a me abraçar - Estava morrendo de saudades, fiquei feliz de você ter vindo ficar um pouco comigo!

Dei um beijo nela, senti aqueles lábios depois de tanto tempo longe. Pude passar a mão na sua cintura, enquanto a outra mão estava em seu cabelo. Entramos, botei a minha mala no quarto e entramos banho, comecei a passar a esponja em seu corpo, comecei em seus peitos e logo em seguida passei para a sua barriga até a sua virilha, depois fui passando na sua cintura e na sua bunda, nas suas costas, até que terminei de limpá-la e então ela começou a me ensaboar. Fomos até o quarto, em meio a beijos, jogo ela na cama e começo a beijar o seu pescoço, logo em seguida dou uma mordida. Levanto e pego o seu pé e começo a passar a língua devagar na sua canela até a sua coxa, então começo a beijar os seus lábios enquanto suas coxas estão em meus ombros, sempre em movimentos calmos com a língua em seus lábios e depois no clitóris, até ver o prazer tomando conta da expressão dela, logo em seguida, penetro nela e olho nos seus olhos e começamos a acelerar o passo, é intrigando como ela consegue ser tão quente. Após terminarmos, começamos um diálogo.

- Lembra daquela vez que assistimos "Para sempre ao seu lado" e você chorou? hehe - Ela sempre gosta de me provocar.

- Ah, mas o filme é bonito. O cachorro fica esperando o dono que até ele morrer, não tem como ficar com pose de macho! - Ao ouvir isso, Laís começa a rir.

- É, você é meio mulherzinha mesmo!

- Lembra daquela vez que assistimos "Como eu conheci a sua mãe"? Fizemos até palha italiana para comermos enquanto torcíamos para o Barney casar logo com a Robin... Que falta faz não te ver todos os dias...

- Amoooor! Fica aqui comigo, não volta pra Brasília não!

- Eu queria de verdade...

- Já sei, vamos beber? Eu comprei um fardo de cerveja!

- Vamos!

Bebemos até acabar as cervejas, fumamos o meu maço de cigarro inteiro... Como eu queria que esse momento nunca acabasse, mas acabou. Sinto o Azazel atrás de nós.

- Pegue a menina e fuja, eles estão aqui.

- Eles quem? - Indaguei.

- Como assim? Quem é você e como entrou aqui? - A Laís estava confusa.

- Fuja agora!

- Certo! Laís, depois eu explico.

Peguei ela e corremos, quando saímos na rua, senti uma flecha vindo em nossa direção. Fui rápido para desviar mas não consegui tirar a Laís por inteira e acabou por fazer um arranhão no seu braço. Botei ela na minha costa e saí correndo, olhei para trás e vi Azazel na sua pré-forma, ele estava parecendo um bode. Suas asas negras eram extremamente escuras, tinham um reflexo azulado. Nunca tinha visto nada igual. Havia um homem ardendo em chamas negras e mais dois se apoiando em pé. Sinto um poder logo a minha frente, boto a Laís no chão e mando ela correr para um lugar seguro que depois eu ligaria para ela.

- Não sei por que a Igreja nos mandou aqui para matar você, você sequer controla o seu poder direito. - disse o paladino, num tom pejorativo.

- Laís, se eu não te ligar, o Azazel irá buscar você, agora corra.

- Entendido.

- Ei, mocinha! Não ache que você vai fugir!

O paladino acertou um raio nela e ela caiu no chão, não conseguia se mexer. Senti o meu sangue ferver, meus olhos ficaram negros e a marca se expandiu, senti que estava saindo do controle. Uma luz se forma na minha mão e aparece uma espada negra com uma marca branca no meio, era como se ela fosse um cristal lapidado.

- Agora percebi o medo da igreja... Jamais imaginei que veria uma espada tão assustadora assim... Vai ser um saco cuidar disso aqui.

- Lembre-se do meu rosto, por favor, não se esqueça.

Dei uma investida, fazendo um movimento horizontal com a espada. O paladino conseguiu defender mas destruiu toda a sua armadura e derrubei um poste de luz que estava do lado dele.

- Hmmmmm, pelo visto isso vai ser interessante.

Com um sorriso, o paladino chama por uma clava e um escudo, ambas armas sagradas e começa o seu canto.

- Os raios da punição divina estão a descer, eu reivindico o poder sagrado para limpar a corrupção da sua alma.

Sinto um relâmpago vindo na minha direção, consigo rebatê-lo com a espada e o paladino dá um sorriso.

- Filho, essa sua arma faz de você um monstro, saiba disso.

Vou para cima e ele defende o meu ataque com o escudo e acerta com a clava na minha costela. Sinto a minha costela quebrando, o sangue subindo ela garganta e o meu pulmão sendo perfurado. Levanto, olho para a Laís inconsciente e penso "o que eu faço agora?"

- Não tire os olhos de mim, garoto!

O guerreiro da luz vem correndo em cima de mim mas consigo desviar do seu golpe e chuto o escudo dele. O homem é empurrado por alguns metros devido a força do chute. Então escuto a voz do Azazel falando "preste atenção no ponto cego do seu inimigo e use a sua velocidade". Então dou uma investida para frente, o homem já posiciona o seu escudo para a defesa, ao chegar perto, uso um teletransporte para trás dele e abro a costa dele com a espada. O homem de 2 metros cai de joelhos no chão e fala falhando a voz.

- Não... sei... se vo...cê... é um gênio... ou um desonrado...

- Lembre-se de mim e que você machucou o que é precioso para mim.

Então vou andando em direção a Laís, sinto o meu corpo formigar, o meu coração apertar e a minha visão começa a ficar turva. Caio no chão e apago.


Notas Finais


Mais um capítulo dessa fanfic, espero que tenham gostado!


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